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PublicouJonathan Cantos Alterado mais de 11 anos atrás
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Hiperplasia Fibroepitelial Mamária em Felinos
Profa. Dra. Maria Anete Lallo
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Sinonímia: hiperplasia fibroadenomatosa hipertrofia mamária felina adenofibrona ou fibroadenoma fibroadenomatose É uma proliferação benigna, rápida, anormal e não-neoplásica dos ductos mamários e do tecido conjuntivo periductal de gatas.
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Classificação segundo a Organização Mundial de Saúde
Tumores malignos Carcinoma não-infiltrativo (in situ) Carcinoma túbulo-papilífero Carcinoma sólido Carcinoma cribiforme Carcinoma de células escamosas Carcinoma mucinoso Carcinossarcoma Carcinoma ou sarcoma em tumor benigno Tumores benignos Adenoma Fibroadenoma Tumor misto benigno Papiloma ductal
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Tumores não-classificados Hiperplasia mamária/ displasia
Hiperplasia ductal Hiperplasia lobular Hiperplasia epitelial Adenose Alterações fibroadenomatose (hipertrofia mamária felina, hipertrofia fibroepitelial) Cistos Ectasia ductal Fibrose focal (fibroesclerose)
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Incidência Jovens Fêmeas no início da gestação Fêmeas no estro
com menos de 2 anos de idade Fêmeas no início da gestação Fêmeas no estro Fêmeas castradas e machos inteiros ou castrados que receberam tratamento com progestinas Rara em cães
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Souza et al. (2002) estudaram 638 materiais provenientes de necropsias e biópsias de gatos na Universidade Federal de Santa Maria. 5 (0,16%) apresentaram hiperplasia fibroepitelial mamária. Crescimento progressivo de todas as glândulas mamárias. Gatas jovens (10 meses a 8 anos).
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Etiologia Desconhecida Hormônio-dependente
Progestágenos endógenos ou exógenos Acetato de megestrol Apenas 1/3 dos gatos com diagnóstico de hiperplasia mamária apresentam altos níveis de progestina no soro.
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Desenvolvimento fisiológico da glândula mamária
O máximo desenvolvimento mamário requer um sinergismo entre os hormônios de: Hipófise – GH, FSH, LH e prolactina Ovários - esteróides progestágenos e estrógenos Adrenais – esteróides
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A proliferação dos ductos mamários e do estroma depende da progesterona.
Receptores esteroidais localizados no núcleo da células do tecido mamário reconhecem a progesterona e o estrógeno. Técnicas imunoistoquímicas podem identificar e diferenciar tais receptores.
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Usos do Acetato de megestrol
Para suprimir ou retardar o ciclo estral Para a ceratopatia eosinofílica proliferativa Para tratar alguns distúrbios de comportamento Como estimulante do apetite
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Efeitos colaterais em gatos
Supressão adrenocortical iatrogênica Diabetes mellitus transitória Hepatotoxicidade Hiperplasia endometrial cística Neoplasia e hipertrofia da glândula mamária
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Seu uso causa supressão do eixo hormonal adrenocortical após duas a 4 semanas de tratamento (5 mg/kg , SID, 14 dias). Interromper abruptamente o seu uso não é indicado. Hiperinsulinemia
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Esta terapia está claramente associada à hiperplasia fibroepitelial em gatos, machos ou fêmeas, com mais de 8 anos de idade. Os estudos com marcadores de receptores nucleares de esteróides revelam presença de receptores de progesterona em 100% dos casos e 50% de encontro dos receptores de estrógenos.
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A interação da progesterona endógena ou sintética com os receptores estimula a produção de GH no local (hormônio autócrino), induzindo a proliferação do epitélio e do estroma mamário.
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Sinais e sintomas Condição benigna com aspecto de maligna
Aumento localizado ou generalizado das glândulas mamárias, com consistência macia Hiperemia das mamas Aumento de temperatura local Áreas ulceradas e necróticas Perda de peso
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Sinais e sintomas Anorexia Desidratação Dor Relutância para andar
Linfoadenopatia regional Febre
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Diagnóstico História clínica
predisposição etária fase do ciclo estral provável gestação uso de progestinas Apresentação clínica – muito característica aumento mamário difuso edema hiperemia das mamas aumento de temperatura local áreas ulceradas e necróticas perda de peso
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Exame histopatológico:
Leucocitose Exame histopatológico: Proliferação do epitélio ductal mamário e das células mioepiteliais periglandulares Edema pronunciado Aumento do tecido conjuntivo ao redor da glândula mamária Ultra-sonografia Aumento homogêneo do tecido mamário e das estruturas glandulares
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Tratamento Remissão espontânea tem sido relatada.
Remoção da fonte de progesterona: OSH Interrupção da terapia com progestágenos até a regressão do tecido mamário (gradativa) Mastectomia total Antagonstas das progestinas
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Cirúrgico OSH e Mastectomia total ou parcial
Recomendada para animais intactos É uma terapêutica irreversível quanto à fertilidade do animal Alta morbidade no pós-operatório Deiscência de pontos e necrose
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Terapêutica médica Uso de antagonistas de progesterona em gatos intactos ou castrados. 7 gatos com hiperplasia mamária foram tratados com aglepristona (Alizim), 10 mg/kg, SC, SID por 4 a 5 dias. 5 dias após o início do tratamento, houve redução das glândulas mamárias e alteração da consistência de firma para macia
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A biópsia, 7 dias após o início da tratamento, revelou colapso dos ductos e redução do número de células epiteliais. Foram necessárias 3 a 4 semanas para a completa involução das mamas. 1 dos 7 gatos estudados apresentou recorrência da hiperplasia 16 dias após o início do tratamento. Nenhum efeito colateral foi observado nos animais tratados.
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Efeitos colaterais Abortamento na gatas gestantes
Em uma fêmea idosa (13 anos de idade), observou-se recidiva da hipertrofia mamária 13 dias após o término do tratamento.
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Foram marcados pela imuno-histoquímica os receptores esteroidais nas glândulas mamárias de gatas tratadas com aglepristona: Média de receptores para progesterona antes do tratamento – 78,2% Média de receptores para progesterona depois do tratamento – 80,4% Não houve diferença estatisticamente significante.
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O tratamento com antagonistas da progesterona não reduz o número de receptores nucleares para a progesterona. Caso tenha sido administrada progesterona de depósito, a hiperplasia pode recidivar.
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Conclusões Acomete preferencialmente gatas intactas jovens, na primeira gestação. Pode ser auto-limitante. Aumento generalizado das glândulas mamárias que evolui para áreas de necrose. Tratamento indicado - OSH e mastectomia ou aglepristona.
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