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Escurecimento em Alimentos

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Apresentação em tema: "Escurecimento em Alimentos"— Transcrição da apresentação:

1 Escurecimento em Alimentos
Rose Maria de O. Mendes

2 ESCURECIMENTO EM ALIMENTOS : -Enzimático -Não Enzimático

3 Escurecimento Enzimático: Frutas e vegetais quando amassados, cortados ou triturados rapidamente se tornam escuros. Ex.: cogumelos, batata, pêssego, maçã, banana, folha de chá, abacate e café .

4 A reação de escurecimento enzimático em frutas, vegetais e bebidas é um dos principais problemas na indústria de alimentos . Estima-se que 50 % da perda de frutas tropicais no mundo é devido ao escurecimento enzimático.

5 O escurecimento ocorre quando substâncias polifenólicas,usualmente contidas nos vacúolos das plantas, são oxidadas pela ação da enzima fenolase, a qual ocorre no citoplasma das células vegetais.

6 Tecidos danificados pelo corte ou pela retirada da casca, pelo ataque de fungos ou machucados, facilitam o contato enzima substrato . A fenolase (conhecida como Polifenol oxidase – PPO) é uma enzima (mas não a única ) que catalisa dois tipos diferentes de reação .

7 A primeira, de atividade cresolase, resulta na oxidação de um monofenol para um orto-difenol . E a segunda catecolase, ativa a oxidação do o-difenol para uma o-quinona: Coultate, 2004.

8 As o-quinonas são altamente reativas e polimerizam-se após sua conversão espontânea para hidroxiquinonas: Coultate, 2004.

9 Devido à especificidade de vários substratos, a enzima PPO é também denominada tirosinase, polifenolase, fenolase, catecol oxidase, catecolase e cresolase. A enzima ocorre também em animais, e o substrato é a tirosina, responsável pela cor da pele (melanina).

10 Mecanismo da ação enzimática : A enzima polifenol oxidase possui Cobre(Cu ++) no centro ativo e funciona como oxidases de função mista, catalisando dois diferentes tipos de reação:

11 1º- Monoxigenase, que atua na hidroxilação de monofenóis para diidrofenois:
Coultate, 2004.

12 2º- Oxidase, que atua oxidando os difenois para o-quinonas:
Coultate, 2004.

13 A formação da quinona é dependente do oxigênio e da enzima
A formação da quinona é dependente do oxigênio e da enzima. Uma vez formada, as reações subseqüentes ocorrem espontaneamente.

14 Métodos de controle : Várias maneiras de inibição da PPO são conhecidas, no entanto os métodos utilizados pelas indústrias são poucos. Isto devido ao aparecimento de flavor desagradável, toxidez e questões econômicas.

15 Três componentes devem estar presentes para que a reação de escurecimento enzimático ocorra : enzima, substrato e oxigênio. Bloqueando a participação de um destes na reação (seja por agentes redutores, temperatura, ou abaixamento do pH) esta não prosseguirá.

16 O pH ótimo de atuação da enzima PPO, na maioria dos casos, encontra-se na faixa entre 6 e 7, sendo a enzima inativada em pH 4 ou abaixo deste valor.

17 Eliminar o oxigênio nem sempre é possível, a maneira mais prática de prevenir o escurecimento é a adição de agentes/substâncias químicas capazes de bloquear a reação .

18 Substâncias como ácido ascórbico, sulfito e tióis previnem o escurecimento pela redução do o-benzoquinona de volta para a forma o diidroxifenol : Araújo,2004.

19 Ác. ascórbico + Ác. cítrico – são muito usados na prevenção do escurecimento oxidativo em sucos, antes da pasteurização . Ác. Cítrico – usado no alho amassado. L-cisteína – banana e abacate. Sulfitos – utilizados antes da secagem . Ex.: maçã desidratada .

20 Observação: A quantidade de sulfito necessário para prevenir o escurecimento enzimático depende da natureza do substrato disponível .

21 Quando somente monofenóis como tirosina estão presentes, menor quantidade de sulfito é utilizada . Ex.: batata. Quando difenóis estão presentes, concentrações de sulfitos mais elevadas são necessárias . Ex.: Abacate

22 Em alguns produtos, o sulfito atua como antioxidante, muito embora não seja utilizado com este propósito. Ex.: em cerveja inibe o desenvolvimento de sabor oxidado durante o armazenamento. Contém propriedades antissépticas e ajuda na preservação da vitamina C.

23 A utilização de sulfitos pode resultar em sabor desagradável, degradação da cor natural do alimento, destruição da vitamina B1, corrosão da embalagem(lata) e é tóxico em níveis elevados.

24 Aplicação do calor: A PPO não pertence a classe de enzimas termoresistentes. Branqueamento,temperatura elevada/tempo curto é utilizado (70 – 90 º C). Pré-tratamentos de frutas e vegetais para enlatamento, congelamento e desidratação.

25 Alternativas para substituir o sulfito no processamento de alimentos: 1 - Eritorbatos (ác. eritórbico e eritorbato de sódio) – são agentes redutores – são usados em frutas “in natura”, processadas, fatiadas, congeladas; saladas vegetais, sucos de frutas, batatas e bebidas (cervejas e vinhos).

26 Ác. eritórbico + ác. cítrico – comumente utilizados, a adição do ác
Ác. eritórbico + ác. cítrico – comumente utilizados, a adição do ác. cítrico ajuda a baixar o pH e atua na complexação do cobre, inibindo a PPO Ácidos – aumentam a acidez (ác. fumárico, ác. cítrico, ác. tartárico, ác. ascórbico ...)

27 3 - Agentes complexantes – EDTA, fosfatos, e ác
3 - Agentes complexantes – EDTA, fosfatos, e ác. cítrico podem complexar com o cobre, presente no sítio ativo ou reduzir o nível disponível da enzima. 4 – Antioxidante – ác. Ascórbico é comumente utilizado na maioria dos sucos e enlatados de frutas. 5 – Açúcar – previne o escurecimento de frutas descascadas e fatiadas.

28 Escurecimento não-enzimático: A intensidade das reações de escurecimento não enzimático em alimentos depende da quantidade e do tipo de carboidratos presentes e , em menor extensão, de proteínas e aminoácidos.

29 O escurecimento não enzimático é o resultado da descoloração provocada pela reação entre a carbonila e os grupos amina livres, com formação do pigmento denominado melanoidina.

30 Estas reações em alimentos estão associadas com o aquecimento e armazenamento e podem ser divididas em três mecanismos :

31 Em alguns produtos, a reação é desejável : crosta do pão (destruição de 70 % de lisina), café torrado, chocolate,... Indesejável: leite e derivados (destruição da lisina durante o tratamento térmico), sucos, vegetais, produtos desidratados...

32 Reação de Maillard: Reação envolvendo aldeído(açúcar redutor) e grupos aminas de aminoácidos, peptídeos e proteínas em seu estado inicial, seguida de várias etapas com a formação de pigmento escuro.

33 Reação de Formação das Melanoidinas:
Fonte:Araújo,2004.

34 Além do escurecimento, reduz a digestibilidade da proteína, inibe a ação de enzimas digestivas, destrói nutrientes como aminoácidos essenciais e ácido ascórbico e interfere no metabolismo de minerais, mediante a complexação com metais. Produz alterações desejáveis da cor e do flavor em certos alimentos.

35 O procedimento mais empregado para a inibição da reação de Maillard é a aplicação do sulfito, que combina a habilidade de controle destas reações com outras de importância tecnológica(conservante e antioxidante).

36 Efeito da Temperatura: A reação ocorre a temperatura elevada, bem como em temperatura reduzida, durante o processamento de alimento e armazenamento. Efeito de pH: A intensidade da reação aumenta na faixa de ph 3 a 8 e atinge a descoloração máx. na faixa alcalina (pH 9 a 10 ).

37 Tipos de aminas presentes: A reatividade dos aminoácidos envolvidos na reação diferem entre si. A reatividade do aminoácido básico(lisina) > aminoácido ácido(glutâmico)>aminoácido neutro(glicina).

38 Tipos de açúcares presente: A presença de açúcar redutor é essencial para a interação da carbonila com grupos amina livre. Pode ocorrer na presença de dissacarídeos redutores (maltose e lactose). A natureza do açúcar determina a reatividade: pentose > hexose> dissacarídeo

39 Teor de umidade: A taxa de escurecimento é baixa ou mesmo zero em valores para atividade de água elevada ou muito baixa. O escurecimento é maior em valores intermediários de aw entre 0,5 e 0,8 .

40 Reação de Oxidação da vitamina C: A vitamina C oxida rapidamente em solução aquosa por processos enzimático ou não enzimático, especialmente quando exposta ao ar, calor e luz. Certas enzimas (peroxidase e ácido ascórbico oxidase) presentes no alimento aceleram a oxidação do ácido ascórbico.

41 Reação de Caramelização: Os açúcares no estado sólido são relativamente estáveis ao aquecimento moderado, mas em temperaturas acima de 120ºC são pirolisados para diversos produtos de degradação de alto peso molecular e escuros, denominados caramelos.

42 Reação de caramelização:
Fonte: Araújo,2004.

43 A composição química do pigmento é extremamente complexa e pouco conhecida, muito embora caramelos obtidos de diferentes açúcares sejam similares em composição. A fração de baixo peso molecular presente na mistura, possui, além do açúcar que não reagiu , ácido pirúvico, aldeídos e derivados de furano.

44 Reações de escurecimento em alimentos: Leite e derivados – são sensíveis às reações de escurecimento não enzimático, em razão do elevado teor de lactose e da presença de proteínas termossensíveis,especialmente proteínas do soro.

45 Durante o tratamento térmico ocorre a alteração da cor, além da destruição da lisina. Ex.: em leite pasteurizado a perda de lisina é em torno de 3%, no esterilizado, de 8 a 12%, desidratado dependendo do processo ) pode chegar a 30 %.

46 Café – na torrefação de café, os grãos são submetidos a condições variáveis de temperatura. Vários componentes, como açúcares redutores e polissacarídeos, são os precursores da reação.

47 Em temperaturas amenas, a hidrólise para monossacarídeos é mais rápida que sua decomposição e o produto final é mais claro. Em temperatura mais elevada, a degradação do açúcar redutor é mais rápida e o produto final, mais escuro .

48 Referências Bibliográficas: ARAÚJO,J. M. A
Referências Bibliográficas: ARAÚJO,J.M.A.Química de Alimentos:teoria e prática. 3ºed.Viçosa : UFV, COULTATE,T.P.Alimentos:a química de seus componentes.3º ed.Porto alegre:Artmed, RIBEIRO, E.P.SERAVALLI,E.A.Química de Alimentos.São Paulo:Edgar Blücher:Instituto Mauá de Tecnologia,2004.

49 OBRIGADO !


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