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PublicouThalita Betancourt Alterado mais de 10 anos atrás
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PALAVRINHAS, PALAVRAS, PALAVRÃO... QUEM PROCURA ACHA!
Claudia Zavaglia Universidade Estadual Paulista – UNESP/IBILCE
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“Palavras” – o que é isso?
O que são? EXEMPLOS ORIGEM Qual o significado delas no nosso cotidiano? Onde estão?
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“Palavras” – o que é isso?
LÉXICO LEXICOLOGIA
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Cores – percepções ou palavras?
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Simbologia das cores: preto
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Simbologia das cores: branco
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Simbologia das cores: vermelho
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Simbologia das cores: verde
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Simbologia das cores: azul
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Simbologia das cores: rosa
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Simbologia das cores: amarelo
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Simbologia das cores: cinza
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As cores na língua Cores – quais são seus nomes? Onde elas estão?
Para que elas servem?
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As cores como utilidade pública
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As cores na língua: o preto
Tendência negativa – humor negro Preconceito – trabalhar como um negro Escuridão – nuvens pretas Maldade – ovelha negra Sujeira, encardido – unhas pretas; punhos pretos Melancolia, tristeza – dias negros Luto – vestir-se de preto Ilegalidade, clandestinidade – mercado negro Coloração escura – café preto
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As cores na língua: o branco
Inocência, ingenuidade – alma branca Paz – bandeira branca Aparência doentia, palidez – ser branco como cera Coloração clara – pão branco Ausência – noite em branco Limpeza – mãos brancas Medo, susto – ficar branco
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As cores na língua: o vermelho
Vergonha, raiva, pudor – ficar vermelho Alerta de perigo – bandeira vermelha Saldo negativo – estar no vermelho Proibição – sinal vermelho Comunismo, socialismo – exército vermelho Pornografia – casa da luz vermelha
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As cores na língua: o verde
Natureza – plantas verdes Esperança – verde esperança Repouso, relax – o verde é relaxante Frescor – madeira verde Juventude, robustez – verdes anos Permissão – dar o sinal verde Preocupação ecológica – Partido Verde Riqueza natural – O inferno verde Nacionalismo [Brasil]: verde-amarelo
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As cores na língua: o amarelo
Nacionalismo [Brasil] – nação verde-amarela Em perigo, dificuldade – ver-se nas amarelas Cansaço – estar amarelo de Advertência – sinal amarelo; cartão amarelo Embaraço, fingimento – sorriso amarelo Quarentena – bandeira amarela Outono – folhas amarelas
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As cores na língua: o azul
Céu – o azul Nobreza – ter sangue azul Embriaguez – o azul Positivismo – estar tudo azul Cachaça – a azuladinha [branquinha]
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As cores na língua: o rosa
Colorido da face – viso rosado Tranquilidade, serenidade – sonho róseo Esperança – futuro cor-de-rosa Sexo feminino – renda rosa
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As cores na língua: o cinza
Envelhecimento – cabelos acinzentados Tristeza – alma cinzenta Melancolia, monotonia – vida cinzenta
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Feixes cromáticos interlínguas
Cores em outras línguas Onde elas estão? Para que elas servem?
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Nero/Noir/Black Fame nera = fome de leão Fondi neri = Caixa-dois
Sindacati neri = Sindicatos fascistas gueules noires = mineiros blouson noir = bad boys Être noir = estar para lá de Bagdá Black hunger = fome de leão Black-and-blue = estar machucado Black and white = simples
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Bianco/Blanc/White Andare in bianco = Fracassar, gorar
Arte bianca = Arte de padeiro Cucitrice di/in bianco = Costureira de roupa íntima, cama, mesa e banho Cousu(e) de fil blanc = Pra boi dormir, mal feito(a), mal contado(a), falso(a) Dire blanc et puis noir = Falar A e depois B Examen blanc = Exame preparatório Bleed someone white = Depenar alguém Little white lie = Mentirinha
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Rosso/Rouge/Red Camicie rosse = Camisas vermelhas
Rossoblù = Time de futebol do Genoa, Bologna e Cagliare Votare rosso= Votar na esquerda Être (la) lanterne rouge = Ser o lanterninha Heures rouges = Horas de pico Se faire, se fâcher tout rouge = Soltar fogo pelas ventas Down the little red lane = Enfiar goela abaixo Paint the town red = Cair na gandaia A red eye = Pegar um voo noturno
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Verde/Vert/Green Benzina verde = Gasolina ecológica
Carta verde = Seguro automobilístico Fiamme verdi = Guardas-florestais Avoir le nombril vert = Ainda não ter saído das Au diable (au) vert = No(s) cafundó(s) (do Judas), onde o Judas perdeu as botas Prendre quelqu’un sans vert = Pegar alguém de calças curtas The rub of the green = Ter sorte Greener pastures = Subir na vida
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Azzurro/Bleu/Blu Camicie Azzurre = Nacionalistas italianos
Telefono azzurro = Disque denúncia infantil La squadra azzurra = Seleção italiana de futebol Détenir le ruban bleu (de quelque chose) = Ser fera (em algum domínio) Mettre le bleu de chauffe = Suar a camisa Blue collar = Trabalhador braçal Blue in the face = Falar até perder o fôlego
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Giallo/Jaune/Yellow Essere raro come i cani gialli = Ser raro como uma mosca branca Sindacati gialli = Sindicato amarelo Être un jaune = Ser um fura-greve Conte jaune = História para boi dormir Yellow cab = Táxi
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Bruno/Marron/Yellow Camicie brune = Socialistas
Mettere il bruno = Colocar luto Far bruno = Anoitecer, escurecer Ouvrage marron = Trabalho clandestino, pirata Avocat marron = Advogado inescrupuloso Médecin marron = Médico ilegal, que exerce a profissão sem ter o título
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Os palavrões
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Os palavrões O que são? Onde eles estão? Para que eles servem?
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Os palavrões... Força expressiva devido à carga semântica
Carregam consigo três valores classificados em relação ao seu uso (Calvino, 2009): Força expressiva devido à carga semântica Valor denotativo direto Valor da situação do discurso no mapa social
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O uso dos palavrões pode servir para...
promover a identidade de um grupo; inserir um membro em um grupo e manter o vínculo desse grupo; expressar solidariedade para com outras pessoas expressar confiança e intimidade; acrescentar humor, ênfase e expressar choque; tentar esconder medo e insegurança; manter um hábito adquirido.
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E o cérebro ?
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Falar palavrões envolve:
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No cérebro:
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Explicando... o sistema límbico, que também hospeda a memória, as emoções e os comportamentos primários. o gânglio basal, que tem grande participação no controle de impulsos e funções motoras. Portanto... Podemos pensar no falar palavrões como uma atividade motora com um componente emocional.
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E os palavrões no cérebro ?
Processamento em regiões mais baixas, junto com as emoções e os instintos. O cérebro armazena os palavrões como unidades inteiras
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Palavrões = Palavras “normais”?
Para o cérebro: Sim e não Para o linguista/estudioso da língua: Sim
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expressão torpe, dito obsceno, palavrada, impropriedade, bocagem;
Em Linguística... TURPILÓQUIO: expressão torpe, dito obsceno, palavrada, impropriedade, bocagem; PALAVRÃO
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Em Linguística...
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O vocabulário obsceno Reflexo cultural Reflexo social
Seu emprego representa: Reflexo cultural Reflexo social Reflexo psicológico do falante
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O metaforismo no vocabulário obsceno
Intensificação do significado Imagens banais Compreensão imediata
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Metaforicidade sêmica para “ânus”
SEMAS PORTUGUÊS FORMA Anel Argola Boca-de-caçapa Boca-de-velha Botão VOLUME Fundo
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Òrgão sexual PORTUGUÊS
Tipo de metáforas Òrgão sexual PORTUGUÊS Vagina (alusão a animais) Bacalhau Baratinha Bichana Bicho preto Camarão Pênis (comparação com instrumentos) Bastão Cacete Cano Chicote
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Eufemismos obscenos no português
Nádegas Airbag posterior, bateria, almofada, travesseiro, burago negro etc Vagina Borboleta, lesminha babada, medusa peluda, ostra, pombinha, perereca, aspira-caralho, estrada para o paraíso, bosque encantado etc
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Eufemismos obscenos no português
Pênis Martelo, colher de pau, pepino, banana, passarinho, peru, pinto, salame, paio, Bráulio etc Testículos Balangandãs, bolas, companheiros, tomates, etc
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Eufemismos obscenos no português
Ânus Apito, bateria, olho-cego, gregório etc Seios Air-bag, mamão, melancias etc Púbis Bigodes, barba-de-baixo, Monte-de-Vênus, triângulo etc
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E em outras línguas? Cada língua Dialetos Dicionários?
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Palavrões em italiano = Le parolacce
Cuida da sua vida que eu cuido da minha! Palavrões em italiano = Le parolacce Cazzo! = Caralho! Porra!Cacete! Saco! Droga! Caramba! Eufemismos: Cavolo!, Caspita!, Mannaggia! Non ho capito un cazzo! = Não entendi nada Nessuno sa un cazzo! = Ninguém sabe nada! Non me ne frega un cazzo! = Tô nem aí!; Não quero nem saber! Fatti i cazzi tuoi che io faccio i cazzi miei! = Cuida da sua vida que eu cuido da minha!
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Palavrões em italiano = Le parolacce
Cuida da sua vida que eu cuido da minha! Palavrões em italiano = Le parolacce Che palle! = Que saco! Que merda! Che bosta! Non rompermi le palle! = Não me encha o saco! Levati dalle palle! = Larga do meu pé! Averne piene le palle! = Estou de saco cheio! Farsi due palle (così)! = Cansar pra caramba; Encher o saco! Dire, raccontare palle! = Falar, contar mentiras! Quell’attore è proprio una palla! = Aquele ator é um chato!
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Palavrões em italiano = Le parolacce
Cuida da sua vida que eu cuido da minha! Palavrões em italiano = Le parolacce Fare l’amore = Fazer amor Scopare = Transar Fottere, Trombare, Sbattere, Inculare = Foder! Chiavare = Meter, Cravar o espeto Colpire = Bimbar Pompare = Bombar Quell’attore è proprio una palla! = Aquele ator é um chato!
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Palavrões em italiano = Le parolacce
Cuida da sua vida que eu cuido da minha! Palavrões em italiano = Le parolacce Vanffanculo = Vai tomar no cu Avere un culo così = Ser um sortudo, fodido! Che culo! = Que sorte! Avere culo negli affari = Ter sorte nos negócios Prendersela in culo = Danar-se, Ferrar-se Prendere per il culo = Tirar sarro de alguém Abitare in culo al mondo = Morar no cu do mundo
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A coletânea “Xeretando a linguagem”
O que é? Por que? Para quem?
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A coletânea “Xeretando a linguagem” Capítulo 1
Expressões idiomáticas utilizadas no português e nas outras línguas, com explicações sobre o seu significado e o seu uso.
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A coletânea “Xeretando a linguagem” Capítulo 2
Provérbios ou ditos populares ou sentenças, como são chamados, empregados no nosso dia a dia e também nas línguas estrangeiras.
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A coletânea “Xeretando a linguagem” Capítulo 3
Falsos cognatos ou falsos amigos, ou seja, aquelas palavrinhas que se parecem com outras, mas que na verdade não têm nada em comum umas com as outras.
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A coletânea “Xeretando a linguagem” Capítulo 4
O Colorido da linguagem
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A coletânea “Xeretando a linguagem” Capítulo 5
Linguagem dos jovens
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A coletânea “Xeretando a linguagem” Capítulo 6
Palavrões
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A coletânea “Xeretando a linguagem”
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O título dado e o conteúdo desenvolvido
Quebra-cabeça
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Referências bibliográficas
PICOCHE, J. Précis de lexicologie française. Paris: Nathan Université, 1992. REY-DEBOVE, J. Léxico e dicionário. (Trad. de Clóvis Barleta de Morais). Alfa. São Paulo: v.28, 1984. BIDERMAN, M. T. C. Teoria linguística. São Paulo: Martins Fontes, 2001. TARTAMELLA, V. Parolacce. Perché le diciamo, che cosa significano, quali effetti hanno. Milano: BUR, 2006. WILSON, T. V. Como funcionam os palavrões e xingamentos - traduzido por HowStuffWorks Brasil.
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Claudia na DISAL FIM! MUITO OBRIGADA
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