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Organismos Geneticamente Modificados e Transgénicos

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Apresentação em tema: "Organismos Geneticamente Modificados e Transgénicos"— Transcrição da apresentação:

1 Organismos Geneticamente Modificados e Transgénicos
Diana Lobo Cristina Aguiar 2011

2 Organismos Geneticamente Modificados
“With recombinant DNA technology, it is possible to cut a small piece of DNA from one species (donor), introduce it into the DNA of another species (host) with which it cannot cross, but in which the donor DNA is expressed. The host species, now called a genetically modified organism (GMO), thus acquires a new property it could not have obtained by conventional breeding” (Nature 2002). Aceite para publicação em 20 de Junho de 2011

3 Introdução A Engenharia Genética veio possibilitar a manipulação genética de organismos dando origem aos organismos geneticamente modificados (OGM). Apesar do indiscutível impacto que poderá ter na resolução de alguns problemas relacionados com a saúde e o ambiente, a Engenharia Genética despoleta igualmente temores e oposições acesas, levantando-se muitas questões éticas relativamente a este assunto.

4 Organismos Geneticamente Modificados O que são?
Um organismo geneticamente modificado (OGM) é um organismo cujo material genético foi manipulado de modo a favorecer uma característica desejada, através de uma técnica de engenharia genética ou por meio de técnicas de cruzamentos tradicionais. Organismos geneticamente modificados não são exactamente o mesmo que organismos transgénicos!!

5 Organismos Geneticamente Modificados Organismos Transgénicos
Um transgénico é sempre um OGM, mas um OGM não é obrigatoriamente um transgénico. Enquanto um OGM é um organismo cujo genoma sofreu algum tipo de alteração, um transgénico é um organismo que adquiriu, pelo uso de técnicas de Engª Genética, genes de outro organismo. Desta forma, um transgénico apresenta modificações impossíveis de serem obtidas com técnicas de cruzamento tradicionais. Exemplo: Uma bactéria pode ser modificada para expressar em maior quantidade um determinado gene próprio. Não será assim uma bactéria transgénica, mas apenas um OGM, já que não houve introdução de material genético externo. Sempre que ocorre inserção de DNA exógeno num organismo este passa a ser definido como transgénico.

6 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.

7 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.

8 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera. Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos.

9 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera. Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos.

10 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera. Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos. A cor original das cenouras era branca, no entanto alguns agricultores conseguiram torná-las laranja, tal como as conhecemos.

11 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera. Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos. A cor original das cenouras era branca, no entanto alguns agricultores conseguiram torná-las laranja, tal como as conhecemos.

12 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.

13 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.

14 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos. Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína.

15 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos. Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína.

16 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos. Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína. O Homem realiza enxertos nas vinhas para melhorar a sua resistência aos solos ou condições atmosféricas.

17 Vamos colocar em prática?
Transgénicos vs OGM Vamos colocar em prática? Transgénico OGM Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos. Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína. O Homem realiza enxertos nas vinhas para melhorar a sua resistência aos solos ou condições atmosféricas.

18 Marcos importantes Década de 80
Primeiro transgénico: introdução na bactéria Escherichia coli do gene humano para a produção de insulina Década de 80 Produção do primeiro animal transgénico, transferindo genes humanos codificantes de hormonas de crescimento para o rato, permitindo obter ratos com um crescimento superior ao esperado.

19 Marcos importantes Década de 80
Desenvolvimento das primeiras plantas transgénicas com a inserção de um gene que confere resistência ao antibiótico canamicina na planta do tabaco (Nicotiana tabacum). Década de 90 Plantas do algodão ficaram resistentes ao herbicida Bromoxynil por lhes ter sido introduzido o gene CryA (endotoxina) da bactéria Bacillus thuringiensis.

20 Marcos importantes Década de 90
Aprovado para comercialização o primeiro produto transgénico para alimentação: os tomates Flavr Savr TM (o processo de amadurecimento nestes tomates é lento). Ano 2000 Desenvolvimento do arroz dourado na Alemanha. O arroz é enriquecido em ß – caroteno, percursor da vitamina A, através da inserção de dois genes de narcisos e um gene de uma bactéria. Esta modificação torna este arroz uma boa fonte de alimentação em países que registam carências nesta vitamina.

21 Métodos para inserção de genes externos nos organismos
Métodos Físicos: Microinjecção Biolística Métodos Biológicos: Bactérias Vírus

22 Métodos para inserção de genes externos nos organismos
Microinjecção: Realizada por meio de agulhas microscópicas manipuladas mecanicamente. O gene de interesse é injectado no interior do núcleo da célula alvo. Desvantagem: a transformação tem que ser realizada célula a célula. Biolística: Partículas de ouro ou tungsténio são revestidas com os genes e são projectadas para as células vegetais através de equipamento adequado, inserindo os genes. Desvantagem: eficiência extremamente baixa.

23 Métodos para inserção de genes externos nos organismos
Bactérias: É um método no qual o gene de interesse é inserido numa bactéria (Agrobacterium tumefaciens) e esta “faz a entrega” ou seja, insere o gene de interesse na célula vegetal desejada. Vírus: É muito semelhante ao método da bactéria, porém o vector utilizado é um vírus. Os métodos biológicos são os mais utilizados pois não requerem equipamentos de alto custo e tecnologia, além de serem mais simples, baratos e eficientes. O método mais comummente utilizado é o método que recorre à utilização de bactérias para a transferência genética.

24 A técnica da transformação
Identificar o gene de interesse Isolar esse gene Inserir o gene num vector (responsável pelo transporte) Transferir esse gene para o tecido do organimos alvo Regenerar novos tecidos através do tecido que contém o gene Analisar e testar a eficiência do processo de transformação Testar em campo para verificar a caracteristica de interesse Aprovação por órgãos competentes e comercialização

25 A técnica da transformação
2 3 1 Identificar o gene de interesse Isolar o gene de interesse Inserir o gene num vector (bactéria) Processo de transformação genética de uma planta 5 4 Cultivar o tecido e a bactéria juntos para ocorrer a transferência Regenerar a planta a partir do tecido transformado

26 Aplicações Agricultura Resistência a herbicidas
Resistência a vírus e a fungos Resistência ao ataque de insectos Alteração da qualidade nutricional dos alimentos

27 Aplicações Medicina Produção de vacinas
Produção de hormonas de crescimento Produção de imunotoxinas usadas no combate ao cancro

28 Aplicações Meio Ambiente Despoluição de águas Despoluição de solos
Retenção de metais pesados Melhoria na qualidade do ar Redução na quantidade de pesticidas usados

29 Aplicações Na Investigação: Estudo da regulação e expressão genética
Estudos Biomédicos Simulação de doenças humanas Compreensão dos mecanismos moleculares

30 Exemplos de Transgénicos
A soja é provavelmente o alimento transgénico mais abundante e mais conhecido a nível mundial. Objectivo: Produzir soja resistente ao herbicida glifosato, que inibe a actividade da enzima EPSPS (sintetiza aminoácidos aromáticos) levando à morte da planta, através da inserção de um gene da bactéria Agrobacterium tumefaciens que possibilita a sintese da enzima EPSPS. O milho transgénico também é conhecido como milho BT, porque o gene inserido provém da bactéria Bacillus thuringiensis. Objectivo: Produzir milho que seja resistente ao ataque dos insectos através da inserção de um gene que possibilita a sintese de uma endotoxina de Bacillus thuringiensis.

31 Exemplos de Transgénicos
Feto de rato onde é possível visualizar a expressão de determinados genes (cor azul) nas suas extremidades. Objectivo: estudos laboratoriais onde se pretende entender os mecanismos moleculares que controlam a expressão dos genes durante o desenvolvimento fetal. Caprino produtor de uma droga contra o cancro Suíno produtor de hemoglobina humana Bovino produtor de lactoferrina humana Objectivo: Produzir proteínas de interesse farmacêutico no leite, no sangue e até na urina. Estudos em desenvolvimento.

32 Exemplos de Transgénicos
Objectivo: Simular doenças humanas usando animais geneticamente modificados com os genes de interesse. Processos em desenvolvimento em laboratório. Modelo para estudos sobre a epilepsia Modelo para estudos sobre a obesidade Objectivo: Produzir animais com caracteristicas de importância comercial (maior crescimento neste caso).

33 Exemplos de Transgénicos
GloFish®: o primeiro organismo geneticamente modificado para venda: o peixe-zebra, com a introdução do gene GFP (green fluorescent protein) permitindo que os peixes brilhem, quer em luz natural com sob luz ultravioleta. Planta do tabaco que expressa luciferase (gene isolado do vagalume). Porco que expressa o gene que codifica uma proteína fluorescente extraída de medusas (à esquerda).

34 Exemplos de Transgénicos
Applause: a rosa azul produzida em 2009 e de elevado valor comercial. Edunias: Eduardo Kac retirou um gene do seu próprio genoma e que por sua vez foi inserido em petúnias de forma a ser visualizado nas nervuras das flores. Alba: a coelha fluorescente de Eduardo Kac, criada em colaboração com investigadores franceses (arte transgénica).

35 Os Argumentos… Contras Prós
O local onde o gene é inserido não pode ser completamente controlado, o que pode causar resultados inesperados, uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados. Alguns organismos que antes eram cultivados com fins alimentares estão a ser modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Plantas modificadas podem no entanto realizar polinização cruzada com espécies semelhantes e contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação. Prós O alimento geneticamente modificado pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através por exemplo da produção de vacinas e outros produtos que estimulem o sistema imunológico. O uso de transgénicos pode reduzir o uso dos agrotóxicos (herbicidas, insecticidas e fungicidas) mais danosos, que podem causar sérios problemas aos seres vivos, e a sua produção prejudicará menos o meio ambiente.

36 Os Argumentos Prós Contras
As plantas geneticamente modificadas podem adquirir resistência ao ataque de insectos, de pragas e à seca ou até mesmo tornaram-se menos vulneráveis à geada aumentando a produtividade agrícola. O aumento da produção de alimentos pode reduzir o problema da fome e os custos de produção. Contras Aumento considerável de resíduos de pesticidas, pois alguns dos produtos transgénicos adquirem resistência aos efeitos dos agrotóxicos, requerendo doses superiores. Os restos poderão escoar para os rios e solos, contaminando o lençol freático e diminuindo a potabilidade da água. Há um aumento considerável do número de casos de pessoas alérgicas a determinados alimentos em virtude das novas proteínas que são produzidas pela alteração genética dos alimentos.

37 Os Argumentos… Contras Prós
Pragas e doenças poderão tornar-se resistentes se houver a transferência do gene que lhes confere resistência. A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninhas é maior em áreas de monocultura. Quanto maior for a variedade genética no sistema da agricultura, mais este estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afectar apenas algumas variedades. Prós Desenvolvimento de modelos biomédicos que poderão ajudar na terapia e descoberta de novas abordagens nas doenças humana (desenvolvimento de novos fármacos por exemplo).

38 Opiniões sobre os transgénicos
A alteração genética feita no milho visa tornar o cereal mais resistente a pragas e não há risco de contaminação. Os OGM podem criar outras doenças para plantas e animais, outras fontes de cancro e novas epidemias. George Wald, Universidade de Harvard (vencedor do prémio Nobel da Medicina) José Santos, Direcção Regional da Agricultura do Centro (Portugal) O Homem está a fazer de Deus, mexendo na estrutura genética dos seres vivos. A Monsanto não deveria ser responsável pela segurança dos alimentos produzidos através da biotecnologia. O nosso interesse é vender o máximo possível. Paulo Andrade, Dirigente da Associação Quercus. Phillip Angell, Director de comunicação da Monsanto.

39 Opiniões sobre os transgénicos
Coordenadora do grupo de Estudos Ambientais da Universidade do Porto. Responsável pelo tema dos transgénicos na Quercus. Margarida Silva

40 VANTAGENS DESVANTAGENS SAÚDE AGRICULTURA OPINIÃO PÚBLICA
Vejo muito poucas. É errada a ideia de que os transgénicos vão acabar com a fome no Mundo. São tantas... Para o consumidor a grande desvantagem é que vai estra a comer alimentos que não foram testados (...) não há quaisquer garantias. VANTAGENS DESVANTAGENS Não há estudos de pré-comercialização (...) Não existem estudos suficientes para avaliar se causam alergias (...) Não sabemos se alguém morreu por causa de transgénicos. Já todos comemos transgénicos (...) o milho e a soja e os seus derivados (cereais de manhã, bolachas, chocolates, pizzas e hambúrgueres) SAÚDE AGRICULTURA Os portugueses são dos menos esclarecidos da União Europeia. OPINIÃO PÚBLICA (excertos de uma entrevista de Daniel Vaz, Jornalismo Porto Net, em 23/03/2004).

41 Opiniões sobre os transgénicos
Professora da Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa e investigadora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) Margarida Oliveira

42 DESVANTAGENS VANTAGENS AGRICULTURA SAÚDE OPINIÃO PÚBLICA
A Engenharia Genética, tal como qualquer outra tecnologia, pode ser usada para o bem e para o mal (...) penso que está a ser usada com fins muito úteis (...) aumento da resistência a doenças e a situações de stress abiótico (frio, calor, falta de água), melhoria da taxa de crescimento, diminuição dos alergénios, melhoria das capacidades industriais e nutricionais, produção de compostos de interesse farmacêutico. DESVANTAGENS VANTAGENS Todos os produtos aptos para comercialização são 100% seguros (...) Podem ser uma peça fundamental a ser usada para combater a fome mundial. Todos os produtos existentes na Europa foram analisados em pessoas com alergia e não se verificou nenhuma reacção alérgica (...) não há qualquer fundamentação científica para dizer que são perigosos. AGRICULTURA (...) os movimentos ambientalistas têm que entender que é uma obrigação moral substituir as tecnologias que usamos por outras melhores... SAÚDE (excertos de uma entrevista do LUSA/SOL, em 21/08/2007). OPINIÃO PÚBLICA

43 Perspectiva Mundial: alguns números…
1996 Inicia-se a cultura de transgénicos (área de cultivo 74%) 2001 Área de culturas transgénicas: 52 milhões de hectares: EUA – 68% de produção Argentina – 22% de produção Canadá – 6% de produção China – 3% de produção 2005 Área com OGM Soja – 62% (60% da área mundial) Milho – 22% (14% da área mundial) 2006 Área cultivada com OGM atinge 100 milhões de hectares

44 Evolução da produção mundial de transgénicos entre 1995 e 2006
Perspectiva Mundial: alguns números… Em 2008, a área plantada com sementes geneticamente modificadas no mundo atingiu 125 milhões de hectares Evolução da produção mundial de transgénicos entre 1995 e 2006

45 Áreas de cultivo de transgénicos
Perspectiva Mundial: alguns números… Áreas de cultivo de transgénicos EUA – 62.5 milhões de hectares Argentina - 21 milhões de hectares Brasil – 15,8 milhões de hectares Índia – 7,6 milhões de hectares China – 3,8 milhões de hectares 25 países produtores de transgénicos – 15 deles países em desenvolvimento

46 Perspectiva Nacional: alguns números…
1999 Produção de milho transgénico suspensa pelo Ministério da Agricultura (falta de condições laboratoriais, técnicas e humanas) 2005 Recomeça a produção de transgénicos. 2007 Produção de 4129 hectares de milho transgénico. 2008 Área total de produção de OGM foi de 4800 hectares.

47 Questões de Segurança Por serem novos e lhes estar associada muita polémica, os OGM são avaliados com um rigor muito maior do que os produtos tradicionais lançados no mercado. Da criação de um novo produto até ao seu lançamento comercial, são necessários alguns anos para a realização de testes de segurança. Dentro dos critérios avaliados estão: TOXICIDADE (efeitos crónicos, agudos e alergenicidade) NUTRIÇÃO (efeitos do processo nos níveis de disponibilidade de nutrientes e factores anti-nutricionais) MICROBIOLOGIA (efeitos das mudanças de patogenicidade e riscos de contaminação biológica) INGESTÃO (impacto do novo produto nos níveis de ingestão e processamento)

48 Questões de Segurança A rotulagem dos alimentos que possuem transgénicos apresenta critérios diferentes entre países. Por exemplo: Na Europa a rotulagem de qualquer material que contém DNA/RNA ou proteína modificada detectável é obrigatória. No Brasil apenas fazem a rotulagem dos alimentos transgénicos que deixaram de ser equivalentes ao alimento original. No entanto, mesmo a rotulagem obrigatória, como é o caso de Portugal, só o é quando o alimento possui uma percentagem superior a 1% de transgénicos.

49 Questões de Segurança: Legislação
Esforços internacionais e regulamentos impostos por entidades como a União Europeia tentam fazer com que cada nação seja capaz de estabelecer a sua própria legislação. No entanto, o desconhecimento científico populacional, aliado à falta de interesse político, tem remetido esta questão para segundo plano. As primeiras indicações legais em Portugal datam de 1997 e referem-se à rotulagem de produtos portadores ou fabricados a partir de OGM. Porém só em 2004 esta rotulagem se aplica. Em 2004, com o Decreto-lei 7/2004, aprova-se o protocolo de Cartagena sobre Segurança Biológica à Convenção sobre a Diversidade Biológica. Em 2010 a União Europeia propôs deixar ao critério de cada Estado-membro a decisão de cultivar ou não OGM, sempre após a validação científica de Bruxelas dos produtos propostos à EFSA – Autoridade Europeia de Segurança Alimentar.

50 Questões de Segurança: Confiança pública nos transgénicos
Opinião Pública na Comunidade Europeia acerca da utilização de OGM em diversas áreas e sobre o papel da Biotecnologia na Sociedade (Eurobarómetro, 1997).

51 Questões de Segurança: Confiança pública nos transgénicos
A situação portuguesa é um pouco dramática: somos dos piores informados da Europa, apenas à frente de Malta. Note-se que em Malta não há cultivo de transgénicos, pelo que é natural que a controvérsia (e a discussão na imprensa) sejam menores. População da União Europeia (%) que já ouviu falar em transgénicos (Eurobarómetro 2010)

52 Questões de Segurança: Confiança pública nos transgénicos
Num estudo intitulado “Europeus e Biotecnologia em 2010: Ventos de mudança?” (Eurobarómetro 2010), constatou-se que os alimentos geneticamente modificados nunca estiveram tão desacreditados em Portugal como agora. Só 37% dos portugueses encorajam esta tecnologia, longe dos 63% de 1996. As tecnologias que poupam o ambiente são vistas como muito positivas, as tecnologias relacionadas com a saúde são geralmente vistas como positivas, mas as tecnologias relacionadas com a alimentação são vistas como negativas. O estudo mostrou que há um grande desconhecimento sobre as tecnologias emergentes, como a biologia sintética. Em Portugal deixa-se a discussão dos novos temas para os círculos científicos e não se lança o debate na esfera pública.

53 Questões de Segurança: Confiança pública nos transgénicos
Curiosamente, em 1999, o ano em que se tentou iniciar a cultura de milho transgénico em Portugal, registou-se um dos maiores índices de oposição. A partir de 2005, altura em que o cultivo de transgénicos recomeçou, é muito significativo o aumento da oposição nacional Evolução da opinião pública portuguesa (azul) e francesa (vermelho) sobre transgénicos entre 1996 e 2010 (Eurobarómetro 2010).

54 Considerações Finais A pesquisa deve, em primeiro lugar, ter em conta a qualidade de vida da população e a preservação do meio ambiente e não os interesses privados e a satisfação económica de alguns grupos. Há falta de conhecimento e informação por parte da população para realizar uma avaliação de risco responsável. A ausência de informação clara e precisa sobre a origem de OGM caracteriza um grave incumprimento do Código de Defesa ao Consumidor. De maior importância são a consciencialização e mobilização da sociedade e o investimento público em pesquisas de biossegurança de forma a ampliar a capacidade de avaliação de riscos e elaboração de normas de segurança que salvaguardem o ambiente e a saúde humana.

55 DESAFIO…

56 Desafio: Debate entre os alunos
Após exposição deste tema e das diferentes perspectivas existentes quanto a esta temática, propomos que organizem a turma em grupos e criem um debate onde poderão abordar alguns dos seguintes tópicos: Os OGM apresentam mais vantagens que desvantagens? Ou o contrário? Os OGM são seguros? A forma de determinar os potenciais riscos dos OGM será totalmente fiável? Quais os pontos de maior preocupação em relação aos OGM? Qual a área de aplicação que achas ser mais positiva e a mais negativa? Portugal deveria produzir mais OGM?

57 Agradecimentos À Casa das Ciências/Fundação Calouste Gulbenkian a concessão de uma bolsa para o desenvolvimento deste trabalho.

58 Créditos Imagéticos Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ( - slide nº1, figura Limão A ciência da vida: Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ( - slide nº1, figura Tomate Paradigma da Matrix: Organismos Geneticamente Modificados ( - slide nº1, figura Milho Organismos Geneticamente Modificados ( – slide nº6-11, figura Banana; slide nº19, figura Algodão; slide nº20, figura Tomate. Eu Gosto de Animais ( - slide nº8-11, figura Cães Desconversa ( - slide nº10-11, figura Cenouras Blog da Terra ( - slide nº12-17, figura Milho Blog do Carlos Britto ( - slide nº16-17, figura Videiras Dom Escobar ( - slide nº18, figura Escherichia coli História do rato de laboratório ( - slidenº18, figura Rato laboratório Um certo Sr.JEAN NICOT ( - slide nº19, figura Planta Nicotiana tabacum Nada se perde, Tudo se transforma ( - slide nº20, figura Arroz Dourado Aline Pic-Taylor. Organismos Transgénicos ( - slide nº 22, figura Microinjecção e Biolistica Biotecnologia e OGM ( - slide nº27, figura Soja e Milho; slide nº39, gráfico Plantas e Animais Transgénicos -slide nº28, figura Feto do rato, Bovino, Suino e Caprino; slide nº29, figura dos Ratos e Salmão; slide nº30, figura Glofish, Planta do tabaco com luciferase e Porco fluorescente Gregory F. (2011) Biologia Vegetal Aplicada – Plant Genetic Engineering: Strategies and Applications – slide nº31, figura Rosas azuis Eduardo Kac ( - slide nº31, figura Coelha Alba e Edunias Água online ( - slide nº36, figura Margarida Silva Plataforma por uma Agricultura sustentável ( - slide nº46, gráfico; slide nº48, gráfico

59 Referências Bibliográficas
Llaguno C. (2001). Genetically Modified Organisms. Science Diliman, 13:1, Edwards T, Guenawan A & Osawa S. (2005). Genetically Modified Organisms. Millis N. (2006). Genetically modified organims. Australian State of the environment committeehttp:// Mayor F. (1992). A Biotecnologia no inicio dos anos noventa: êxitos, perspectivas e desafios. Estudos avançados, 6:16. Aline Pic-Taylor (2009). Organismos Transgénicos. hhttp://pt.scribd.com/doc/ /Organismos-Transgenicos-Ou-OGM-Organismos-Geneticamente-Mod Organismos Geneticamente Manipulados (2009) Plataforma por uma agricultura sustentável (2010) Organismos Geneticamente Modificados (2008) ÉPOCA (2003) How stuff works? (2011) Público: ecosfera (2010) Jornalismo Porto net (2004) GAIA (2007)


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