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A Política do Crescimento gera graves problemas biosféricos!

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Apresentação em tema: "A Política do Crescimento gera graves problemas biosféricos!"— Transcrição da apresentação:

1 A Política do Crescimento gera graves problemas biosféricos!
O Decrescimento pode ser a solução? Qual seria a Política do Decrescimento? Enrique Ortega Laboratório de Engenharia Ecológica, FEA, Unicamp, 27 de agosto de 2010

2 Agricultura e Produção de Alimentos
Uma gestão humana irracional e voraz fez com que os sistemas agrícolas perdessem sua capacidade de renovar a fertilidade natural: Destruição das florestas nativas remanescentes; Uso de adubos naturais de outras regiões; Uso de fertilizantes químicos; Perda da integração entre agricultura, pecuária, silvicultura e cultura ecológica; Excesso de mecanização (perda do trabalho humano rural, êxodo e migrações, favelização); Uso de pesticidas e herbicidas (agrotóxicos); Uso de sementes transgênicas.

3 Modelo agroecológico

4 Inclusão dos custos ocultos para a sociedade
Modelo agroquímico Inclusão dos custos ocultos para a sociedade

5 As externalidades negativas dos sistemas agrícolas exigem serviços adicionais (custos extras) da economia e dos ecossistemas. Por exemplo: os cuidados especiais com as mudanças climáticas. SA Não renováveis Sustentabilidade M S N R3 R2 Renováveis R1 1930 tempo 2030

6 Produção agrícola Investimentos e custos Perda do capital natural Serviços ambientais (Estoques e fluxos de água) Resíduos e dejetos (Gases de efeito estufa) Preço dos produtos Margem de lucro Preço dos insumos Lucro por hectare Concentração de área Concentração da riqueza Problemas sociais e climáticos

7 R N F P Sistema regenerado ecologicamente
Intensificação do uso de insumos externos Sistema degradado sem fertilidade Recursos renováveis R Fluxos agregados de emergia Estoques biológicos N Serviços ambientais F Índices de emergia Feedback da economia Produtos P

8 Agricultura Sustentável e Alimentos
Uma gestão solidária e ecológica dos sistemas agrícolas pode recuperar a capacidade de renovação da fertilidade natural, por meio de: Recuperação das florestas nativas (APP e RL); Uso de adubos locais e reciclagem; Evitar ao máximo o uso de fertilizantes químicos; Reintegração das relações entre agricultura, pecuária, silvicultura e cultura ecológica; Reduzir a mecanização e gerar trabalho humano de boa qualidade; Não usar pesticidas nem herbicidas tóxicos; Não usar sementes transgênicas e, em vez disso, promover os bancos de sementes locais.

9 Após o crescimento: o declínio
A história da civilização mostra um pulso de crescimento provocado pelo uso intenso de recursos não renováveis e pelo consumo predatório de recursos renováveis.  Nós nos encontramos hoje no clímax, o momento máximo do pulso de crescimento. Quais são as etapas seguintes?

10 A visão sistêmica

11 Sintomas do colapso H. T. Odum O estouro da bolha financeira estava previsto, já que não é possível produzir riqueza real somente com dinheiro. A escassez de petróleo, cujo preço disparou às alturas, precedeu e catalisou a explosão da bolha financeira.  A solução adotada (criar dinheiro sem lastro físico) apenas retarda a solução. Não é tempo de tentar fugir precipitadamente e sim de se informar e atuar coletivamente. A reflexão sistêmica da realidade permite visualizar soluções e oferecer conselhos para a inflexão e o declínio.

12 O sistema depende da energia fóssil
No mundo atual, a produção econômica, o estresse ambiental, o compartilhamento da informação, o comércio e a mobilidade das pessoas são coisas de âmbito global e dependem da energia fóssil cujo uso se iniciou 200 anos atrás.

13 Mudou até a forma de pensar
O processo de inovação científica e tecnológica possibilitou a alguns grupos humanos o domínio da enorme potência contida nos combustíveis fósseis. O crescimento da indústria, do comércio e das comunicações mudou nossa visão espacial; hoje em vez de pensar em termos de um território com recursos naturais, com assentamentos rurais e vilas e cidades sustentáveis. Somos levados a pensar e atuar por uma economia global sem avaliar a capacidade de suporte natural.

14 Capacidade de suporte natural
Capacidade de suporte baseada em estoques de duração curta Capacidade de suporte natural

15 Um novo olhar é necessário: Emergia: a medida biosférica do ‘valor’
A emergia é a medida do trabalho que a natureza realiza, através de processos físicos, biológicos e humanos, para produzir um recurso. O trabalho incorporado constitui a energia útil do recurso. Para medir a emergia de um recurso é necessário conhecer as transformações de energia e materiais que ocorrem nos ecossistemas e na biosfera. A metodologia emergética exige a elaboração de diagramas para representar os fluxos de energia, materiais e informação nos ecossistemas.

16 Diagrama de fluxos de emergia da biosfera

17 Fluxos de energia na biosfera sem a civilização humana
Y = 3,93 + 3,83 + 8,06 Emergia total: 15,82 A intensidade emergética de um recurso na biosfera é denominada Transformidade Fluxos internos da biosfera

18 Fluxos de energia com a civilização humana
Y = 15, ,3 Emergia total: 50,12 Consumo atual = 3 Planetas

19 Diagrama de fluxos de energia em um ecossistema antrópico não renovável

20 Importância do uso da emergia
Podemos converter qualquer fluxo de recursos que ocorra na Biosfera em termos de emergia (Joules de energia solar equivalente, seJ) Considerando: Se temos o valor do fluxo em unidades de massa ou energia, podemos usar sua Transformidade para obter seu valor em emergia solar equivalente.

21 Exemplo de tabela de transformidades (emergia por unidade, EPU)
ITEM (* indicates secondary source) YEAR PLACE UNIT TRANSFORMITY (apply 1.68 factor for items calculated before 2000) REFERENCE (endnote format) Total renewable emergy flow 2000 15.83 E24 sej/yr [Odum, 2000, Folio #1] Sunlight World sej/J 1,00E+00 Deep earth heat, J 1,20E+04 Tidal energy, J 7,39E+04 Wind circulation (Global), J 2,45E+03 Rain, precipitation on land (Global), g sej/g 1,45E+05 Rain, precipitation on land (Global), J 3,05E+04 Average river flow, g 4,00E+05 Average river geopotential, J 4,70E+04 Average river chem. Energy, J 8,10E+04 Water withdrawal 1996 USA 4,10E+04 [Odum, 1996, accounting]

22 Colocando todos os fluxos em termos de emergia (seJ) pode-se calcular a renovabilidade de um sistema produtivo

23 Análise sistêmica da sustentabilidade
Acoplamento dinâmico (cíclico) entre a biocapacidade (produção renovável) e consumo

24 A perspectiva científica da Ecologia de Sistemas:
Na natureza se estabelece um sistema cíclico através do qual se consegue o equilíbrio dinâmico entre os consumidores e seu meio. Os sistemas de Produção e Consumo podem ser sustentáveis ... mais eles devem ser auto-ajustados. O consumo depende da capacidade natural de produção .. que é limitada! O consumo deve ser limitado!

25 Alimentos, fibra e energia
Metabolismo Campo-Cidade Materiais não renováveis Efluentes, emissões Produtos e serviços da economia urbana Serviços ambientais Alimentos, fibra e energia Resíduos Efluentes, emissões Maiores efluentes e emissões (produção industrial com novas entradas Serviços ambientais adicionais (população maior) → Déficit Consumo da cidade > Produção do campo

26 A produção rural exige um projeto de Engenharia Agroecológica
A1: Área para alimentos, fibra, animais e produção de energia A2: Área para fornecer serviços ambientais locais e regionais A3: Área para absorção do impacto social e ambiental.

27 Sistemas integrados: agricultura, suinocultura, silvicultura e alagados.

28 A auto-regulação da biosfera.
Por meio da auto-organização, os sistemas desenvolvem os componentes e interações que maximizam o fluxo de potencia emergética útil. Na natureza prevalecem os sistemas cuja estrutura se adapta para usar a potência disponível (que varia com o tempo) mudando a forma de produção e consumo, reforçando a entrada dos recursos vitais e usando-os eficientemente. O potencial e a qualidade dos recursos da biosfera mudou .... e está em situação crítica! A sociedade global deve se adequar a nova situação rapidamente.

29 A visão sistêmica

30 Ciclagem de resíduos, efluentes e emissões. Efeito estufa controlado

31 Aquecimento acima de 2C: perda das funções de regulação dos ciclos biogeoquímicos da biosfera

32 Conceitos para o declínio próspero.
A energia é a base do funcionamento de todos os sistemas (incluindo as sociedades humanas) porém a energia pode ser renovável ou não. 2. Hoje os combustíveis fósseis fornecem mais emergia ao mundo do que todas as outras fontes renováveis somadas. 3. Os gradientes de energia (renovável ou não) geram auto-organização que pode ser renovável ou não. 4. O uso de energia fóssil durante dois séculos resultou em uma grande presença humana no mundo.

33 Nenhuma energia renovável pode competir com a quantidade, qualidade e saldo líquido da energia dos combustíveis fósseis. O “Pico de Extração de Petróleo” vai gerar saldos cada vez menores de energia líquida, isso significa que o crescimento que ocorreu nos 200 anos passados dará lugar a um clímax temporário e logo depois a um grande declínio. Os componentes da sociedade humana global também vão ter um pico e depois irão contrair a diferentes taxas.

34 Quando a humanidade decidir abandonar o paradigma de crescimento e adotar o paradigma da transição para o Desenvolvimento realmente Sustentável haverá então as condições para o esclarecimento e será recuperada a capacidade de auto-organização. Há muitas coisas que podemos fazer para sustentar nossas nações durante a transição. Há muita coisa a fazer para cuidar de nosso sustento durante a transição. Há muito que fazer para conseguir um declínio ‘próspero’ global. Durante o declínio teremos que reorganizar as cidades e reintegrá-las com as regiões rurais que estão em torno delas.

35 Devem ser estabelecidas “Políticas Públicas para o Decrescimento” para as cidades poderem enfrentar o declínio de forma próspera. A paisagem e os assentamentos humanos devem ser reorganizados visando o aproveitamento mais racional do ciclo hidrológico e dos recursos locais. Durante o declínio precisaremos recuperar a cobertura biótica, a fertilidade natural, a produtividade ecossistêmica, a diversidade e os assentamentos humanos no meio rural.

36 E finalmente, de forma paradoxal:
Durante o declínio deve-se preservar o conhecimento dos diversos estágios da civilização humana para serem usados no futuro, quando os ecossistemas recompostos permitir novos pulsos de crescimento. Assim como foi feito pelos monastérios da Europa na Idade Média que preservaram a Cultura Grega mesmo sem a compreender nem a usar.

37 Juramento do Engenheiro
Prometo que, no cumprimento do meu dever profissional não me deixarei cegar pelo brilho excessivo da tecnologia, esquecendo-me completamente de que trabalho para o bem da Humanidade e não da máquina. Respeitarei a Natureza, evitando projetar equipamentos e processos que destruam o equilíbrio ecológico ou poluam o meio ambiente. Colocarei todo o meu conhecimento científico em prol do conforto e desenvolvimento do ser humano. Assim sendo, estarei em paz, comigo e com Deus. Prometo ainda, dignificar a minha profissão, consciente das responsabilidades, observando a ética e o respeito à pessoa humana, objetivando o desenvolvimento social para a grandeza do Brasil.

38 A universidade está formando profissionais para dar conta do juramento de Hipocrates ?
Não! Ela está impedida de cumprir seu papel! Projeto Político-Pedagógico obsoleto; Estrutura funcional inadequada; Isolamento dos departamentos e dos núcleos; Falta de uma visão científica sistêmica por parte do corpo docente; Falta de projetos transversais integradores; Falta de abertura para adquirir uma consciência crítica; Falta de cobrança da sociedade.

39 Conhecimento para maximizar e acelerar o lucro individual
Desorganização das estruturas da natureza e caos social (aumento rápido da entropia)

40 Recomposição das estruturas da natureza e equilíbrio social (homeostase dinâmica)
Entender os processos ecológicos e biosféricos para uma produção renovável e um consumo sustentável

41 Ensino intensivo de uma única disciplina
Profissionais universitários alunos Sem integração de saberes e conhecimentos Ciências humanas Ecologia de Sistemas Ciências biofísicas

42 Ensino multi- disciplinar com integração de saberes e ações
Profissionais universitários alunos Departamentos (disciplinas) Unidades Atividades integradoras transversais Exterior: População Natureza Ciências humanas Ecologia de Sistemas Ciências biofísicas

43 Sugestões: Ajudar a sociedade a se organizar para cobrar um novo comportamento de suas instituições; Promover a abertura para a consciência crítica; Refazer (atualizar) o projeto Político-Pedagógico da Educação Pública; Criar condições para o corpo docente incorporar a visão científica sistêmica; Criar projetos transversais integradores importantes para a sociedade e a natureza; Integrar as instâncias das estruturas por meio de atividades transdisciplinares; Readequar a estrutura funcional.


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