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A Consciência Mítica “O sono da razão produz monstros” F. Goya

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Apresentação em tema: "A Consciência Mítica “O sono da razão produz monstros” F. Goya"— Transcrição da apresentação:

1 A Consciência Mítica “O sono da razão produz monstros” F. Goya
Goya: "O sono da razão produz monstros" Interpretação de Sergio Paulo Rouanet: “A coruja tirânica que quer impor sua vontade ao artista é a razão narcísica do hiper-racionalismo. Os morcegos são as larvas e os fantasmas do irracionalismo. Dois animais deficitários, truncados. O morcego tem uma audição aguda, mas é cego. A coruja enxerga de noite, mas não de dia. Falta um terceiro animal na zoologia de Goya, mais completo. Não, não falta. Ele está no canto direito, enorme, olhando fixamente o espectador. É um gato. O gato ouve tudo e tem uma visão diurna e noturna. Sabe dormir e sabe estar acordado. E sabe relacionar-se com o Outro, sem arrogância, ao contrário do seu primo selvagem, o tigre, e sem servilismo, ao contrário do seu inimigo domestico, o cão. É a perfeita alegoria da razão dialógica, da razão que despertou do seu sonho, é atenta a todos os sons e todas as imagens, tanto do mundo de vigília como do mundo onírico, e conversa democraticamente com todas as figuras do Outro, sem insolência e sem humildade” (ROUANET, Sergio Paulo. A Deusa Razão. In: NOVAES, Adauto (Org.) A Crise da Razão. São Paulo: Companhia das Letras; Brasília, DF: Ministério da Cultura; Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte, 1996, pp ) O Sono da Razão produz Monstros, Frederico Goya

2 A perspectiva dos “civilizados”
Tendência de inferiorização dos povos tribais: sem-escrita, sem Estado, sem comércio”, sem história” Claude Lévi-Strauss (antropólogo): “primitivo”. Povos diferentes, não inferiores

3 O mito entre os “primitivos”
Senso comum: mito como maneira fantasiosa de explicar a realidade, de modo não justificado pela razão Inferiorização da idéia de mito como lendas, fábulas, crendices, forma menor de conhecimento Processo de compreensão da realidade: o mito não é lenda, mas verdade, intuída, pela fé e crença, emotiva e afetiva Mythos (poeta-rapsodos): narrativa da origem de algo (genealogia), “dizer o mundo”, desejo humano, angústia, desconhecido, medo e morte

4 As funções do mito Modelos de construção mítica do real: de natureza sobrenatural (deuses explicam origem e natureza dos fatos) Forma sobrenatural de descrever a realidade: Maneira mágica da ação do “primitivo” agir sobre o mundo Ritos de pasagem: função social, nascimento, infância, idade adulta, casamento, morte

5 Primitivo e a consciência de si
Comunidades tribais: a experiência individual não se separa da experiência da comunidade Princípio de individuação depende da preponderância do coletivo Adaptação acrítica do indivíduo à Tradição Ritos de purificação: bode expiatório Édipo Rei, de Sófocles –exemplo de tabu, transgressão, incesto

6 O mito hoje O advento da consciência filosófica e cientifica matou a consciência mítica? Augusto Comte, filósofo francês século XIX d.C.: abandono das formas míticas e religiosas, opõe mito a razão (fracasso) Positivismo: mito do cientificismo Ciência como única forma de saber possível (progresso, objetividade e neutralidades científicas)

7 O mito hoje: conclusão Mito: forma fundamental do viver humano; ponto de partida para a compreensão do Ser O mito é nossa primeira leitura de mundo: outras interpretações do Real não o excluem como a raiz Mitos da indústria cultural (James Dean, Marilyn Monroe), Super-heróis Mito político: Nazismo, Romantismo Mito não é mentira: forma do existir, mito e razão se complementam

8 Do Mito à Razão Filosófica
Mitos: oralidade, sem escrita, tradição Homero e Hesíodo: Epopéias séculos IX e VIII a.C. Ilíada: guerra de Tróia Odisséia: retorno de Odisseus ou Ulisses, rei de Itaca Teogonia: nascimento dos deuses Terra: Gaia, Céu: Urano; Ponto: Mar Surgimento a partir do Caos

9 Mito e Filosofia: Continuidade ou Ruptura?
Mythos: mytheos (contar, narrar, falar algo para os outros em público) Poeta rapsodo, escolhido pelos deuses O mito é uma Cosmogonia ou Teogonia Nascimento do universo ou deuses Pai e a mãe das coisas e seres: relações de cópula entre forças divinas pessoais Rivalidade ou aliança entre deuses (Ilíada) Recompensas ou castigos divinos (Prometeu)

10 Mito e Filosofia: continuidade ou ruptura?
A Filosofia, ao surgir, é uma COSMOLOGIA, explicação racional sobre origem do mundo e das causas das transformações e repetições das coisas Século XIX: Positivismo – A filosofia significou uma ruptura radical com os mitos, primeira explicação científica Ocidental da realidade Século XX: antropologia e história – mito e organização social e cultural; Filosofia como racionalização lenta e gradual do MITO

11 Diferenças entre Mito e Filosofia
1. Mito: Narra as coisas como eram/tinham sido no passado imemorial, longinquo e fabuloso 1. Filosofia: se preocupa em explicar como e porque as coisas são, no presente, passado e futuro (totalidade do tempo) 2. Mito: narra origem por meio de genealogias, rivalidades entre forças divinas sobrenaturais 2. Filosofia: explica através Causas naturais

12 Diferenças entre Mito e Filosofia
Mito: as contradições, o fabuloso e o incompreensível fazem parte da natureza religiosa do narrador Filosofia: a explicação deve ser lógica, coerente e racional; a autoridade não vem da pessoa do filósofo, mas da Razão, comum a todos seres humanos

13 Édipo Rei e o tabu do incesto

14 Édipo e a Esfinge

15 Prometeu acorrentado

16 Cronos devorando seus filhos


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