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Maria José Esteves de Vasconcellos

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Apresentação em tema: "Maria José Esteves de Vasconcellos"— Transcrição da apresentação:

1 Maria José Esteves de Vasconcellos
Repensando conceitos e práticas sistêmicas com famílias, redes sociais e comunidades, a partir da perspectiva sistêmica novo-paradigmática Parte I Pensamento Sistêmico Novo-Paradigmático Maria José Esteves de Vasconcellos Bom Sucesso/MG - 28/29 de janeiro de 2016

2 Maria José Esteves de Vasconcellos
1ª apresentação pública da concepção de que : “O pensamento sistêmico pode ser considerado como o novo paradigma da ciência” P e n s a m e n t o S i s t ê m i c o c o m o “Novo Paradigma da Ciência” Maria José Esteves de Vasconcellos Mesa Redonda “Pensamento sistêmico: terapia familiar e outras práticas”, promovida por: ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento e EquipSIS – Equipe Sistêmica, Belo Horizonte,

3 Maria José Esteves de Vasconcellos
Pensamento Sistêmico O novo paradigma da ciência ª edição revista e atualizada 2013 2ª reimpressão 2015 Maria José Esteves de Vasconcellos

4 No afazer científico distinguimos: Epistemologia, Teoria, Prática
EPISTEMOLOGIA – PARADIGMA – PENSAMENTO: conjunto de pressupostos/crenças TEORIA: conjunto de princípios explicativos do fenômeno de interesse PRÁTICA: ação do profissional/cientista em relação ao fenômeno de interesse

5 Prática Científica / Aplicação da Ciência
Tradicionalmente: Epistemologia (ramo da Filosofia) responde à pergunta “ como conhecemos? ” Prática Científica / Aplicação da Ciência Teoria Científica (fundamentos teóricos da prática) Epistemologia (pressupostos epistemológicos ) Filosofia da Ciência

6 Epistemologia científica
Hoje temos uma epistemologia científica, advinda dos Laboratórios de Biologia Experimental (Maturana) Laboratórios de Cibernética (Heinz von Foerster), que responderam cientificamente à pergunta pelo conhecer, trazendo para o âmbito da ciência as questões (antes filosóficas) referentes ao “sujeito do conhecimento”.

7 Contemporaneamente, no domínio linguístico da Ciência
Epistemologia, Teoria, Prática científicas teoria científica prática epistemologia

8 Fundamentos da Prática: Epistemologia? Teoria?
EPISTEMOLOGIA E TEORIA fundamentam a PRÁTICA: fundamentos epistemológicos e fundamentos teóricos Minha EPISTEMOLOGIA (minhas crenças) ME IMPLICA: Vivo desconforto se agir de modo incoerente com ela Uma TEORIA (não faz parte de mim) EU APLICO, para compreender o fenômeno do meu interesse

9 PENSAMENTO SISTÊMICO Considero o Pensamento Sistêmico (fundamento epistemológico para a prática), como equivalente de: Paradigma Pressuposto (epistemológico) Crença Premissa Verdade Preconceito Visão de mundo ...

10 Paradigmas no nosso cotidiano
Paradigmas funcionam como auto-instrução Podem dificultar a solução de problemas simples

11 Ligue os nove pontos, sem tirar o lápis do papel, com apenas quatro segmentos de reta

12 A solução do problema requer uma
quebra de paradigma: que se ultrapassem os limites

13 Situações simples que pedem “quebra de paradigma”
Buscando a construção de frases: Cão que ladra ... Quem fala demais ... Quem não arrisca ... Quando um não quer ... Quem vai na frente ...

14 Quebrando o “paradigma de provérbios”
Cão que ladra, (não morde) incomoda o vizinho ajuda a prevenir afasta as visitas Quem fala demais, (dá bom dia a cavalo) distrai a plateia

15 Quebrando o “paradigma de provérbios”
Quem não arrisca, (não petisca) perde oportunidades Quando um não quer, (dois não brigam) não há casamento Quem vai na frente, (bebe água limpa) guia o pelotão ajuda a prevenir

16 Vemos o mundo através de nossos paradigmas
Paradigmas nos limitam: “paralisia de paradigma” “doença fatal de certeza” Paradigmas nos facilitam: focalizam nossa atenção recortam em detalhes a informação

17 Paradigmas focalizam nossa atenção
Paradigmas recortam a informação O carro se estraga, levando quatro técnicos: Mecânico: A caixa de câmbio deve ter estourado Químico: O combustível deve estar alterado Eletricista: A bateria deve ter descarregado T. Informática: Vamos sair do carro e entrar de novo?

18 Paradigmas contraditórios podem dificultar:
O trabalho em equipe (dividir ou não o trabalho?) 1 . O trabalho dividido fica mais leve. 2. Panela onde muitos metem a colher não dá bom caldo. As relações conjugais (como aplicar economias do casal?) 1. Um homem prudente vale por dois. 2. Quem não arrisca, não petisca.

19 Como nasce um paradigma?
Os cientistas e os macacos

20 Visão de mundo / Paradigma / Preconceito
Interessante na visão de mundo de uma sociedade é que os indivíduos não têm consciência de como ela afeta o modo de perceberem e fazerem as coisas. Somos tão presos no nosso paradigma que qualquer outro modo de ver, pensar ou fazer parece fatalmente inaceitável. (Jeremy Rifkin) É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. (Albert Einstein)

21 A ciência também tem paradigmas
O paradigma da ciência é constituído de crenças e valores (visão de mundo), critérios de cientificidade, pressupostos epistemológicos, ( não demonstráveis cientificamente ), em que os cientistas fundamentam seu trabalho

22 O paradigma da ciência interessa também aos leigos
“A ciência desempenha um papel central na validação do conhecimento em nossa cultura ocidental e, portanto, em nossas explicações e compreensão dos fenômenos...” Humberto Maturana - A ontologia da realidade, 1997

23 Paradigma da ciência tradicional
Distingo 3 pressupostos que constituem a visão de mundo tradicional: Simplicidade (do microscópico) : análise relações causais lineares Estabilidade (do mundo): determinismo - previsibilidade reversibilidade - controlabilidade (Possibilidade da) Objetividade: subjetividade entre parênteses uni-versum

24 A ciência tradicional (liderada pela Física) baseada em seus três pressupostos:
I – fragmenta o sistema e usa a lógica clássica (simplicidade) II – para conhecer as regras do funcionamento (estabilidade) III – de como o sistema é na realidade (objetividade)

25 Essa ciência teve sucesso, mas ...
“Quando o homem comum (o homem da rua) começou a acreditar inteiramente na ciência e a adotar seus pressupostos (perguntando “isso é científico?” “já está provado cientificamente ?”), o cientista (o homem do laboratório) começou a perder a fé nesses pressupostos”. Bertrand Russell, “The Scientific Outlook”, apud Jeremy Rifkin, 1981

26 Evidências surgem nos laboratórios (anos 60/70)
Micro-física (Niels Bohr – questão da contradição lógica) partícula é onda/corpúsculo Termodinâmica (Boltzman – questão da desordem) agitação desordenada das moléculas Física quântica (Heisenberg – questão da objetividade) princípio da incerteza

27 Evidências surgem nos laboratórios (anos 60/70)
Físico-química (Prigogine – saltos qualitativos do sistema) Biologia experimental (Maturana – objetividade entre parênteses) Física cibernética (Heinz von Foerster – sistemas observantes) Bio-física (Henri Atlan – complexidade)

28 Novo paradigma da ciência
Distingo 3 novos pressupostos que constituem o novo paradigma da ciência: Complexidade: contextualização causalidade recursiva Instabilidade: indeterminação - imprevisibilidade irreversibilidade - incontrolabilidade Intersubjetividade: objetividade entre parênteses pluri-versa

29 Para mudar nosso paradigma
Do paradigma tradicional da ciência Ao pensamento sistêmico, como novo paradigma da ciência Precisamos “exercícios para manter a mente sistêmica”, para pensar com novos pressupostos

30 Nas nossas práticas, o paradigma tradicional nos leva a:
I – separar o todo em partes e localizar o problema numa das partes II – procurar a causa do fenômeno / problema / dificuldade III – buscar a verdade sobre o que está acontecendo

31 Aplicando os exercícios para pensar sistemicamente
Vamos tomar, um a um, os pressuposto do paradigma tradicional, para vermos: Como aprendemos a pensar, com o paradigma tradicional O que muda, quando passamos a pensar sistemicamente

32 1º Pressuposto Tradicional: profissional fragmenta o todo; localiza o problema
O mecânico, quando a máquina não funciona, desmonta-a e localiza o defeito O médico, perdendo a visão do conjunto, diz: seu problema é o coração

33 Com a visão tradicional, nas questões relacionais, focalizamos o indivíduo
A Família, buscando atendimento para um de seus membros, diz: “Na nossa família, o problemático é o Fulano” O Profissional, atendendo esse Fulano individualmente, confirma-o como portador do problema

34 Com a Visão Sistêmica, ampliamos o foco e focalizamos as RELAÇÕES
PAI MÃE IRMÃO CRIANÇA

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40 Com a Visão Sistêmica, ampliamos o sistema a ser atendido
MÃE CRIANÇA Pai Escola

41 Com a Visão Sistêmica, ampliamos o sistema a ser atendido
Se um pai sistêmico é procurado por seu filho, com queixa de seu irmão, convidará para uma conversação conjunta esse filho e seu irmão.

42 Com a Visão Sistêmica, ampliamos o sistema a ser atendido
Se o profissional sistêmico é procurado por um aluno, com queixa de seu professor, convidará para uma conversação conjunta o aluno e o professor.

43 Com a Visão Sistêmica, ampliamos o sistema a ser atendido
Se o gestor sistêmico é procurado por um funcionário, com queixas de seu supervisor, convidará para uma conversação conjunta o funcionário e o supervisor.

44 Pensando sistemicamente: (1o exercício)
Amplio o foco (Proíbo-me de manter o foco no indivíduo) Focalizo as relações Identifico regras de relação: contextualizo Trabalho com o “sistema linguístico que se constitui em torno da situação-problema”

45 2º Pressuposto Tradicional: profissional busca a causa (a explicação)
No indivíduo (constituição biológica ou psicológica) No passado (acontecimentos traumáticos) No ambiente (determinantes ambientais)

46 Com a visão tradicional, mesmo a multicausalidade é linear, unidirecional
PAI (agride) MÃE IRMÃO (superprotege) (compete) CRIANÇA COM DIFICULDADES

47 Com a visão tradicional, pontuamos as sequências de interações
B B B Ele A A A Ela B B B B B B A A A A A A

48 Com a Visão Sistêmica, vemos o INDIVÍDUO na RELAÇÃO
HOMEM ESPOSA COLEGA dominador dócil

49 Pensando sistemicamente: (2o exercício)
Descrevo com o verbo estar (Proíbo-me de usar o verbo ser) O que está acontecendo agora? Como cada um está participando? Como eu posso mudar na relação com ele?

50 Iniciando a mudança “O que mantém as pessoas paralisadas é
não enxergar sua própria participação nos problemas que as atormentam. O que as liberta é perceber seu papel nos padrões que as amarram”. (Minuchin, 1993)

51 3o Pressuposto Tradicional: profissional busca a realidade tal como é
Perseguimos e exigimos objetividade Perseguimos a verdade sobre os fatos Acreditamos que cada especialista tem um acesso privilegiado a uma fatia da realidade

52 Com a visão tradicional: todos perseguimos a verdade
Na discordância: um está certo, o outro errado Recorremos a testemunhas dos fatos Esperamos pela palavra do especialista, a quem cabe orientar

53 Ilusão/alucinação x percepção?
Encenação* sobre a presença ou não de uma pessoa na sala Como embasar a afirmação de que a pessoa está na sala? * A experiência/encenação está descrita por Esteves de Vasconcellos, na obra: Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais. Vol I Fundamentos Teóricos e Epistemológicos, p

54 O que vivenciei aqui, evidencia:
É IMPOSSÍVEL A OBJETIVIDADE 1 – Não tenho como distinguir, na minha experiência, uma “percepção” de uma “alucinação” 2 – A “realidade” emerge na conversação

55 Biologia do Conhecer Experimentos em laboratório: as cores
a salamandra a pós-imagem

56 Biologia do Conhecer Experiência das sombras coloridas*
* A experiência está descrita em Esteves de Vasconcellos, M. J. Pensamento Sistêmico. O novo paradigma da ciência, p. 136.

57 Biologia do Conhecer Experiência com a salamandra*
* A experiência está descrita em Maturana e Varela. A árvore do conhecimento. As bases biológicas do entendimento humano.Editorial Psy II, 1995, p. 156

58 EXPERIMENTANDO A PÓS-IMAGEM
Fixe o olhar nos pontinhos centrais por algum tempo e, em seguida, desloque rapidamente o olhar para a superfície branca ao lado

59 EXPERIMENTANDO A PÓS-IMAGEM
Fixe o olhar no centro da imagem por algum tempo e, em seguida, desloque rapidamente o olhar para a superfície branca ao lado

60 Pós-imagens As pós-imagens que você viu foram da tela para seu olho ou do seu olho para a tela? Sua experiência visual foi uma percepção ou uma alucinação?

61 Em experimentos de laboratório, a Biologia do Conhecer evidencia:
É IMPOSSÍVEL A OBJETIVIDADE nossa constituição biológica: somos seres vivos fechados estruturalmente  nos impede de falar de um mundo objetivo nossa constituição humana: somos seres vivos dotados de linguagem  nos permite coconstruir conhecimento do mundo

62 Nenhum observador pode falar de uma realidade objetiva
NÃO EXISTE A REALIDADE INDEPENDENTE DE UM OBSERVADOR “Tudo é dito por um observador” (Maturana - biólogo) “a outro observador” (von Foerster - ciberneticista)

63 ninguém tem acesso privilegiado à realidade
Com a Visão Sistêmica, reconhecemos que “tudo é dito por um observador” Não existe realidade independente do observador: ninguém tem acesso privilegiado à realidade Não existe verdade objetiva: ninguém é autoridade para falar da verdade Não há como validar minha percepção / ação: ninguém pode garantir que está certo

64 Visão novo-paradigmática
Se “tudo é dito por um observador”, é o profissional que distingue a complexidade – que faz emergir o sistema (vê relações) distingue a instabilidade nos sistemas da natureza (vê sistemas autônomos) distingue sua própria relação com o que vê (vê-se coconstruindo tudo na linguagem)

65 Com a Visão Sistêmica, abrem-se para nós dois caminhos explicativos
Caminho explicativo da objetividade Caminho explicativo da objetividade entre parênteses A realidade A verdade Uni-versum Muitas realidades Muitas verdades Multi-versa

66 Com a Visão Sistêmica, reconhecemos que:
Percebemos e agimos a partir das possibilidades contidas em nossas estruturas Nossas estruturas (suas possibilidades) mudam: quando interagimos / vivemos experiências quando refletimos sobre nossas experiências

67 Com a Visão Sistêmica, reconhecemos que: Coconstruímos “realidades”/”verdades”
Das conversações emerge: Ou um problema: TDAH Comportamento patológico (“laudado”) Ou uma característica comum: Curiosidade Comportamento normal, desejável “Problemas” emergem na linguagem

68 Com a Visão Sistêmica, reconhecemos que: Coconstruímos “realidades”/”verdades”
As características das pessoas (como as cores e a presença de objetos / pessoas) emergem nas conversações CONVERSANDO, rotulando, nomeando, fazemos emergir as características dos outros, “realidades” pelas quais somos co-responsáveis

69 Com a Visão Sistêmica: Legitimamos o outro, como uma implicação
Se não há critério objetivo para validar a minha verdade / percepção para me considerar superior ao outro Se somos apenas diferentes um do outro Implicação: Reconheço como legítimas as verdades / percepções / ações do outro

70 Com a Visão Sistêmica Conversações serão transformadoras
Se legitimo o outro, disponho-me a conversar sobre nossas diferenças sem acusá-lo de incompetência ou maldade criando um contexto de CONVERSAÇÕES TRANSFORMADORAS

71 Com a Visão Sistêmica, O profissional tem nova identidade
De: especialista em soluções em programas a serem implantados Para: “expert na criação de contextos” de conversação, de autonomia, colaborativos de coconstrução de soluções “coordenador de conversações transformadoras”

72 Pensando sistemicamente: (3o exercício)
Legitimo a verdade do outro (Proíbo-me de responder começando com um “não”) Reconheço, genuinamente, a verdade do outro Focalizo minha relação com o outro Pergunto-me pela minha participação na situação Coconstruo a “verdade” com o outro

73 uma implicação do meu novo paradigma
Viver eticamente, uma implicação do meu novo paradigma “RECONHEÇO (GENUINAMENTE) O OUTRO, COMO LEGÍTIMO OUTRO, NO MEU ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA” (H. Maturana) Vivo na aceitação mútua, compartilho e coopero, VIVO NA EMOÇÃO DO AMOR

74 Distinguindo uma convergência entre domínios linguísticos diferentes
domínio linguístico da nova ciência “reconhecer o outro como legítimo no meu espaço de convivência” AMOR domínio linguístico das religiões “amar o outro como a mim mesmo” AMOR

75 Vivendo eticamente Profissional atua eticamente / assume responsabilidade - não por estar prescrito em códigos/ estatutos - sim, como implicação de ter adotado o PENSAMENTO SISTÊMICO NOVO-PARADIGMÁTICO

76 Uma epistemologia científica para nosso viver
Ciência tradicional epistemologia filosófica (filosofia da ciência) epistemologia para a ciência (para atuar cientificamente) Ciência contemporânea epistemologia científica (ciência da ciência) epistemologia para a vida (para ver e agir no mundo)

77 Nossas visões do mundo, e de nós mesmos,
Mudando paradigmas Nossas visões do mundo, e de nós mesmos, fazem com que tenhamos “pontos cegos”, que não vejamos que não vemos Só quando alguma interação nos tira do óbvio e nos permitimos refletir, nos damos conta da quantidade de relações que tomávamos como garantidas. Maturana e Varela - “A árvore do conhecimento”

78 “Pensando (...), a partir da mudança de paradigma ...”
Essa mudança de paradigma – que pode nos levar a uma visão sistêmica de mundo, a uma nova forma de estar no mundo – é o tema do livro: Pensamento Sistêmico. O Novo Paradigma da Ciência

79 O profissional novo-paradigmático e a prática
Profissional sistêmico novo-paradigmático desenvolve novas práticas - não porque a ciência o exija - sim, como implicação de suas novas crenças (práticas consistentes com sua epistemologia)

80 Metodologia de Atendimento Sistêmico
Uma metodologia para a PRÁTICA SISTÊMICA NOVO-PARADIGMÁTICA consistente com o PENSAMENTO SISTÊMICO NOVO-PARADIGMÁTICO fundamentada em CONCEITOS TEÓRICOS SISTÊMICOS NOVO-PARADIGMÁTICOS

81 A Metodologia está apresentada na obra:
Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais Vol I – Fundamentos teóricos e epistemológicos Vol II – O processo de atendimento sistêmico (Tomos I e II) Vol III – Desenvolvendo práticas com a Metodologia de Atendimento Sistêmico Belo Horizonte, Ed Arte & Prosa, 2005, 2007, 2010

82 Maria José Esteves de Vasconcellos
Juliana Gontijo Aun Maria José Esteves de Vasconcellos Sônia Vieira Coelho Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais Vol. I ª ed 2012 Vol. II 2007 Vol. III 2010 Maria José Esteves de Vasconcellos

83 Mudança de paradigma, uma revolução científica que está em curso
“ ... das revoluções científicas (...) ocorridas no decorrer dos últimos cem anos, ... até hoje, somente poucos tomaram plena consciência de toda sua extensão...” Ernst von Glasersfeld - Adeus à objetividade, 1991

84 Meu convite à reflexão... ... sou um dentre os poucos que estão tendo oportunidade de refletir sobre a extensão do processo de revolução científica que está em curso ... ... que vou fazer dessa oportunidade? ... vou me engajar como “revolucionário”? ... COMO ?

85 CONTATOS

86 Parte II e os profissionais que lidam com relações humanas
Repensando práticas sistêmicas com famílias, redes sociais e comunidades, a partir de uma perspectiva sistêmica novo-paradigmática Parte II A Metodologia de Atendimento Sistêmico e os profissionais que lidam com relações humanas Maria José Esteves de Vasconcellos Bom Sucesso/ MG - 28/29 janeiro 2016

87 Os profissionais e a demanda
Profissionais que atuam nas políticas sociais (e, em geral, todos os que lidam com relações humanas) são procurados por pessoas / famílias / instituições / empresas que vivenciam situação-problema

88 Os profissionais e a demanda
O profissional é considerado “expert” em soluções “autoridade” no assunto “especialista” em um tipo de situação-problema Admite-se que ele tem acesso privilegiado a “uma fatia da realidade”

89 O bom profissional Segundo expectativas tradicionais:
É capaz de produzir mudança na situação-problema Detém poder de “mudança do sistema” Exerce seu poder agindo sobre o sistema, para que aconteçam mudanças desejadas

90 O bom profissional Correspondendo às expectativas, exerce seu poder:
Informando Prescrevendo Conscientizando Treinando Ensinando Dirigindo Orientando Resolvendo conflitos Convencendo

91 Profissional tem vivido situação paradoxal
Se quer autonomia do usuário Se acredita ter o poder e dever de “conseguir” mudança Emerge situação paradoxal (sem saída) - para o usuário - para o profissional

92 A situação paradoxal Para o usuário:
“Como ser autônomo (agir por iniciativa própria) se estou recebendo instruções sobre como agir”? Para o profissional: “Como atuar, sendo competente e responsável pela mudança do usuário, se ele é quem deve assumir responsabilidade por sua própria mudança?”

93 Além disso... Trabalhando em contexto de pobreza, violência, histórias de miséria e degradação humana Identificado pelas famílias como promotor de infelicidade ou mero doador de benefícios (como “parte do sistema”) Vivencia: angústia, sentimento de impotência, desesperança, passividade , desânimo Convence-se de que sua formação não é aplicável

94 Surgem perspectivas para uma atuação diferente
Está acontecendo uma mudança de paradigma na ciência …

95 Evidências nos laboratórios científicos (1960/1970):
Cientistas estão sendo levados a questionar: Compartimentação do saber Possibilidade de interação instrutiva com seres humanos (vivos são autônomos) Possibilidade de acesso a realidades objetivas

96 Mudança de paradigma da ciência
Diante das novas evidências, os cientistas reveem seus pressupostos tradicionais assumem novos pressupostos

97 Cientistas ultrapassam pressupostos tradicionais
O pressuposto da Simplicidade do microscópico O pressuposto da Estabilidade do mundo O pressuposto da possibilidade da Objetividade

98 Cientistas assumem novos pressupostos
Que constituem o novo paradigma da ciência: complexidade: contextualização causalidade recursiva instabilidade: indeterminação - imprevisibilidade irreversibilidade - incontrolabilidade intersubjetividade: objetividade entre parênteses pluri-versa

99 Visão sistêmica novo-paradigmática
Com pensamento novo-paradigmático, cientista ultrapassa a crença na objetividade e no realismo do universo Reconhece-se participando de toda construção do conhecimento de toda realidade que emerge nessa construção

100 Visão novo-paradigmática
Se “tudo é dito por um observador”, é o profissional que distingue a complexidade – faz emergir o sistema (vê relações) distingue a instabilidade nos sistemas da natureza (vê sistemas autônomos) distingue sua própria relação com o que vê (vê-se coconstruindo tudo na linguagem)

101 O olhar do profissional faz emergir o sistema/rede
“A família não existe. Vemos a família porque somos especialistas em vê-la”. (Sluzki) Parafraseando Sluzki: “O sistema não existe. Vemos o sistema porque somos especialistas em vê-lo”. “A rede não existe. Vemos a rede porque somos especialistas em vê-la”.

102 Com a Visão Sistêmica, O profissional tem nova identidade
De: especialista em soluções em programas a serem implantados Para: “expert na criação de contextos de conversação, de autonomia, colaborativos de coconstrução de soluções” “coordenador de conversações transformadoras”

103 Voltando à situação paradoxal vivida pelos
profissionais que lidam com relações humanas

104 Em consequência dos avanços da ciência
Profissionais também assumem novos pressupostos não existe realidade independente do observador “realidades” se constroem em conversações, em espaço de intersubjetividade o profissional não detém o poder que lhe atribuem Ficam aliviados com perspectivas de sair do paradoxo

105 Profissional assume nova visão sistêmica
PORÉM ... COMO desenvolver práticas consistentes com esse pensamento sistêmico novo-paradigmático? que focalizem as relações sem fragmentar o sistema? que reconheçam a autonomia do sistema? que reconheçam inevitável participação do profissional?

106 A experiência de Aun (1996) Supervisora - Clínica de Tratamento: crianças com deficiência O objetivo era desenvolver autonomia das crianças Crianças tinham alta por atingir idade e não a autonomia Profissionais vivendo a situação paradoxal: “COMO conseguir que o outro seja autônomo e responsável por sua própria mudança, sem deixar de ser um profissional competente e responsável pela mudança do outro?”

107 A experiência seminal de Aun (1996): Uma prática em Política Social na Prefeitura de Belo Horizonte
Situação-problema: - dificuldade de inclusão da pessoa com deficiência Metodologia: - convite à conversação em contexto de autonomia Resultados: - coconstrução de formas de inclusão - reformulação do convênio Prefeitura/Clínicas

108 A pesquisa preliminar Estudo das Políticas desenvolvidas em Minas Gerais, nas três décadas anteriores, na área da educação, revelou a estrutura hierarquizada das Políticas, o que Aun representou numa pirâmide - topo: os que detêm o poder de decisão e os recursos - parte média: os executores da Política, nesse caso, as Clínicas de tratamento das pessoas com deficiência - base: os usuários da Política, as próprias pessoas com deficiência e suas famílias

109 Estrutura hierarquizada
POSIÇÃO DE: decidir e planejar executar receber

110 Aun fez cortes verticais na pirâmide: convidou para conversações conjuntas pessoas dos três estratos
Posição de: Comunidade Decidir e planejar Executar Receber

111 associação de usuários
Emergiu uma estrutura em rede, horizontalizada, em que todos podem eventualmente ocupar todas as posições órgão governamental ONG entidade particular famílias de usuários associação de usuários grupo da comunidade Posições de decidir, planejar, executar, receber

112 A rede em torno da situação-problema
A situação-problema abordada (no centro do mapa da rede) foi a reelaboração do convênio entre a Prefeitura e as Clínicas de tratamento das pessoas com deficiência. Participaram das conversações pessoas dos três estratos da pirâmide: da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, das Clínicas conveniadas, das entidades dos usuários e os próprios usuários (pessoas com deficiência e suas famílias). Quando tiveram voz, as pessoas com deficiência reivindicaram mais profissionalização e mais lazer, com vistas à sua inserção social.

113

114 Aun, membro da EquiSIS - Equipe Sistêmica - Belo Horizonte, tornou-se Consultora do Programa de Inclusão da PBH EquipSIS – Equipe Sistêmica: Atendimento, Formação e Pesquisa em Recursos Sistêmicos e Terapia Familiar Juliana Gontijo Aun Maria José Esteves de Vasconcellos Sônia Vieira Coelho Cria cursos de pós-graduação lato-sensu Desenvolve a METODOLOGIA DE ATENDIMENTO SISTÊMICO

115 EquipSIS publica obra sobre a Metodologia de Atendimento Sistêmico
Famílias e Redes Sociais Vol. I ª ed 2012 Vol. II 2007 Vol. III 2010 Maria José Esteves de Vasconcellos

116 Metodologia de Atendimento Sistêmico
Uma Metodologia para solução de situação-problema em contexto colaborativo, de autonomia Processo básico: COCONSTRUÇÃO presente em todos os passos da Metodologia TUDO SE DÁ EM CONVERSAÇÕES

117 Metodologia de Atendimento Sistêmico
EPISTEMOLOGIA – TEORIA – PRÁTICA Uma metodologia para a PRÁTICA SISTÊMICA NOVO-PARADIGMÁTICA fundamentada em CONCEITOS TEÓRICOS SISTÊMICOS NOVO-PARADIGMÁTICOS consistente com o PENSAMENTO SISTÊMICO NOVO-PARADIGMÁTICO

118 EPISTEMOLOGIA Teoria Prática
PENSAMENTO Sistêmico Novo-Paradigmático: profissional novo-paradigmático assume novas crenças Mundo complexo, em todos os níveis da natureza Mundo instável, em processo de tornar-se, sistemas autônomos, imprevisíveis, incontroláveis Objetividade impossível, intersubjetividade como condição do conhecimento sobre o mundo

119 Epistemologia TEORIA Prática
Ao escrever sobre a Metodologia, uma lacuna: e a Teoria? Faltava-nos uma teoria sistêmica, abrangente e novo-paradigmática para a descrição e compreensão do funcionamento e dos resultados da Metodologia de Atendimento Sistêmico

120 Um quadro de referência para as teorias sistêmicas
Teoria Geral dos Sistemas Teoria da Autopoiese Biologia do Conhecer Vertente dos seres vivos (organicista) Teoria Cibernética Cibernética da Cibernética Construtivismo e Si-Cibernética A Nova Teoria Geral dos Sistemas Teoria Geral dos Sistemas Autônomos Vertente das máquinas (mecanicista) Paradigma Tradicional Novo Paradigma

121 Hoje dispomos de teorias sistêmicas novo-paradigmáticas
Mateus Esteves-Vasconcellos publicou A Nova Teoria Geral dos Sistemas. Dos sistemas autopoiéticos aos sistemas sociais. (identificada nas publicações de H. Maturana) Elaborou e incluiu uma Teoria Geral dos Sistemas Autônomos (autopoiéticos e sociais) São Paulo, Livraria Cultura / Kobo Books, e-book, 2013

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123 Teoria Geral dos Sistemas Autônomos
Essa Teoria distingue sistemas vivos e sistemas sociais humanos Mostra que ambos pertencem à categoria mais ampla de Sistemas autônomos sistemas vivos sistemas sociais humanos (autopoiéticos) (sistemas linguísticos) produzem seus produzem suas próprios componentes próprias relações

124 Epistemologia TEORIA Prática
Ao fundamentar teoricamente nossa prática (entre 2001 e 2010), na falta de uma teoria sistêmica abrangente e novo-paradigmática, utilizamos Conceitos teóricos, consistentes com o pensamento sistêmico novo-paradigmático, que se encontravam dispersos na literatura

125 Conceitos TEÓRICOS: Situação-Problema
Observador distingue situação como problemática Observador compartilha sua distinção Conversando, fazem emergir situação-problema Situação-problema é construção na conversação (construção social da realidade) Problemas emergem na linguagem - ex: criança portadora de TDAH

126 Conceitos TEÓRICOS: Situação-problema
Não se trata de situação-problema pré-existente, objetiva, concreta, exterior às pessoas, definida como tal por autoridades ou especialistas A definição emerge de consenso nas conversações: é o significado que o sistema está dando à situação

127 Conceitos TEÓRICOS: Sistema Linguístico
Conversação constitui um sistema linguístico Distinguimos como sistema linguístico: pessoas interagindo, conversando sobre algo relações entre pessoas que conversando, constroem significados para a situação que estão vivendo

128 Conceitos TEÓRICOS: SDP como sistema linguístico
Assim emerge o que nós distinguimos como SDP: sistema linguístico em torno da situação-problema pessoas interagindo, dizendo coisas umas às outras, sobre algo que não está como deveria estar “Sistema Determinado pelo Problema” – SDP (Goolishian e Winderman,1988)

129 Conceitos TEÓRICOS: Componentes do SDP
Apenas as pessoas que estiverem conversando, interagindo, fazendo parte da conversa sobre algo que elas próprias definem que não está como deveria estar (situação-problema) Quem não entra espontaneamente na conversação, não integra o sistema

130 Conceitos TEÓRICOS: REDE em torno da situação-problema como SDP
Para ser concebida como SDP, a rede: deverá emergir nas conversações sem critérios de participação pré-definidos uma rede dinâmica e não reificada

131 Epistemologia Teoria PRÁTICA SDP/REDE em torno de situação-problema de VÁRIAS FAMÍLIAS
Exemplificando com uma situação do Programa de Liberdade Assistida – LA Pessoas conversando, identificam situação-problema “Está difícil viabilizar o cumprimento de determinação judicial de Liberdade Assistida, pelos jovens em conflito com a lei”

132 Mapa do SDP/rede em torno da situação-problema LA
Coconstruindo projetos de vida e cidadania com adolescentes em LA, possibilitando sua inserção social Conselho Direitos Criança e Adolescente Centro Profissionalizante Escola Conselho Tutelar Associação Moradores Centro Convivência Adolescente TJ Vara Infância e Juventude Coordenadora LA MP Promotoria Infância Juventude Delegacia Infância Juventude Igreja Equipe Técnica LA Famílias 1,2,3,4,5 Ass. Comunitária Aproveitamento Mão Obra e Aprendizagem

133 SDP se constitui em torno de uma situação-problema
COMO as pessoas estão conversando: o judiciário não deveria ... as famílias não podem ... as instituições da comunidade precisam ... o LA deveria ... o CREAS poderia ... os jovens podem sim ...

134 Que sistema distinguimos?
Pessoas comprometidas numa interação linguística, com opiniões divergentes / em posições antagônicas (acusando-se, recriminando-se mutuamente), quanto a algo que está acontecendo... Uma forma de relação entre pessoas que, por discordarem, fazem emergir uma situação-problema

135 De fato, o problema são as relações
Distinguimos como problema: relações de antagonismo (expectativas, acusações e recriminações recíprocas) que impedem ações colaborativas Para problema relacional: ATENDIMENTO SISTÊMICO

136 Metodologia para solução de situação-problema
aplicada para o sistema linguístico situação-problema definida pelos próprios envolvidos nela tendo como objetivos o encaminhamento de solução para a situação-problema a consequente dissolução do problema relacional e do sistema linguístico

137 A aplicação da Metodologia de Atendimento Sistêmico
Começa com identificação de uma situação-problema Tem dois aspectos fundamentais: forma de Constituição do SDP forma de Coordenação dos Encontros Conversacionais do SDP

138 O primeiro aspecto fundamental
A forma de Constituição do SDP Exclusivamente em conversações, sem critérios de inclusão externos às conversações As pessoas são convidadas a participar, jamais convocadas ou intimadas

139 O que dá identidade ao SDP
Apesar das idiossincrasias, algo é comum a todos: famílias e técnicos vivem o risco de não cumprir determinação judicial se vieram conversar é porque “isso tem a ver comigo” “situação-problema nossa”

140 “Situação-problema nossa”
Condição fundamental para coconstrução da solução: alguém se mobilizará por um problema do outro, se não tiver algum tipo de vínculo? Coconstrução depende de implicação pessoal

141 “Situação-problema nossa”

142 Presença das instituições no SDP
Interliga todas as motivações idiossincráticas Traz recursos: a serem colaborativamente mobilizados Permite distribuir responsabilidades, sem sobrecarregar as famílias

143 Mas, a forma de Constituição do SDP
Não garante que se atinja o objetivo de: dissolução do problema relacional: mudança das relações criação de contexto colaborativo, de autonomia

144 O segundo aspecto fundamental
A forma de Coordenação dos “Encontros Conversacionais do SDP” Depois de constituído o SDP, a coordenação se dá por uma Equipe Sistêmica - Especialistas em Atendimento Sistêmico (coordenador, cocoordenador e observador)

145 A forma de Coordenar as conversações
Equipe Sistêmica novo-paradigmática assume a “posição de não-saber” assume que não é “expert em soluções” atua como “expert em relações” atua para criar CONTEXTO DE AUTONOMIA

146 Contexto de autonomia x contexto de poder
“contexto de interações que permite que certos membros de um sistema social dado definam o que vai ser validado como real para outros membros do sistema” (Pakman) AUTONOMIA: “contexto de interações (regras de relação) que permite que cada um defina o que quer para si e assuma as consequências dessa definição” (Aun, parafraseando Pakman) AUTONOMIA – SER AUTOR – ASSUMIR AUTORIA

147 Coordenando as conversações do SDP
Equipe Sistêmica coordena os Encontros Conversacionais - cria contexto seguro garante a todos igual direito a voz valida todas as participações flexibiliza posições antagônicas (usa perguntas reflexivas) viabiliza relações colaborativas acompanhando as fases do “processo da rede”

148 Coordenando o Encontro Conversacional
Equipe Sistêmica atua acompanhando as fases do “processo da rede” Retribalização Polarização Mobilização Depressão Intervalo (lanche) Abertura para ação autônoma Ultrapassagem da situação–problema / entusiasmo

149

150 Retribalização - 1a fase do “processo da rede”
na tribo, vive-se em proximidade, há vínculos afetivo-sociais conversas preliminares ao Encontro Conversacional começam a reaquecer os vínculos reaquecimento continua quando se reencontram ao chegarem para o Encontro Conversacional

151 1a fase do “processo da rede” – Retribalização
Equipe explica sua presença, apresenta-se, explicita sua função: coordenar a conversação Apresenta a situação-problema e o Mapa do SDP convidado Faz o contrato, informa duração do Encontro e cria os contextos: de segurança, de autonomia, colaborativo Conduz a apresentação dos participantes Conduz algum ritual (cerimônia) de re-tribalização

152 Polarização – 2a fase do “processo da rede”
Membros do SDP conversam sobre a situação-problema Surgem diferentes posições/pontos de vista quanto à mesma Equipe valoriza a existência de diferentes pontos de vista Estimula expressão das posições antagônicas Categoriza os diferentes pontos de vista/posições Expõe as categorias e verifica se todos estão contemplados Cada grupo no centro, estimulado a defender sua posição Usa perguntas reflexivas para instabilizar premissas subjacentes Participantes reconhecem outras posições como legítimas

153 Mobilização (de ideias)- 3a fase do “processo da rede”
Ideias de possíveis soluções começam a surgir Equipe estimula conversação sobre cada sugestão e, sem pressa, deixa surgirem sugestões diferentes Perguntas para verem por outros ângulos suas próprias sugestões Equipe estimula a mobilização de ideias alternativas viáveis: o que acham que podem fazer concretamente Equipe desestimula decisões / soluções precipitadas Pode reaparecer alguma polarização

154 Depressão (e intervalo): 4ª fase do “processo da rede”
Propostas se repetem e são rejeitadas (“já foi tentado...”) Pessoas percebem que ideias antigas não servem mais Equipe distingue pessoas desanimadas, pessimistas, com sensação de que não se está avançando Sistema chega ao “fundo do poço” e sente que não pode continuar ali: precisa mudar, desistir das ideias antigas Intervalo: permite outro ambiente para o sistema continuar falando da situação-problema informalmente

155 Intervalo Equipe interrompe a conversação
Convida para uma atividade relaxante – lanche, por exemplo Equipe conversa entre si sobre como conduzir a próxima fase

156 Abertura para ação autônoma – 5ª fase do “processo da rede”
SDP retorna à conversação: impossível prever o que vai acontecer Equipe estimula: “que mais pensaram?” Equipe utiliza alguma técnica de grupo: grupos simultâneos ou sucessivos grupos no interior do círculo Começam a surgir propostas de ação Equipe estimula: “como concretizar, viabilizar essas propostas?”

157 Ultrapassagem/esgotamento da situação-problema, entusiasmo – 6ª fase
Sistema manifesta entusiasmo e esperança de solução da situação-problema Sistema mostra-se disposto a partir para a ação Equipe estimula a definição de “responsáveis” pelas ações identificadas como necessárias

158 Encerrando o Encontro, sem fechar o Atendimento Sistêmico
Equipe valoriza seja o que for que o SDP tiver coconstruído Agradece a participação de todos, deixando-se em aberto a continuidade das conversações Combina-se o próximo encontro: data, local, horário Pode ser lembrada a possibilidade de se convidarem outras pessoas (famílias ou instituições para o próximo Encontro O que cada um está levando daqui para casa? (uma palavra) Equipe encerra com: “Uma salva de palma para todos!”

159 Metas das Conversações do SDP
Meta do SDP: resolver a “situação-problema nossa”: conseguir formas de se cumprir a Medida Judicial, com participação de todos Meta da Equipe Sistêmica: desenvolver formas de relação que viabilizem ao sistema resolver a “situação-problema nossa” Equipe Sistêmica usa perguntas reflexivas para desencadear reflexão, mudança de premissas e de relações

160 Com que se compromete a Equipe Sistêmica
Não se compromete com: encaminhamento de tal ou qual solução para a “situação-problema nossa” Compromete-se com: as relações, a qualidade das conversas, na emoção do respeito mútuo e legitimação do outro na convivência

161 A forma de Coordenar as Conversações
Viabiliza emergir sistema linguístico que conversa sobre as próprias relações, na emoção do respeito mútuo e legitimação do outro “sistema transformador das próprias relações”

162 A forma de Coordenar as conversações
Propicia mudança do sistema: desaparece o sistema de conversações de caracterização, acusação, recriminação surge outro sistema*, autônomo, colaborativo, cuja organização são as “transformações recursivas das relações” * “sistema de interconstituição de 2ª Ordem” (Esteves-Vasconcellos)

163 Aplicação da Metodologia propicia
sistema colaborativo coconstrução de solução para a situação-problema dissolução do problema relacional e do SDP

164 Aplicação da Metodologia propicia
Que levemos conosco regras de relação que privilegiem participação, colaboração responsabilidade na construção do bem comum Que mudemos as relações que constituímos e vivemos Que vivamos novo contexto social que viabilize DESENVOLVIMENTO DA CIDADANIA

165 Metodologia de Atendimento Sistêmico
Tem sido aplicada por Equipes Sistêmicas, na abordagem de variadas situações-problema, em contextos de programas / políticas – públicas ou privadas assistência social, saúde, educação, meio ambiente... empresas Ver: Coelho, S.V. “Uso da Metodologia de Atendimento Sistêmico em diferentes contextos de prática profissional” - Vol III

166 Pesquisa sobre a Aplicabilidade da Metodologia
Mendonça, R. T. (2014) A Metodologia de Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais no Centro de Referência de Assistência Social: uma proposta teórica e prática. Nova Perspectiva Sistêmica, Rio de Janeiro, Instituto NOOS, n. 50, dez 2014, p Conclusão da pesquisa: A Metodologia de Atendimento Sistêmico é adequada para alcançar os objetivos do CRAS

167 Para aplicar a METODOLOGIA DE ATENDIMENTO SISTÊMICO
O profissional precisa estar preparado para lidar com: redes sociais, comunidades, políticas públicas... processos de coconstrução, situações de conflitos... equipe transdisciplinar efeitos recursivos de sua atuação e do programa/política, assumindo atitude autorreflexiva Precisa tornar-se Especialista em Atendimento Sistêmico Curso: Atendimento Sistêmico em Políticas Sociais - MHS

168 Mudança de paradigma, uma revolução científica que está em curso
“ ... das revoluções científicas (...) ocorridas no decorrer dos últimos cem anos, ... até hoje, somente poucos tomaram plena consciência de toda sua extensão...” Ernst von Glasersfeld - Adeus à objetividade, 1991

169 Meu convite à reflexão... ... sou um dentre os poucos que estão tendo oportunidade de refletir sobre a extensão do processo de revolução científica que está em curso ... ... que vou fazer dessa oportunidade? ... vou me engajar como “revolucionário”? ... COMO ?

170 CONTATOS


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