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No século que findou, dois projetos de sociedade fracassaram relativamente ao processo civilizatório: um porque privilegiou o eu, eliminando o nós; o outro.

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1 No século que findou, dois projetos de sociedade fracassaram relativamente ao processo civilizatório: um porque privilegiou o eu, eliminando o nós; o outro porque privilegiou o nós, desconsiderando o eu. Neste novo século, confrontam-se dois projetos antagônicos de sociedade: um subordina o social ao econômico e ao império do mercado; outro prioriza o social. Faz-se necessário construir um projeto de sociedade onde o ser humano seja resgatado na sua plenitude de eu e nós, com base na prioridade do social sobre o econômico. Para que este novo mundo seja possível, é necessário que toda a humanidade entenda e aceite a educação transformadora como pré-condição. Essa educação tem como pressupostos o princípio de que ninguém ensina nada a ninguém e que todos aprendem em comunhão, a partir da leitura coletiva do mundo. Paulo Freire

2 Palavra grega e original do sentido de educação como Formação. Ou nas palavras de Werner Jaeger: “A idéia de educação representava para o grego o sentido de todo esforço humano. Era a justificação última da comunidade e individualidade humanas. O conhecimento próprio, a inteligência clara do Grego, encontravam-se no topo do seu desenvolvimento.” (1989,p.5)

3 “Os Gregos viram pela primeira vez que a educação tem de ser também um processo de construção consciente. “Constituído de modo correto e sem falha, nas mãos, nos pés e no espírito”, tais são as palavras pelas quais um poeta grego dos tempos de Maratona e Salmina descreve a essência da virtude humana mais difícil de adquirir. Só a este tipo de educação se pode aplicar com propriedade a palavra formação, tal como a usou Platão pela primeira vez em sentido metafórico, aplicando-se à ação educadora (República, 337B). A palavra Bildung (formação, configuração) é a que designa do modo mais intuitivo a essência da educação no sentido grego e platônico. Contém ao mesmo tempo a configuração artística e plástica, e a imagem, “idéia”, ou “tipo” normativo que se descobre na intimidade do artista. (1989, p.10)

4 “Em todo o lugar onde esta idéia reaparece mais tarde na História, ela é uma herança dos Gregos, e aparece sempre que o espírito humano abandona a idéia de um adestramento em função de fins exteriores e reflete na essência própria da educação. O fato de os Gregos terem sentido esta tarefa como algo grandioso e difícil e se terem consagrado a ela com ímpeto sem igual não se explica nem pela sua visão artística nem pelo seu espírito “teórico”. Desde as primeiras notícias que temos deles, encontramos o homem no centro do seu pensamento. A forma humana dos seus deuses, o predomínio evidente do problema da forma humana na sua escultura e na sua pintura, o movimento conseqüente da filosofia desde o problema do cosmos até o problema do homem, que culmina em Sócrates, Platão e Aristóteles; a sua poesia, cujo tema inesgotável desde Homero até os últimos séculos é o homem e o seu duro destino no sentido pleno da palavra; e, finalmente, o Estado grego, cuja essência só pode ser compreendida sob o ponto de vista da formação do homem e da sua vida inteira [...]” (p.10)

5 HUMANITAS E EDUCAÇÃO O princípio espiritual dos Gregos não é o individualismo, e sim o humanismo, no sentido de Humanitas. A essência da Educação consiste na modelagem dos indivíduos pela norma da comunidade. Este ideal de Homem não é um esquema vazio, sem relação com seu espaço e tempo. Pelo contrário, é uma forma viva que se desenvolve no solo de um povo e persiste através das mudanças históricas.

6  Humanitas no sentido ciceroniano significou a educação do Homem de acordo com a verdadeira forma humana, com o seu autêntico ser.  O modelo de Homem não brota do individual, mas da idéia, acima do seu gregário ou suposto eu autônomo. HUMANITAS E EDUCAÇÃO

7 REPÚBLICA - PLATÃO  A história da educação grega coincide com a literatura. Os maiores representantes são os homens de Estado: poetas, filósofos, oradores, retóricos.  O problema maior do pensamento de Platão é o problema do Estado e na sua obra de maturidade, A República, que encontramos pela primeira vez uma ciência comparada do Estado. O sentido do Estado é a educação.  Para Platão não se trata das relações da paidéia como um Estado historicamente dado, que a assuma como processo político, mas sim da sua projeção sobre a meta divina, a idéia do Bem, que se levanta no “centro” do “Estado perfeito”.

8 REPÚBLICA - PLATÃO Livro I – O problema da justiça. Livro II e III – debates sobre música e a poesia. Livro V VII – o problema do valor das ciências abstratas. Livro VIII e IX – investigação das formas de Governo. Livro X – examina o problema da poesia a partir de novos pontos de vista.

9 Estado para Platão “O Estado de Platão versa, em última análise, sobre a alma do Homem. O que ele nos diz do Estado como tal e da sua estrutura, a chamada concepção orgânica do Estado, onde muitos vêem a medula da República platônica, não tem outra função senão apresentar-nos a “imagem reflexa ampliada” da alma e da sua estrutura respectiva. E nem é numa atitude primariamente teórica que Platão se situa diante do problema da alma, mas antes numa ATITUDE PRÁTICA: na atitude do modelador de almas.

10 EDUCAÇÃO E ESTADO “ o problema da educação do Homem – que na época de Lessing e de Goethe representava ainda uma meta suprema – ele não sabia enfrentar, enfocando-o na sua dimensão antiga e platônica, como a síntese final de todo o espiritual e como fonte do sentido mais profundo da existência humana. Um século antes, Jean-Jacques Rousseau soubera aproximar-se bem mais do Estado platônico, ao declarar que a República não era uma teoria do Estado, como pensavam aqueles que só julgavam os livros pelos títulos, mas sim o mais formoso estudo jamais escrito sobre educação.” (1989, p.519)

11 Educação e Estado  É preciso uma retratação do Estado e fortalecer as iniciativas da sociedade, a ampliação dos trabalhos de educação dos menos qualificados, dar continuidade as experiência de setores de vanguarda da Igreja, aumento de agências civis de trabalho pedagógico e aumento de iniciativas populares, como educação sindical, educação política, etc. Carlos Brandão

12 Educação entre a natureza e a cultura Questão: o homem é homem pelo nascimento ou pela educação? 1.A herança da humanidade é uma conquista cultural, não é natural, assim sua transmissão se deu pela educação. 2.Antropologia, filosofia, neurologia mostram o inacabamento do homem, sendo esta a sua maior grandeza, assim, ao contrário dos animais, aprende tudo e depende dos outros. Privada de educação, a natureza humana, reduz-se, aliás, a quase nada.

13 APRENDIZAGEM E RESISTÊNCIA A possibilidade de aprender é um caráter universal da natureza humana. Em relação a natureza humana, em educação nem tudo é possível, o educador encontrará resistência. “ Esta resistência é, em primeiro lugar, a da natureza psicológica da criança. Autores tão diferentes como Piaget, Freud, Wallon mostram que a criança passa necessariamente por estágios, e que o educador não os pode impunemente omitir nem mesmo abrevá-los. É por isso que Rousseau preconizava, até à idade de doze anos, uma “educação negativa” cujo papel não é apressar o crescimento, mas preservá-lo, não instruir a criança, mas prepará-la para se instruir.” (Reboul, p.22)

14 Os fins da educação: para a sociedade ou para a criança?  Culturalista defendem a tese que se eduque a criança para sociedade, mostrando que adaptando e integrando a criança na sociedade, se trabalha também para seu bem.  Os partidários da natureza (Rousseau) defendem a tese que se eduque a criança por si mesma, para lhe permitir desenvolver-se segundo a sua natureza própria, inadaptação. “Não se educa a criança para que ela não vá mais longe. Mas também não se educa para fazer dela “um trabalhador e um cidadão. Educa-se para se fazer dela um homem, isto é, um ser capaz de compartilhar e comunicar com as obras e pessoas humanas.” (Reboul, p.23) “Não se educa a criança para que ela não vá mais longe. Mas também não se educa para fazer dela “um trabalhador e um cidadão. Educa-se para se fazer dela um homem, isto é, um ser capaz de compartilhar e comunicar com as obras e pessoas humanas.” (Reboul, p.23)


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