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História da Medicina. Introdução As primeiras representações de doença eram mágicas: entidades sobrenaturais, demônios que se apossavam do corpo humano,

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Apresentação em tema: "História da Medicina. Introdução As primeiras representações de doença eram mágicas: entidades sobrenaturais, demônios que se apossavam do corpo humano,"— Transcrição da apresentação:

1 História da Medicina

2 Introdução As primeiras representações de doença eram mágicas: entidades sobrenaturais, demônios que se apossavam do corpo humano, castigo divino; Os egípcios há cerca de 5.000 anos desenvolveram uma naturalização da saúde e da doença, junto às suas crenças sobrenaturais, mágicas e religiosas. Admitiam a existência de um princípio, o whdw, que aderido à matéria fecal poderia chegar ao sangue, coagulando-o e levando ao apodrecimento do corpo; Os gregos hipocráticos, como os chineses e hindus em outros contextos e com complexidades diversas, acreditavam em certos sistemas de correspondência entre elementos do corpo e elementos fundamentais da natureza. (SEVALHO, 1993)

3 Termos e nomes importantes Medicina – etimologia: mediação; médico, mediador; remédio, instrumento de mediação (SAYD, 1998, p. 16) Physis – noção grega de natureza humana: totalidade do corpo e alma Pharmakon: significa ao mesmo tempo corante, remédio e veneno Hipócrates da ilha de Cós (460-390 AC) – escritos hipocráticos (Corpus Hipocraticum); Galeno (130-201 DC): praticou em Roma e foi o formador definitivo da terapêutica ocidental;

4 Deuses gregos relacionados com a Medicina: Apolo: deus das artes, teria ensinado as artes médicas à humanidade. Seu olhar claro e penetrante estava relacionado ao diagnóstico – poder de adivinhar o mal oculto Asclépio: filho de Apolo, sua arte chegou ao ponto de ressuscitar os mortos Higéia: filha de Asclépio, seria a saúde, a força vital inerente à natureza – origem dos termos higiene, higienismo; Panacéia: filha de Asclépio, seria o poder curativo das ervas, a cura pela transmutação, pela mudança oriunda de forças exteriores ao homem; mantém proximidade com a magia de Hermes; Hermes: deus da música, teria recebido o caduceu de Apolo em troca da lira que lhe roubara. Teria o poder de enxergar e caminhar nas trevas: divindade dos magos, do hermetismo, dos poderes herméticos (divindade dos charlatões e curandeiros)

5 Símbolos da Medicina  Símbolo de Asclépio (Esculápio), um bastão tosco com uma serpente em volta e o  Símbolo de Hermes, chamado caduceu, um bastão mais bem trabalhado, com duas serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com duas asas na sua extremidade superior.  Ambos os símbolos têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição médica; o de Hermes, deus da música, do comércio, dos viajantes, foi introduzido tardiamente na simbologia médica;  Não há unanimidade de opiniões entre os historiadores da medicina sobre o simbolismo do bastão e da serpente. Fontes: REZENDE http://usuarios.cultura.c om.br/jmrezende/simbo lo.htm http://usuarios.cultura.c om.br/jmrezende/simbo lo.htm SAYD, 1998, p. 27.

6 Juramento de Hipócrates (de Roy Porter) Juro por Apolo Médico, por Asclépio (Esculápio), por Higéia, por Panacéia e por todos os deuses e deusas, tomando-os como testemunhas, obedecer, de acordo com meus conhecimentos e meu critério, este juramento: Considerar meu mestre nesta arte igual aos meus pais, e com ele compartilhar minha vida e prover com meus recursos o que lhe faltar. Considerar seus filhos como meus irmãos; ensinar-lhes esta arte se desejarem aprendê-la, sem remuneração nem contratos. Transmitir preceitos, instruções orais e todos outros ensinamentos aos meus filhos, aos filhos do meu mestre e aos discípulos que se comprometerem e jurarem obedecer este juramento, e a ninguém mais. Utilizar meu conhecimento para ajudar os enfermos, com o melhor de capacidade e discernimento, e jamais o empregar para causar dano ou malefício. Não dar veneno a ninguém, se me for solicitado, nem aconselhar tal procedimento. Do mesmo modo não darei a mulher alguma substâncias para provocar aborto. Com pureza e santidade conduzir minha vida e minha arte. Não usar da faca nem mesmo aos doentes com cálculos, mas deixar tais procedimentos aos mais habilitados nessa arte. Nas casas em que ingressar apenas socorrer o doente, resguardando-me de fazer qualquer mal intencional, especialmente ato sexual com mulher ou homem, livre ou escravo. Tudo o que eu vir ou ouvir, no exercício de minha profissão ou na vida privada, que não deva ser divulgado, guardarei em segredo e não revelarei a ninguém. Portanto, se cumprir este juramento e não o violar, possa eu prosperar em minha vida e minha arte, granjeando fama entre todos os homens e para sempre. Mas, se o transgredir e perjurar, que me aconteça contrário. Corporati- vismo; auto- regulação Deuses gregos Sigilo

7 O papel do juramento O juramento introduz elementos caros à profissão: auto-regulação (corporação) e compromisso com o ideal de servir (Porter); Contestação do uso: “Está na hora de acabar com o ritual do juramento de Hipócrates nas cerimônias de formatura. Para que manter essa tradição? Os advogados, por acaso, juram que defenderão a justiça? Engenheiros e arquitetos precisam jurar construir casas que não caiam? O juramento de Hipócrates está tão antiquado que soa ridículo ouvir jovens recém-formados repetirem- no feito papagaios. Que me desculpem os tradicionalistas, mas faz sentido jurar por Apolo, Asclépio, Higéia e Panacéia não fazer sexo com escravos quando entramos na casa de nossos pacientes? (Dráusio Varela) No Brasil, a maioria das Faculdades utilizam um modelo simplificado, tradução de um texto latino que chegou a ser usado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/juramento.htm);http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/juramento.htm

8 Juramento simplificado Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu, para sempre, a minha vida e a minha arte, com boa reputação entre os homens. Se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário.

9 Princípios da medicina hipocrática: A saúde e a doença explicada pelo equilíbrio ou desequilíbrio dos humores, ou líquidos: 1.Sangue: fonte da vitalidade, deixa o corpo quente e úmido; 2.Bile amarela (cólera): suco gástrico necessário à digestão, deixa o corpo quente e seco; 3.Fleuma: todas as secreções incolores, com funções lubrificantes e resfriadoras, deixao corpo frio e úmido; 4.Bile negra: quase nunca visto, seria o responsável pelo escurecimento dos outros líquidos, deixa o corpo frio e seco. Os quatro humores têm paralelo com os quatro elementos do universo: Sangue (ar); Bile amarela (fogo); Fleuma (água); e a Bile Negra (terra); sendo os responsáveis pela coloração do corpo: Sangue (vermelho); Bile amarela (amarelo); Fleuma (pálido); e a Bile Negra (escuro); A medicina hipocrática se baseou na busca do equilíbrio entre o organismo e a natureza (vix medicatrix naturae).

10 Galeno e a continuidade da medicina clássica Galeno dizia-se seguidor de Hipócrates, mas sua medicina difere da hipocrática; Baseava-se na mesma noção de que a doença é um desequilíbrio dos humores e recomendava o uso da polifarmácia (maior número possível de substâncias para a escolha do organismo) e de catárticos – sangria, eméticos, purgantes e exsudatórios; Suas propostas terapêuticas reforçavam o uso de 2 produtos: mithridaticum e theriaka, que seriam antídotos contra envenenamentos; A medicina de Galeno prevaleceu no Ocidente até a cristianização do Império Romano, quando a Igreja Católica assumiu as funções terapêuticas; só começou a retornar a partir do século XII, principalmente depois do Renascimento; A medicina clássica continuou em uso e em desenvolvimento no mundo islâmico, no qual se destacou Avicena (980-1037 DC), que escreveu o Cânon de Medicina (5 vols.) com relação de 760 produtos farmacêuticos.

11 Medicina medieval Até meados da alta Idade Média, a medicina foi feita principalmente nos monastérios. O primeiro a ser fundado foi o dos beneditinos, no ano 529, o Monastério de Montecassino, destruído em 1944. Nos séculos seguintes foram fundados outros na Espanha, França, Alemanha e Irlanda; A causa mais difundida das moléstias foi a consideração do pecado como o responsável pelos males físicos, como castigos justos e vindos de Deus. Para os pagãos, a doença era a possessão do demônio e feitiçaria ("doença-maldição") e para os cristãos, era sinal de purificação e expiação de pecados ("doença-punição"). Havia o divórcio entre a medicina e a cirurgia, desde a medicina grega e aprofundado pelo fato de Galeno ter abandonado a prática cirúrgica. O cirurgião passou a ser subordinado ao médico. Para o Cristianismo da época o corpo humano era uma vil prisão da alma. O organismo humano não merecia maior estudo e houve perseguição dos que promoviam o estudo da anatomia;

12 Principais descobertas (sécs. XVII e XVIII) A superação dos entraves à medicina durante a Idade Média se deu com o renascimento, inicialmente na Itália, em torno da Universidade de Salerno, que tinha forte influência árabe e bizantina;  William Harvey (século XVII - Inglaterra) – descobre o sistema circulatório;  Giovanni Morgagni (1682-1771, Itália) – Desenvolve a Anatomia Patológica;  Edward Jenner (1796 - Inglaterra) – em 14 de maio de 1796, inoculou em uma criança de 8 anos de idade material retirado de uma vesícula de uma paciente com varíola - Imunologia;

13 Origens da Medicina Científica Principais desenvolvimentos científicos:  Marie François Bichat (1771-1802, França) - Histologia;  Rudolf Virchow (1821-1902, Alemanha) – Patologia Celular;  Thomas Green Morton (1846 – EUA) – usou o éter pela primeira vez para fazer extrações dentárias e cirurgias na cidade de Boston - Anestesia;  Louis Pasteur (1822-1895, França) - Microbiologia e Bacteriologia;  Robert Koch (1843-1910, Alemanha) – Bacteriologia (bacilo da tuberculose); Salvarsan, anti-sifilítico (1910) – primeiro medicamento obtido por síntese química em laboratório (SAYD, 1998, p. 17). Alexander Fleming (1928 - Inglaterra) – descobriu a penicilina; desenvolvendo pesquisas sobre estafilococos deixou placas de mofo fora da geladeira e percebeu que numa delas havia um halo transparente, mostrando que o fungo produzira substância bactericida – surgem os antibióticos.

14 Fontes PORTER, Roy. Das tripas coração, uma breve história da medicina. Rio de Janeiro: Record, 2002. SAYD, Jane D. Mediar, medicar, remediar, aspectos da terapêutica na medicina ocidental. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. REZENDE, Joffre M. Forma simplificada do juramento de Hipócrates. (http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/juramento.htm) REZENDE, Joffre M. O símbolo da medicina: tradição e heresia (http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/simbolo.htm).http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/simbolo.htm SEVALHO, G. Uma abordagem histórica das representações sociais de saúde e doença. Cad. Saúde Pública vol.9 no.3 Rio de Janeiro July/Sept. 1993. VARELA, D. O juramento de Hipócrates (http://www.drauziovarella.com.br/artigos/jhipocrates.asp)


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