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Anunciar e Testemunhar a Misericórdia. A modo de introdução 2.

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Apresentação em tema: "Anunciar e Testemunhar a Misericórdia. A modo de introdução 2."— Transcrição da apresentação:

1 Anunciar e Testemunhar a Misericórdia

2 A modo de introdução 2

3 “Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.” Francisco, Misericordiae vultus, Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, 2. 3

4 “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes.” (MV 3) 4

5 “Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da Igreja. Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio Ecuménico Vaticano II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento. […]. Derrubadas as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado a Igreja numa cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de maneira nova. Uma nova etapa na evangelização de sempre. Um novo compromisso para todos os cristãos de testemunharem, com mais entusiasmo e convicção, a sua fé. A Igreja sentia a responsabilidade de ser, no mundo, o sinal vivo do amor do Pai.” (MV, 4) 5

6 A misericórdia 6

7 “DEUS, RICO EM MISERICÓRDIA» é Aquele que Jesus Cristo nos revelou como Pai e que Ele, seu próprio Filho, nos manifestou e deu a conhecer em Si mesmo.” (João Paulo II, Dives in misericordia, 1; cf MV 11) Toda a Sagrada Escritura é uma revelação permanente da misericórdia de Deus. (Cf MV 9) A misericórdia é a chave do Evangelho e da vida cristã (Walter Kasper, A misericórdia chave do Evangelho e da vida cristã = Presencia Teológica 193, Sal Terrae, Santander 2013 2 ; Misericórdia, condição fundamental do Evangelho e chave da vida cristã, Editora Lucerna, 2015). 7

8 A misericórdia (o que diz a ‘voz da rua’) Sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia. Comiseração. Piedade. Miserere (ter compaixão) + Cordis (coração) – Ter compaixão do coração, ter capacidade de sentir aquilo que outra pessoa sente, aproximar os sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas que necessitam. Exclamação usada quando nos deparamos com uma situação de grande desespero e sofrimento. Grito de quem pede compaixão. 8

9 A misericórdia (o que diz a ‘voz da rua’) Conceder misericórdia a alguém – perdoar esse alguém pelo simples ato de bondade, apesar do outro não merecer o perdão. Nome do punhal usado pelos cavaleiros para matar o adversário, já derrubado e ferido. O golpe fatal dado com o punhal era apelidado de ‘golpe de misericórdia’. Casas de misericórdia – instituições de caridade, criadas com a missão de tratar e socorrer os enfermos, inválidos e necessitados. Misericórdia divina – Deus perdoa os pecados, apesar das faltas cometidas pelos pecadores não merecerem verdadeiramente o perdão. 9

10 Obras de Misericórdia Corporais Dar de comer a quem tem fome. Dar de beber a quem tem sede. Vestir os nus. Dar pousada aos peregrinos. Assistir os enfermos. Visitar os presos. Enterrar os mortos. Espirituais Dar bom conselho. Ensinar os ignorantes. Corrigir os que erram. Consolar os tristes. Perdoar as injúrias. Sofrer com paciência as fraquezas do próximo. Rogar a Deus por todos os necessitados, tanto vivos como mortos. 10

11 “É meu vivo desejo que o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos. […].” (MV, 15) 11

12 Misericórdia (questões) A misericórdia como forma de superioridade. A misericórdia como expressão de fraqueza. A misericórdia pensada a partir da necessidade e do erro. A misericórdia como forma de altruísmo e de empatia. A misericórdia como pena do outro. … 12

13 Misericórdia Divina (questões) O sofrimento injusto como interpelação à misericórdia divina. A (in)justiça como interpelação à misericórdia divina. A verdade da doutrina cristã como interpelação à misericórdia divina. A misericórdia divina não poderá estar na origem de uma maneira ‘suave’ e ‘branda’ de viver a identidade e a missão cristãs?  O que significa acreditar e anunciar que Deus é misericordioso?  Que consequências para a identidade e missão Cristãs? 13

14 As ‘entranhas’ do nosso Deus As entranhas (Rahamim). – Rahamim é o plural de réhem (seio materno, útero, lugar originário da vida). – Núcleo, centro, parte substancial de uma coisa, sentimentos, capacidade para sentir especialmente compaixão. – O irredutivelmente pessoal, o primeiro num certo sentido, o último noutro. – Ternura, misericórdia. – Entranhas de misericórdia – misericórdia intensa, radical, entranhável. 14

15 As ‘entranhas’ do nosso Deus As entranhas (Rahamim). – Refere a emoção que, ‘subindo’ do mais íntimo, toca a totalidade do ser e da existência. – A mãe ama a partir das entranhas. A mãe não tem misericórdia (no sentido negativo) do filho. A mãe tem ternura. O filho é antes de mais ‘querível’ do que ‘miserável’.  Deus ama o ser humano, como a mãe ama o filho que transportou no seu seio.  “[…], a misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e mãe que se comovem pelo próprio filho até aos mais íntimo das suas entranhas.” (MV 6) 15

16 “Deus é acima de tudo Deus de ternura e por sê-lo é Deus de piedade, compaixão e misericórdia. Ele olha em primeiro lugar o nosso ser de filhos saídos das suas entranhas e fruto do seu amor; em segundo lugar compadece-se da nossa pobreza e tem misericórdia da nossa debilidade; em terceiro lugar oferece-nos o perdão dos nossos pecados. Esta é a ordem a partir da qual devemos pensar Deus: Ternura, misericórdia e compaixão, perdão. Essas são as suas entranhas […].” Olegario González de Cardedal, La entraña del cristianismo, Secretariado Trinitário, Salamanca 1997, 47-48. 16

17 Deus Misericordioso A misericórdia como principal ‘atributo’ de Deus. Centro a partir do qual se refletem os outros ‘atributos’ (omnipotência, transcendência, …) Origem e meta da história da salvação. Cumprimento da Justiça caraterística de Deus (Aquele que nos justifica, Aquele que nos santifica, Aquele que nos dignifica). Ação livre de Deus que nos ama. Não é simplesmente uma resposta à necessidade. Porque livre só pode ser acolhida livremente. A misericórdia traço característico do ser de Deus e não apenas marca do seu agir. Na misericórdia de Deus rompe já o escatológico, o último o definitivo. A misericórdia de Deus como fundamento da esperança. 17

18 Jesus Cristo – Misericórdia de Deus O centro da mensagem de Jesus é a revelação de Deus como Pai (ABBA), como Pai misericordioso. Nele a misericórdia de Deus tem um rosto, uma densidade e uma história pessoal humana. A sua história e a sua experiência só podem ser entendidas a partir da misericórdia. – Do Pai para com Ele. – Do Pai para com todos a partir dele.  A categoria da ‘Pro-Existência’ traço caraterístico da revelação divina.  “A missão, que Jesus recebeu do Pai, foi a de revelar o mistério do amor divino na sua plenitude.” (MV 8) 18

19 Bem-aventurados os misericordiosos A misericórdia divina tem consequências: – Para a vida do Cristão; – Para a vida e pastoral da Igreja; – Para o contributo dos Cristãos na edificação social e na construção da história. A misericórdia divina: – Exige muito mais do que uma organização caritativa ou, mesmo, sociopolítica da Igreja; – Não se reduz a uma dimensão moral, nem espiritual; – Tem a ver com o próprio acreditar; – Implica a ‘existência vicária’ dos cristãos. 19

20 Bem-aventurados os misericordiosos A misericórdia, como compromisso, arranca do Evangelho. – “A partir do coração do Evangelho, reconhecemos a conexão íntima que existe entre evangelização e promoção humana, que se deve necessariamente exprimir e desenvolver em toda a ação evangelizadora. A aceitação do primeiro anúncio, que convida a deixar-se amar por Deus e a amá-lo com o amor que Ele mesmo nos comunica, provoca na vida da pessoa e nas suas ações uma primeira e fundamental reação: desejar, procurar e levar a peito o bem dos outros.” (EG 178) 20

21 Bem-aventurados os misericordiosos Os pobres são os primeiros destinatários do Evangelho. – “Hoje e sempre, «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho» […]. Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!” (EG 48) A opção pelos pobres é um lugar teológico. – “Para a Igreja, a opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural, sociológica, política ou filosófica. […]. Por isso desejo uma Igreja pobre e para os pobres.[…]. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas e a colocá-los no centro do caminho da Igreja.” (EG 198) 21

22 “[…]. A misericórdia de Deus é a sua responsabilidade por nós. Ele sente- Se responsável, isto é, deseja o nosso bem e quer ver-nos felizes, cheios de alegria e serenos. E, em sintonia com isto, se deve orientar o amor misericordioso dos cristãos. Tal como ama o Pai, assim também amam os filhos. Tal como Ele é misericordioso, assim somos chamados também nós a ser misericordiosos uns para com os outros.” (MV, 9) 22

23 Bem-aventurados os misericordiosos Uma Igreja descentrada. – Centrada no outros e no Outro, saindo de si e indo às periferias. – Comprometida com os outros e com o Outro. Primeireando, envolvendo-se, acompanhando, frutificando, festejando (EG 24). A misericórdia  Como talante do ser Igreja! Como lugar de acreditar o acreditar!  Como lugar de acreditar o acreditar! Como lugar de conversão!  Como lugar de conversão! Como lugar teológico!  Como lugar teológico! 23

24 A modo de conclusão 24

25 “Um bom educador vai ao essencial. Não se perde nos pormenores, mas quer transmitir o que deveras conta para que o filho ou o aluno encontre o sentido e a alegria de viver. É a verdade. E o essencial, segundo o Evangelho, é a misericórdia. O essencial do Evangelho é a misericórdia. Deus enviou o seu Filho, Deus fez-se homem para nos salvar, ou seja, para nos dar a sua misericórdia. Jesus diz isto claramente, resumindo o seu ensinamento para os discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36). Pode existir um cristão que não seja misericordioso? Não. O cristão deve ser necessariamente misericordioso, porque este é o centro do Evangelho.” Francisco, Audiência geral, Praça de São Pedro, 10 de setembro de 2014. 25

26 “A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua acção pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. […]. Talvez, demasiado tempo, nos tenhamos esquecido de apontar e viver o caminho da misericórdia. Por um lado, a tentação de pretender sempre e só a justiça fez esquecer que esta é apenas o primeiro passo, necessário e indispensável, mas a Igreja precisa de ir mais além a fim de alcançar uma meta mais alta e significativa. […].” (MV 10) 26

27 “A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa. […]. É determinante para a Igreja e para a credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A sua linguagem e os seus gestos, para penetrarem no coração das pessoas e desafiá-las a encontrar novamente a estrada para regressar ao Pai, devem irradiar misericórdia..” (MV 12) 27

28 Misericordiosos como o Pai “Queremos viver este Ano Jubilar à luz desta palavra do Senhor: Misericordiosos como o Pai. O evangelista refere o ensinamento de Jesus, que diz: « Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso » (Lc 6, 36). É um programa de vida tão empenhativo como rico de alegria e paz. […].” (MV 13) 28

29 juanamb@ft.lisboa.ucp.pt 29


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