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MODERNISMO EM PORTUGAL

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Apresentação em tema: "MODERNISMO EM PORTUGAL"— Transcrição da apresentação:

1 MODERNISMO EM PORTUGAL
FERNANDO PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS

2 Contexto Histórico Início do século XX; Otimismo da Belle Epóque;
Progresso material; Proclamação da República (1910); Primeira Guerra Mundial ( ); Revolução Russa (1917); Vanguardas europeias; Golpe de Direita (1926); Governo ditatorial de Salazar (1928).

3 Início Histórico 1915, publicação da revista “Orpheu”.

4 Gerações Modernas em Portugal: 1ª. Geração
1915, Geração Orpheu – Orfismo Características: Paulismo; Sensacionismo; Interseccionismo; Futurismo; Prosaísmo, etc. Autores: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros.

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6 Ode Triunfal é o melhor exemplo de energia bruta e da velocidade, da vertigem agressiva do progresso, evoluindo depois no sentido de um tédio, de um desencanto e de um cansaço da vida, progressivos e auto-irônicos. Foi publicada no primeiro número da Revista Orpheu, em 1915, e foi redigida em Londres em 1914.

7 ODE TRIUNFAL (Fragmento)
À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

8 2ª Geração 1927, Geração Presença - Presencismo
Reitera as características do Orfismo Autores: José Régio João Gaspar Simões Branquinho da Fonseca.

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10 A Geração Presença é caracterizada como conservadora no nível estético e no plano ideológico.
Privilegiou o psicologismo, a introspectiva radical, a busca do "eu profundo", o individualismo, a evasão dos problemas sociais. Propôs uma literatura neutra, sem outro compromisso que não tem com ela mesma; mais voltada para a temática universalizante, intemporal, na busca da "verdade mais profunda", da "essência".

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12 3ª Geração Reação contra a "alienação" e o evasionismo da Geração Presença. Negação da "arte pela arte", privilegiando o conteúdo e a função social da arte.

13 3ª Geração 1940, Geração Neo-Realista Crítica social – engajamento
Surrealismo; Existencialismo Autores: Alves Redol Vergílio Ferreira José Saramago

14 Interregno

15 Amar! Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... Amar!  Amar!  E não amar ninguém! Recordar?  Esquecer?  Indiferente!... Prender ou desprender?  É mal?  É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira é porque mente! Há uma primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida, Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder... pra me encontrar...

16 Fernando António Nogueira Pessoa
(Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935) Um caso de alteridade.

17 Legado Pode-se dizer que a vida do poeta foi dedicada a criar e que, de tanto criar, criou outras vidas através de seus heterônimos, o que foi sua principal característica e motivo de interesse por sua pessoa, aparentemente tão pacata. Alguns críticos questionam se Pessoa realmente teria transparecido seu verdadeiro eu, ou se tudo não tivesse passado de mais um produto de sua vasta criação. Ao tratar de temas subjetivos e usar a heteronímia, Pessoa torna-se enigmático ao extremo.

18 Pessoa e o ocultismo Fernando Pessoa possuía ligações com o ocultismo e o misticismo, salientando-se a Maçonaria e a Rosa-Cruz.

19 Pintura de Fernando Pessoa feito por Almada Negreiros

20 Fernando Pessoa ( ) Ao lado de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa. Avesso ao sentimentalismo; Emoções pensadas; metalinguagem Não possuiu uma filosofia nítida; Sebastianista →nacionalismo → ideal de grandiosidade portuguesa; Preferência pelas quadras. Poesia lírica: “Cancioneiro” e “Quadras ao Gosto Popular” Poesia épica: “Mensagem”

21 Obra poética O poeta é um fingidor. Finge tão completamente
Que chega fingir que é dor A dor que deveras sente.

22 A principal obra de "Pessoa ele-mesmo" (o ortônimo) é Mensagem, uma coletânia de poemas sobre os grandes personagens históricos portugueses. O livro foi, também, o único a ser publicado enquanto foi vivo. Trata-se de um livro que revisita e, em boa parte, cria, uma mitologia do passado heróico de Portugal, repleta de símbolos, sebastianista, e que foi depois em grande parte incorporada na ideologia oficial da ditadura Salazarista.

23 Mensagem Está dividido em três partes, com uma nota preliminar antecedendo-as. Todas elas, incluindo a nota preliminar, possuem epígrafes em latim. A primeira, Brasão, utiliza os diversos componentes das armas de Portugal para revisitar algumas personagens da história do país. A segunda, Mar Português, debruça-se sobre a época das grandes navegações, batendo à porta de figuras como o Infante D. Henrique, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães, mas não se limitando a elas. A terceira, O Encoberto, é a parte mais marcadamente simbólica e sebastianista, voltando, ainda a falar de outras figuras da história de Portugal. O termo "O Encoberto" é uma designação ao antigo rei de Portugal D. Sebastião I, o que demonstra sebastianismo

24 “Multipliquei-me, para me sentir, Para me sentir, precisei sentir tudo, Transbordei-me, não fiz senão extravasar-me”.

25 Heterônimos Alberto Caeiro,Ricardo Reis e Álvaro de Campos,imaginados pelo pintor Almada Negreiros

26 Alberto Caeiro Mestre do ortônimo e dos heterônimos.
Poeta da natureza; Valoriza dos sentidos; Negação da intelectualização das coisas; Valoriza o conhecimento empírico; Versos longos, prolixos e repetitivos; Linguagem coloquial, próxima da fala; Visão panteísta. “Deus na natureza” Obra completa: “O Guardador de Rebanhos”, “O Pastor Amoroso”, “Poemas Inconjuntos”.

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28 Alberto Caeiro

29 Alberto Caeiro, o «mestre», em torno do qual se determinam os outros heterónimos, nasceu em Abril de 1889 em Lisboa, mas viveu grande parte da sua vida numa quinta no Ribatejo onde viria a conhecer Álvaro de Campos. A sua educação cingiu-se à instrução primária, o que combina com a simplicidade e naturalidade de que ele próprio se reclama. Louro, de olhos azuis, estatura média, um pouco mais baixo que Ricardo Reis, é dotado de uma aparência muito diferente dos outros dois heterónimos. É também frágil, embora não o aparente muito, e morreu, precocemente (tuberculoso), em O mestre é aquele de cuja biografia menos se ocupou Fernando Pessoa. A sua vida foram os seus poemas, como disse Ricardo Reis: «A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nela mais de que narrar. Seus poemas são o que houve nele de vida. Em tudo o mais não houve incidentes, nem há história».(in Páginas Íntimas e Auto Interpretação, p.330).

30 Ricardo Reis Racionalista – o médico de formação clássica. Vive no Brasil Pagão (cultura Greco-latina); Musa inspiradora: Lídia; Versos curtos e metrificados; Rigor formal; Capta o mundo intelectualmente. Obra: “Odes de Ricardo Reis”.

31 Ricardo Reis

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33 Este nasce no seu espírito no dia 29 de Janeiro de 1914: «O Dr
Este nasce no seu espírito no dia 29 de Janeiro de 1914: «O Dr. Ricardo Reis nasceu dentro da minha alma no dia 29 de Janeiro de 1914, pelas 11 horas da noite. Eu estivera ouvindo no dia anterior uma discussão extensa sobre os excessos, especialmente de realização, da arte moderna. Segundo o meu processo de sentir as cousas sem as sentir, fui-me deixando ir na onda dessa reacção momentânea. Quando reparei em que estava pensando, vi que tinha erguido uma teoria neoclássica, que se ia desenvolvendo.»

34 Médico de profissão, monárquico, facto que o levou a viver emigrado alguns anos no Brasil, educado num colégio de jesuítas, recebeu, pois, uma formação clássica e latinista e foi imbuído de princípios conservadores, elementos que são transportados para a sua concepção poética. Domina a forma dos poetas latinos e proclama a disciplina na construção poética. Ricardo Reis é marcado por uma profunda simplicidade da concepção da vida, por uma intensa serenidade na aceitação da relatividade de todas as coisas. É o heterónimo que mais se aproxima do criador, quer no aspecto físico - é moreno, de estatura média, anda meio curvado, é magro e tem aparência de judeu português (Fernando Pessoa tinha ascendência israelita)

35 Álvaro de Campos O poeta das sensações. Forte influência futurista;
Exalta a civilização, mas também se mostra saturado da vida moderna; Poesia nervosa; Temas principais: cotidiano e modernidade; Anomalias gráficas; Onomatopeias e valorização dos aspectos visuais. Fases: I – Decadentista; II – Futurista; III – Niilista. Obra: “Poesias de Álvaro de Campos”.

36 Álvaro de Campos

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38 Álvaro de Campos nasceu em 1890 em Tavira e é engenheiro de profissão
Álvaro de Campos nasceu em 1890 em Tavira e é engenheiro de profissão. Estudou engenharia na Escócia, formou-se em Glasgow, em engenharia naval. Conheceu Alberto Caeiro, numa visita ao Ribatejo e tornou-se seu discípulo: «O que o mestre Caeiro me ensinou foi a ter clareza; equilíbrio, organismo no delírio e no desvairamento, e também me ensinou a não procurar ter filosofia nenhuma, mas com alma.» (Páginas Íntimas e Auto Interpretação, p. 405).

39 Distancia-se do objectivismo do mestre e percepciona as sensações distanciando-se do objecto e centrando-se no sujeito, caindo, pois, no subjectivismo que acabará por enveredar pela consciência do absurdo, pela experiência do tédio, da desilusão («Grandes são os desertos, e tudo é deserto / Grande é a vida, e não vale a pena haver vida») e da fadiga («O que há em mim é sobretudo cansaço - / Não disto nem daquilo, / Nem sequer de tudo ou de nada: / Cansaço assim mesmo, ele mesmo, / Cansaço»).


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