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O que é a arte? a) Morris Weitz, «The Role of Theory in Aesthetics» (1956): «Cada uma das grandes teorias da arte (…) converge na tentativa de estabelecer.

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1 O que é a arte? a) Morris Weitz, «The Role of Theory in Aesthetics» (1956): «Cada uma das grandes teorias da arte (…) converge na tentativa de estabelecer as propriedades definidoras da arte. Cada uma delas afirma que é a teoria verdadeira, dado ter formulado correctamente uma efectiva definição da natureza da arte; e que as outras são falsas, pois ignoram alguma propriedade necessária ou suficiente.»

2 O que é a arte? b) « Neste ensaio, pretendo argumentar no sentido da rejeição deste problema. (…) Quero mostrar que a inadequação das teorias da arte não resulta de quaisquer dificuldades legítimas, como por exemplo a extrema complexidade da arte, as quais poderiam ser ultrapassadas pelo aprofundar da investigação. A sua inadequação básica reside, ao contrário, num fundamental erro de concepção daquilo que é a arte. A Estética —toda ela— está errada por princípio ao pensar que é possível a existência de uma correcta teoria da arte, pois tal adultera a lógica do conceito de arte. A sua principal pretensão de que a “arte é susceptível de uma real ou qualquer outra forma de definição verdadeira” é falsa.» (…) A Estética tenta definir aquilo que não pode ser definido numa acepção restrita.» Morris Weitz, «The Role of Theory in Aesthetics »

3 A arte como conceito aberto a) «A arte, em si mesma, é um conceito aberto. Novas condições (casos) surgem constantemente e sem dúvida continuarão a surgir, emergirão novas formas de arte, novos movimentos que exigirão decisões da parte dos envolvidos, normalmente críticos profissional, acerca de saber se o conceito de arte lhes deve ou não ser estendido.» Morris Weitz, «The Role of Theory in Aesthetics»

4 A arte como conceito aberto b) «Aquilo que eu defendo, então, é que a intrínseca natureza expansiva e empreendedora da arte, as suas constantes transformações e novas criações tornam logicamente impossível encerrá-la no interior de um estrito conjunto de propriedades definidoras. Podemos, naturalmente, escolher fechar o conceito. Mas fazê-lo com a noção de “arte”, de “tragédia” ou de “retrato”, etc., é absurdo, dado que restringe as próprias condições de criatividade nas artes.» Morris Weitz, «The Role of Theory in Aesthetics»

5 Critérios de reconhecimento Denis Dutton, A Naturalistic Definition of Art « Recordo que, reconhecendo a existência de uma miríade de casos marginais, por “artes” eu entendo artefactos (esculturas, pinturas e objectos decorados, tais como instrumentos ou o corpo humano, e gravações e textos considerados enquanto objectos), assim como actividades (Performances) (danças, músicas, assim como a composição e a recitação de histórias).»

6 1. Prazer directo. « O objecto de arte —história, narrativa, artefacto manufacturado ou actividade visual ou auditiva— é valorizado como fonte de um prazer experiencial em si mesmo, e não preferencialmente pela sua utilidade em produzir alguma coisa que não seja ou útil ou agradável.» ((este prazer é comum a outras áreas da experiência humana.))

7 2. Competência ou virtuosismo. «A produção do objecto ou actividade requer e demonstra o exercício de competências especializadas. (…) Quando uma competência é adquirida virtualmente por todos os membros de uma cultura, tal como acontece com o canto e a dança comunitários em algumas tribos, tenderá sempre a existir indivíduos que se destacam em função do seu particular talento e mestria.» ((em muitas outras actividades humanas existe a valorização do virtuosismo; qualquer área da experiência humana pode dar lugar ao desenvolvimento de comportamentos de excepção.))

8 3. Estilo. « Objectos e realizações em todas as formas de arte são produzidas em estilos reconhecíveis, segundo regras de forma, composição ou expressão. O estilo fornece um fundo “normal”, estável e previsível, contra o qual os artistas podem criar elementos de inovação e surpresa expressiva. Um estilo pode decorrer de uma cultura, de uma família, ou ser resultado da invenção de indivíduo; mudanças de estilo podem envolver influências exteriores e súbitas alterações, assim como uma lenta evolução.» ((todas as actividades culturais estão moldadas segundo padrões de estilo; cultura e estilo são de algum modo termos coextensivos.))

9 4. Inovação e criatividade. « A arte é valorizada e elogiada pela sua inovação, criatividade, originalidade e capacidade de surpreender a audiência.» ((É claro que a criatividade é valorizada em muitas outras áreas da experiência humana.))

10 5. Crítica. « Sempre que existem formas de arte, existem em articulação com um qualquer tipo de linguagem crítica, juízo, avaliação, seja de carácter simples ou, mais frequentemente, elaborado.» ((Evidentemente que a crítica existe em muitas áreas da experiência humana, mas há outras cujo resultado funciona como critério estrito do sucesso da realização.))

11 6. Representação. « Nas mais diversas formas de naturalismo, os objectos artísticos, incluindo esculturas, pinturas, narrativas escritas e orais, e em alguns casos mesmo músicas, representam ou imitam experiências do mundo, reais ou imaginárias.» ((existem numerosas realidades culturais onde está presente a representação. Toda a experiência humana é, nesta acepção, representacional.))

12 7. “Atenção especial”. «As obras de arte e actividades artísticas tendem a ser extraídas da vida quotidiana, perspectivando a experiência de forma autónoma e dramática.» ((esta valorização simbólica também ocorre em outras actividades humanas, como sejam as envolvidas com a ritualização de alguns acontecimentos da vida.))

13 8. Expressão individual. «O potencial de expressão da personalidade individual está normalmente latente nas práticas artísticas, seja ou não totalmente explorado. (…) A pretensão de que a individualidade artística é uma construção ocidental não observável em culturas não-ocidentais ou tribais tem sido amplamente aceite, mas é certamente falsa. Na Nova Guiné…» ((qualquer actividade com um comportamento criativo pode ser ocasião de expressão individual; mas nas actividades comuns tendemos a privilegiar menos a expressão em si mesma do que o sujeito que lhe está subjacente.))

14 9. Saturação emocional. «. De forma gradativa, a experiência das obras está carregada de emoção. A emoção na arte é genericamente divisível em dois tipos, fundidos (ou confundidos) na experiência, mas analiticamente distintos. Primeiro, existem emoções provocadas ou desencadeadas pelo conteúdo representacional da obra ou actividade. (…) Existe, no entanto, uma segunda e alternativa acepção, na qual as emoções podem estar atravessadas por um particular sabor ou timbre que é distinto da emoção causada pelo conteúdo representacional.» ((evidentemente que são numerosas as experiências carregadas com elevada densidade emocional.))

15 10. Desafio intelectual. «As obras de arte tendem a ser concebidas para usarem até ao limite uma articulada variedade de capacidades humanas, perceptivas e intelectuais: de facto, as melhores obras de arte estão para além dos limites comuns. O completo exercício das capacidades mentais é em si mesmo uma fonte de prazer.» ((muitas actividades humanas implicam esse desafio intelectual.))

16 11. Tradições artísticas e instituições. «Objectos e actividades artísticas, tanto nas culturas orais de pequena escala como nas civilizações com escrita, são criadas e até certo grau recebem significado pela sua inserção na história e na tradição da sua forma de arte.»» ((a própria ideia de cultura humana exige a existência de tradições e instituições.))

17 12. Experiência imaginativa. «Finalmente, e talvez a mais importante de todas as características aqui listadas, os objectos artísticos fornecem essencialmente uma experiência imaginativa tanto para os produtores como para os receptores.» ((existe experiência imaginativa em outras áreas da experiência humana, mas ao nível da arte, existe uma autonomização da imaginação face a objectivos práticos ou imediatos.))

18 Quando há (é) arte? - Nelson Goodman, Modos de Fazer Mundos, p. 117: «Um objecto pode simbolizar coisas diferentes em ocasiões diferentes, e nada em outras ocasiões. Um objecto inerte ou puramente utilitário pode chegar a funcionar como arte, e uma obra de arte pode chegar a funcionar como um objecto inerte ou puramente utilitário. Talvez que, em vez de a arte ter uma existência longa e a vida uma existência curta, ambas sejam transitórias.»

19 A natureza multifuncional da obra de arte — a experiência cultural incide sempre (é difícil senão impossível encontrar excepções) sobre realidades multifuncionais:; — aquilo a que chamamos obra de arte consiste em alguma coisa que só muito recentemente (fruto da autonomia da arte) passou a ser entendido como realidade cultural predominantemente determinada por uma função estrita ou preferencialmente estética. — mesmo as mais esteticamente “puras” ou uni funcionais obras de arte contemporâneas cumprem sempre outras funções (sociais, económicas, políticas, etc);

20 5 Sintomas do estético: a) Nelson Goodman, Modos de Fazer Mundos, p. 115: «(...) arrisco a hipótese de que há cinco sintomas do estético: (1) a densidade sintáctica, onde as diferenças mais finas constituem uma diferença entre símbolos —por exemplo, um termómetro de mercúrio não graduado em contraste com um instrumento electrónico de leitura digital; (2) a densidade semântica, quando os símbolos são fornecidos por coisas que se distinguem entre si pelas mais finas diferenças em certos aspectos — por exemplo, não apenas de novo o termómetro não graduado, mas também o inglês vulgar, embora ele não seja sintacticamente denso;

21 5 Sintomas do estético: b) (3) a saturação relativa, onde, comparativamente, muitos aspectos de um símbolo são significativos — por exemplo, um desenho de uma montanha com uma única linha por Hokusai onde cada característica de forma, linha, grossura, etc., conta, em contraste com a mesma linha enquanto gráfico das médias diárias da bolsa de valores, onde tudo o que conta é a altura da linha acima da base; (4) a exemplificação, onde um símbolo, quer denote ou não, simboliza servindo como amostra de propriedades que possui literal o metaforicamente; e finalmente (5) a referência múltipla e complexa, onde um símbolo realiza várias funções referenciais integradas e interactivas, algumas directas e algumas mediadas por meio de outros símbolos»

22 Acepção classificatória (ou descritiva) e acepção avaliativa a) «A principal tarefa da estética não é procurar uma teoria, mas elucidar o conceito de arte. Especificamente, descrever as condições no interior das quais nós empregamos correctamente o conceito. (…) Qual é, então, a lógica inerente a afirmar “X é uma obra de arte”? Tal como de facto usamos o conceito, “Arte” é um conceito quer descritivo (como”cadeira”) quer avaliativo (como “bom”); isto é, por vezes dizemos “Isto é uma obra de arte” para descrever alguma coisa, e por vezes dizemo- lo para avaliar alguma coisa. (…)» Morris Weitz, «The Role of Theory in Aesthetics»

23 Acepção classificatória (ou descritiva) e acepção avaliativa b) S. Gardner,«Aesthetics»: « (…) é simplesmente um erro separar a acepção classificatória da acepção avaliativa. A avaliação é tanto parte integrante do conceito de arte como o é para os conceitos morais. Nós não classificamos primeiro os objectos como arte, só depois descobrindo que acontece serem esteticamente recompensadores: conceptualmente, existe um único movimento.»

24 Avaliação e classificação A dimensão de avaliação é intrínseca: — a obra de arte possui uma realidade gradativa; — a identidade constrói-se por um processo de aprofundamento da própria identidade.

25 Do Objecto à experiência: o prazer estético Jerrold Levinson, «What is Aesthetic Pleasure?»: «Eu proporia a seguinte caracterização do prazer estético: o prazer num objecto é estético quando deriva da apreensão e reflexão das características e do conteúdo de um objecto, tanto por si mesmos, como na sua relação com a base estrutural em que se encontra. Isto é, apreciar alguma coisa esteticamente é atender às suas formas, qualidades e sentidos, em si mesmos e nas suas interacções, mas também atender ao modo como esses aspectos emergem do conjunto específico de aspectos perceptíveis de segundo plano que definem o objecto contra um plano não estético. (…) Quando uma obra de arte possui um conteúdo predominantemente intelectual, moral ou político, o prazer permanece identificavelmente estético quando resulta não tanto da aquisição de um dado conhecimento científico, discernimento ético ou sabedoria política por si mesmos, mas da apreciação do modo como, colocando a obra no seu correcto contexto, estes aspectos estão corporizados e comunicados pela organização dos elementos específicos da obra.»

26 O “mundo da arte” a) -Em que contexto é que uma determinada realidade pode ser objecto de uma relação estética? -Em que contexto uma realidade que é objecto de uma relação estética pode ser considerada obra de arte? Arthur C. Danto, «The Artistic Enfranchisement of Real Objects: The Artworld »: «Ver alguma coisa como arte requer algo que o olho não pode percepcionar — uma atmosfera de teoria artística, um conhecimento da história da arte: um mundo da arte.»

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28 O “mundo da arte” b) Arthur C. Danto, «The Artistic Enfranchisement of Real Objects: The Artworld » «Aquilo que afinal faz a diferença entre uma caixa Brillo e uma obra de arte que consiste numa Caixa Brillo é a existência de uma certa teoria da arte. É essa teoria que a transporta para o mundo da arte e a impede de se reduzir ao objecto real que é (numa acepção do é diferente da da identificação artística). Naturalmente que, sem esta teoria, seria inverosímil vê-la como arte, e para que a vejamos como parte do mundo da arte é necessário que tenhamos apreendido um vasto conjunto de teorias artísticas, tal como um conjunto considerável de dados relativos à história recente da pintura em Nova Iorque.»

29 O “mundo da arte” c) Arthur C. Danto, Beyond the Brillo Box, p. 46: «O mundo da arte é o discurso de razões institucionalizado, e ser membro do mundo da arte é, correspondentemente, ter aprendido o que significa participar no discurso de razões de uma cultura. Em certo sentido, o discurso de razões de uma dada cultura é uma espécie de jogo de linguagem, governado por regras de jogo e por razões similares àquelas que sustentam a ideia de que só onde há jogos há vitórias, derrotas e jogadores, assim, apenas existe arte onde existe um mundo da arte.»

30 O “mundo da arte” d) Arthur C. Danto, After the End of Art, p. 194: «A minha contribuição foi ter demonstrado que uma definição de arte deve ser hoje procurada de modo a que não apenas seja consistente com o carácter externamente disjuntivo da classe das obras de arte, mas também o de explicar como é que tal carácter é possível. Mas, tal como todas as definições, a minha (que era provavelmente apenas parcial) era inteiramente essencialista. Por “essencialista” eu entendo a exigência de uma definição através de condições necessárias e suficientes, segundo o modelo canónico da filosofia. »


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