1 Quatro obstáculos ao funcionamento do Corpo de Cristo.

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1 1 Quatro obstáculos ao funcionamento do Corpo de Cristo

2 2 INTRODUÇÃO

3 3 (1)Paulo compara a Igreja com um corpo, e afirma que, assim como num corpo o que nos diferencia na comunidade é a nossa função (dom). Dons

4 4 (2)A comunidade da igreja local será um organismo vivo, se cada membro cumprir sua função complementar. Do contrário a saúde comunitária estará comprometida. Multiplos papeis

5 5 (3)Por isso, é importante não ignorar os dons, mas conhecê-los; inclusive tentar identificá-los em nós mesmos, ou buscá-los em oração, para que possamos definir nosso foco ministerial, ocupar nosso lugar no corpo. Buscar os dons

6 6 PRIMEIRO OBSTÁCULO: A não compreensão do valor da diversidade, e como ela pode promover a unidade.

7 7 (1)Quando Paulo faz essas perguntas retóricas nos versos de 27 a 30, ele está mostrando que a riqueza da comunidade, reside na diversidade dos dons que se complementam. Diversidade

8 8 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. (1CO 12:27,28)

9 9 Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos? (1CO 12:29,30)

10 10 (2)Ela pode promover a unidade da comunidade (igreja), porque possui uma origem comum, não discrimina ninguém, e torna seus membros interdependentes.

11 11 De que maneira o dom do mestre (ensino) complementa o dom do evangelista. Reflexão

12 12 E o dom profético (profecia) é complementado pelo dom pastoral? Reflexão

13 13 SEGUNDO OBSTÁCULO: A não aceitação dos dons concedidos por Deus

14 14 (1)O pé, por se sentir inferior, está desejando ser mão, e o ouvido está desejando ser olho. Ambos são interdependentes. Um não menos do que o outro.

15 15 (2)É muito próprio do ser humano desvalorizar o que possui e valorizar o que não possui.

16 16 (3)As pessoas que possuem os dons de bastidores, de retaguarda, que são de baixa visibilidade, acabam valorizando os dons de alta visibilidade.

17 17 serviço, socorro, intercessão, administração, fé, contribuição

18 18 (4)Paulo está mostrando que no Corpo de Cristo não deveria haver a depreciação de uns dons, muito menos a supervalorização de outros.

19 19 (5)Na igreja não há lugar para o descontentamento de pessoas com dons vistos como menos importantes, nem para vanglória de pessoas com dons vistos como mais importantes.

20 20 (6)Os dons aos quais atribuímos menor valor, ironicamente, na avaliação de Deus são os mais essenciais (V22, V23).

21 21 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. (1CO 12:22,23)

22 22 (7)Os dons vistos como mais nobres e mais destacados todos observam e prestam honra. Eles já são naturalmente valorizados, notados, e encorajados.

23 23 (8)Os dons de menor visibilidade necessitam de maior encorajamento (V24). Precisamos ter sabedoria para trata-los com especial cuidado.

24 24 Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; (1CO 12:24)

25 25 (9)Somos corpo, e não partes isoladas e autônomas. Dependemos uns dos outros. Todos os dons são importantes e essenciais.

26 26 Confie na soberania e sabedoria de Deus e aceite o dom que Ele te deu, e respeite o dom que Ele deu ao outro. Nós recebemos os dons em função dos outros (V18). Reflexão

27 27 Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. (1CO 12:18)

28 28 TERCEIRO OBSTÁCULO: Valorizar mais a “uniformidade” que a diversidade, achando que o diferente é o errado

29 29 (1)Por exemplo, o olho é muito importante no corpo, mas ele não é o corpo.

30 30 (2)Quanto mais diferentes somos em nossos dons, mais complementares seremos no Corpo de Cristo.

31 31 O evangelista ganha almas, o mestre discípula, o pastor pastoreia.

32 32 Se a pessoa vem com grandes necessidades, ela será notada pelo que tem o dom do socorro.

33 33 O que tem o dom da fé cogita um lugar maior para receber as pessoas. O que tem o dom do governo viabiliza a compra ou o aluguel desse lugar.

34 34 Como seria uma comunidade se só fosse valorizado o dom do ensino? Ou o dom do evangelismo? Ou o dom de cura? Ou o dom de línguas? Ou o dom da profecia? Reflexão

35 35 QUARTO OBSTÁCULO: É o espírito de autossuficiência (soberba).

36 36 Em quais circunstancias os olhos precisam das mãos e a cabeça dos pés? Reflexão

37 37 (1)Em algum momento vamos precisar que o outro nos abençoe com a manifestação do seu dom.

38 38 Vamos precisar ser ensinados, aconselhados, curados, libertos, socorridos, ministrados, servidos, exortados, e encorajados em fé.

39 39 (2)Em um acampamento precisamos de organizadores, preletores, intercessores, recursos, socorro, adoradores, professores, conselheiros, dentre outras.

40 40 CONCLUSÃO

41 41 (1)Quem recebe o dom não é o “privilegiado”, é “responsável”. Uma vez que recebe o dom em função do corpo, ou seja, para abençoar o outro.

42 42 (2)Por isso, os dons não são doados para competição, nem para ostentar espiritualidade, mas para a cooperação.

43 43 (3)Se todos são honrados por todos, se todos se sentem úteis, se ninguém se sente autossuficiente, e se todos ocupam seu espaço no Corpo de Cristo...

44 44... Então não há lugar para divisão, para individualismo, para competição, mas para cooperação, e para o espírito de equipe (I PE 4:10,11).

45 45 Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém. (2PD 4:11)

46 46 (4)Como as partes estão interligadas, a solidariedade está presente no sofrimento e na honra (V26).

47 47 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. (2CO 12:26)

48 48 “Uma martelada no dedo dói no corpo todo” “Uma coroa na cabeça honra o corpo todo” “Se a mão não leva o alimento à boca, sofre o corpo todo” “O exercício de cada dom abençoa e honra o corpo todo”

49 49 Sem o ministério evangelístico a igreja não cresce numericamente. Sem o ministério de mestre a igreja não cresce espiritualmente.

50 50 Sem o pastoreio as ovelhas ficam a mercê do lobo. Sem o dom do socorro os necessitados não são percebidos.

51 51 Sem o discernimento de espíritos o inimigo prevalece. Sem o dom da fé a gente não sai da mediocridade.

52 52 Sem o dom do governo a gente fica desorganizado e desarticulado. Sem o dom da cura, do milagre nosso evangelho fica discursivo e todos sofremos.

53 53 Que igreja podemos ser?

54 54 (1)Podemos ser essa igreja rica por sua diversidade, que nos faz interdependentes e unidos em torno de um só propósito: a edificação do Corpo de Cristo, a visibilidade do Reino de Deus.

55 55 (2)Podemos preservar essa unidade na diversidade vivendo em mutualidade, onde há cuidado e serviço mútuos.

56 56 (3)Podemos ser igreja madura, onde na justa operação de cada parte, verifica-se o seu aumento (EF 4:16).

57 57 (4)Podemos ser igreja que fora das quatro paredes do salão de culto, continua abençoando as pessoas com nossos dons espirituais, no contexto imediato.

58 58 FIM