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Pág. 207-214 De Tramas e Fios Um ensaio sobre música e educação Marisa Fonterrada.

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1 Pág. 207-214 De Tramas e Fios Um ensaio sobre música e educação Marisa Fonterrada

2 Desenredando a trama da música na escola brasileira  Vivemos, no Brasil, um momento importante na Educação,, desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional  No que diz respeito à música, abre-se, portanto, espaço para que se discuta o que é educação musical e o que pode ou não ser apropriado para a área nas escolas brasileiras.  Como parte dessa tarefa, é preciso lançar um olhar ao passado, pois conhecermos quem fomos pode contribuir para compreendermos quem somos e quem pretendemos ser.

3  Após o descobrimento, vinda dos jesuítas. primeiros educadores do país, estes trouxeram valores e práticas que iriam exercer grande influência no conceito de educação no Brasil  Segundo Fonterrada “Na ação jesuítica, duas características podem ser imediatamente percebidas: O rigor metodológico de uma ordem de inspiração militar e a imposição da cultura lusitana, que desconsiderava a cultura e os valores locais, substituindo-os pelos da pátria portuguesa.”  Porem os reais valores indígenas foram conservados pelos jesuítas; aliás, toda sua cultura o foi. Foram os padres da Companhia de Jesus que compilaram as línguas dos nativos em gramáticas e glossários. A "língua geral" por eles sistematizada se tornaria, até o século XVIII, a principal forma de comunicação no Sul da Colônia, onde o português era desconhecido.  Serafim Leite escreveu em seu livro "Páginas da História do Brasil": "A Companhia tinha 9 anos de existência oficial, quando chegou ao Brasil em 1549. Período, portanto, que se pode chamar de expansão, caracterizado pelo espírito de iniciativa, disciplina criadora, entusiasmo que facilita a conquista. Quinze dias depois de chegarem já tinham os Jesuítas desencadeado a ofensiva contra a ignorância, contra as superstições dos Índios, e contra os abusos dos colonos. Abriram escolas de ler e escrever: pediram a Tomé de Sousa que restituísse às suas terras os índios, injustamente cativos; iniciaram a campanha contra o hábito de comer carne humana: catequese, instrução, obras sociais, colonização...'". Olhando a história

4  É preciso que se diga que, então, o ensino da música se dava pela prática musical e pelo canto.  O conceito de educação musical,estava ligado ao mesmo modo europeu de promover a educação e a prática musical nas Igrejas, Conventos e Colégios.  No período iniciado com a vinda da família real de Portugal ao Brasil, em 1808, fugindo do exército de Napoleão Bonaparte, a situação mudou, pois a música, até então restrita à Igreja,estendeu-se aos teatros, que costumavam receber companhias estrangeiras de óperas, operetas e zarzuelas.

5  Ao mesmo tempo, firmava-se no pais a prática informal da música popular, que não se moldava pelo conjunto dc regras disciplinares de inspiração pragmática ou jesuítica, mas se constituía de maneira espontânea, valorizando a habilidade instrumental e a improvisação.  Embora haja registro de algumas atividades de música em escolas - a Escola de Santa Cruz.  E as do padre José Maurício, mestre de capela do imperador e professor de música na escola.

6  Em 1854 que se instituiu oficialmente o ensino da musica nas escolas públicas brasileiras, por um decreto que ditava que o ensino deveria se processar em dois níveis:,noções de música" e "exercícios de canto", não explicitando, porém, nada mais do que isso.  Ou seja quase 100 anos depois da expulsão dos Jesuítas por, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques de Pombal.  Ainda sobre a expulsão dos jesuítas vale ressaltar o desastre sem igual na educação em Portugal e no Brasil. Em Portugal os jesuítas forneciam educação gratuita a perto de 20 mil alunos, tendo praticamente o monopólio da educação não superior. Portugal só voltará a ter este número de alunos no início do século XX, quando a população é o dobro da daquela época. -A Matemática em Portugal, de Jorge Buescu, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

7 Escola Nova  Anísio Teixeira, discípulo de John Dewey - cuja filosofia muito influenciaria a educação brasileira ao fazer a proposta da Escola Nova, trouxe ao Brasil as idéias de seu mestre, segundo as quais, a arte deveria ser retirada do pedestal em que se encontrava e colocada no centro da comunidade.  “Na escola, o ensino da música não deveria restringir-se a alguns talentosos?, mas ser acessível a todos, contribuindo para a formação integrai do ser humano”  Em 1890, passou-se a exigir, com o decreto federal n.981 "formação especializada do professor de música" (Janibelh, 1971 p.41).  Assim, abria-se mais um espaço ao professor especialista, ainda não suficiente, no entanto, para lhe conferir estabilidade.  No campo especializado do ensino da música surgiu, no Rio de Janeiro, o Conservatório Brasileiro de Música (1845); em São Paulo, foi fundado o Conservatório Dramático e Musical.

8  Os cursos de música do Conservatório nitidamente privilegiavam o ensino de instrumento, conforme o costume da época.  Somente mais tarde as idéias nacionalistas passaram a influenciar o Conservatório, principalmente em razão da atuação de um de seus professores, Mário de Andrade que se revelou uma das principais cabeças pensantes do seu tempo.  Um sopro novo chegara na década de 1920, com Mário de Andrade, que defendia, no bojo do movimento modernista, a função social da música e a importância e o valor do folclore e da música popular.  Na mesma época, surgia a figura de Villa-Lobos, companheiro de Mário e figura importante do movimento, junto a Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e tantos outros.

9  Maestro Fabiano Lozano, que defendia e praticava o canto coral com seus alunos nessa época é pouco citado mas muito importante.  Dizem os que com ele privaram que seu trabalho teria inspirado Villa-Lobos, quando este propôs para São Paulo seu projeto educacional de canto coral para as escolas, que, mais tarde, se ampliaria para todo o país.  Villa lobos, em pouco tempo, tornou-se um dos mais importantes nomes da educação musical no Brasil, ao instituir o canto orfeônico em todas as escolas públicas brasileiras.  Villa Lobos teve conhecimento da proposta de Kodaly.

10  O canto orfeônico, embora inspirado em Kodály, dele diferia em seus modos de implantação. Os procedi¬mentos básicos eram os mesmos, mas não havia rigor em sua aplicação, Ao contrário, a ênfase era colocada no incentivo à experiência musical, levada a um número impressionante de estudantes, que lotavam os estádios de futebol para cantar, em conjunto, música brasileira (Villa- Lobos, 1940, 1941).  A vivência musical e o carisma de Villa-Lobos substituíam o rigor do método.  Na década de 1960, o canto orfeônico foi substituído pela educação musical que não diferia profundamente da proposta anterior.  Os professores de música, nas escolas, eram ainda praticamente os mesmos, e não havia flagrante antagonismo entre a nova proposta e a anterior, de Villa-Lobos.

11 Fim


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