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PublicouMaria Luiza Bicalho Bugalho Alterado mais de 8 anos atrás
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Pensamento crítico e argumentação informal na era da internet O MODELO: P. ANTÓNIO VIEIRA ESCRITOR
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Vieira: identidade e dinâmica do texto PENSAMENTOPALAVRA ACÇÃO VIVÊNCIA
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Teses PROPORÇÃOEMOÇÃO Unidade de pensamento, palavra e acção apaixonados Identidade e unidade pessoais (macrotexto) criada na textualização do pensamento, palavra e acção Unidade e textualização inspirada nos Exercícios Espirituais de Inácio de Loiola CLAREZA
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Teses (2) PROPORÇÃOEMOÇÃO Unidade estilística e teleológica baseada em estruturas e processos linguístico-cognitivos comuns O Sermão da Sexagésima condensa ensinamentos práticos sobre como conceber e textualizar o vivido e como fazer da vida um texto persuasivo. CLAREZA
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Actualidade de Vieira Preocupações actuais: a aquisição e domínio da língua é essencial numa sociedade retórica, mediática e do conhecimento com o papel que um ensino incapaz da língua reproduz e acrescenta desigualdades ao perpetuar, nomeadamente, a exclusão dos sistemas sociais simbólicos. Sermão da Sexagésima Ensinamentos sobre as condições de produção e de eficácia dos textos (manual de textualização)
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Biografia PortugalBrasil "Os portugueses têm um pequeno país para berço e o mundo todo para morrerem." 1614| Chega a Salvador da Baía, Brasil Nasce em Lisboa, junto à Sé, mulato.|1608 1623| Foge de casa e torna-se jesuíta 1634| Ordenado sacerdote 1640| Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as da Holanda Integra missão de adesão a D. João IV.|1641 Escreve petição pelo regresso dos judeus.|1643 Nova petição, contra a Inquisição.|1647 Para-Diplomata: França, Holanda, Itália.|1643 Ocupa-se com História do Futuro.|1649 Discussões com Menasse-ben-Israel.|1648 Vai restaurar missão do Maranhão.|1652 1653| Missionário no Maranhão, combate contra a escravidão dos índios
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Biografia PortugalBrasil 1654| Vai a Lisboa pedir protecção aos índios. Antes de partir, a 13 de Junho, prega Sermão de S. António aos peixes. Sermões da Sexagésima e do Bom Ladrão.|1655 Falece D. João IV.|1656 1655| Volta com lei da liberdade dos índios. Falece D. André Fernandes, amigo maior.|1660 1661| Colonos e religiosos prendem e expulsam os jesuítas para Portugal. Acusado de heresia pela Inquisição. |1662 Desterrado para Coimbra. |1663 Preso, escreve a História do Futuro. |1664 Sentença final da Inquisição: sem voz. |1667
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Biografia PortugalRoma D. Pedro assume governo do Reino.|1667 Concedido o perdão de todas as penas|1668 1669| Magoado e insatisfeito com o perdão, aproveita missão de beatificação de Inácio de Azevedo para obter apoios. 1673| Pregador oficial de Catarina da Suécia Publica o volume I dos Sermões. |1679 1675| Breve pontifício absolve-o de todas as penas, censuras e restrições e isenta-o, por toda a vida, da autoridade, poder e jurisdição da Inquisição Portuguesa. …| Colabora nas Notícias Recônditas. Embarca para a Baía. |1681 Recusa convite para confessor de Cristina. |…
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Biografia PortugalBrasil Volume II dos Sermões.|1682 1688| Visitador-geral da Província do Brasil. 1690| Com direitos de autor financia missão. 1697| O P. António Vieira morre, à primeira hora do dia 18 de Julho de 1697,. Volume III dos Sermões.|1683 Volume IV dos Sermões.|1685 Volume V dos Sermões.|1689 Volume VI dos Sermões.|1690 Volume VII dos Sermões.|1692 Volume VIII dos Sermões.|1694 Volumes IX-X dos Sermões.|1694 Volume XI dos Sermões.|1696 Conclui o volumes XII dos Sermões.|1697
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Rostos comuns de Vieira Celebram, com efeito, a arte do prosador, estudam os passos do diplomata, louvam, nem sempre com grande rigor metodológico, o destemido defensor dos índios, ou a ousadia do crítico das estruturas político sociais da nação, lamentam a vítima da inquisição, valorizando ou aduzindo para isso os textos que melhor convêm como “prova” ou ilustração da perspectiva por cada uma considerada. (Castro, 1997: 218)
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Vieira, protótipo do Barroco PROPORÇÃOEMOÇÃO «E é por isso que ele personifica, com tão fiel exactidão, o protótipo do espírito barroco, que é a síntese mais acabada daquelas três componentes.» CLAREZA
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Vieira: artista e grande coração Porém, a predominante e prolongada admiração da obra vieirina numa perspectiva predominantemente estético- literária ou histórica, revelou um Vieira de que Besselaar (1981: 97-98) traçou um perfil curioso: «Depois deste requisitório parece lícita a pergunta: Se Vieira não foi grande teólogo, filósofo ou exegeta, em que reside então, a sua grandeza? A resposta, cremos nós, deve ser esta: Vieira foi um grande artista e um grande coração.»
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Rosto oculto de Vieira «Mas raríssimas vezes atentam, e quase sempre de modo cortical, na impressionante unidade teleológica e estilística que envolve e uniformiza todo o seu macrotexto.» (Castro, 1997: 218) CLAREZA PROPORÇÃO EMOÇÃO
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Vieira – síntese intercultural «Vieira conciliou, como poucos espíritos em toda a história da cultura portuguesa – e por certo como nenhum outro no seu tempo! – a viva clareza intelectual dos clássicos, feita de harmonia e de sentido das proporções, com a apaixonada vibração emocional que, dois séculos mais tarde, haviam de marcar a fogo tantas facetas da alma romântica.»
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Vieira – síntese inaciana «O hábito negro de Santo Inácio de Loiola dominou- lhe as emoções (saberia Deus com que dificuldade muitas vezes!), educou-lhe a inteligência, disciplinou- lhe a vontade, mas quase nunca conseguiu frear-lhe os voos da imaginação, nem atenuar-lhe o fulgor da inteligência.»
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A Vida é um Texto «A vera efígie de Santo Inácio é aquele livro de seu Instituto que tem nas mãos. O melhor retrato de cada um é aquilo que escreve. O corpo retrata- se com o pincel, a alma com a pena.» Sermão de Santo Inácio
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Tudo é um Texto «A primeira imagem de Deus é o Verbo gerado; a segunda, o verbo escrito. O verbo gerado é retrato de Deus ad intra; o verbo escrito é retrato de Deus ad extra. E assim como Deus se retratou no livro das suas Escrituras, a si Inácio se retratou no livro das suas. Retratou-se Inácio por um livro em outro livro. O livro das vidas dos santos foi o original de que Santo Inácio é cópia; o livro do Instituto da Companhia é a cópia de que Santo Inácio é o original.» Sermão de Santo Inácio
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Ser pessoa é aceder ao Outro-Texto «Aprendia os idiomas das diversas tribos índias, tornando-se capaz de escrever um conciso catecismo em seis línguas diferentes.» (Besselaar, 1981: 38)
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Textualizar é humanizar «Do patriarca, pai de tantos patriarcas, S. Bento, estendendo o Monte Cassino por todo o mundo, tomou Santo Inácio as escolas e a criação dos moços. Para quê? Para que na prensa das letras se lhes imprimam os bons costumes, e estudando as humanas aprendam a ser homens.»
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A via vieirina para uma pedagogia da escrita 5.
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Resumindo e concluindo… O engenho de Vieira escritor opera a dois níveis: A nível profundo, exercita e aplica capacidades neurolinguísticas comuns aos falantes de uma língua; Ao nível superficial, dos comportamentos observáveis, o seu rosto de escritor define-se nos seguintes traços: i) Observa e anota as ideias, os sentimentos, as imagens e os exemplos que descobre em si e à sua volta a propósito de um determinado tema; ii) Desenvolve essa matéria-prima meditando-a como um objecto em si ou em relação com outros, procurando sempre o exemplo eloquente;
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Resumindo e concluindo… iii) Selecciona e dispõe os materiais elaborados segundo um plano ou representação conceptual do texto adequado à finalidade pretendida, persuadir; iv) Redige um borrão ou esboço inicial, arranjando os materiais de acordo com esse plano; v) Memoriza o plano e o borrão e expõe oralmente as suas reflexões a outras pessoas; vi) Redige borrões ou esboços sucessivos, avançando através e para além do erro até à elocução correcta e eficaz; vii) Torna públicos os seus textos.
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Como se faz um escritor na escola de Vieira? Exercitar-se Ler Imitar e criar Pensar ObservaçãoMeditação Textualizar DisposiçãoElocução Apresentar MemorizarComunicar Repensar Retextualizar
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