No mês de março temos duas datas na Academia de Letras de Campina Grande, 6 e 18, as quais registram a primeira o falecimento de Raimundo Asfora (1987)

Apresentação em tema: "No mês de março temos duas datas na Academia de Letras de Campina Grande, 6 e 18, as quais registram a primeira o falecimento de Raimundo Asfora (1987)"— Transcrição da apresentação:

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3 No mês de março temos duas datas na Academia de Letras de Campina Grande, 6 e 18, as quais registram a primeira o falecimento de Raimundo Asfora (1987) e a segunda o nascimento de Ronaldo Cunha Lima (1936), ambos poetas e proeminentes políticos de nossa terra. Ronaldo ocupava a Cadeira n° 16, que tem por patrono Severino de Andrade Silva (Zé da Luz) e Asfora é patrono da Cadeira n° 36, ocupada por Francisco Maria Filho. Os dois eram amigos e costumavam elaborar poemas inspirados por momentos e circunstâncias, em grande parte no formato de soneto.

4 Disponho de cópia eletrônica de um documento assinado pelos dois confrades, no qual consta que no dia 05.01.1986, ao raiar do dia, depois de inflamado e exaustivo comício em Brejo das Freiras, no sertão paraibano, os dois poetas resolveram realizar um improviso poético tendo como tema o Amor. Cada um construía um verso na elaboração do soneto que se intitulou Improviso do Eterno Amor. Eis o poema: Primeiro quarteto: 1. (Asfora) - Amor, que graves coisas, mas antigas/ 2. (Ronaldo) - Se tornam hoje mais presentes/ 3. (Asfora) - Será que eu sinto o que acaso sentes/ 4. (Ronaldo) - Se sentes todas emoções, que digas!/ Segundo quarteto: 1. (Asfora) - Amor, não sejam coisas só amigas/ 2. (Ronaldo) - Sejam paixões eternas e prementes/ 3. (Asfora) - Ah! Muito mais amor, que agora crentes!/ 4. (Ronaldo) - Criamos um caminho, que o sigas!/

5 Primeiro terceto: 1. (Asfora) - Será o que fizermos de nós dois/ 2. (Ronaldo) - E o que fizemos antes, e depois.../ 3. (Asfora) - Tudo será nós mesmos! Namorados!/ Segundo terceto: 1. (Ronaldo) - Um pedaço de vida renascida/ 2. (Asfora) - A união integral da nossa vida,/ 3. (Ronaldo) - Nossos sonhos, enfim, realizados!. Este soneto a duas mãos produzido de improviso por Ronaldo e Asfora não é único. É um entre tantos que, às vezes, a dupla fazia em cima dos palanques, tornando memoráveis aqueles comícios.

6 Asfora fez também o soneto Hino Pagão à Mocidade, com Felix Araújo, outro poeta e político de nossa cidade, lá pelos idos de 1948. Felix Araújo é patrono da Cadeira n° 13 de nossa Academia, ocupada por Juarez Farias. Por tão curiosa singularidade, homenageamos os dois confrades do mês de março, Asfora e Ronaldo, que muito contribuíram para a literatura campinense.