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Capítulo 4 A consciência

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Apresentação em tema: "Capítulo 4 A consciência"— Transcrição da apresentação:

1 Capítulo 4 A consciência
FILOSOFAR Capítulo 4 A consciência

2 CONCEITOS-CHAVE Você sabe o que significam estas palavras e expressões? consciência inconsciente consciência racional consciência intuitiva consciência crítica consciência religiosa consciência coletiva inconsciente coletivo identidade senso comum

3 DIALOGANDO SOBRE A IMAGEM
Observe atentamente esta imagem e os elementos que a compõem. Qual é o nome desta obra? Quem é seu autor? Em que ano foi feita? Que elementos você consegue identificar nela? Que sentimentos e ideias ela inspira em você? Qual é o tema dela? Que elementos da imagem podem ser relacionados com a fertilidade? Que tipo de consciência o autor expressa?

4 Leia a historieta da página 69.
SITUAÇÃO FILOSÓFICA A ecologista e a psicóloga Leia a historieta da página 69.

5 ANÁLISE DA SITUAÇÃO Como é o bioma da Mata Atlântica?
Que ameaça paira sobre ele? Com que problemas filosóficos esse diálogo pode se relacionar? Onde ocorre este diálogo? a) quando está no presente, passado ou futuro? Quem são as interlocutoras do diálogo? Analise o foco de atenção da consciência delas: Quais são os objetos de estudo da ecologia e da psicologia? b) quando é interno ou externo? Que autocrítica se faz Lia? Qual é o tema principal da conversa? Como atua Lia para preservar a Mata Atlântica? Como a psicóloga vê essa atuação?

6 Maior atenção a tudo o que há ou acontece
TIPOS DE CONSCIÊNCIA Vimos nos capítulos anteriores que filosofar nos ajuda a viver com mais consciência. Ou seja... Alguma outra? Atitude filosófica Consciência moral Consciência do tempo Maior atenção a tudo o que há ou acontece Maior consciência Consciência de si Consciência do mundo Mas o que é a consciência? Investigaremos o tema em seguida. Primeiro vamos fazer outra pergunta: Que “tipos” de consciência vimos na historieta? Identifique na historieta cada uma dessas consciências.

7 Como funciona essa mente que se quer conhecer?
MENTE E CONSCIÊNCIA A consciência humana costuma ser entendida como um fenômeno ligado à mente. Essa é justamente a grande dificuldade de nossa investigação: a mente querer conhecer a mente. Como funciona essa mente que se quer conhecer? Na mente ocorrem diversos processos psíquicos: pensamentos, imaginação e emoções, memória e conhecimento. Pela consciência, nossa mente é capaz de: vivenciar todos esses processos; perceber que eles estão acontecendo internamente; recorrer a eles voluntariamente.

8 SER HUMANO E A CONSCIÊNCIA
Vejamos agora a etimologia da palavra. CONSCIÊNCIA COM CIÊNCIA Ou seja... A consciência permite ao ser humano estar no mundo com algum “saber” relacionado a ele. Estou pensando em sorvete. Sorvete. Estou pensando que estou pensando em sorvete. CONSCIÊNCIA DO MUNDO Nossa consciência também nos permite saber que estamos sabendo ou percebendo algo. CONSCIÊNCIA DE SI A consciência ainda tem a capacidade de aplicar-se sobre si mesma sucessivas vezes. RECURSIVIDADE Por isso a espécie humana é denominada Homo sapiens, “homem que sabe”.

9 OBSERVANDO A CONSCIÊNCIA
Para começar a observar sua consciência, reflita sobre estas situações. O que ocorre quando a gente dorme... 1. O que significa dizer: “Essa gente não tem consciência? 2. ou desmaia? Nossa mente e nossos sentidos parecem “apagados”. Não percebemos o que ocorre à nossa volta, nem em nós mesmos. É como se estivéssemos vazios ou ausentes. Essas pessoas estão “desacordadas” de certo modo, pois não conseguem perceber uma forma adequada e equilibrada de agir. Falta-lhes mais consciência. Procure recordar e definir vivências ou situações semelhantes.

10 OBSERVANDO A CONSCIÊNCIA
3. Imagine agora que sua mente e todos os seus sentidos começam a “despertar”... 4. Aos poucos, surgem cada vez mais “luz”, percepções, ideias, enfim, vida consciente. Observe sua consciência com esta meditação: encontre uma posição cômoda; feche os olhos e relaxe, procurando não pensar em nada; observe sua respiração por alguns minutos; depois dirija a atenção sobre esse “eu” ou “presença” que observa a respiração. O que você descobriu? Estar inconsciente ou ter pouca consciência é como transformar-se em um quarto escuro e silencioso. Nada acontece ou pode ser percebido claramente, nem você mesmo! Imagine-se vivendo essa situação.

11 A CONSCIÊNCIA PARA A BIOLOGIA
Seguindo nossa investigação, vejamos aspectos da neurobiologia de António Damásio (Portugal, ). Toda vez que você faz alguma coisa – como esta mulher, que lê um livro –, ocorre um processo em seu cérebro. Trata-se de um processo físico-químico que dispara em seu organismo a sensação ou sentimento do que acontece. Mas esse sentir inclui também o sentimento de que é você e não outra pessoa que está envolvido nesse ato. Assim se configura uma “presença”: a presença do observador que é você. Desde o despertar até o dormir, essa “presença” jamais descansa. Quando essa “presença” interna não está, você também não está... e não há consciência. REFLITA.

12 A CONSCIÊNCIA PARA A BIOLOGIA
Portanto, na explicação de Damásio: E quando não há esse sentimento? PERCEPÇÃO DO QUE ACONTECE SENTIMENTO DE SI (SELF) CONSCIÊNCIA O indivíduo tem um distúrbio da consciência: ele está acordado e reage a estímulos, mas perde o contato com o self. Esse é o processo de consciência básico ou nuclear. Ele sempre ocorre no presente, quando algo acontece. A consciência nuclear é um fenômeno biológico simples, vinculado ao sistema nervoso. Outros seres do mundo animal também têm um sistema nervoso capaz de ter esse tipo de consciência. Você concorda que, nesta imagem, o menino e o cão evidenciam ter consciência nuclear? Por quê?

13 A CONSCIÊNCIA PARA A BIOLOGIA
Mas há também o fenômeno biológico da consciência ampliada. EU... A consciência ampliada ocorre em seres com um sistema nervoso mais complexo, como os humanos. PASSADO FUTURO Essa complexidade lhes permite estabelecer relações no tempo. Consciência nuclear Consciência nuclear Consciência nuclear CONSCIÊNCIA AMPLIADA Neles, a consciência (nuclear) de algo que lhes acontece se insere em determinado ponto de sua história, em um fluxo contínuo. IDENTIDADE Isso lhes causa a sensação íntima de que algo se mantêm no espaço do corpo físico ao longo do tempo, dando origem a uma consciência ampliada. Assim, o sentimento de si se torna mais elaborado, fazendo surgir a consciência do EU, do si mesmo, por oposição ao OUTRO. É a identidade do indivíduo. A consciência é uma experiência privada? Para você, é algo mais corporal ou psíquico?

14 Sigmund Freud (Áustria,1856-1939)
FREUD: O INCONSCIENTE Passemos agora à psicologia para investigar o lado desconhecido da mente: o inconsciente. Sigmund Freud (Áustria, ) Desde Freud, mente ou vida psíquica ≠ consciência. À consciência corresponde apenas pequena parte da vida psíquica. A maior parte é dominada pelo inconsciente. Atenção: inconsciente ≠ não consciente. O inconsciente é uma parte da psique bastante ativa e determinante, embora não percebamos facilmente os mecanismos de sua atuação. A sexualidade (libido) é um elemento fundamental do inconsciente e atua desde a infância. Aparelho psíquico Id Ego Superego Presente desde o nascimento Núcleo de pulsões, libido Segue princípio do prazer Atua de forma ilógica Expressa-se nos sonhos Ligado ao processo de socialização da infância Núcleo de forças inconscientes e repressoras de impulsos do id Consciência moral e eu ideal Recebe as pressões do id e do superego Segue princípio da realidade É consciente ou pré-consciente Cria mecanismos de defesa Médico neurologista e fundador da psicanálise. Suas ideias tiveram grande impacto no pensamento contemporâneo.

15 JUNG: O INCONSCIENTE COLETIVO
Existiria também um inconsciente não pessoal, pertencente a toda a humanidade. Glycon, mitologia romana Carl Gustav Jung (Suíça, ) Discípulo de Freud, fundou outra corrente da “psicologia do inconsciente”, conhecida como psicologia analítica. Essa foi a conclusão de Jung, depois de observar algumas imagens dos sonhos de pacientes, como as da serpente. Elas não tinham respaldo nas experiências pessoais desses pacientes, mas apareciam nas mitologias de diversos povos. Supôs então a existência de uma linguagem universal da humanidade, de todos os tempos e lugares do planeta. Essa linguagem estaria formada por imagens ou símbolos muito primitivos: os arquétipos. Muitos arquétipos representam experiências básicas e comuns a todo ser humano, como a morte, a mãe, o velho sábio, o herói. Outros refletem a estrutura da própria psique humana, como: A SOMBRA O que não desejamos ser inconscientemente A ANIMA A imagem feminina da psique de um homem O ANIMUS A imagem masculina da psique de uma mulher Vividos de modo inconsciente, os arquétipos formariam a camada mais profunda da psique humana: o inconsciente coletivo.

16 DURKHEIM: A CONSCIÊNCIA COLETIVA
Da perspectiva da sociologia, a consciência se manifesta também como fenômeno coletivo. Emile Durkheim (França, ) Formado em filosofia, dedicou-se aos estudos sociais, tornando-se um dos pais da sociologia. Durkheim observou que muitos conteúdos de nossa consciência nos chegam “prontos” de fora. São as normas e visões de mundo (crenças, maneiras de sentir etc.) que aprendemos da família e do meio social a que pertencemos. Esses elementos culturais constituem uma consciência coletiva que atua fora e dentro de nós. Quando o indivíduo morre, essa consciência permanece. Portanto, temos duas consciências: uma que é a sociedade agindo dentro nós e outra que representa nossa própria individualidade. A consciência individual constitui uma força centrífuga (expande o sujeito). A consciência coletiva, uma força centrípeta (oprime o sujeito). consciência individual força centrífuga consciência coletiva força centrípeta A coesão social dependeria de “certa conformidade” do individual ao coletivo, para um equilíbrio entre essas duas forças ou consciências.

17 HEGEL: MODOS DE CONSCIÊNCIA
Há, portanto, distintas maneiras de entender a consciência e, também, de estar consciente. Georg W. F. Hegel (Alemanha, ) Máximo expoente do idealismo alemão, é considerado um dos maiores filósofos de todos os tempos. Hegel percebeu que há várias formas de se relacionar com a realidade. Essas formas se traduzem nas distintas áreas de produção cultural das sociedades humanas. Três grandes áreas englobariam as demais: religião, arte e filosofia. A cada uma delas corresponderia um modo de consciência. Modos de consciência Consciência religiosa Consciência racional Consciência intuitiva Baseada no sentir do coração e na fé Excede o sensível e o racional Busca outra dimensão, o divino, o eterno, o sagrado Saber imediato, sem media-ção da razão Pode ser intelectual (insight) ou sensível (feeling) Mais relacionada com as artes Baseada em princípios da razão, como causa e efeito Busca explicações fundamentadas Mais relacionada com a filosofia e as ciências

18 CONSCIÊNCIA CRÍTICA E FILOSOFIA
Consciência racional Por último, vamos investigar o tipo de consciência mais relacionado com a filosofia. Consciência crítica Que avalia algo de modo profundo, buscando suas origens, coerência, validez, verdade, limites etc. Diversas consciências Vimos que filosofar implica estranhar, duvidar, dialogar racionalmente. Portanto, o filosofar está baseado na consciência racional ou, mais especificamente, na consciência crítica. UNIVERSO DE CRENÇAS OU AFIRMAÇÕES SENSO COMUM A consciência crítica (ou senso crítico) se contrapõe ao senso comum. Senso comum é o conjunto de crenças compartilhadas por um grupo social, que supõe que suas crenças são universais e verdadeiras. O senso comum expressa o entendimento médio, comum das pessoas. Elas não refletiram seriamente sobre suas crenças. Assim, o que falta ao senso comum não é veracidade, mas fundamentação. Seu saber foi adquirido de maneira acrítica. Senso comum V e r d a d e Crenças verdadeiras Crenças falsas Qualidade ou capacidade de expressar a verdade. Foi isso que Sócrates tentou mostrar a seus contemporâneos. Aquilo que fundamenta, sustenta e justifica alguma ideia.

19 CONSCIÊNCIA CRÍTICA E FILOSOFIA
Assim nasce e se desenvolve a filosofia, historicamente e dentro de nós... ÁRVORE DO SABER FILOSÓFICO ... com senso crítico, buscando não cair na armadilha das opiniões e das aparências do senso comum. Os filósofos começaram a sistematizar essa busca há mais de 24 séculos, na Grécia antiga. Eles não queriam a doxa, a opinião. Queriam a episteme, isto é, o conhecimento verdadeiro. Por isso, os filósofos investigavam TUDO: natureza, ser humano... até Deus. Não havia separação entre filosofia e ciência. Eram a mesma coisa. Essa visão integradora começou a desaparecer a partir da Idade Moderna. As áreas de estudo foram se dividindo: física, química, biologia, geografia etc. UNIVERSO DE CRENÇAS OU AFIRMAÇÕES Senso comum (Doxa) V e r d a d e Episteme Crenças verdadeiras Conhecimento fundamentado e verdadeiro Crenças falsas No século XVII, Descartes idealizou uma unidade do saber, propondo esta imagem da filosofia.

20 CONSCIÊNCIA CRÍTICA E FILOSOFIA
Hoje em dia a filosofia continua exercendo um papel crítico e integrador. A filosofia não “faz ciência” como antes, mas avalia e critica seus métodos e resultados. Além disso, ela continua exercendo uma função construtiva e integradora do saber. Recordemos também que a filosofia tem a vida por objeto. Sua preocupação é mais ampla. Portanto, a filosofia tem essa vocação para refletir sobre tudo que envolve nossa existência. Atualmente, essa reflexão está organizada nestas áreas de investigação principais: “[A filosofia] é uma prática discursiva (ela procede “por discursos e raciocínios”) que tem a vida por objeto, a razão por meio e a felicidade por fim. Trata-se de pensar melhor para viver melhor.” André Comte-Sponville Veremos todas elas neste curso! o conhecimento, a ciência o raciocínio, o argumento a sociedade, a política a ação humana, a moral a realidade, o ser a arte, o belo FILOSOFIA DA LINGUAGEM EPISTEMOLOGIA METAFÍSICA LÓGICA POLÍTICA ÉTICA ESTÉTICA

21 Créditos das imagens Slides 1 e 2: Detalhe de: Óleo sobre tela (1956) com representação de um ritual da fertilidade – Carlos Pertuis. CARLOS PERTUIS/COLEÇÃO PARTICULAR Slide 3: Óleo sobre tela (1956) com representação de um ritual da fertilidade – Carlos Pertuis. CARLOS PERTUIS/COLEÇÃO PARTICULAR Slide 4: Amizade – Noris Maria Dias, óleo sobre tela (Coleção particular). Slide 5: Detalhe de Amizade – Noris Maria Dias, óleo sobre tela (Coleção particular). Slide 6: Detalhe de Céu aberto – Roland Topor, litografia (Coleção particular). BI, ADAGP, PARIS/SCALA, FLORENCE Slide 7: Céu aberto – Roland Topor, litografia (Coleção particular). BI, ADAGP, PARIS/SCALA, FLORENCE Slide 8: IMAGEZOO/CORBIS/LATINSTOCK (detalhe) Slide 9 (Da esquerda para a direita): Detalhe de Les trois ages de la femme (1905) – Gustav Klimt (Galleria Nazionale d'Arte Moderna, Roma, Itália). LUISA RICCIARINI/LEEMAGE/AFP; Detalhe de O bom samaritano – Antonio Zanchi, óleo sobre tela (Sotheby’s Institute of Art, Londres, Reino Unido). ANTONIOZANCHI/ALBUMSOTHEBY'S/AKG-IMAGES/LATINSTOCK; JUAN MABROMATA/AFP (detalhe) Slide 10: JUSTIN GUARIGLIA/GETTY IMAGES (detalhe) Slide 11: Detalhe de Retrato de Wasi – Patrick Gibbs, s/data (Coleção particular). Slide 12 (Da esquerda para a direita): Detalhe de Retrato de Wasi – Patrick Gibbs, s/data (Coleção particular); ALYN STAFFORD/GETTY IMAGES Slide 14 (Da esquerda para a direita): HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES; JORN GEORG TOMTER/GETTY IMAGES (detalhe); GEORGE MARKS/GETTY IMAGES (detalhe); ROBERT RECKER/CORBIS/LATINSTOCK (detalhe) Slide 15 (Da esquerda para a direita): HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES; Detalhe de escultura em mármore representando a serpente Glycon da civilização romana (século II) (Archäologisches Landesmuseum, Constance, Alemanha). DEAGOSTINI/GETTY IMAGES Slide 16 (Da esquerda para a direita): BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK; CATHERINE LEDNER/GETTY IMAGES (detalhe) Slide 17 (Da esquerda para a direita): BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK; RAUL SPINASSE/DPA/CORBIS (detalhe); MOODBOARD/CORBIS/LATINSTOCK (detalhe); ZAVE SMITH/CORBIS/LATINSTOCK (detalhe) Slide 19: MAURO TAKESHI


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