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ESTE LINDO CÉU AZUL ANIL

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Apresentação em tema: "ESTE LINDO CÉU AZUL ANIL"— Transcrição da apresentação:

1 ESTE LINDO CÉU AZUL ANIL
Que terra tem palmeiras, onde canta o sabiá? Os versos do poeta Gonçalves Dias ainda ressoam em nossa imaginação como imagens orgulhosas da identidade nacional brasileira. Mas e os cactos e mandacarus do sertão nordestino? Onde a paisagem natural é tão hostil que é possível falar na existência de um contra-espaço?

2 CARTA Pero Vaz de Caminha
Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos — terra que nos parecia muito extensa.

3 CARTA Pero Vaz de Caminha
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

4 CANÇÃO DO EXÍLIO Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida (...)

5 SERTÃO 1. Região agreste, distante das povoações ou das terras cultivadas. 2. Terreno coberto de mato, longe do litoral. 3. Interior pouco povoado. 4. Bras. Zona pouco povoada do interior do Brasil, em especial do interior semi-árido da parte norte-ocidental, mais seca do que a caatinga, onde a criação de gado prevalece sobre a agricultura, e onde perduram tradições e costumes antigos.

6 ROMANTISMO Esta imensa campina, que se dilata por horizontes infindos, é o sertão de minha terra natal. Aí campeia o destemido vaqueiro cearense, que à unha de cavalo acossa o touro indômito no cerrado mais espesso, e o derriba pela cauda com admirável destreza. ALENCAR, 1991, p. 9. O sertanejo.

7 NACIONALISMO Essa valorização da especificidade da paisagem brasileira não tinha apenas uma função documental — como ocorria nos relatos dos cientistas viajantes do início do século XIX —, mas era parte do esforço para dotar a jovem nação de uma literatura própria. Nesse sentido, a natureza brasileira precisava ser valorizada para os próprios brasileiros, diante da idealização romântica da natureza européia, presente nos livros mais lidos da época. Enquanto palmeiras e bananeiras apareciam apenas como signo de exotismo nos romances franceses e ingleses, os próprios brasileiros não as consideravam dignas de representação poética.

8 VIDAS SECAS Graciliano Ramos
A manhã, sem pássaros, sem folhas e sem vento, progredia num silêncio de morte. A faixa vermelha desaparecera, diluíra-se no azul que enchia o céu. Sinhá Vitória precisava falar. Se ficasse calada, seria como um pé de mandacaru, secando, morrendo. Queria enganar-se, gritar, dizer que era forte, e a quentura medonha, as árvores transformadas em garranchos, a imobilidade e o silêncio não valiam nada.

9 ESPAÇO PERSONAGEM Determinador de destinos, o espaço torna essa marcha sem valor, pois o caminho que procuram se fecha em si mesmo, não leva a parte alguma. Paisagem e linguagem tendem a se fundir: a aridez do sertão encontra seu paralelo na escassez das falas das personagens. Em Vidas secas, paisagem e linguagem se fundem na aridez e no silêncio.

10 O CÃO SEM PLUMAS João Cabral de Melo Neto - 1975
Aquele rio era como um cão sem plumas. Nada sabia da chuva azul, da fonte cor de rosa, da água do copo de água, da água de cântaro, dos peixes de água, da brisa na água. Sabia dos caranguejos de lodo e ferrugem. Sabia da lama como de uma mucosa.

11 A gente é igual a caranguejo, se colocar no asfalto a gente morre.

12 GRANDE SERTÃO: VEREDAS João Guimarães Rosa
Nada, nada vezes, e o demo: esse, Liso do Sussuarão, é o mais longe — pra lá, pra lá, nos ermos. Se emenda com si mesmo. Água, não tem. Crer que quando a gente entesta com aquilo o mundo se acaba: carece de se dar volta, sempre. Um é que dali não avança, espia só o começo, só. Ver o luar alumiando, mãe, e escutar como quantos gritos o vento se sabe sozinho, na cama daqueles desertos. Não tem excrementos. Não tem pássaros. ROSA, 2001, p. 50.

13 O SER TAO O Liso do Sussuarão é a imagem emblemática de uma natureza ambígua. O lugar terrível inventado por Guimarães Rosa é cenário especular do inferno humano. O sertão, muito além da dimensão local, é o mundo do sem-limite, da geografia simbólica. Riobaldo, o narrador, afirma: “o sertão é o mundo”. Essa dimensão é plural e rompe com o estigma da natureza árida e estéril, passando para uma natureza multifacetada e sinestésica, inclusive sobrenatural.

14 MAPA METAFÍSICO DO SERTÃO

15 BERIMBAU Manuel Bandeira
Os aguapés dos aguaçais A mameluca é uma maluca. Nos igapós dos Japurás Saiu sozinha da maloca – Bolem, bolem, bolem. O boto bate - bite bite... Chama o saci: - Si si si si! Quem ofendeu a mameluca? - Ui ui ui ui ui! Uiva a iara - Foi o boto! Nos aguaçais dos igapós O Cussaruim bota quebrantos. Dos Japurás e dos Purus. Nos aguaçais os aguapés - Cruz, canhoto! – Bolem ... Peraus dos Japurás De assombramentos e de espantos!...

16 O MUNDO DAS ÁGUAS O SEGREDO DAS ÁGUAS

17 PAU-BRASIL MODERNISTA

18 Tarsila do Amaral ABAPORU e MANACÁ

19 ANTROPOFAGIA Tarsila do Amaral

20 MORO NUM PAÍS TROPICAL…
O termo “tropical” veio a constituir mais do que um conceito geográfico; ele significou um lugar de alteridade radical para os modernistas. A partir do movimento Pau-Brasil, que propunha uma arte de exportação que oferecesse uma estética tipicamente brasileira, e encontrasse recepção acolhedora no estrangeiro, opera-se um reaproveitamento dos temas da natureza tropical e dos tipos nacionais atualizando o vocabulário iconográfico descritivo que se desenvolveu ao longo de nossa história cultural.


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