Bendito amor,ó luz da Primavera, tudo te busca, tudo te venera, entre flores amando! Somente em ti o bem que se deseja e a alma infeliz somente a ti.

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3 Bendito amor,ó luz da Primavera, tudo te busca, tudo te venera, entre flores amando! Somente em ti o bem que se deseja e a alma infeliz somente a ti almeja, entre risos sonhando!

4 O alívio à dor somente em ti consiste, em nada mais o santo pálio existe, estrela na tormenta! O amor é vida, santo relicário que o coração dos bons guarda em sacrário, que a esperança sustenta!

5 E tu, ó dor, fantasma vil do triste, indiferente aos ais que sempre ouviste, és verdugo do amor. Apenas geras mágoa e sofrimento, não és do amor senão cruel tormento, és tu filha do horror.

6 Nem o luar de luz maravilhosa e nem a flor de essência primorosa não lhe davam guarida. O próprio amor que tanto a torturava jamais consolaria aquela escrava da ventura perdida.

7 E o luar fulgia e os astros cintilavam, enquanto tristemente se apagavam os sonhos da beldade. Da Primavera a pompa flórea e amada perdera sua magia delicada pois tudo era saudade.

8 Cantava o mar, floria a natureza, do céu velava o gênio da beleza sobre a verde campina. E aquele vulto estático esperava, e quanto mais sofria mais pensava em sua própria ruína.

9 Autora: Ângela Eveline Imagens: Arquivo Música: Ernesto Cortazar - The Reel Formatação: Ângela Santos angelaeveline@gmais.com angelaeveline@gmais.com Todos os direitos reservados