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REVISÃO GERAL DE REDAÇÃO MODALIDADES NARRATIVAS

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Apresentação em tema: "REVISÃO GERAL DE REDAÇÃO MODALIDADES NARRATIVAS"— Transcrição da apresentação:

1 REVISÃO GERAL DE REDAÇÃO MODALIDADES NARRATIVAS
PROFESSORA FRANCIELE FALAVIGNA

2 CRÔNICA Características • é publicada geralmente em jornais e revistas; • relata de forma artística e pessoal fatos colhidos no noticiário jornalístico e no cotidiano; • consiste em um texto curto e leve; • tem por objetivo divertir e/ou refletir criticamente sobre a vida e os comportamentos humanos; • pode apresentar os elementos básicos da narrativa: fatos, personagens, tempo e lugar; • o tempo e o espaço são normalmente limitados; • pode apresentar narrador-observador ou narrador-personagem; às vezes, emprega a 2ª pessoa; • linguagem geralmente de acordo com a variedade padrão informal da língua. (Português: linguagens. William Roberto cereja e Thereza Cochar Magalhães)

3 Vista cansada (Jornalística) Otto Lara Resende Acho que foi Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimenta ver pela primeira vez o que vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que os cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. La estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sal cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que um adulto não vê. Tem os olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por ai que se instala no coração o monstro da indiferença.

4 Desabafo (Literária) João Emanuel Carneiro
Desabafo (Literária) João Emanuel Carneiro Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para ser respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. É preciso denunciar os crimes que a vida moderna comete contra a criatura humana. Lembrei-me de uma crônica dos anos 60 do Paulo Mendes Campos, "Coisas abomináveis". Ele lista as violências cometidas contra o pobre bicho-homem, da vacina antivariólica à "moça que não sabe que mulher só pode falar um palavrão por semana". Mas é preciso atualizar a lista das coisas abomináveis. Aqui vai meu grito de guerra. Os reality shows. Ficar ouvindo conversa de gente que comenta os reality shows. Ir a um restaurante e sentar à mesa ao lado de seres que participaram de reality shows. Chegar em casa e reparar que só tem um recado na secretária eletrônica no domingo. O recado é de alguém querendo vender plano de saúde. Fila pra pagar estacionamento em shopping center. Shopping center. Praça de alimentação em shopping center. Boleta bancária. Carnê do IPVA e do IPTU. Gente que fura a fila. Engarrafamento em São Paulo. Engarrafamento naquelas ruazinhas de Botafogo. Motorista que enfia o carro na sua frente. Motorista que rouba a sua vaga. Motorista que rouba a sua vaga, você xinga e depois reconhece: é o seu psicanalista. Aliás, motoristas em geral.

5 Aliás, carros em geral. Estacionar perto do Municipal e ser imediatamente abordado por um guardador de carro que já vai falando "é vinte". Ligar pra companhia aérea pra fazer uma reserva e ficar vinte minutos ouvindo uma musiquinha. Preencher formulário do imposto de renda. Fila de repartição pública. Funcionário que repete que o expediente acabou e que é pra voltar no dia seguinte. Gerente de banco que quando você pergunta se o dólar vai subir ele responde que "pode baixar, subir ou continuar no mesmo patamar". Acampar em Mauá com chuva. Gente que fuma o último cigarro de seu maço. Gente que tira o cigarro aceso de sua mão. Amigo que vive pedindo cigarro. Descobrir que a sua caixinha de correio está cheia de cartas do tipo "Parabéns! Você tirou a sorte grande! Foi sorteado e acaba de ganhar um desconto único de 10% na compra à vista..." de um carro que custa mais que um apartamento. Ligar o computador e ficar uma hora na internet pra pegar as mensagens de campanha eleitoral dos candidatos mais estapafúrdios. Sair pra fazer compras no supermercado e dar de cara com a ex-mulher, o ex-marido, o ex-amigo ou o ex-qualquer coisa. Esquecer o celular no bar. Perder a carteira. Perder a chave de casa. Ir ao dentista. Conta de dentista. Jornal largando tinta. Meia molhada. Chega! Na próxima crônica, prometo escrever sobre as coisas maravilhosas da vida no planeta. E obrigado por ouvirem o meu desabafo.

6 FÁBULA Características do gênero: Título [nome dos seres envolvidos]; Seja fiel à presença dos elementos da narrativa; Na fábula tradicional, use animais [caráter fantástico_ animais, seres inanimados personificados]; Não há uma divisão exata de parágrafos, mas faça mais de um; Importante no início é contextualizar o espaço, tempo e personagens [só dê nome a elas se for necessário]; Prefira espaço e tempo indefinidos, uma vez que a fábula é atemporal [era uma vez, num reino distante, em uma floresta encantada, etc.]; Apresente um conflito baseado na temática; Escolha os seres de sua narrativa conforme as características simbólicas vistas; Use diálogos – em geral o tempo verbal usado nos diálogos é o presente do indicativo [Formas: dois pontos, parágrafo e travessão ou uso de aspas no corpo do texto]; Prefira, na narrativa, verbos no pretérito perfeito [caiu, falou] ou imperfeito [andava, pensava, dormia]; Deve apresentar ‘moral da história’ no final. Essa moral tem que ser metafórica, jamais explicada por você. Pode-se usar ditados populares, pensamentos filosóficos, provérbios, etc. JAMAIS faça apologia à violência, ou menção de beneficiar quaisquer ações que incitem algo que vai contra os valores éticos e morais vigentes. A fábula tem função pedagógica, assim o ‘bem’ sempre vencerá o mal, de modo a mostrar que ações más ou não pensadas, levam a uma ‘punição’.

7 Redija uma fábula em que animais vivenciem um conflito para salvar a natureza contra a ação do homem consumista. Use 15 linhas. Os coelhos e os animais Era início do inverno, os animais de um bosque estavam correndo de um lado a outro para guardar comida, arrumar um abrigo que os protegesse daquele frio que já conheciam de outras épocas. Enquanto isso, uma família de coelhos estava aninhada ouvindo o vento chacoalhar as árvores; eram cinco ao todo, branquinhos, eram muito queridos de todos os outros animais. No entanto, subitamente o papagaio que anunciava tudo que acontecia do alto de uma árvore, gritou “Corram, perigo!”, mal disse isso e caiu com um tiro. A mãe coelho foi vista com seus filhotinhos, era o alvo frágil dos dois caçadores, virariam um belo casaco de pele. Os animais, vendo o que aconteceria, uniram-se e atacaram os homens. Um exército de ouriços, formigas, abelhas, recaiu sobre eles. “Vamos pessoal, todos juntos, os coelhos precisam de ajuda!”. As armas foram ao chão, eles correram para fora de lá e os coelhos conseguiram se salvar de esquentar o frio de alguém. Moral: a força reside na união.

8 O Cachorro, o Galo e a Raposa Um Cachorro e um Galo que viajavam juntos, resolveram se abrigar da noite, em uma árvore. O Galo se acomodou num galho no alto, enquanto o cão deitou-se num oco, na base do tronco da mesma. Quando amanheceu, o Galo, como de costume, cantou ao despertar. Uma Raposa, que procurava comida ali perto, ao escutar o canto, se aproximou da árvore, e foi logo dizendo o quanto lhe agradaria conhecer de perto, o dono de tão extraordinária voz. "Se você me permitir", ela disse, "Ficarei muito grato de passar o dia em sua companhia, apreciando sua voz." O Galo então disse: "Senhor, por favor, dê a volta na árvore, e peça para meu porteiro lhe abrir a porta, pois eu o receberei de bom grado." Quando a Raposa se aproximou da árvore, o Cachorro a atacou afugentando-a para longe. Moral da história: quem age de má fé, cedo ou tarde acaba por cair na própria armadilha.

9 CONTO O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total: o conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. O conto necessita de tensão,ritmo, o imprevisto dentro dos parâmetros previstos, unidade, compactação, concisão, conflito, início, meio e fim; o passado e ofuturo têm significado menor. O "flashback" pode acontecer, mas só se absolutamente necessário, mesmo assim da forma mais curta possível. Os diálogos são de suma importância; sem eles não há discórdia, conflito, fundamentais ao gênero. Elementos da narrativa: -Personagens (protagonista, antagonista e secundário); -Narrador (narrador-personagem, narrador-observador). -Tempo (cronológico e psicológico); - Espaço; - Enredo.

10 Redija um conto em que explicite a difícil tarefa de ser preocupado com a natureza e resistir às tentações do consumismo. Use 15 linhas. Alô, consciência? Não conseguia tirar a propaganda que vira na noite anterior da cabeça. João acabara de acordar pensando no novo aparelho celular com TV, internet, rádio, mp3, câmera, era mesmo um sonho. O detalhe é que ele não precisava tanto assim de um celular novo... e o problema maior era como chegar na ONG de preservação do meio ambiente da qual participava com aquela maravilha tecnológica. Ele, ambientalista, engajado como era, certamente gaguejaria, ficaria vermelho, enxovalhado de perguntas... “Por quê?”, “Para quê um telefone novo?”, “E o exemplo João?”, “Como podemos panfletar contra o consumo desnecessário e você ter um telefone como esse?”. É ele sabia de tudo isso, mas queria tanto, imagina poder acessar o blog da ONG a qualquer momento do seu celular novo, moderno? Talvez ninguém notasse... impossível. Dividido por uma causa nobre e seu instinto consumista hesitou inicialmente, mas se trocou e foi andando rápido sob chuva fina que caía, envolto em pensamentos, sentia o cheiro de telefone novo, suas mãos inquietas tateavam o cartão de crédito no bolso. No meio do caminho para a loja, porém, seus olhos, antes brilhantes, escureceram. Em meio à água que lentamente escorria para o bueiro, um telefone celular amassado por algum carro, jogado no chão sem cuidado manchava a rua, poluía... Nem pensou, o ambientalista correu, pegou o aparelho antes que fosse levado, antes que contaminasse de algum modo a água que ele até poderia beber dia desses. E, com o aparelho nas mãos, lembrou do seu, o velhinho, já com as teclas gastas, onde o colocaria para que não fosse acabar como este, destruindo o meio ambiente? Mil perguntas vieram a sua mente, mas nenhuma resposta, cabisbaixo deu meia volta. Não precisava tanto assim do celular novo.

11 ATENÇÃO! UFGD: 35 linhas (Facebook Vestibular UFGD) UEPG: 17 linhas
UFSC: 20 – 30 linhas UNIOESTE: 20 – 30 linhas

12 PROPOSTA 1. (UFGD- 30 linhas- editorial) (UEPG – adaptada- texto dissertativo- 17 linhas) (UNIOESTE – adaptada- artigo de opinião- 30 linhas) Coloque-se na posição de um jornalista que, com base na leitura do texto abaixo, deverá escrever um editorial, isto é, um artigo jornalístico opinativo, para um importante jornal do país, discutindo o crescimento do e-lixo no Brasil. Seu texto deverá, necessariamente: • abordar dois dos problemas relacionados ao crescimento do e-lixo no Brasil levantados pelo texto abaixo; e • apontar uma forma possível de enfrentar esse crescimento. Atenção: Por se tratar de um editorial, você deverá atribuir um título ao seu texto. Lembre-se de que não deverá recorrer à mera colagem de trechos do texto lido.

13 PROPOSTA 2 (UFSC/ UFGD) Faça uma narrativa com os seguintes dados: Personagens – dois jovens (use nomes fictícios); Local – um ponto de ônibus; Contexto – acabaram de prestar um vestibular e conversam sobre ele. PROPOSTA 3 (UFSC) A partir de sua compreensão do poema transcrito abaixo, escreva uma carta a um amigo sobre seus sentimentos, hoje, a respeito do país em que você nasceu. Assine “Fulano de Tal”. UMA CANÇÃO Minha terra não tem palmeiras... E em vez de um mero sabiá, Cantam aves invisíveis Nas palmeiras que não há. Minha terra tem relógios, Cada qual com sua hora Nos mais diversos instantes... Mas onde o instante de agora? Mas onde a palavra “onde”? Terra ingrata, ingrato filho, Sob os céus da minha terra Eu canto a Canção do Exílio! QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre: Globo/SERS

14 PROPOSTA 4 (UFSC) Escreva um texto que responda à pergunta: Ainda existe no Brasil de hoje pessoas como o personagem Zé do Burro, da obra de Dias Gomes, O Pagador de Promessas? Obs. Zé do Burro é um simplório lavrador de uma família de posseiros que luta contra os latifundiários rurais, cujo principal representante é Tião Gadelha. Porém o ingênuo Zé é alheio a esses conflitos e vive num mundo à parte com seu fiel companheiro, um burro chamado Nicolau. Razão do seu apelido, Zé do Burro.

15 PROPOSTA 5 Escreva uma carta (com no mínimo 20 linhas) para a Câmara dos Deputados com base no Projeto de Lei e no texto de Graciliano Ramos, transcritos abaixo. Inicie sua carta com “Senhores Deputados” e termine assinando apenas “Cidadã(o) Brasileira(o)”. PROPOSTA 6 (UFSC/ UFGD) Com base nos mesmos excertos apresentados para a proposta 1, escreva um texto (conto ou crônica) a partir de uma experiência pessoal. PROPOSTA 7 (UFSC/ UEPG) Você deve ter percebido que a “água” é tema comum a três dentre as obras listadas para o Concurso Vestibular-UFSC/2011. Em O guarda-roupa alemão, da catarinense Lausimar Laus, encontramos páginas retratando cenas que se referem a enchentes pelo excesso de chuvas. Já nas obras Vidas secas, do alagoano Graciliano Ramos, e Morte e vida severina, do pernambucano João Cabral de Mello Neto, a quase absoluta falta de água persegue a vida de seus personagens. Redija uma dissertação, expondo e analisando o comportamento de personagem(ns) das obras citadas diante das adversidades provocadas, seja pela enchente, seja pela seca (ou por ambas).

16 PROPOSTA 8 (UNIOESTE) Redija uma carta ao editor da revista Veja em que manifeste sua opinião sobre a valorização da educação no Brasil. Use entre 20 e 30 linhas e assine como leitor. PROPOSTA 9 Considere os textos a seguir para redigir um comentário Interpretativo – Crítico do artigo “Degraus da Ilusão”, usando no máximo 30 linhas.


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