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Com este horizonte largo, abrimos a porteira da imaginação,
vai dando enter, vivente
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“Esperando que as coisas lindas do pago, brotem do fundo do teu coração”.
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Que linda é minha terra vestida de verde...
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A gente se perde bombiando horizontes...
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A água das fontes, murmúrios suaves...
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E o canto das aves, além pelos montes...
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Não há alambrados, cercas, correntes e cadeados que prendam...
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Olhar ao longe um horizonte aberto, onde ao azul o verde se mistura...
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Não é da natureza os farpados arames,...
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As porteiras... tudo imensamente largo...
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Pois você meu Rio Grande você é o meu pago,
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sou-lhe grato por eu viver aqui, eu ti amo Rio Grande, desde os tempos de guri.
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Doce encanto dos largos horizontes, onde os cêrros, nos longes azulados, parecem graves, cismadoras frontes...
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O campo amplia-se e talvez os céus...
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E com a alma e sentidos de emoção tocados, nessa paisagem nós achamos Deus!...
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Onde da terra o céu está tão perto, que o Criador abraça a sua criatura...
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Ao espírito que plaina inflamado...
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Tu também conheces esse terreno alado...
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Ele te beija os campos do coração...
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Tapete verde de relevos em tons diferentes , assim são os campos da tua e da minha terra...
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Nada disso mudará, o verde dos campos, tudo o que já és e tens, cabe nessa moldura...
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De vez em quando no horizonte do passado, surge uma nuvem de lembranças andarilhas...
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O Verde dos campos, com marcas salientes dos capões de mato.
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Oh, saudade. Vai dizer prá solidão, deixar em paz meu coração
Oh, saudade... Vai dizer prá solidão, deixar em paz meu coração. e seguir o meu caminho.
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Eu quero me banhar nas fontes e olhar horizontes com Deus,
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Ver os campos florindo e crianças sorrindo felizes a cantar!
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As sangas correndo em direção ao rio - refletem retratos - que seus olhos viram num tempo saudoso que ficou pra trás.
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Paisagens de campo e alma perdidas no vem e vai...
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... soluços do Uruguai que bebe lua e se acalma...
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paisagens da natureza que a força da correnteza não pode levar por diante...
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Vou embora, vou embora, vou partir na mesma hora...
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Vou voltar prá minha terra, amanhã de manhãzinha, no primeiro trem da linha...
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O Sentimento terrunho que trazes no peito, abastece a alma!
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Com as coisas mais lindas que o pago lhe deu:
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a infância, o respeito, o amor pela terra e o valor profundo;
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Mas, quando a alma campeira vazia de campos retouça no peito a saudade maior,
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as lembranças tranqueiam retesando o garrão, vencendo o repecho da vida...
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de um homem que mateia pensando, sentindo o conforto de uma vida urbana que tem ao redor!
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Porque mudar uma planta para outra terra, ficam marcas no chão...
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Saudade. Ela vem chegando, tropereando
Saudade!!! Ela vem chegando, tropereando...tropereando tudo de bom que vivi.
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Depois que a saudade apeia amarra o pingo e sesteia, nunca mais a gente ri.
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Saudade cheira a alecrim mas é ruim que nem cupim que dá em várzea de campo;
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Fere a gente de tal jeito que o coração cá no peito se banha n’água do pranto.
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Saudade é grama cidreira, é guecha passarinheira que a gente nunca domina;
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Saudade, coisa esquisita, que Deus te faça bendita...
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Pois, de tudo que já tive, somente a saudade vive, vive a me acompanhar!!!
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Uma saudade importuna , amarga mais esse mate , descompassa tanto o peito que o coração pouco bate, aquerenciou-se essa louca sem ter convite prá vir que até nem sei se é bom ter saudade ou não prá sentir.
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Trechos poéticos de: Jaime Caetano Braun Wilson Araújo Lauro Rodrigues Moisés Silveira de Menezes Ivan Cesar Trechos musicais: Que linda é minha terra Eu sou do sul Sta.Helena da Serra Céu, Sol, Sul Terra e Cor música: Marcelo Caminha fotografia: Rene Hass formatação:
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Permita meu Deus que eu morra cantando ao pango entoando canções regionais que parta feliz alegre cantando aos campos e as várzeas dos pagos natais... segunda-feira, 10 de abril de 2017. 01:34 hs.
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