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Nacionalismo cultural e político*

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Apresentação em tema: "Nacionalismo cultural e político*"— Transcrição da apresentação:

1 Nacionalismo cultural e político*
O nacionalismo, enquanto ideologia paira entre nós desde há dois séculos. Estados na Europa, na Ásia e em África estão a testemunhar convulsões nacionalistas sob a forma de reivindicações de autonomia ou de independência total, apresentadas por (etno)nações submetidas que existem dentro das suas fronteiras. Do colapso da U.R.S.S. e da Jugoslávia emergiram dúzias de novos estados. * Llobera, Josep – O Deus da Modernidade: o Desenvolvimento do Nacionalismo na Europa Ocidental, Oeiras: Celta, 2000. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

2 Nacionalismo cultural e político
Inversamente, mas igualmente em tempos recentes, assistimos a tentativas de criar novas identidades, como seja a ideia de “Comunidade Europeia”. Outra pergunta formula Llobera: «será que o fundamentalismo islâmico é um tipo de nacionalismo?» Só depois de termos esclarecido como se formou o nacionalismo na Europa Ocidental poderemos compreender a sua difusão noutras partes do mundo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

3 Nacionalismo cultural e político
A nação, como comunidade cultural definida, é o valor simbólico mais importante da era moderna, dotada como está de um carácter quase sagrado, comparável somente à religião. A nação tornou-se o substituto laico ou então o mais poderoso aliado da religião. Os sentimentos de comunidade suscitados pela nação são tidos em elevada conta e muito buscados como fundamento da fidelidade no grupo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

4 Nacionalismo cultural e político
Simbolicamente, a nação configura combates ideológicos complexos, nos quais participam vários grupos e dos quais o estado moderno é frequentemente o beneficiário. As ideologias nacionais, ainda que projectem uma imagem de continuidade, são atravessadas por descontinuidades. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

5 Nacionalismo cultural e político
Esta “continuidade” é patente no terror irracional dos povos pelo vazio da história, i.e.: nas suas origens e bases, a identidade nacional é uma tentativa para preservar a “senda dos antepassados”. A “descontinuidade” é razão do facto de a realidade estar em constante mudança. As ideologias nacionalistas tendem a dar a perceber uma mesma imagem quando, na verdade, estão em causa realidades distintas. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

6 Nacionalismo cultural e político
O nacionalismo salienta a necessidade de tradição na vida de qualquer comunidade e evoca a posse comum de uma herança de memórias. Quando as ideologias (etno)nacionalistas contemporâneas logram estabelecer uma sólida base, política e culturalmente, então tornam-se extremamente resistentes e conseguem suportar toda a sorte de políticas repressivas. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

7 Nacionalismo cultural e político
A maior parte dos Estados da Europa Ocidental são multi-nação. As velhas entidades nacionais têm raízes na Idade Média. Se o nacionalismo moderno surgiu somente com a Revolução Francesa, a identidade nacional é um fenómeno de longa duração. No final da Idade Média os dados estavam lançados para a questão (etno)nacional. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

8 Nacionalismo cultural e político
O nacionalismo na Europa Ocidental é uma entidade “sui generis”, sem paralelo noutras partes do mundo, a despeito das semelhanças superficiais que sugerem o contrário. O nacionalismo enquanto ideia de força mudou a realidade social existente e modelou à sua imagem o mundo da Europa Ocidental moderna. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

9 Nacionalismo cultural e político
A Revolução Francesa e outros acontecimentos históricos deram ímpeto ao nacionalismo, depois ele seguiu o seu caminho inchando ou esvaziando de acordo com a conjuntura internacional e a resistência encontrada. Com os filósofos Jean-Jacques Rousseau (francês) e Johann Gottfried von Herder (alemão) houve uma mudança qualitativa na ideia de nação. Estes autores definiram a nação como: História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

10 Nacionalismo cultural e político
Uma forma de incorporar o indivíduo (o cidadão) numa unidade política mais ampla. Incluindo a ideia de liberdade do indivíduo que, em conjunto, com outros, constitui por consentimento mútuo a entidade política; Comunidade (cultural, linguística), uma projecção do indivíduo na sociedade tradicional; Como sendo caracterizada pela sacralidade, idiossincrasia emprestada à religião. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

11 Nacionalismo cultural e político
O termo “patrie” (pátria), em meados do séc. XVIII, era comummente designado como o lugar de nascimento, o qual podia ser uma localidade, uma província ou uma região. Até 1750, o termo “nation” designava um grupo de pessoas que viviam sob as mesmas leis e usavam a mesma língua. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

12 Nacionalismo cultural e político
Rousseau era um adepto fervoroso de conservar aquilo que é típico de cada nação: as suas paixões, os seus costumes, os seus gostos. Com Rousseau (na sua obra O Contrato Social – 1762) o termo nação atingiu um sentido mais preciso: nação e pátria convergem e nação torna-se também Estado. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

13 Nacionalismo cultural e político
Com Montesquieu (na sua obra O Espírito das Leis – 1748) o conceito de espírito geral da nação é composto por uma variedade de factores: clima, religião, leis, máximas de governo, precedentes, hábitos e costumes. Segundo este filósofo francês, a interacção de causas físicas e morais (i.e. sociais) produzia o espírito da nação. Este autor tem sido acusado de ser um determinista climático ao sustentar que, entre os povos primitivos, a natureza e o clima tudo ditavam. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

14 Nacionalismo cultural e político
Tendo em conta os factores que formam o espírito geral da nação, na eventualidade de um deles ser alterado, os outros todos podem ser afectados. O espírito da nação seria uma combinação de todos estes elementos. Montesquieu chegou mesmo a afirmar, no seu Essaie sur les causes, que na formação do espírito da nação, as causas morais são mais importantes do que as físicas. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

15 Nacionalismo cultural e político
Com o desenvolvimento da civilização, as influências climáticas são temperadas pelo despontar da religião, da moral, da lei, etc. Também o filósofo britânico David Hume (na sua obra Of National Characters – 1748) defendia que cada nação tinha um conjunto de maneiras de ser peculiares, que podiam ser explicadas relativamente a causas físicas (clima) e morais (governo, riqueza, etc.). História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

16 Nacionalismo cultural e político
Hume, porém, preferia apresentar causas morais para a formação do carácter nacional. Este filósofo apresentou uma lista de exemplos que percorrem o tempo e o espaço para demonstrar o efeito das causas morais: Os governos que existem há muito num vasto território provocam a difusão de um carácter social por toda a área (e. g. China); História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

17 Nacionalismo cultural e político
As pequenas nações contíguas apresentam caracteres distintos ainda que os climas sejam os mesmos (e.g. Atenas e Tebas, na Grécia Antiga); Os caracteres nacionais configuram-se em fronteiras políticas e não geográficas (e.g. França e Espanha); História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

18 Nacionalismo cultural e político
O povo de uma nação em diáspora, desde que mantenha o seu carácter original através de um contacto estreito e da conservação dos seus hábitos será diferente de outros povos no meio dos quais vive (e,g, os Judeus); Se duas nações convivem no mesmo território e não se cruzam devido a diferenças linguísticas, religiosas ou outras, manterão durante séculos os seus caracteres nacionais distintos (e.g. Turcos e Gregos); História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

19 Nacionalismo cultural e político
O carácter nacional acompanhará uma nação na sua expansão pelo mundo (colónias espanholas, inglesas e francesas na América); Os caracteres nacionais poderão alterar-se substancialmente de um período histórico para outro, devido a diversas razões – mudanças de governo, misturas étnicas, etc. – e.g. os Gregos na Grécia Antiga e o mesmo povo na Grécia Moderna. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

20 Nacionalismo cultural e político
As nações adjacentes que têm mútuos contactos políticos, comerciais ou quaisquer outros irão desenvolver algumas características nacionais comuns. Certas nações apresentam uma combinação perfeita de hábitos e caracteres, daí resultando que o seu carácter nacional não seja bem vincado como é o caso da Inglaterra, mas não da Escócia, apesar do clima ser semelhante. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

21 Romantismo e nacionalismo
Entre muitas coisas que a literatura romântica veiculou encontram-se a consciência e o orgulho nacionais. O desenvolvimento prodigioso do nacionalismo moderno no séc. XIX resultou do efeito combinado da Revolução Francesa e do Romantismo. Uma série de ideias temáticas emergiram durante o último quartel do séc. XVIII, que constituíram o núcleo de Romantismo e directa ou indirectamente, contribuíram para difundir a visão nacionalista pelo mundo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

22 Romantismo e nacionalismo
PLURALISMO A crença não apenas na multiplicidade como ainda na incomensurabilidade dos valores das diferentes culturas e sociedades. Trata-se de uma concepção central tanto para o discurso de Rousseau como para o de Herder. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

23 Romantismo e nacionalismo
É uma afirmação do valor da diversidade, das opiniões, caracteres, gostos, artes e culturas humanas. A diversidade das nações era natural e necessária e também sumamente desejável e correcta. É uma reacção contra o uniformismo que o Iluminismo transmitia e conduziu à noção de que as nações devem preservar as suas características a todo o custo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

24 Romantismo e nacionalismo
As características distintas do povo, expressas na sua Volksgeist (i.e. espírito nacional), são um ponto de convergência para a imaginação romântica, constituindo um dos elementos indispensáveis deste movimento. O impulso inicial de ressurgimento nacional de muitos povos deve muito a esta noção herderiana de singularidade. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

25 Romantismo e nacionalismo
Um autor, Lovejoy, estava convicto de que a ideia de superioridade nacional tinha raízes na intimação Romântica da manifestação e exaltação da diferença, que facilmente degenera no desenvolvimento de um preconceito contra outras nações. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

26 Romantismo e nacionalismo
NOSTALGIA DO PASSADO O futuro pouco interessava aos românticos, a sua obsessão com o passado era uma forma de justificar e dar legitimidade a cada instituição ou crença. O elemento religioso era muitas vezes crucial na idealização do passado, para isso a Idade Média era um pólo de atracção para os Românticos devido à sua espiritualidade cristã. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

27 Romantismo e nacionalismo
Do ponto de vista do nacionalismo, a nostalgia do passado apresentou-se como um olhar retrospectivo sobre uma época de vida da nação em que se atingiu glória literária, êxito político ou quando se assistira ao seu desabrochar cultural. No campo do romance histórico, Sir Walter Scott, despertou o interesse patriótico pela causa das nacionalidades pequenas e oprimidas e o impacto dos seus romances na Europa foi espantoso, contribuindo para criar um interesse pela história esquecida de muitos países. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

28 Romantismo e nacionalismo
A escola histórica alemã, advogava que a história era a fonte da lei e sustentava que as leis, tal como a língua, a religião e os costumes eram um cúmulo histórico, pelo que a sua alteração não podia ser deixada ao arbítrio dos indivíduos. Savigny, representante daquela escola, defendia que a lei estava estritamente ligada ao Volksgeist e que as regras próprias de cada nação se achavam em consonância com o seu espírito. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

29 Romantismo e nacionalismo
A lei é o resultado de forças inconscientes e não o fruto de actividades humanas livres e conscientes. Nos tempos mais remotos a que se estende a “história autêntica”, já se encontra a lei com um carácter fixo peculiar a cada povo (Volk), como a sua língua, maneiras e constituição. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

30 Romantismo e nacionalismo
ORGANICISMO A concepção globalizante de nação já estava presente em Herder. A ideia de que um todo social era mais do que a soma das partes – os indivíduos. As metáforas da nação como um organismo (planta ou animal) são comuns nesta época. A ideia de crescimento, maturação e decadência da nação será replicada por muitos escritores românticos. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

31 Romantismo e nacionalismo
ANTI-RACIONALISMO Sentia-se que o Iluminismo com a sua objectividade científica distanciada, sufocava a emoção humana. Para os Românticos, as emoções e a imaginação estavam acima de tudo. O patriotismo como questão sentimental aparecia bem colocado na hierarquia dos valores do homem romântico. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

32 Romantismo e nacionalismo
O mito é altamente valorizado pelos Românticos, porque enquanto o Iluminismo tinha remetido o mito para “o inferno das ideias supersticiosas”, os Românticos fizeram deles objectos de adoração e reverência, consideravam-nos fontes de cultura humana. As nações, os mitos de origem e de desenvolvimento desempenharam um papel de importância crescente na historiografia Romântica por toda a Europa. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

33 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A Revolução foi um acontecimento crucial para o desenvolvimento do nacionalismo, tanto do francês como dos demais países. A Revolução Francesa foi desde o início uma manifestação continuada e sustentada da identidade nacional e patriotismo, a qual culminou com o nacionalismo chauvinista da França como grande nation. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

34 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A Revolução Francesa foi a primeira revolução nacionalista moderna, que mais tarde se tornou o modelo doutros países europeus. Há duas dimensões do nacionalismo: o nacionalismo como ideologia vinculada pelos desenvolvimentos internos da Revolução Francesa e passível de ser imitado por outros países e o que foi suscitado pela reacção contra as políticas imperalistas de Napoleão. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

35 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Antes de 1789, a última assembleia de Estados Gerais, havia-se reunido somente em Esta assembleia visava neutralizar a ameaça da Nobreza, utilizando o Terceiro Estado como tampão. Longe estava Luís XVI, que convocou a reunião, de suspeitar que, uma vez “à rédea solta”, o Terceiro Estado iria subverter radicalmente a ordem das coisas, pondo termo ao poder do rei e da monarquia. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

36 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Em 1789, o carácter nacional francês era encarado politicamente e não em termos culturais – a língua desempenhava um papel muito limitado. Existia o desejo de unidade e uniformidade, bem como de liberdade e equidade e a educação era vista como instrumento para a construção da nação. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

37 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A ideia de democracia era particularmente forte nos cadernos compilados pelo Terceiro Estado, pois a soberania popular surgia como palavra-chave – a convicção de que todo o poder radica na nação e que o Terceiro Estado a personifica. Tal desejo de democracia devia-se ao facto do Terceiro Estado pretender uma representação mais equitativa numa futura reunião dos Estados Gerais. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

38 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A atenuação da diferença de classes e o apelo ao fim das diferenças entre províncias, para o seu nivelamento e uniformização. O estatismo também estava presente nos cadernos gerais – o estado era visto como o único e absoluto soberano. O patriotismo dos cadernos gerais fazia da patrie um ideal em que combinava o conceito de um lugar chamado França, certas tradições, um estado, etc., e a prossecução do bem-estar da nação em geral. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

39 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Os cadernos exprimiam ainda a preocupação evidente com a propagação do patriotismo através da educação e viam nas identidades regionais um obstáculo a essa ideia. Para Josep Llobera, não se deve exagerar o “nacionalismo” que emana dos cadernos. De facto existiram fortes resistências à ideia de França como unidade por parte dos pays d’état (assembleias de províncias) que se consideravam a si mesmos como estados soberanos com uma identidade nacional definida. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

40 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Entre 1788 e 1792, o abade Sieyès publicou o livro “O que é o Terceiro Estado” no qual anunciava que havia chegado a hora de o povo de França – o Terceiro Estado – se tornar naquilo que era por direito – a nação francesa. Para ele a nação francesa era fundamentalmente um corpo de associados vivendo sob uma lei comum e representados na mesma assembleia legislativa. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

41 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Sieyès acreditava que as liberdades dos indivíduos tinham sido sonegadas pela aristocracia sendo necessário devolvê-las ao povo de França. Além disso pretendia pôr fim ao governo aristocrático, aos princípios regionais, às divisões e à miríade de instituições intermediárias e corporações que se interpunham entre o indivíduo e o Estado. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

42 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Sieyès apresentava um projecto de um Estado-nação que significava a subversão da antiga estrutura política e ia no sentido de um Estado mais democrático e de tipo mais unitário. Este abade propunha uma definição política de nação em que as facetas étnicas e políticas perdiam toda a importância e o mesmo pode ser dito da raça. Ele declarava que o Terceiro Estado era a nação sendo racialmente constituída por descendentes da população galo-romana. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

43 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Ele via na aristocracia um corpo estranho, inútil e dispendioso da nação francesa que era necessário extirpar. Dizer que o povo é soberano e que o Terceiro Estado era a nação era uma declaração revolucionária em 1789. Mas Sieyès foi mais longe, disse que a nação era anterior preexistia a qualquer fenómeno social ou às instituições. A nação era a fonte de toda a autoridade e de todos os direitos. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

44 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A influência de Sieyès sobre os jacobinos foi notória, embora se tivesse mantido imparcial durante o Terror Revolucionário. A nação também era uma união de trabalhos privados e necessidades públicas que estaria apta a oferecer maior bem-estar aos seres humanos do que qualquer instituição conhecida. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

45 Emmanuel Joseph Sieyès (1748-1836)
História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

46 A Revolução Francesa e as suas sequelas
O processo de votação foi essencial na reunião dos Estados Gerais, enquanto que as duas primeiras classes e o rei eram a favor de que cada classe votasse em separado, o Terceiro Estado estava inteiramente contra tal sistema. Por fim, os seus chefes declararam constituir-se em assembleia nacional, convidando os representantes das restantes classes a juntarem-se-lhe enquanto indivíduos. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

47 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Em 17 de Junho de 1789 nascia a moderna nação francesa, o sentimento de unidade nacional desenvolveu-se em consequência de os representantes do Terceiro Estado se reunirem em Paris e descobrirem pela primeira vez que constituíam uma nação. Com a Tomada da Bastilha em 14 de Julho de 1789, a Assembleia Nacional tomou uma série de decisões no sentido de consolidar a nova ou redescoberta nação. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

48 A Revolução Francesa e as suas sequelas
O povo francês estava crente de ser capaz de estabelecer uma nova comunidade nacional, assente na razão e na natureza, sem referência aos costumes do passado. Consumar este objectivo exigia novas práticas políticas: a técnica de propaganda de massas, a mobilização política das classes inferiores e a politização da vida de todos os dias, tudo isso foi inventado com o objectivo de regenerar a nação. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

49 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Em 4 de Agosto de 1789, a Assembleia Nacional abole os direitos feudais e privilégios – tal envolveu um nivelamento nacionalista, ou seja: a supressão dos direitos e fronteiras provinciais. As regiões já não tinham direito a ver-se como nações – a França era a única possível. Com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 27 de Agosto de 1789, a ideia de unidade nacional tornou-se mais evidente – no artigo 3º lê-se: História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

50 A Revolução Francesa e as suas sequelas
«O princípio de toda a soberania reside fundamentalmente na nação e nenhum corpo ou indivíduo pode exercer qualquer autoridade que dela não decorra directamente.» Em breve havia uma língua nacional, uma educação nacional e um exército nacional, marinha nacional, política nacional, propriedade nacional. Tudo o que era “real” tornou-se “nacional”. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

51 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Com a Constituição Civil do Clero, em Julho de 1790, e a secularização da Igreja, em Novembro de 1789, padres e bispos eram eleitos pelo povo, remunerados pelo Estado e a ligação a Roma era apenas nominal. Tal constitui uma tentativa não apenas de submeter a Igreja Católica ao Estado, mas também de criar uma nova religião do nacionalismo francês. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

52 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Os franceses inventaram uma nova nação e consolidaram-na criando um conjunto de símbolos: Desde a bandeira tricolor às imagens femininas da França, dos altares patrióticos aos rituais revolucionários das canções patrióticas como ‘A Marselhesa’, ao culto dos santos, dos clubes aos festivais. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

53 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Era a construção de uma nação e representava um corte radical com o passado, que apesar de empregar uma linguagem de tipo religioso não era necessariamente de inspiração judaico-cristã, antes se orientava para um culto da Antiguidade Clássica. A partir da Revolução Francesa emergiu uma nova fé, cujo objectivo era regenerar os cidadãos. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão era um novo credo, um catecismo nacional. Em 1791, a Constituinte torna-se uma profissão de fé no patriotismo francês. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

54 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A tricolor que combinava o vermelho e o azul da cidade de Paris com o branco dos reis Bourbons, adquiriu carácter oficial em 1792. Festividades cívicas, onde medrou a ideia de uma fraternidade real e duradoura, a preocupação com o bem público, a crença de valer a pena o sacrifício de interesses privados aos públicos e um sentido de unidade da França foram ideias que predominaram neste período. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

55 História Geral da Civilização
A bandeira tricolor História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

56 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Estas festas celebraram os acontecimentos revolucionários do passado (e. g. Tomada da Bastilha) e festejavam acontecimentos políticos correntes (alterações constitucionais importantes). Existiam ainda cultos aos mártires da liberdade, aqueles que contribuíram para a causa revolucionária, e festividades morais em que a virtude era recompensada através da outorga de condecorações ou coroas cívicas aos cidadãos de mérito. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

57 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Os cultos cívicos eram a expressão de uma verdadeira religião, constituída com base na filosofia do séc. XVIII. Os revolucionários preocupavam-se sobretudo com a unidade nacional e viam a religião como complemento subordinado ao Estado e este como guardião da virtude e instrumento da felicidade. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

58 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Igualmente se fez uma tentativa de introduzir um regulamento civil para os passos tradicionais da vida de um indivíduo (baptismo, casamento, funeral, etc.) e até mesmo o calendário (com semanas de 10 dias) foi alterado. «O fosso aberto entre o republicanismo e catolicismo nunca foi colmatado.» [Llobera] História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

59 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Se na altura da Revolução Francesa se julgava que o francês era a língua falada no país, o facto é que existiam vários outros idiomas em diversas partes: o bretão, basco, catalão, alemão e ocitânio. A revolução, por meio de clubes, festivais, jornais e, mais tarde, exército, era indirectamente responsável pela divulgação da língua nacional. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

60 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Os revolucionários julgavam que ao obrigar à utilização do francês estavam a democratizar o país. Para eles a disparidade linguística constituía um obstáculo fundamental ao exercício da democracia burguesa, ao domínio público pela burguesia. A Revolução Francesa veiculou no mínimo três conceitos de nação: História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

61 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Concepção jacobina (grupo identificado com o povo; trabalhadores da classe mais baixa e integrantes da baixa burguesia): da qual Robespierre, que seguia as doutrinas de Rousseau, era o mais destacado representante. Segundo esta ideia, o patriotismo é concebido como uma luta pela liberdade e aproximação humana e a pátria não existe idealmente independente do comportamento do povo. É através dos actos patriotas que ele se cria. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

62 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Concepção dos sans-culottes (trabalhadores e até pequenos proprietários participantes da Revolução Francesa, principalmente em Paris): Viam a nação como uma exteriorização do sentimento patriótico, cujo fundamento era a afirmação da unidade, abolindo tudo o que separava o corpo social. O seu lema era a soberania popular, não a representação nacional. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

63 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Concepção centrista da Nação: característica de Danton e dos Girondinos (facção política maioritariamente burguesa, que se posicionou contra a monarquia absoluta e o Antigo Regime em geral), a qual colocava a tónica na união territorial da nação. Neste último conceito assiste-se à transição política de pátria para o conceito de nação. A pátria era um conglomerado de afectos que unia os cidadãos, mas agora através da mediação de um território exclusivo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

64 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Há um desejo de obter unidade e comunidade que, de acordo com Llobera, é um sentimento que o patriotismo e o nacionalismo herdaram da religião. A Revolução Francesa, em apenas alguns anos, determinou mudanças radicais no conceito de nação francesa. De uma situação em que o monarca era visto como símbolo da nação até uma nação concebida como vontade geral do povo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

65 A Revolução Francesa e as suas sequelas
As vozes federalistas durante a Revolução foram silenciadas, a unidade do povo não era negociável independentemente da vontade do povo. O resultado final foi um regime altamente centralizado, sem paralelo na História da Europa Ocidental. Os enclaves vizinhos (Avinhão, Comtat, etc.) exprimiam a sua vontade de serem franceses, mas também numa gama de territórios de expressão francesa (Sabóia, Suíça, Bélgica, Nice, etc.) havia patriotas que desejavam ser anexados à França revolucionária. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

66 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Noutras áreas onde as novas ideias penetraram profundamente (Holanda) havia a esperança de ver o seu direito a auto-governo apoiado pela França. Os revolucionários hesitavam entre apoiar aqueles que se queriam libertar a si mesmos e o risco de alterarem o equilíbrio de poder existente na Europa. A primeira via foi a escolhida. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

67 A Revolução Francesa e as suas sequelas
A ideia de “república irmã” foi buscada para designar aqueles países em que os patriotas estavam a tentar rebelar-se contra o Antigo Regime e pretendiam aplicar os princípios da Revolução Francesa. Com a vitória do Directório em 1795, as fronteiras naturais da Gália e a anexação das repúblicas irmãs para as proteger e fornecer recursos à Grande Nação foi adoptada. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

68 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Ao pretender reviver o Sacro Império Romano, Napoleão foi quem mais contribuiu para fazer despontar os nacionalismos na Europa. Enquanto o Grande-Armée consegui vitórias, a população francesa apoiou-o. Napoleão nunca gerou nacionalismo de Estado, apenas se preocupava com a lealdade à sua pessoa e à monarquia imperial. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

69 A Revolução Francesa e as suas sequelas
Os seus apelos não foram feitos em nome do amor à nação francesa, mas sim à glória do Estado Francês. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

70 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914*
A história da ideia nacional no séc. XIX cabe quase inteiramente nas oscilações entre nacionalismo de esquerda e o de direita, entre democracia e tradição. No Congresso de Viena de 1815, soberanos e diplomatas, ocupados em destruir a obra da Revolução, não levaram em conta a reconstrução da Europa, a aspiração à independência e à unidade que tinha sublevado os povos contra Napoleão e os tinha situado ao lado dos soberanos. *RÉMOND, René – Introdução à História do Nosso Tempo, Lisboa: Editora Gradiva, 1994. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

71 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Os alemães ficaram desiludidos com o regresso à divisão da confederação germânica; os italianos ainda mais com a dominação estrangeira (Piemonte, Sardenha, Estados da Igreja, Reino das Duas Sicílias). A aliança, entre 1815 e , do movimento das nacionalidades e da ideia liberal provém do desconhecimento pelos diplomatas das aspirações nacionalistas. Os dois movimentos confundem-se a partir de então. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

72 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
As revoluções de 1830 apresentam este duplo carácter de revoluções liberais e revoluções nacionais. Onde triunfam instituem a independência e a liberdade. É assim que a Bélgica se subtrai à dominação de Haia e se dota em 1831 de uma constituição liberal. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

73 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Entre 1830 e 1850, o nacionalismo evolui de liberal para democrático. Em Itália, “a jovem Itália” criada por Mazzini, combina as aspirações a uma república democrática e à independência e unidade da Itália. Esta ligação entre democracia e o fenómeno nacional expande-se com as revoluções de 1848, quando se fala nesta época de uma primavera de povos, tal significa simultaneamente a emancipação nacional e a afirmação da soberania do povo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

74 A revolução de 1848 na Alemanha
História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

75 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Na Hungria, Kossuth, que encarna a vontade de independência frente à dominação de Viena, proclama a república. O nacionalismo é ora unitário, ora separatista, conforme as situações geográficas. Em 1848, os nacionalistas estão quase todos ligados à tradição democrática. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

76 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Estes movimentos fracassam e em 1850 (aproximadamente) é restaurada a Europa do Congresso de Viena, a Europa dos soberanos. Uma terceira vaga do movimento das nacionalidades de 1850 a 1870 é mais decisiva. O princípio das nacionalidades é então admitido como um princípio do direito internacional. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

77 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Deste princípio resulta que os principados danubianos subtraídos ao Império Otomano se possam fundir. Se estes movimentos se apoiam nos povos, fazem-nos por vezes a expensas da liberdade individual. Na Alemanha, para realizar autoritariamente a unidade, Bismarck, apoia-se no povo contra os particularismos regionais. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

78 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Sacrifica-se a liberdade pela realização da unidade nacional, a maior parte dos liberais optam pela nação contra a liberdade. Acredita-se menos na sublevação espontânea do povo, conta-se mais com os meios clássicos da guerra estrangeira, a diplomacia tradicional, as alianças externas. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

79 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Bismarck atinge os seus objectivos à custa de três guerras e graças a alianças externas contra a Áustria e a França. A unidade italiana, que fracassou ao ser ensaiada através da sublevação do povo italiano é atingida quando o Piemonte se alia à França ou à Alemanha de Bismarck. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

80 História Geral da Civilização
Otto von Bismarck ( ) História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

81 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Em 1870, o mapa da Europa está profundamente modificado, surgem novas potências no coração da Europa, nascidas da aspiração à independência e à unidade nacional. Na Áustria, o dualismo adoptado em 1867, é uma tentativa dos austríacos associarem a nacionalidade magiar à direcção do império. Contudo, nem os checos, nem os croatas, nem os transilvanos, concebem porque razão se lhes recusa o que os austríacos concedem aos húngaros. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

82 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
A Rússia depara-se com o mesmo problema com a Polónia, cujo sentimento nacional não está extinto, apesar do insucesso das duas revoluções de 1830 e 1863. A existência de nacionalidades balcânicas é um quebra-cabeças para o Império Otomano. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

83 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
A constituição da Bulgária numa nacionalidade autónoma, em 1878, as guerras balcânicas de 1912 e 1913, consumam a ruína do Império Otomano, reduzido na Europa à cidade de Constantinopla e arredores. A questão irlandesa reacende com o terrorismo. As guerras de reunificação da Alemanha e Itália criam novos pomos de discórdia, com a anexação da Alsácia e da Lorena pelo Império Alemão. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

84 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
O irredentismo (i.e. doutrina política dos que entendem que devem pertencer à Itália certas regiões dela separadas, que pertencem à França, Áustria, etc., mas que continuam ligadas a ela pela língua, pelos costumes) reivindica ainda o Trentino, Trieste, a Ístria e a costa Dálmata. Existe igualmente uma coligação dentro do império Austro-Húngaro entre povos eslavos e o grande irmão Russo. Contra o pan-eslavismo desenha-se o bloco austro-alemão, que sonha realizar o programa do pangermanismo. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

85 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
O conflito entre o pan-eslavismo e o pangermanismo é uma das componentes do conflito mundial e traz consigo o germe da ruína das construções históricas do edifício dinástico do império dos Habsburgos. Desde antes de 1914 que o movimento das nacionalidades ultrapassa o quadro da Europa: no Império Otomano, um movimento de renovação nacionalista, animado pelos ‘Jovens Turcos’, apodera-se do poder em 1908. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

86 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Se o nacionalismo decorrente da revolução de 1848, proclamou a paz no mundo, o nacionalismo francês posterior a 1870 é facilmente xenófobo e exclusivo. Esta mutação prepara o deslizar do nacionalismo europeu para as teorias autoritárias e para o fascismo pós-1918. No fim do séc. XIX com o nascimento de uma consciência de classe operária e a crescente difusão das ideias socialistas, o nacionalismo achou-se mais remetido para a direita. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

87 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Para combater o socialismo internacionalista, o nacionalismo desliga-se da democracia e combate todas as forças que pareçam extra-nacionais ou supranacionais. Assim desenvolve-se o anti-semitismo e a xenofobia. O nacionalismo volta-se para as doutrinas reaccionárias e contra-revolucionárias. Aparece ligado ao conservadorismo político e social. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA

88 A evolução do movimento das nacionalidades entre 1815 e 1914
Se o sentimento e a ideia nacionais foram, no séc. XIX, uma força decisiva em princípio de acção essencial contra os Estados Opressores, ele esteve também na origem da maior parte dos conflitos internacionais. O movimento nacional foi um agente fulcral de transformação na Europa. História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA


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