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REALISMO E NATURALISMO

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Apresentação em tema: "REALISMO E NATURALISMO"— Transcrição da apresentação:

1 REALISMO E NATURALISMO
O Realismo é uma reação contra o Romantismo: “O Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houve de mau na nossa sociedade.” (Eça de Queirós)

2 CARACTERÍSTICAS As características do realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico e às novas formas de pensamento: objetivismo = negação do subjetivismo romântico, homem volta-se para fora, o não- eu; Universalismo = substitui o personalismo anterior.

3 materialismo que leva à negação do sentimentalismo e da metafísica.
autores são antimonárquicos e defendem os ideais republicanos. nacionalismo e volta ao passado histórico são deixados de lado para enfatizar o presente, o contemporâneo. determinismo influenciando o homem e a obra de arte por 3 fatores: meio, momento e raça (hereditariedade); Descrições e adjetivações objetivas; Linguagem culta e direta;

4 Principal autor brasileiro:
Mulher não idealizada, e sim, real. Ex.: Marcela e Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas), Sofia (Quincas Borba)... Amor e outros interesses subordinados aos interesses sociais; Herói problemático; Narrativa lenta, tempo psicológico; Personagens trabalhados psicologicamente. Principal autor brasileiro: Machado de Assis com “Memórias Póstumas de Brás Cubas

5 COMPARAÇÃO O quadro abaixo mostra as principais oposições entre Romantismo e Realismo / Naturalismo :

6 PANORAMA HISTÓRICO (1881 - 1893)
Socialismo, cientificismo, evolucionismo, positivismo, lutas antiburguesas, 2ª Rev. Industrial; Em 1881, com a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, inicia-se o Realismo no Brasil; No Brasil: abolição, República, romance naturalista, poesia parnasiana.

7 Principais diferenças entre Romantismo e Realismo:
ROMANTISMO x REALISMO Principais diferenças entre Romantismo e Realismo: ROMANTISMO ( ) Ênfase na fantasia; Predomínio da emoção; Proximidade emocional entre autor e os temas; Subjetividade; Escapismo (literatura como fuga da realidade); Personagens idealizados; Nacionalismo;

8 REALISMO Ênfase na realidade; Predomínio da razão; Distanciamento racional entre o autor e os temas; Objetividade; Engajamento (literatura como forma de transformar a realidade); Retrato fiel das personagens; A mulher numa visão real, sem idealizações... Universalismo.

9 NATURALISMO Determinismo biológico; Objetivismo científico; Temas de patologia social; Observação e análise da realidade; Ser humano descrito sob a ótica do animalesco e do sensual; Linguagem simples; Descrição e narrativa lentas Impessoalidade; Preocupação com detalhes.

10 Principais autores: Aluísio Azevedo, “O mulato”, em 1881: início do Naturalismo no Brasil; “O Cortiço”, Raul Pompéia, “O Ateneu”.

11 DIFERENÇAS ENTRE REALISMO E NATURALISMO
Forte influência da literatura de Gustave Flaubert (França). Romance documental, apoiado na observação e na análise. A investigação da sociedade e dos caracteres individuais é feita “de dentro para fora”, por meio de análise psicológica capaz de abranger sua complexidade, utilizando a ironia, que sugere e aponta, em vez de afirmar. Volta-se para a psicologia, centrando-se mais no indivíduo. As obras retratam e criticam as classes dominantes, a alta burguesia urbana e, normalmente, os personagens pertencem a esta classe social. O tratamento imparcial e objetivo dos temas garante ao leitor um espaço de interpretação, de elaboração de suas próprias conclusões a respeito das obras.

12 NATURALISMO Forte influência da literatura de Émile Zola (França). Romance experimental, apoiado na experimentação e observação científica. A investigação da sociedade e dos caracteres individuais ocorre “de fora para dentro”, os personagens tendem a se simplificar, pois são vistos como joguetes, pacientes dos fatores biológicos, históricos e sociais que determinam suas ações, pensamentos e sentimento. Volta-se para a biologia e a patologia, centrando-se mais no social. As obras retratam as camadas inferiores, o proletariado, os marginalizados e, normalmente, os personagens são oriundos dessas classes sociais mais baixas. O tratamento dos temas com base em uma visão determinista conduz e direciona as conclusões do leitor e empobrece literariamente os textos

13 ROMANCE REALISTA É uma narrativa mais preocupada com a análise psicológica,fazendo crítica à sociedade a partir do comportamento de determinados personagens. Faz uma análise da sociedade "por cima", visto que seus personagens são capitalistas, pertencentes à classe dominante. Este tipo de romance é documental, sendo retrato de uma época. Foi cultivado no Brasil por Machado de Assis, em obras como "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Quincas Borba" e "Dom Casmurro".

14 ROMANCE NATURALISTA Foi cultivado no Brasil por Aluísio de Azevedo ("O Mulato") e Júlio Ribeiro. Raul Pompéia é um caso a parte, pois seu romance, "O Ateneu", apresenta características ora naturalistas, ora realistas, ora impressionistas. Existem várias semelhanças entre o romance realista e o naturalista, podendo-se até mesmo afirmar que ambos partem de um ponto comum para chegarem a mesma conclusão, sendo que percorrendo caminhos distintos.

15 ANÁLISE DE FRAGMENTOS TEXTO I: Memórias Póstumas de Brás Cubas "Naquele tempo contava apenas 15 ou 16 anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação".

16 TEXTO II – Memórias Póstumas de Brás Cubas Machado de Assis
TEXTO II – Memórias Póstumas de Brás Cubas Machado de Assis ...Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil. — Desta vez, disse ele, vais para a Europa; vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor; não é outra coisa um filho que me faz isto...

17 TEXTO III – O Mulato – Aluísio Azevedo Era um dia abafadiço e aborrecido. A pobre cidade de São Luís do Maranhão parecia entorpecida pelo calor. (…) A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada de mulher cantar em falsete a "Gentil Carolina era bela"; doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: "Fígado, rins e coração!" Era uma vendedeira de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada, os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel.

18 TEXTO IV – Casa de pensão – Aluísio Azevedo O quarto respirava todo um ar triste de desmazelo e boemia. Fazia má impressão estar ali: o vômito de Amâncio secava-se no chão, azedando o ambiente; a louça, que servia o último jantar, ainda coberta pela gordura coalhada, aparecia dentro de uma lata abominável, cheia de contusões e roída de ferrugem. Uma banquinha, encostada à parede, dizia com seu frio aspecto desarranjado que alguém estivera aí a trabalhar durante a noite, até que se extinguira a vela, cujas últimas gotas de estearina se derramavam melancolicamente pelas bordas de um frasco vazio de xarope Larose, que lhe fizera as vezes de castiçal.

19 TEXTO V – O Bom-Crioulo – Adolfo Caminha “Uma coisa desgostava ao grumete: os caprichos libertinos do outro. Porque Bom-Crioulo não se contentava em possuí-lo a qualquer hora do dia ou da noite, queria muito mais, obrigava-o a excessos, fazia dele um escravo, uma ‘mulher à-toa’ propondo quanta extravagância lhe vinha à imaginação. Logo na primeira noite exigiu que ele ficasse nu, mas nuzinho em pêlo: queria ver o corpo ... Aleixo amuou: aquilo não era coisa que se pedisse a um homem!”

20 TEXTO VI - O Cortiço – Aluísio Azevedo “Pombinha assentou‑se, constrangida, no rebordo da cama e, toda perplexa, com vontade de afastar‑se, mas sem animo de protestar, por acanhamento, tentou reatar o fio da conversa, que elas sustentavam um pouco antes, à mesa, em presença de Dona Isabel. Léonie fingia prestar‑lhe atenção e nada mais fazia do que afagar‑lhe a cintura, as coxas e o colo. Depois, como que distraidamente, começou a desabotoar‑lhe o corpinho do vestido. — Não! Para quê!... Não quero despir‑me... — Mas faz tanto calor... Põe‑te a gosto... — Estou bem assim. Não quero!

21 — Que tolice a tua. Não vês que sou mulher, tolinha. De que tens medo
— Que tolice a tua...! Não vês que sou mulher, tolinha?... De que tens medo?... Olha! Vou dar exemplo! E, num relance, desfez‑se da roupa, e prosseguiu na campanha. A menina, vendo‑se descomposta, cruzou os braços sobre o seio, vermelha de pudor. — Deixa! segredou‑lhe a outra, com os olhos envesgados, a pupila trêmula. E, apesar dos protestos, das súplicas e até das lágrimas da infeliz, arrancou‑lhe a última vestimenta, e precipitou‑se contra ela, a beijar‑lhe todo o corpo, a empolgar‑lhe com os lábios o róseo bico do peito. — Oh! Oh! Deixa disso! Deixa disso! reclamava Pombinha estorcendo‑se em cócegas, e deixando ver preciosidades de nudez fresca e virginal, que enlouqueciam a prostituta.

22 — Que mal faz. Estamos brincando. — Não. Não
— Que mal faz?... Estamos brincando... — Não! Não! balbuciou a vitima, repelindo‑a. — Sim! Sim! insistiu Léonie, fechando‑a entre os braços, como entre duas colunas; e pondo em contacto com o dela todo o seu corpo nu. Pombinha arfava, relutando; mas o atrito daquelas duas grossas pomas irrequietas sobre seu mesquinho peito de donzela impúbere e o rogar vertiginoso daqueles cabelos ásperos e crespos nas estações mais sensitivas da sua feminilidade, acabaram por foguear‑lhe a pólvora do sangue, desertando‑lhe a razão ao rebate dos sentidos. Agora, espolinhava‑se toda, cerrando os dentes, fremindo‑lhe a carne em crispações de espasmo; ao passo que a outra, por cima, doida de luxúria, irracional, feroz, revoluteava, em corcovos de égua, bufando e relinchando.

23 E metia‑lhe a língua tesa pela boca e pelas orelhas, e esmagava‑lhe os olhos debaixo dos seus beijos lubrificados de espuma, e mordia‑lhe o lóbulo dos ombros, e agarrava‑lhe convulsivamente o cabelo, como se quisesse arrancá‑lo aos punhados. Até que, com um assomo mais forte, devorou‑a num abraço de todo o corpo, ganindo ligeiros gritos, secos, curtos, muito agudos, e afinal desabou para o lado, exânime, inerte, os membros atirados num abandono de bêbedo, soltando de instante a instante um soluço estrangulado. A menina voltara a si e torcera‑se logo em sentido contrário à adversária, cingindo‑se rente aos travesseiros e abafando o seu pranto, envergonhada e corrida.

24 Enem 2011

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27 ANÁLISE DE IMAGENS

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