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1 Professor Edley

2 Período Imperial

3 Período Regencial

4 Período Regencial

5 Quadro Político Os Grupos Partidários do Período Regencial
D. Pedro I abdicou do trono em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, de apenas 5 anos de idade, e partiu para Portugal. Como o novo imperador era menor de idade, pelas regras da Constituição do Império, de 1824, a alternativa aplicável ao momento estabelecia que o Brasil deveria ser Governado por um Conselho de Três Regentes, eleitos pela Assembléia Imperial, até que o menino completasse 18 anos. Foi o que ocorreu, durante Nove Anos ( ). Esse período da História do Brasil entre o Primeiro e o Segundo Reinado, é conhecido como Período Regencial. Antes de entrarmos propriamente nas fases e acontecimentos deste período, vejamos como se organizavam, de modo geral, os grupos partidários na época, o que nos ajudará a compreender melhor esse momento histórico.

6 Quadro Político Restauradores, Exaltados e Moderados
No início do Período Regencial, o cenário político do país era dominado por Três Grupos Políticos principais, que disputavam entre si o poder: Os Restauradores, os Liberais Exaltados e os Liberais Moderados. Abaixo são descritas a síntese de cada uma dessas correntes políticas e quem eram seus partidários:

7 Quadro Político Restauradores Apelido: Caramurus; Objetivos:
Lutavam pela volta de D. Pedro I ao poder – Defendiam um regime absolutista e centralizador; Setores Sociais que Representava: Comerciantes portugueses ligados ao antigo comércio colonial – Militares conservadores de alta patente – Altos Funcionários Públicos; Figuras de Destaque: José Bonifácio de Andrada e Silva; Jornais: O Caramuru; Associações: Sociedade conservadora e, depois, Sociedade Militar;

8 Quadro Político Liberais Exaltados Apelido: Farroupilhas e Jurujubas;
Objetivos: Lutavam pela descentralização do poder, pela autonomia administrativa das províncias e pelo sistema federalista – Muitos defendiam o fim da monarquia e a instalação da república; Setores Sociais que Representava: Profissionais liberais – Pequenos comerciantes – Funcionário públicos modestos – Militares de baixa patente – Padres – Pessoas que viviam e trabalhavam nas cidades; Figuras de Destaque: Cipriano Barata – Borges da Fonseca – Miguel Frias – Rangel de Vasconcelos – Augusto May; Jornais: A República – A Malagueta – A Sentinela da Liberdade; Associações: Sociedade Federalista;

9 Quadro Político Liberais Moderados Apelido: Chimangos; Objetivos:
Lutavam pela preservação da unidade territorial do país – Defendiam a monarquia, mas sem absolutismo – Queriam manter a escravidão e a ordem social – Muitos desejavam ampliar o poder dos Governadores das Províncias; Setores Sociais que Representava: Grandes proprietários rurais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Região Nordeste; Figuras de Destaque: Padre Diogo Antônio Feijó – Evaristo da Veiga – Bernardo Pereira de Vasconcelos; Jornais: A Aurora Fluminense; Associações: Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional;

10 Quadro Político Progressistas e Regressistas – Progressistas
Em 1834, D. Pedro I morreu em Portugal, aos 36 anos de idade. Com sua morte, não havia mais motivo para a existência do grupo que desejava reconduzi-lo ao poder – Os Restauradores. Por volta de 1837, o Grupo dos Liberais Moderados dividiu-se em duas alas, que passaram a dominar a cena política brasileira e a disputa pelo poder. Eram elas: – Progressistas Que defendiam um governo forte e centralizado no Rio de Janeiro, mas estavam dispostos a fazer concessões aos Liberais Exaltados, como delegar Maior Autonomia Administrativas às Província – Medida tomada por meio do Ato Adicional de 1834. – Regressistas Que não estavam dispostos a fazer concessões aos Liberais Exaltados. Eram favoráveis ao fortalecimento do Poder Legislativo, centralizado no Rio de Janeiro, e contrários à Liberdade Administrativa das Províncias. Lutavam pela manutenção da ordem pública e eram favoráveis à Centralização Administrativa.

11 Quadro Político Em 1840, os Regressistas assumiram a denominação Partido Conservador – sendo, posteriormente, apelidados de “saquarema” – e os Progressistas, a denominação de Partido Liberal – mais tarde apelidados de “Luzias”. Do ponto de vista ideológico, Conservadores e Liberais tinham poucas diferenças entre si. Esses dois grupos dominaram o cenário político do Segundo Reinado ( ).

12 Fases do Período Regencial
As Regências que Governaram o Império O Período Regencial, costuma ser dividido em Três Fases: Regência Trina Provisória – De 7 de abril a 7 de junho de 1831; Regência Trina Permanente – De 1831 a 1835; Regências Unas – De 1835 a 1837, regência de Padre Diogo Antônio Feijó, e de 1837 a 1840, regência de Araújo Lima. Como havia Eleições e troca dos Governantes após o cumprimento do mandato no Período Regencial, para alguns historiadores, o sistema político desenvolvido na época tinha alguma semelhança com a experiência Republicana. Esse período foi também marcado por grandes disputas políticas, que se expressavam nos jornais, nos debates no Parlamento e, várias vezes, na Luta Armada das Revoltas ocorridas nas províncias. Nessas lutas, uma das principais reivindicações dos revoltosos era modificar a relação das Províncias com o Governo Central. Vejamos, então, os acontecimentos que caracterizaram cada uma das fases do Período Regencial.

13 Fases do Período Regencial
Regência Trina Provisória A abdicação de D. Pedro I ocorreu no período de recesso da Assembléia Geral Legislativa. Assim, um grupo de parlamentares que se encontrava na região reuniu-se no Rio de Janeiro e Elegeu Três Regentes Interinos para governar provisoriamente o país, até a volta de todos os Deputados e a eleição regular de um conselho de regentes, conforme determinava a Constituição. Os Regentes Interinos escolhidos foram os Senadores Carneiro de Campos e Campos Vergueiro e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Eles governaram o país por aproximadamente, Três meses, período chamado, por isso, Regência Trina Provisória. – Início do Avanço Liberal Dentre as primeiras medidas tomadas durante a Regência Trina Provisória, temos:

14 Fases do Período Regencial
– A readmissão do Ministério dos Brasileiros, demitidos pelo Imperador em 5 de abril de 1831; – A Anistia aos Presos Políticos; – A suspensão temporária do uso do Poder Moderador pelos Regentes. Apesar de manter as estruturas políticas do Império Autoritário, essas medidas tinham um caráter Liberal e antiabsolutista. Era o início do chamado Avanço Liberal, que se prolongou até 1837. Regência Trina Permanente Quando a Assembléia Geral reuniu-se novamente, os Parlamentares elegeram, em 17 de junho de 1831 os seguintes nomes: – O Deputado João Bráulio Muniz do Nordeste; – O Deputado José da Costa Carvalho do Sul;

15 Fases do Período Regencial
– E o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva da Regência Trina Provisória. Começava, então, a Regência Trina Permanente. De modo geral, essa Regência representou os interesses e as propostas do grupo dos Liberais Moderados. A ela se opuseram os Liberais Exaltados e os Restauradores.

16 Regência Trina Permanente
Criação da Guarda Nacional Uma das figuras de destaque na Regência Trina Permanente, foi o Padre Diogo Antônio Feijó, nomeado Ministro da Justiça. Sua principal preocupação era garantir a Ordem Pública que tanto interessava aos Moderados, buscando acabar com as Agitações Populares e as Revoltas Militares que se opunham ao Governo Central. Para cumprir tal desígnio, era necessário ter uma Força Militar que fosse fiel ao Governo. O Exército, no entanto, nem sempre se havia mostrado eficiente, pois parte das tropas, compostas por pessoas vindas das camadas sociais mais pobres, com freqüência colocava-se a favor dos que protestavam contra as autoridades. A solução encontrada pelos Líderes Governamentistas foi a criação em 18 de agosto de 1831 da Guarda Nacional, uma polícia de confiança das autoridades e dos proprietários rurais.

17 Regência Trina Permanente
O maior posto de comando da Guarda Nacional, com o posto de Coronel – que não deve ser confundido com o de Coronel do Exército – era concedido pelo Governo aos Fazendeiros. Os demais postos eram ocupados pelos por homens de confiança dos Coronéis, razão pela qual a instituição ficou conhecida como “Guarda dos Coronéis”. A Guarda Nacional atuou na repressão das revoltas populares e nas agitações contrárias a Ordem Social Vigente, além de ter sido empregada na preservação das enormes propriedades rurais. Desse modo, contribuiu durante sua longa existência ( ), para o fortalecimento do poder dos grandes Fazendeiros-Coronéis. Por isso, foi mantida mesmo depois de Proclamada a República (1889). Em 1834, numa tentativa de harmonizar as diversas forças em conflitos no país, grupos políticos, como os Moderados, promoveram uma reforma na Constituição do Império, mediante a Promulgação do Ato Adicional.

18 Regência Trina Permanente
Ato Adicional de 1834 De acordo com o Ato Adicional de 1834: – A Regência deixava de ser Trina, para tornar-se Uma, isto é, seria exercida por Uma Única Pessoa, com mandato de Quatro Anos; – Suspendia-se o Conselho de Estado, órgão que havia reunido até então, os políticos mais Conservadores do Império; – Criavam-se as Assembléias Legislativas Provinciais, com poderes para fazer Leis referentes à Questões Locais. Apesar de os Presidentes das Províncias continuarem sendo nomeados pelo Governo Central do Império, o Ato Adicional foi considerado na época outro Avanço Liberal do período das Regências. Tanto que alguns Conservadores se opuseram a ele, chamando-o de “Código da Anarquia”, em referência à maior autonomia e liberdade administrativa que a nova legislação concedia às Províncias Brasileiras.

19 Fases do Período Regencial
Regência Una de Feijó Em 1835, como determinava a nova legislação contida no Ato Adicional, realizaram-se Eleições para a escolha do Regente Único. A Vitória, por pequena diferença de votos, coube ao candidato ligado a Ala Progressista dos Moderados, o Padre Diogo Antônio Feijó, ex-ministro da Justiça. Seu adversário, o deputado pernambucano Francisco Holanda Cavalcanti, representava a Ala Regressista. Durante o governo do Regente Feijó, tiveram início rebeliões como a Cabanagem, no Pará, e a Farroupilha, no Rio Grande do Sul. A Oposição Regressista passou, então, a atacar duramente Feijó, acusando-o de não conseguir impor a ordem no país. Essa era a maior preocupação de seus representados, os grandes proprietários rurais.

20 Fases do Período Regencial
Quando ainda faltavam dois anos para o término do mandado, Feijó renunciou ao cargo de Regente. Para seu lugar, foi Eleito Pedro de Araújo Lima, senador pernambucano ligado ao Grupo dos Regressistas. Esse desenlace significou o Triunfo das Correntes Políticas mais Conservadoras. Disso resultariam: – Maior concentração de Poderes nas mãos do Governo Central; – Menor Liberdade de Ação para os Governos Provinciais; – Um endurecimento em relação aos Movimento Populares.

21 Fases do Período Regencial
Regência Una de Araújo Lima Ao assumir o poder, Araújo Lima montou um Ministério composto apenas de Políticos Conservadores, conhecido como “Ministério das Capacidades”. Os grupos representados por essa Regência queriam “parar o carro da Revolução”, como dizia o Ministro Bernardo Pereira de Vasconcelos. Argumentavam que as Rebeliões ameaçavam a unidade territorial do país. Para os Latifundiários, o maior temos era a perda de suas riquezas, baseadas na grande propriedade rural e na exploração do trabalho Escravo. Desse modo o novo governo passou a reprimir de forma violenta as revoltas que ocorriam no pais. Por outro lado, os Líderes Regressistas entendiam que a descentralização e a autonomia das Províncias eram responsáveis pela desordem e anarquia que, no seu modo de ver, reinavam no país.

22 Fases do Período Regencial
Por isso, Criaram Leis visando promover uma nova Centralização do Poder. Uma delas foi a Lei Interpretativa do Ato Adicional (12 de maio de 1840), que reduzia o poder das províncias e subordinava os órgãos da Polícia e da Justiça ao Poder Central. Restringia-se, também, a Atribuição Provincial de Nomear Funcionários Públicos. Antecipação da Maioridade Os Políticos Progressistas, opondo-se à Regência de Araújo Lima, procuraram uma alternativa para tirá-lo do Poder. Então, passaram a defende a idéia de que o meio mais eficiente para preservar a Unidade Territorial do Império e ampliar a Autoridade do Governo Central – Bandeira dos Progressistas – seria transferir o poder para as mãos do Príncipe Pedro Alcântara. O Príncipe ainda era menor de idade, mas a Assembléia Geral tinha poderes para antecipar a maioridade do herdeiro do Trono Brasileiro.

23 Fases do Período Regencial
Com esse propósito, foi fundado o Clube da Maioridade. A tese defendida pelo Clube da Maioridade teve apoio dos grupos dos proprietários rurais, grandes comerciantes, uniu políticos progressistas e parte dos regressistas. Pare eles, a figura de um Imperador, do qual emanaria a Unidade do Estado, seria essencial para pôr fim às Revoltas Provinciais e, desse modo, restabelecer a Ordem Social que interessava a grandes proprietários de terras e senhores de escravos. Em 1840, a Assembléia Geral aprovou a tese da maioridade, no episódio conhecido como “Golpe da Maioridade”. Pedro de Alcântara, com 15 anos incompletos, prestou juramento, como Imperador, à Assembléia Geral, em 23 de julho de 1840. Tinha início o Segundo Reinado, período que durou quase Meio Século ( ).

24 Revoltas Provinciais

25 Revoltas Provinciais As Contestações ao Governo e às Condições de Vida
O Período Regencial foi uma época conturbada de nossa história, com a eclosão de Revoltas nas Províncias Brasileiras – o que teria levado Feijó a dizer, em determinado momento: “O vulcão da anarquia ameaça a devorar o Império”. Revolta não ocorrem por acaso. Elas são o produto de insatisfações coletivas acumuladas durante certo tempo. No caso do Brasil, elas abundavam desde a época de D. Pedro I. Como os Governos Regenciais não foram capazes de atendê-las nem eliminar suas causas, essas insatisfações acabaram manifestando-se de forma violenta e explosiva. As Revoltas estavam vinculadas basicamente à Crise do Império em Três Esferas: – Econômica; – Social; – Política. Vejamos cada uma delas.

26 Revoltas Provinciais Crise Econômica
Desde o Primeiro Reinado, o império vivia uma Crise Econômica e Financeira ligada, por exemplo, ao desequilíbrio da balança comercial e ao aumento da dívida externa. As Regências não estavam conseguindo reverter essa situação. Ao contrário, desde o início do Período Regencial, os produtos brasileiros passaram a enfrentar maiores dificuldades no mercado externo. O preço dos produtos brasileiros exportados não paravam de cair. O açúcar de cana concorria com o similar Antilhano e com o açúcar de beterraba produzido na Europa. O algodão, o fumo, o mate e o couro também enfrentavam a forte concorrência de outras áreas produtoras internacionais. As Reservas de Ouro, estavam praticamente esgotadas.

27 Revoltas Provinciais Por outro lado, o Governo arrecadava pouco em Impostos sobre as importações devidos aos privilégios alfandegários concedidos aos produtos da Inglaterra e de outros países. Esses privilégios também prejudicaram o crescimento da pequena Indústria Nacional. Outros fatores somaram-se ao desequilíbrio da balança de pagamentos do país, agravando a Crise Econômica e Financeira. Entre estes fatores estão: – A indenização de 2 Milhões de Libras que o governo do Brasil pagou a Portugal em troca do Reconhecimento da Independência; – As despesas com Operações Militares, destinadas a conter as rebeliões internas. O déficit brasileiro foi provisoriamente contornado com empréstimos tomados de centros financeiros internacionais. Tais empréstimos foram simples paliativos, que não eliminaram as causas dos problemas. Pelo contrário, a situação complicou-se ainda mais, pois estes empréstimos implicavam no Pagamento acrescido de Juros, Dividendos, Amortizações, etc.

28 Revoltas Provinciais Problemas Socioeconômicos Crise Política
Durante o Período Regencial, a riqueza econômica e o poder político continuaram concentrados, principalmente, nas mãos de grandes fazendeiros e comerciantes. Não havia mudanças nas condições miseráveis da maior parte da população das cidades e do campo. Além disso, com a Crise Econômica e o aumento progressivo do custo de vida, os alimentos foram ficando cada vez mais caros. Isso gerou grande descontentamento popular e, como antes, os Portugueses que dominavam o comércio foram considerados, por muitos brasileiros, os culpados pelos Problemas Econômicos do País. Crise Política Durante todo o Período Regencial o clima foi tenso nas relações entre o Governo Central e as Províncias. Cada Província tinha sua história local, suas razões e os seus interesses específicos para concordar ou descordar das autoridades do Rio de Janeiro.

29 Revoltas Provinciais De modo geral, é possível dizer que havia muitas críticas contra o autoritarismo do Governo Central. Muitas pessoas pertencentes a grupos sociais dominantes nas Províncias queriam mais autonomia, incluindo o direito de Eleger os próprios Presidentes das Províncias. Essa crise levou muitos políticos provinciais até mesmo a defender Ideais Separatistas, isto é, separação da Província do restante do país. A tensão política agravou-se quando as camadas populares e as classe médias urbanas entraram em cena. Acompanhando a Onda Liberal e reformista do Século XIX, elas decidiram reivindicar seu direito de participação no poder político. Recordemos que vigorava, na época, o Voto Censitário, pelo qual o Direito Eleitoral estava condicionado a certos níveis de renda, que a maior parte da população não tinha.

30 Revoltas Provinciais Como, depois de 1822, as insatisfações não podia ser canalizadas contra Portugal, elas convergiram, em grande medida, contra o Governo Central do Império, instalado no Rio de Janeiro. Foi neste contexto que explodiram diversas Revoltar Provinciais durante o período das Regências. Em seguida estudaremos algumas delas: – Cabanagem; – Revolução Farroupilha; – Revolta dos Malês; –Sabinada e; – Balaiada.

31 Revoltas Provinciais

32 Revoltas Provinciais Cabanagem (1835-1840)
Foi uma grande Revolta Popular que aconteceu no Pará – Província do Grão-Pará, na época – a partir de 1835 e durou 5 anos. Ficou conhecida por esse nome porque dela participou uma multidão de cabanos – homens e mulheres pobres, negros, indígenas e mestiços que trabalhavam principalmente na extração de produtos da floresta e viviam em casas semelhantes a cabanas, à beira dos rios. – Luta contra a Miséria e a Exploração Os cabanos rebelaram-se contra a situação de miséria em que viviam e contra os responsáveis por sua exploração. Para tentar pôr fim às injustiças sociais de que eram vítimas, decidiram Tomar o Poder da Província. A princípio, os Revoltosos foram apoiados por alguns líderes fazendeiros do Pará, descontentes com a política centralizadora do Governo Imperial e com a falta de autonomia da Província.

33 Revoltas Provinciais Os fazendeiros queriam exportar sem barreiras, seus produtos da região – cacau, madeira, ervas aromáticas, peles, etc. Mas não demorou muito para que se afastassem do movimento, assustados com as idéias que prevaleciam entre seus membros, dentre elas acabar com a Escravidão e distribuir terras para os Lavradores. Um dos Líderes da Cabanagem foi o Padre Batista Campos, que, no sertão paraense, continuava benzer os pedaços de pau utilizados como arma pelos rebeldes. Muitos líderes populares da revolta eram conhecidos por seus apelidos, como João do Mato, Domingos Onça, Mãe da Chuva e Gigante do Fumo. Em janeiro de 1835, Tropas de Cabanos conquistaram Belém, a capital provincial, mataram várias autoridade do Governo – entre elas o Presidente da Província – e Tomaram o Poder.

34 Revoltas Provinciais – Repressão e Alcances
Apesar de conquistarem o poder, os cabanos tiveram grande dificuldade de Governar: Faltavam-lhes organização, havia muitas divergências entre os líderes do movimento e a Rebelião foi Traída muitas vezes. Tudo isso facilitou a violenta repressão comandada pelas tropas enviadas da Capital do Império. Depois de mais de Um Ano no Poder e outros Quatro Anos de resistência no interior da província, e vários enfrentamentos, o movimento foi dominado em Com a rendição do último grupo rebelde. Calcula-se que tenham sido mortos mais de 30 mil Revoltosos, cerca de 30% da população da província. Os que sobreviveram aos Combates e às Perseguições acabaram Presos.

35 Revoltas Provinciais

36 Revoltas Provinciais Revolução Farroupilha (1835-1845)
Também chamada da Guerra dos Farrapos, ocorreu no Rio Grande do Sul e foi a mais longa Revolta da História do Brasil: Durou 10 anos de 1835 a 1845. Entre suas principais causas estavam os Problemas Econômicos dos produtores rurais gaúchos. – Motivação e Objetivos O Rio Grande do Sul tinha uma economia baseada na criação de gado e produção do charque – carne-seca – vendido em diversas Províncias Brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, e região Nordeste – e muito utilizado nas alimentação de Escravos, em uma época em que havia poucas técnicas de conservação dos alimentos. Dessa forma, a Pecuária do Sul atendia o Mercado Interno brasileiro, diferenciando-se da tendência geral da economia agrária do país naquela época, que atendia ao Mercado Externo, com produtos como Açúcar e Café.

37 Revoltas Provinciais Os produtores gaúchos, donos de grandes estâncias – fazendas de gado – reclamavam da concorrência de produtores do Uruguai e Argentina, países que também se produzia charque. Como os Impostos de Importação eram baixos, o charque importado chegava a custar menos do que o Produzido no Rio Grande do Sul. Além disso, os estancieiros gaúchos, donos de propriedades na região da fronteira Brasil-Uruguai, queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre o gado na fronteira, propiciando a livre circulação de seus rebanhos nos dois países. Esses mesmos estancieiros também pretendiam mais liberdade administrativa para sua Província. Entre os principais líderes dos Farroupilhas destacavam-se os gaúchos Bento Gonçalves e Davi Canabarro, além do italiano Giuseppe Garibaldi – o mesmo que lutou pela Unificação da Itália.

38 Revoltas Provinciais – Fundação das Repúblicas de Piratini e Juliana
O levante teve início em setembro de 1835, quando Bento Gonçalves comandou as Tropas Farroupilhas que dominaram Porto Alegre, capital da província. O Governo Central reagiu, mas não teve forças suficientes para derrotar os revoltosos de imediato. O movimento expandiu-se e, em 1836,os Farroupilhas fundaram a República Rio-Grandense. Em 1839, o movimento ampliou-se com a conquista de Santa Catarina e a fundação da República Juliana, sob o comando de Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi.

39 Revoltas Provinciais – Repressão e Alcances
A partir de 1842, a Revolução Farroupilha começou na ser contida por meio de Ações Militares lideradas por Luis Alves de Lima e Silva futuro Duque de Caxias. Além de comandar a Ação Militar, Caxias procurou estabelecer acordos com os Lideres Farroupilhas. Foi o que ocorreu em 1° de março de 1845, já durante o Segundo Reinado, quando se celebrou o acordo de paz entre as Tropas Imperiais – comandada por Caxias – e as forças Farroupilhas. Esse acordo assegurava diversas condições exigidas pelos fazendeiros gaúchos para o fim do movimento, como: – Não punição dos revoltosos, que receberiam a anistia do Imperador; – Incorporação dos soldados e oficiais do Exército Farroupilha ao exército Imperial, ocupando postos militares equivalentes; – Direito à Liberdade dos Escravos fugitivos que lutavam ao lado dos Farroupilhas. Medida que beneficiou pouco mais de uma centena deles, pois, a imensa maioria havia morrido durante as lutas.

40 Revoltas Provinciais Embora muitos escravos e homens livres e pobres tenham participado do movimento, a Revolução Farroupilha não foi uma revolta com objetivos populares. Diversos estudiosos concordam que não existia, entre seus líderes, uma proposta concreta de acabar com a Escravidão ou de melhorar a vida da maioria dos Camponeses. Tratou-se de uma rebelião liderada por estancieiros que lutavam por seus interesses específicos, como garantir o Lucro das estâncias e exercer o Poder Político no Rio Grande do Sul com mais autonomia.

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42 Revoltas Provinciais Revolta dos Malês (1835)
Em Janeiro de 1835, ocorreu em Salvador, Bahia a chamada Revolta dos Malês – movimento de Escravos Africanos conhecidos como Malês. Entre seus líderes estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate, Luis Sanim, Aprígio e Pai Inácio. Os Malês conseguiram armas e munições e elaboraram um plano de luta contra os donos de escravos para conseguir a liberdade. Mestres muçulmanos formavam a liderança da Revolta dos Malês. E durante o levante, seus seguidores ocuparam as ruas usando vestimentas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e espadas dos Soldados. Malês Designação dada na Bahia aos negros africanos de origem ou formação muçulmana, que em geral sabiam falar e escrever em Árabe, como os Hauçás e os Nagôs.

43 Revoltas Provinciais – Repressão e Alcances
Uma Denúncia antecipou o início do levante, mas as autoridades já estavam preparadas para enfrentar os revoltosos. Na noite de 24 de janeiro de 1835, cercados pela polícia na casa de Manuel Calafate, muitos rebeldes morreram em combate e outros foram presos. Entre eles, alguns foram condenados a Açoite Público e Fuzilamento. Apesar de praticamente abortada, a Revolta dos Malês foi uma das mais importantes rebeliões de escravos do Século XIX. Calcula-se que, em sua fase de conspiração tenham envolvido entre 600 e 1500 negros africanos, despertando uma maior preocupação com tais levantes em todo o Brasil. Os senhores passaram a temer que acontecesse o mesmo que ocorrera no Haiti, cuja Independência fora conquistada por negros africanos, que puseram fim à escravidão. Por isso, passaram a agir de maneira cada vez mais perigosa para reprimir tais movimentos.

44 Revoltas Provinciais

45 Revoltas Provinciais Sabinada (1837-1838)
Em 1837, após a Renúncia do Regente Feijó, iniciou-se na Bahia uma rebelião que ficou conhecida como Sabinada, por ter sido liderada pelo Médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira. Seu objetivo básico era instituir uma República na província enquanto o Príncipe Herdeiro fosse menor de idade. Conseguindo o apoio de parte do Exército baiano, os Sabinos tomaram o poder em Salvador, em 7 de novembro de 1837, mas o movimento não empolgou a maioria da população. Muitos fazendeiros, que no início haviam apoiado o levante, assustaram-se com as declarações, feitas pelo Governo Provisório da Província, de que os Escravos que lutassem ao lado dos Rebeldes seriam Libertados. Temerosos, e considerando a experiência da Revolta dos Malês em 1835, esses fazendeiros não tardaram em mudar de lado. Deixaram de apoiar o movimento e passaram a ajudar as Forças Imperiais enviadas para combater os revoltosos.

46 Revoltas Provinciais – Repressão e Alcances
Durante os combates, inúmeras casas de Salvador foram incendiadas e mais de Mil pessoas morreram. Em março de 1838, a rebelião estava totalmente dominada. Apesar da violenta repressão, os principais líderes do movimento não foram mortos. O Médico Francisco Sabino, por exemplo, foi preso de degredado para Mato Grosso. Diferentemente da Cabanagem – uma Revolta Popular – e da Revolta dos Malês – um Levante Escravo – a Sabinada foi uma rebelião coordenado por homens cultos e de posses da cidade de Salvador. Seu interesse era apenas o de conseguir autonomia temporária da província em relação ao Governo Regencial, para atender aos seus anseios imediatos.

47 Revoltas Provinciais

48 Revoltas Provinciais Balaiada (1838-1841) – Antecedentes da Revolta
Em 1838, teve início na Província do Maranhão uma Revolta Popular conhecida como Balaiada porque um de seus principais líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, era fazedor de balaios. – Antecedentes da Revolta Nessa época, a economia agrária do Maranhão atravessava Grave Crise. Sua principal riqueza, o algodão, vinha enfrentando queda de preços e perda de compradores no exterior, devido à forte concorrência do algodão produzido nos Estados Unidos. Quem mais sofria as conseqüências dos problemas econômicos do Maranhão era a população pobre da província, uma multidão formada por vaqueiros, sertanejos e escravos. Esses trabalhadores uniram-se na Balaiada com o objetivo de lutar contra a fome, a miséria, a escravidão e os maus-tratos a que estavam submetidos.

49 Revoltas Provinciais – Tomada do Poder
Havia também muita insatisfação entre os profissionais urbanos maranhenses, que formavam o chamado grupo dos “bem te vis”, designação dada, na época, aos Liberais Exaltados da região. – Tomada do Poder Foram os “bem te vis” que iniciaram a revolta contra os grandes fazendeiros da província, conseguindo a adesão dos sertanejos pobres. E assim teve início o Levante, em dezembro de 1838. Apesar da pouca organização estratégica, os rebeldes balaios, conseguiram conquistar a cidade de Caxias, uma das mais importantes do Maranhão, em julho de 1839. Os principais líderes populares da Balaiada, além do balaieiro Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, foram Cosme Bento das Chagas – chefe de um Quilombo que reunia aproximadamente Três Mil escravos fugitivos – e Raimundo Gomes – Vaqueiro. Mas os objetivos destes líderes populares não eram claros.

50 Revoltas Provinciais – Repressão e Alcances
Por isso, o poder acabou sendo entregues aos “bem te vis”. Mas neste momento, assustados com o desenrolar dos acontecimentos, já estavam mais preocupados em conter a rebelião dos sertanejos do que em apoiá-la. – Repressão e Alcances Para combater a Revolta dos Balaios, o Governo Imperial enviou tropas comandadas pelo então Coronel Luiz Alves de Lima e Silva – o mesmo que, poucos anos depois, negociava um acordo de paz com os Farroupilhas. Nessa altura, os “bem te vis” já haviam abandonado os sertanejos e apoiavam abertamente as Tropas Governamentais. O combate foi árduo e violento. A perseguição só terminou em 1841, quando já tinham morrido cerca de 12 Mil sertanejos e escravos.

51 Revoltas Provinciais A Balaiada não se constituiu, enfim, num movimento único e harmônico, com um projeto político definido. Conduzido por sertanejos tomados pelo anseio de conquistar justiça social, foi mais uma expressão da crise por que passava a sociedade brasileira durante o Período Regencial.

52 Referência Bibliográfica
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995. MOTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1990. FLORES, Moacyr. Revolução dos Farrapos. São Paulo, Ática, 1998. Google Image Wikipedia

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