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O URAGUAI Basílio da Gama.

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Apresentação em tema: "O URAGUAI Basílio da Gama."— Transcrição da apresentação:

1 O URAGUAI Basílio da Gama

2 Relação Basílio da Gama x Guerra nas Missões:
Sobre o autor Relação Basílio da Gama x Guerra nas Missões: mãe: nasceu na colônia de Sacramento; estuda num colégio de jesuítas; conheceu e freqüentou a casa do brigadeiro Alpoim (participou da Guerra das Missões); preso por ligações com os jesuítas (foram expulsos de Portugal pelo Marquês do Pombal) > sai da prisão após escrever um poema homenageando o casamento da filha do Marquês, de quem será protegido;

3 Luís Augusto Fischer: “Ao mesmo tempo em que era aluno dos jesuítas, de quem deve ter ouvido relatos e interpretações sobre o que acontecera com as Missões sulinas, o poeta deve ter tido a oportunidade de ouvir relatos preciosos da parte de gente que testemunhou tudo pelo lado português, alguém que viu os índios, que cheirou os campos sul-rio-grandenses e que estava lá para combater os jesuítas.”

4 Motivos da Guerra: Tratado de Madri > estabelece a troca de territórios entre Portugal e Espanha: o primeiro cede a colônia de Sacramento e a Espanha cede as Missões (onde viviam padres espanhóis e os índios sob a orientação religiosa desta Ordem > negam-se a aceitar o Tratado)

5 Sobre a estrutura do texto: Cinco cantos
Versos decassílabos brancos (sem rima) “Fu/ mam/ a/ in/ da/ nas/ de/ ser/ tas/ prai as La/ gos/ de/ san/ gue/ té/ pi/ dos/ e im/ pu ros Em/ que on/ dei/ am/ ca/ dá/ ve/ res/ des/ pi dos” Livre estrofação (sem divisão entre os versos) O eu-lírico dedica o poema a Francisco Xavier de Mendonça Furtado (irmão do Conde de Oeira > futuro Marquês do Pombal) > mais tarde, o eu-lírico pede proteção ao mesmo

6 Ao ilustríssimo e excelentíssimo Conde de Oeiras
SONETO Ergue de jaspe um globo alvo e rotundo, E em cima a estátua de um Herói perfeito; Mas não lhe lavres nome em campo estreito, Que o seu nome enche a terra e o mar profundo. Mostra na jaspe, artífice facundo, Em muda história tanto ilustre feito, Paz, Justiça, Abundância e firme peito, Isto nos basta a nós e ao nosso mundo. Mas porque pode em século futuro, Peregrino, que o mar de nós afasta, Duvidar quem anima o jaspe duro, Mostra-lhe mais Lisboa rica e vasta, E o Comércio, e em lugar remoto e escuro, Chorando a Hipocrisia. Isto lhe basta.

7 Catâneo – líder das tropas espanholas
Personagens centrais Gomes Freire de Andrade(a) – gov. do RJ e MG & líder dos portugueses / será tratado como uma espécie de herói Catâneo – líder das tropas espanholas Sepé – líder dos índios / herói guerreiro / não aceita negociação Cacambo – líder dos índios / espécie de homem ilustrado Líndóia – esposa de Cacambo / o amor Pe. Balda – padre corrupto / suposto pai de Baldetta

8 CANTO I

9 O rei da Espanha envia à região o comandante Catâneo para fazer valer o Tratado de Madri > manda avisar Andrade que em breve chegaria para apoiar os portugueses Andrada recebe o apoio de Almeida (Coronel José Inácio de Almeida) e parte > marca um dia e local para que as tropas se encontrassem Desfile das tropas portuguesas para Catâneo > o soldado Gerardo apresenta os principais nomes que passam entre os combatentes: (brigadeiro) Alpoim, (Francisco Antônio Cardoso de) Menezes, Vasco (Fernando Pinto Alpoim – filho do anterior), (Fernando) Mascarenhas, (Gregório) Castro

10 Catâneo pergunta a Andrade os motivos da guerra:
“Ali Catâneo ao General pedia Que do princípio lhe dissesse as causas Da nova guerra e do fatal tumulto. Se aos Padres seguem os rebeldes povos? Quem os governa em paz e na peleja?”

11 Andrade responde > Tratado de Madri:
“O nosso último rei e o rei de Espanha Determinaram, por cortar de um golpe, Como sabeis, neste ângulo da terra, As desordens de povos confinantes, Que mais certos sinais nos dividissem Tirando a linha de onde a estéril costa, E o cerro de Castilhos o mar lava Ao monte mais vizinho, e que as vertentes Os termos do domínio assinalassem. Vossa fica a Colônia, e ficam nossos Sete povos, que os Bárbaros habitam Naquela oriental vasta campina Que o fértil Uraguai discorre e banha.”

12 “Que eu também me retire, me aconselha,
Andrade ainda ressalta que os índios (incentivados pelos padres) haviam resistido a uma tentativa de retirada pacífica proposta por ele e o marquês de Valdelírios > os índios também haviam atacado o forte de Rio Pardo > índios derrotados > alguns são presos Andrade parte em busca dos Sete Povos > ele aguarda a chegada de Valdelírios (os campos haviam sido esterilizados pelos índios) Andrade: “Que eu também me retire, me aconselha, Até que o tempo mostre outro caminho. Irado, não o nego, lhe respondo Que para trás não sei mover um passo. Venha quando puder, que eu firme o espero.”

13 Andrade afirma que ocorre uma grande cheia no Rio Jacuí > os portugueses buscam abrigo nas árvores > espécie de Veneza Os portugueses abandonam a região quando conseguem > Natureza os vencera Final do Canto I > Andrade distribui cargos aos seus homens / batiza o local: “Deu fim à narração o invicto Andrade E antes de se soltar o ajuntamento, Com os régios poderes, que ocultara, Surpreende os seus, e os ânimos alegra, Enchendo os postos todos do seu campo. O corpo de dragões a Almeida entrega, E Campo das Mercês o lugar chama.”  

14 CANTO II

15 As tropas de Catâneo e Andrade seguem em direção aos Sete Povos
Ao encontrar as tropas indígenas, Meneses afirma que só as armas para derrotá-los: “Quando Meneses, que vizinho estava, Lhe diz: Nestes desertos encontramos Mais do que se esperava, e me parece Que só por força de armas poderemos Inteiramente sujeitar os povos.” Andrade afirma que a razão deveria ser utilizada: “Torna-lhe o General: Tentem-se os meios De brandura e de amor; se isto não basta, Farei a meu pesar o último esforço.” Andrade solta prisioneiro indígenas > elogiam o general português

16 Chegada de Sepé e Cacambo:
“Já para o nosso campo vêm descendo, Por mandado dos seus, dous dos mais nobres. Sem arcos, sem aljavas; mas as testas De várias e altas penas coroadas, E cercadas de penas as cinturas, E os pés, e os braços e o pescoço. Entrara Sem mostras nem sinal de cortesia Sepé no pavilhão. Porém Cacambo Fez, ao seu modo, cortesia estranha”

17 Cacambo tenta argumentar que a razão poderia tomar o lugar das armas > ainda salienta que o rei de Portugal não deveria saber que terra trocava por Sacramento: “Se o rei de Espanha Ao teu rei quer dar terras com mão larga Que lhe dê Buenos Aires, e Correntes E outras, que tem por estes vastos climas; Porém não pode dar-lhes os nossos povos. E inda no caso que pudesse dá-los, Eu não sei se o teu rei sabe o que troca Porém tenho receio que o não saiba.”

18 Cacambo complementa sua fala dizendo que só obedeceriam aos padres, não aos reis:
“Não nos obrigues A resistir-te em campo aberto. Pode Custar-te muito sangue o dar um passo. Não queiras ver se cortam nossas frechas. Vê que o nome dos reis não nos assusta. O teu está muito longe; e nós os índios Não temos outro rei mais do que os padres.”

19 Andrade tenta convencê-lo que ele representava a autoridade do rei e que os padres representavam um poder tirânico sobre eles: “Esse absoluto Império ilimitado, que exercitam Em vós os padres, como vós, vassalos, É império tirânico, que usurpam. Nem são senhores, nem vós sois escravos. O rei é vosso pai: quer-vos felices. Sois livres, como eu sou; e sereis livres, Não sendo aqui, em outra qualquer parte. Mas deveis entregar-nos estas terras. Ao bem público cede o bem privado. O sossego de Europa assim o pede.”

20 Sepé toma a palavra e afirma que só obedeceria aos padres e que a guerra seria iminente:
“Sepé, que entra no meio, e diz: Cacambo Fez mais do que devia; e todos sabem Que estas terras, que pisas, o céu livres Deu aos nossos avôs; nós também livres As recebemos dos antepassados. Livres as hão de herdar os nossos filhos. Desconhecemos, detestamos jugo Que não seja o do céu, por mão dos padres. As frechas partirão nossas contendas Dentro de pouco tempo: e o vosso Mundo, Se nele um resto houver de humanidade, Julgará entre nós; se defendemos Tu a injustiça, e nós o Deus e a Pátria. Enfim quereis a guerra, e tereis guerra.”

21 Andrade oferece presentes aos índios > uma espada a Cacambo e flechas e uma aljava a Sepé > fora perdida quando este fora capturado “Ó General, eu te agradeço As setas que me dás e te prometo Mandar-tas bem depressa uma por uma Entre nuvens de pós no ardor da guerra. Tu as conhecerás pelas feridas, Ou porque rompem com mais força os ares.” As tropas começam a se posicionara para o combate > índios saem de trincheiras (como se saíssem do chão)

22 No meio do combate, surge o índio Baldetta > origem:
“Impertinente e de família escura, Mas que tinha o favor dos santos padres, Contam, não sei se é certo, que o tivera A estéril mãe por orações de Balda. Chamaram-no Baldetta por memória.” Baldetta ataca vários inimigos, mas assusta-se ao ouvir um tiro disparado por Gerardo > Baldetta não é acertado porque entre eles posiciona-se Tatu-Guaçu com o peito protegido por uma pele de jacaré

23 Sepé é morto pelo governador de Montevidéo:
“Mas de um golpe a Sepé na testa e peito Fere o governador, e as rédeas corta Ao cavalo feroz. Foge o cavalo, E leva involuntário e ardendo em ira Por todo o campo a seu senhor; e ou fosse Que regada de sangue aos pés cedia A terra, ou que pusesse as mãos em falso, Rodou sobre si mesmo, e na caída Lançou longe a Sepé. Rende-te, ou morre, Grita o governador; e o tape altivo, Sem responder, encurva o arco, e a seta Despede, e nela lhe prepara a morte. Enganou-se esta vez. A seta um pouco Declina, e açouta o rosto a leve pluma. Não quis deixar o vencimento incerto Por mais tempo o espanhol, e arrebatado Com a pistola lhe fez tiro aos peitos.”

24 O canto acaba com a fuga dos índios, sob a proteção dos heróis Cacambo, Caitutu e Tatu-Guaçu

25 CANTO III

26 Após vencer os índios, Andrade dirige-se às Missões > acampa junto ao Rio Uruguai
Na outra margem, Cacambo tem uma visão de Sepé que lhe diz para lutar ou fugir > ainda sugere que Cacambo queime o mato ao redor do acampamento português: “E tu, que podes, põe a mão nos peitos À fortuna de Europa: agora é tempo, Que descuidados da outra parte dormem. Envolve em fogo e fumo o campo, e paguem O teu sangue e o meu sangue. Assim dizendo Se perdeu entre as nuvens, sacudindo Sobre as tendas, no ar, fumante tocha.”

27 Andrade, por sua vez, impede que o fogo consuma todo o acampamento
Cacambo cruza o rio e ateia fogo no mato que cerca o acampamento > ele foge em seguida Andrade, por sua vez, impede que o fogo consuma todo o acampamento O eu-lírico comenta que o destino de Cacambo teria sido melhor se ele tivesse morrido na guerra > Cacambo retorna ao seu povoado sem ser esperado e é preso sob as ordens de pe. Balda (este não permitira que Cacambo vivesse ao lado de sua Lindóia, pois queria casá-la com seu protegido Baldetta) Cacambo é envenenado > morre > sem funeral

28 Lindóia não entende tudo o que vê > ainda sofre com a perda
Lindóia desespera-se com a morte de seu amado > ela procura a feiticeira Tanajura > esta faz uma espécie de feitiço e mostra-lhe o futuro num caldeirão > visão: a destruição de Lisboa pelo terremoto de 1755 / o ressurgimento da cidade sob a orientação do Espírito Constante (Conde de Oeira > futuro Marquês do Pombal) / expulsão dos jesuítas / a destruição da República americana dos jesuítas / vingança da morte de Cacambo Lindóia não entende tudo o que vê > ainda sofre com a perda

29 CANTO IV

30 Andrade marcha em direção aos Sete Povos
Pe. Balda prepara a união entre Baldetta e Lindóia: “Ajuntavam-se os índios entretanto No lugar mais vizinho, onde o bom padre Queria dar Lindóia por esposa Ao seu Baldetta, e segurar-lhe o posto E a régia autoridade de Cacambo.” Lindóia não se apresenta na festa > Caitutu (seu irmão) a procura

31 Suicídio de Lindóia: Entram enfim na mais remota e interna Parte de antigo bosque, escuro e negro, Onde ao pé de uma lapa cavernosa Cobre uma rouca fonte, que murmura, Curva latada de jasmins e rosas. Este lugar delicioso e triste, Cansada de viver, tinha escolhido Para morrer a mísera Lindóia. Lá reclinada, como que dormia, Na branda relva e nas mimosas flores, Tinha a face na mão, e a mão no tronco De um fúnebre cipreste, que espalhava Melancólica sombra. Mais de perto Descobrem que se enrola no seu corpo Verde serpente, e lhe passeia, e cinge Pescoço e braços, e lhe lambe o seio. Fogem de a ver assim, sobressaltados, E param cheios de temor ao longe; E nem se atrevem a chamá-la, e temem Que desperte assustada, e irrite o monstro, E fuja, e apresse no fugir a morte. Porém o destro Caitutu, que treme Do perigo da irmã, sem mais demora Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes Soltar o tiro, e vacilou três vezes Entre a ira e o temor. Enfim sacode O arco e faz voar a aguda seta, Que toca o peito de Lindóia, e fere A serpente na testa, e a boca e os dentes Deixou cravados no vizinho tronco. Açouta o campo co’a ligeira cauda O irado monstro, e em tortuosos giros Se enrosca no cipreste, e verte envolto Em negro sangue o lívido veneno. Leva nos braços a infeliz Lindóia O desgraçado irmão, que ao despertá-la Conhece, com que dor! no frio rosto Os sinais do veneno, e vê ferido Pelo dente sutil o brando peito.

32 Lindóia não é enterrada (seu corpo é deixado a esmo) e seu suicídio é comparado ao de Cleópatra
Com a chegada das tropas luso-espanholas, pe. Balda ordena uma retirada e que as casas e templos sejam incendiados Andrade presencia as construções em chamas > somente o grande templo é salvo do incêndio

33 CANTO V

34 a Companhia de Jesus aparece como mandante do mundo
O eu-lírico expõe o que é visto na pintura da abóbada do templo que permanece de pé: a Companhia de Jesus aparece como mandante do mundo os jesuítas são vistos como os responsáveis pelas quedas de Henrique III e Henrique IV a disseminação dos jesuítas mundo afora (Amazonas / Oriente / Nilo) o comércio clandestino jesuíta sem pagar os tributos devidos à Espanha o envolvimento jesuíta na tentativa de ataque ao Parlamento inglês participação jesuíta na fracassada campanha de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir

35 Andrade presencia a fuga dos padres, abandonando os índios
Os padres Balda e Tedeu = furiosos / Patusca = glutão Andrade dá afago a mães chorosas, filhos inocentes, pais curvos e tímidas donzelas “Sossegado o tumulto e conhecidas As vis astúcias de Tedeu e Balda, Cai a infame República por terra.” Os índios reconhecem a autoridade do Rei O eu-lírico finaliza o texto com a exaltação do texto > seria lido e consagrado com o passar dos tempos.


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