A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES"— Transcrição da apresentação:

1 CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES
OFICINA LITERÁRIA AULA 8 CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES Rio de Janeiro, 02 de fevereiro de 2012

2 O Lírico e suas formas

3 Cada um – Ricardo Reis Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja; Nem cumpre o que deseja, Nem deseja o que cumpre. Como as pedras na orla dos canteiros O Fado nos dispõe, e ali ficamos; Que a Sorte nos fez postos Onde houvemos de sê-lo. Não tenhamos melhor conhecimento Do que nos coube que de que nos coube. Cumpramos o que somos.Nada mais nos é dado.

4 Começo a conhecer-me. Não existo
Começo a conhecer-me. Não existo.   Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,    ou metade desse intervalo, porque também há vida ...   Sou isso, enfim ...    Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.   Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.    É um universo barato.

5 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.

6 Deixa a Vida me Levar Zeca Pagodinho
Eu já passei Por quase tudo nessa vida Em matéria de guarida Espero ainda a minha vez Confesso que sou De origem pobre Mas meu coração é nobre Foi assim que Deus me fez... E deixa a vida me levar (Vida leva eu!) Deixa a vida me levar (Vida leva eu!) Deixa a vida me levar (Vida leva eu!) Sou feliz e agradeço Por tudo que Deus me deu... Só posso levantar As mãos pro céu Agradecer e ser fiel Ao destino que Deus me deu Se não tenho tudo que preciso Com o que tenho, vivo De mansinho lá vou eu... Se a coisa não sai Do jeito que eu quero Também não me desespero O negócio é deixar rolar E aos trancos e barrancos Lá vou eu! E sou feliz e agradeço Por tudo que Deus me deu... REFRÃO

7 Traduzir-se - Ferreira Gullar
Uma parte de mim é todo mundo Outra parte é ninguém, fundo sem fundo Uma parte de mim é multidão Outra parte estranheza e solidão Uma parte de mim pesa, pondera Outra parte delira Uma parte de mim almoça e janta Outra parte se espanta Uma parte de mim é permanente Outra parte se sabe de repente Uma parte de mim é só vertigem Outra parte linguagem Traduzir uma parte na outra parte Que é uma questão de vida e morte Será arte ?

8 EQUILIBRIO EU X MUNDO

9 A grande dificuldade para o ser humano é fazer uma leitura de si mesmo.
A grande dificuldade é cada um tentar se entender para harmonizar o que tem de racional e passional. HAMLET “Traduzir-se uma parte/ na outra parte” - “Será arte?”

10 Mundo e realidade

11 O que é o lírico? A palavra lírica deriva do grego lyrikós, que significa algo referente à lira ou som da lira. Este é um instrumento primitivo de quatro cordas que, por sua musicalidade, tem vínculo com o surgimento da poesia lírica, pois o texto lírico tem, na sua estrutura, musicalidade. Ainda quanto à origem, a poesia lírica tem seus pés fincados em hinos religiosos e na tradição popular.

12 Gênero literário é uma categoria de composição literária
Gênero literário é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias pode ser feita de acordo com critérios, sintáticos,fonológicos, formais, contextuais e outros. A distinções entre os gêneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com subgrupos. O gênero lírico se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras. Entretanto, os outros dois gêneros — o narrativo e o dramático — também podem ser escritos nessa forma, embora modernamente prefira-se a prosa.

13 Todas as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e pelo tempo. Todos os gêneros podem ser não-ficcionais ouficcionais. Os não-ficcionais baseiam-se na realidade, e os ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocorrem coerentemente com o que se passa no enredo da história

14 O Eu lírico é um termo usado dentro da literatura para demonstrar o pensamento geral daquele que está narrando o texto; A junção de todos os sentimentos, expressões, opiniões e críticas feitas pela pessoa superior ao texto, que no caso seria o narrador e/ou a pessoa central ao qual o texto está se referindo. O Eu-lírico é o "eu" que fala na poesia. É geralmente muito usado em textos de gênero lírico, que são caracterizados por expressar, mas não necessariamente, os sentimentos do autor. O EU representa o mundo ao redor a partir de sua subjetividade. O sujeito, na literatura, surge com o lírico. É, no lírico, que esse sujeito deixa aflorar os seus sentimentos mais recônditos.

15 A lírica está ligada à livre imaginação, onde a emoção supera o pensamento

16 “Poesia é quando uma emoção encontra seu pensamento e o pensamento encontra palavras.” (Robert Frost, ) “A poesia é o eco da melodia do universo no coração dos humanos.” (Rabindranath Tagore, ) “A poesia é o sentimento que sobra ao coração e sai pela mão.” (Carmen Conde, )

17 Diante do universo da representação vai se constituir progressivamente um universo em expansão. À restituição do mundo em sua forma narrada (o relato, a narrativa) ou dialogada (o teatro), responderá uma relação pessoal das impressões suscitadas pelo mundo, uma exploração íntima dos sentimentos, expressa através de uma voz julgada espontânea, (...). Tomando-se ele próprio como assunto, o poeta abandona o domínio da imitação da realidade em troca daquele da introspecção individual.

18 Essa tendência literária que negligencia a atitude de tomar o mundo como modelo, que ignora as expectativas do auditório, que parece traduzir, de maneira incontrolada, a interioridade do criador e reproduzir uma fala que ele parece dirigir a si mesmo, corresponde àquilo que será chamado de lirismo. (STALLONI, 2003, p.135)

19 TABACARIA – Álvaro de Campos
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

20 Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

21 Principais manifestações dramáticas
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

22 Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu. Estou hoje dividido entre a lealdade que devo À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

23 Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada
Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa. Fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá encontrei só ervas e árvores, E quando havia gente era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira.Em que hei de pensar?

24 A lírica está ligada à livre imaginação, onde a emoção supera o pensamento.

25 ANTIGUIDADE CLÁSSICA LÍRICA PESSOAL LÍRICA IMPESSOAL

26 A Valsa – Cecília Meireles
Fez tanto luar que eu pensei nos teus olhos antigos e nas tuas antigas palavras. O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos,  que tornei a viver contigo enquanto o vento passava. Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto e modelou tua voz entre as algas. Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege E estudo apenas o ar e as águas. Coitado de quem pôs sua esperança nas praias fora do mundo... - Os ares fogem, viram-se as águas, mesmo as pedras, com o tempo, mudam

27 VOZES D’ÁFRICA – Castro Alves
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes Embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?... Qual Prometeu tu me amarraste um dia Do deserto na rubra penedia — Infinito: galé! ... Por abutre — me deste o sol candente, E a terra de Suez — foi a corrente Que me ligaste ao pé...

28 O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino E morre no areal. Minha garupa sangra, a dor poreja, Quando o chicote do simoun dardeja O teu braço eternal. Minhas irmãs são belas, são ditosas... Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas Dos haréns do Sultão. Ou no dorso dos brancos elefantes Embala-se coberta de brilhantes Nas plagas do Hindustão.

29 A Europa é sempre Europa, a gloriosa! ...
A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortesã. Artista — corta o mármor de Carrara; Poetisa — tange os hinos de Ferrara, No glorioso afã! ... Sempre a láurea lhe cabe no lití Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada Em meio das areias esgarrada, Perdida marcho em vão! Se choro... bebe o pranto a areia ardente; talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente! Não descubras no chão...

30 Não basta inda de dor, ó Deus terrível?!
Não basta inda de dor, ó Deus terrível?! É, pois, teu peito eterno, inexaurível De vingança e rancor?... E que é que fiz, Senhor? que torvo crime Eu cometi jamais que assim me oprime Teu gládio vingador?! Foi depois do dilúvio... um viadante, Negro, sombrio, pálido, arquejante, Descia do Arará... E eu disse ao peregrino fulminado: "Cam! ... serás meu esposo bem-amado... — Serei tua Eloá. . . "

31 Cristo! embalde morreste sobre um monte
Teu sangue não lavou de minha fronte A mancha original. Ainda hoje são, por fado adverso, Meus filhos — alimária do universo, Eu — pasto universal... Hoje em meu sangue a América se nutre Condor que transformara-se em abutre, Ave da escravidão, Ela juntou-se às mais... irmã traidora Qual de José os vis irmãos outrora Venderam seu irmão.

32 Basta, Senhor! De teu potente braço
Role através dos astros e do espaço Perdão p'ra os crimes meus! Há dois mil anos eu soluço um grito... escuta o brado meu lá no infinito, Meu Deus! Senhor, meu Deus!!... São Paulo, 11 de junho de 1868.

33 A palavra lírica deriva do grego lyrikós, que significa algo referente à lira ou som da lira. Este é um instrumento primitivo de quatro cordas que, por sua musicalidade, tem vínculo com o surgimento da poesia lírica, pois o texto lírico tem, na sua estrutura, musicalidade. Ainda quanto à origem, a poesia lírica tem seus pés fincados em hinos religiosos e na tradição popular.

34 Para que o leitor penetre no espaço da poesia é preciso que, de coração aberto, num estado de compreensão, de entendimento claro daquilo perceba o que lhe é apresentado. Assim, ele atinge o entendimento, passando pelo plano da emoção. A sua sensibilidade tem que estar desperta. Afinal de contas, antes de entender ele tem que sentir. Portanto, a alma tem que estar desarmada e afinada com a alma do poeta. Há um estado de receptividade por parte do leitor.

35 EU-LÍRICO EU-BIOGRÁFICO COMUNHÃO

36 E João não conseguiu o que queria Quando veio pra Brasília, com o diabo ter Ele queria era falar pro presidente Pra ajudar toda essa gente que só faz... Legião Urbana

37


Carregar ppt "CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google