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FERTIRRIGAÇÃO Prof. Dr. William Natale

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Apresentação em tema: "FERTIRRIGAÇÃO Prof. Dr. William Natale"— Transcrição da apresentação:

1 FERTIRRIGAÇÃO Prof. Dr. William Natale e-mail: natale@fcav.unesp.br
Henrique Antunes de Souza

2 1 - Aspectos básicos da Fertirrigação
Introdução: Termo fertirrigação, Situação mundial: Israel (80% da superfície irrigada é com fertirrigação), Estados Unidos, maior superfície com fertirrigação (1 milhão de ha), Espanha segundo maior (450 mil ha), Países como: Austrália, África do Sul, Israel, Itália, Egito, México e Índia superam os 100 mil há com uso da fertirrigação.

3 Hortaliças: 16% Outros cultivos: 14% Vantagens:
Distribuição mundial: Frutas e vinhas: 72% Hortaliças: 16% Outros cultivos: 14% Vantagens e desvantagens: Vantagens: Reduz a flutuação da concentração de nutrientes no solo na fase de crescimento; Facilidade de adaptar a quantidade e concentração de um nutriente específico de acordo com a necessidade da cultura; Possibilidade de emprego de água em solo de baixa “qualidade”, solos pedregosos, muito permeáveis ...

4 Possibilidade de aplicação de outros produtos utilizando a infra-estrutura, como: fungicidas, nematicidas, herbicidas... Possibilidade de mesclar fertilizantes e/ou fertilizantes líquidos com micronutrientes que são difíceis de distribuir em todo o terreno; Aplicação precisa de nutrientes de acordo com a demanda do cultivo, evitando concentração excessiva de fertilizante no solo e lixiviação; Aplicação de água e fertilizantes em uma faixa determinada de solo onde as raízes estão mais ativas, aumentando a eficiência do fertilizante e diminuindo seu impacto ambiental; Redução do tráfego de máquinas no pomar; Fácil automação da fertilização.

5 Desvantagens: Custo inicial da infra-estrutura; Obstrução dos gotejadores; Necessidade do manejo por pessoas especializadas; Um mal manejo do sistema pode provocar: acidificação, lavagem de nutrientes e/ou salinização do solo. As grandes vantagens do sistema de fertirrigação compensam em muito os inconvenientes citados. O custo inicial pode ser amortizado com o tempo, e a obstrução dos gotejadores pode ser evitada seguindo uma tecnologia de fertirrigação adequada. Profissionais competentes podem ser formados mediante cursos especializados e publicações que ilustrem as dificuldades dos usuários.

6 Programação da fertirrigação:
Definição da fenologia da cultura, Cuadro 1. Duración aproximada de estados fenológicos en arándanos para la zona central de Chile. Fase Fenológica Variedad O´Neal Variedad Elliot Duración (días) Fechas Floración 45 15 ago -1º oct 15 1º oct - 15oct Crecimiento Fruto 1º oct -15 nov 60 15 oct - 15 dic Cosecha 30 15 nov - 15 dic 15 dic - 30 ene Postcosecha 120 15 dic - 15 abr 75 30 ene - 15 abr

7 Demanda nutricional da planta,
Cuadro 2. Exportación de N, P y K calculada en la fruta y en el material de poda retirado del huerto en distintas especies frutales. Especie Exportación de N (kg N/ t fruto) Exportación de P (kg P2O5/t fruto) Exportación de K (kg K2O/t fruto) Uva vinífera 3.6 1.70 5.6 Uva de mesa 4.0 Kiwi 5.0 1,75 2.9 Manzano Granny Smith 2.1 0,50 2.2 Manzano patrón enano 1.5 1,9 Peral 0,65 2.0 Naranjo 2.7 0.60 4.2 Cerezo 6.4 Durazno 5.1 1,40 5.2 Damasco 4.6 4.50 4.3 Olivo 6.0 2.8 Nogal 4.5 3.0 6.5 Ciruelo 1.0 Palto 6.2 2.90 18.2 Arándano 4.7 0.8 Frambuesa 16.9 10.4

8 Rendimiento comercial (ton/ha)
Cuadro 3.Demanda de N, P y K de algunos cultivos y hortalizas. Especie Absorción (kg/ha) Variedad Plantas/ha Suelo Rendimiento comercial (ton/ha) Referencia N P K Tomate Industrial 393 59 520 VF M82-1-2 50.000 Arcilloso 160 Dafne(1984) Tomate invernadero 450 65 710 F-144 Daniela 23.000 Arenoso 195 Bar-Yosef et al.(1992) Tomate campo 250 24 370 675 12.000 127 Bar-Yosef et al.(1982) Pepino 205 31 75 Bar-Yosef et al.(1980) Papas 170 26 190 Desiree Franco 57 Lechuga 110 22 Iceberg 45 Bar-Yosef & Sagiv (1982) Apio 150 36 225 Florida 90.000 Feigin et al.(1976) Repollo 29 220 Kasomi 80.000 82 Sagiv et al.(1992) Brócoli 200 165 Woltam 33.000 13 Feigin & Sagiv (1971) Maíz dulce 240 40 320 Jubilee 75.000 28 Sagiv et al.(1983) Zanahoria 280 73 600 Buror 85 Sagiv et al.(1995) Sandia 25 385 Galia 25.000 56 Sagiv et al.(1980)

9 Contenido suficiente en el suelo (0-30 cm)
Aporte de nutrientes no solo e água, e eficiência do uso de fertilizantes. Cuadro 4. Niveles de reserva suficientes de nutrientes en el suelo. Nutriente Contenido suficiente en el suelo (0-30 cm) (mg kg-1) P Olsen 30 K intercambio 140 Mg intercambio 60 Ca intercambio 800 Azufre disponible 20 Hierro 2,5 Manganeso 1,0 Cobre 0,5 Zinc 0,5-1,0 (1) Boro 0,5-1,0(1) (1) Para cultivos sensibles.

10 Figura 1. Forma del bulbo húmedo en suelos de diferentes texturas.

11 Cuadro 5. Porcentaje de eficiencia de uso de N, P y K de acuerdo al sistema de riego empleado.
Nitrógeno Fósforo Potasio Surco 40-60 10-20 60-75 Aspersión, pivote 60-70 15-25 70-80 Goteo, microaspersión 75-85 25-35 80-90

12 2- Noções básicas de nutrição mineral de plantas
Introdução: os vegetais absorvem do solo os elementos, necessários ou não, para completar seu ciclo vital. O carbono e o oxigênio são provenientes do gás carbônico, e o hidrogênio proveniente da água. Os demais são os elementos minerais, encontrados na planta e que são classificados em 3 grupos. Elemento essencial, benéfico e tóxico.

13 Macronutirentes: N, P, K, Ca, Mg, S.
Elemento essencial: sem ele a planta não completa seu ciclo vital. Critérios: Pelo critério direto o elemento deve fazer parte de um composto ou de uma reação crucial (enzimática ou não) para o metabolismo, isto é, para a vida do vegetal. O critério indireto é satisfeito quando na ausência do elemento a planta morre antes de completar o seu ciclo; o elemento não pode ser substituído por nenhum outro e finalmente o efeito não deve estar relacionado com o melhoramento de condições físicas, químicas ou biológicas desfavoráveis do meio. Macronutirentes: N, P, K, Ca, Mg, S. Micronutrientes: B, Cl, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Se, Zn.

14 Elemento benéfico: sem o elemento a planta vive e completa o seu ciclo vital.
Sua presença pode ajudar o crescimento e aumentar a produção. A lista dos elementos benéficos é a seguinte: Si e Na. Elemento tóxico: tanto os elementos essenciais como benéficos podem ser tóxicos aos vegetais, quando presentes em concentração altas no meio. Estando presente acima de uma determinada concentração tem efeito negativo sobre o crescimento do vegetal. Os principais são: Cd, Cr, Pb, Hg e outros.

15 Tabela 1. Elementos essenciais, formas de absorção e funções na planta
Nutriente Forma de absorção Função na planta C, H, O, N, S HCO3-, NO3-, NH4+, SO42- (solução do solo) N2, O2, CO2, SO2 (atmosfera) Constituintes de substâncias orgânicas P B H2PO4- H3BO3 Reações de transferência de energia e movimento de carbohidratos K, Mg, Ca, Cl K+, Mg2+, Ca2+, Cl- Funções não específicas, ou componentes específicos de compostos orgânicos ou manutenção do balanço orgânico Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Se, Zn Co2+, Cu2+, Fe2+, Mn2+, MoO42- SeO32-, SeO42-, Ni2+, Zn2+, quelato Transporte eletrônico e constituinte de enzima ou ativador enzimático

16 Transporte ou translocação, Redistribuição,
Exigência nutricional das culturas, Marcha de absorção, Absorção, Transporte ou translocação, Redistribuição, Estado nutricional das culturas: Diagnose pelo sintoma visual. Análise química para diagnóstico da desordem nutricional.

17 4 - Modificação no tecido
Tabela 2. Eventos seqüenciais que causam o sintoma visível de deficiência ou excesso de um elemento nos vegetais. Evento Deficiência de Zn Excesso de Al 1 - Alteração molecular < AIA, > hidrólise de proteínas Pectatos "errados" < fosforilação < absorção de P, K, Ca, Mg 2 - Modificação subcelular Parede celular mais rígida, < proteína Paredes celulares mal formadas, dificuldade de divisão celular 3 - Alteração celular < número de células e menores Células menores e com 2 núcleos 4 - Modificação no tecido SINTOMA VISIVEL Internódios mais curtos Raízes curtas e grossas Folhas deficientes em P, K, Ca, Mg

18 Tabela 3- Sintomatologias gerais de carência e toxidez de nutriente em culturas.
Parte da planta Sintoma Visual Elemento Desordem nutricional 1- Folhas velhas e maduras 1-1- Clorose Uniforme N (S)* Internerval ou em manchas Mg (Mn) 1-2 - Necrose Secamento da ponta e das margens K Internerval 2- Folhas novas, lâminas e ápices 2-1 - Clorose Uniforme Fe (S) Internerval ou em manchas Zn (Mn) 2-2 - Necrose (clorose) Ca, B, Cu 2-3 - Deformação Mo (Zn, B) Toxidez 1-1 - Necrose Manchas Mn (B) Secamento da ponta e das margens B, injúrias por sais de pulverização 1-2 - Clorose (necrose) Toxidez não específica

19 Figura 2. Curva teórica da relação entre o crescimento ou a produção e os teores de nutrientes em tecidos vegetais.

20 Amostragem, Envio ao laboratório, Escolha do laboratório, Diagnóstico, DRIS (Diagnosis and Recommendation Integrated System), conhecido no Brasil pela própria sigla em inglês (DRIS) ou como Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação.

21 Tabela 4 - Concentrações de nutrientes em folhas de tangerineiras 'Poncã'.
Amostras(1) Teor normal 1 2 3 4 N g/kg 24,3 24,4 28,7 29,5 23,0 P 2,0 2,7 2,6 1,2 K 13,8 14,5 11,6 11,4 12,0 Ca 38,8 38,0 18,8 30,0 Mg 2,3 3,2 3,4 3,0 S 2,2 Fe mg/kg 96 81 74 60 50 Mn 105 143 123 144 25 Cu 199 124 158 27 5,0 Zn 19 18 12 15 B 21 23 6 36 (1) a e 4.a folha de plantas com muito sintoma; a e 4.a folha de plantas com pouco sintoma; a e 2.a folhas com clorose no ápice do limbo e a e 2.a folhas sem clorose no ápice do limbo. As amostras 3 e 4 eram das mesma planta.

22 3- Fertilizantes para fertirrigação
Condições: Sistema esteja adequadamente dimensionado, E que a água seja aplicada de forma homogênea em toda a superfície irrigada. Sistemas mais eficientes: Gotejamento Microaspersão

23 Tabela 5. Diferenças entre os sistemas de irrigação com relação à aplicação de água e fertilizantes
Características Aplicação localizada Aspersão Sulco Uso da água maior eficiência menor eficiência Freqüência de aplicação maior menor Distribuição de água homogênea não homogênea Distribuição do adubo próximo ao sist. radicular área toda varia ao longo do sulco Variações climáticas menor limitação maior limitação Qualidade da água Sais Impurezas da água e fertilizantes Sistema radicular restrito sem restrição

24 (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C)
Solubilidade dos fertilizantes, Tabela 6: Solubilidade de alguns fertilizantes. FERTILIZANTE SOLUBILIDADE (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C) NITROGENADOS (N) Nitrato de Amônio 118 Nitrato de Cálcio 102 Sulfato de Amônio 71 Uréia 78 Nitrato de Sódio 73 Sol. Nitrogenadas ALTA Uran

25 (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C)
FOSFATADOS (P) SOLUBILIDADE (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C) Superfosfato Simples 2 Superfosfato Triplo 4 Ácido Fosfórico 45,7 POTÁSSICOS (K) Cloreto de Potássio 34 Sulfato de Potássio 11

26 (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C)
N e P SOLUBILIDADE (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C) MAP 23 MAP Purificado 37 DAP 40 N e K Nitrato de Potássio 32

27 Cloreto de Cálcio pentahidratado 67 Sulfato de Magnésio 71 Gesso 0,241
CONTENDO Ca e Mg SOLUBILIDADE (PARTES SOLUBILIZADAS EM 100 PARTES DE ÁGUA A 20º C) Cloreto de Cálcio pentahidratado 67 Sulfato de Magnésio 71 Gesso 0,241 CONTENDO MICRONUTRIENTES Bórax 5 Sulfato de Cobre 22 Sulfato de Cobre Pentahidratado 24 Sulfato de Ferro Sulfato Ferroso 33 Sulfato de Manganês 105 Sulfato de Zinco 75 Quelatos (Fe, Cu, Mn e Zn) EDTA, DTPA, ALTA

28 Compatibilidade dos fertilizantes,
Figura 3. Solubilidade de misturas de fertilizantes líquidos (algumas formulações são incompatíveis em concentrações na solução estoque, devendo ser evitadas). (Fonte: LANDIS et al. 1989).

29 Efeito do fertilizante no pH da solução
Tabela 7: Efeito de diferentes concentrações de fertilizantes no pH da solução (adaptado de Vivancos, 1992). Concentração em % MAP Fosf. de uréia Nitrato de Potássio Sulf. de Potássio Nitrato de Magnésio Nitrato de Cálcio 1 4,51 (4,9)1 1,9 (2,7) 9,63 (7,0) 8,2 (7,1) 2,5 4,24 1,71 9,91 8,6 5 4,17 1,56 9,95 8,85 (5,5 - 7,0) 10 4,07 1,43 10,0 (6,0- 7,0) 15 4,03 1 – valor dentro do parênteses foram obtidos nos folhetos de divulgação da empresa SQM.

30 Fosfato monoamônico (12,2%)
Salinidade e efeito salino dos fertilizantes Tabela 8. Índice de salinidade de alguns adubos (LORENZ & MAYNARD, 1988) Adubos Índice global Índice parcial Adubos nitrogenados Nitrato de amônio (35,0%) 104,7 2,99 Sulfato de amônio (21,2%) 69,0 3,25 Nitrato de cálcio (11,9) 52,5 4,41 Cianamida cálcica (21,0%) 31,0 1,48 Nitrato de sódio (13,8%) 73,6 5,34 Nitrato de sódio (16,5%) 100,0 6,06 Fosfato monoamônico (12,2%) 29,9 2,45 Fosfato diamônico (21,2%) 34,3 1,61 Uréia (46,6%) 75,4 1,62

31 Adubos fosfatados Adubos potássicos Outros
Fosfato monoamônico (61,7%) 29,9 0,49 Fosfato diamônico (53,8%) 34,3 0,64 Superfosfato simples (16,0%) 7,8 Superfosfato simples (18,0%) 0,43 Superfosfato simples (20,0%) 0,39 Superfosfato triplo (45,0%) 10,1 0,22 Adubos potássicos Cloreto de potássio (60,0%) 116,3 1,94 Nitrato de potássio (44,0%) 73,6 1,58 Sulfato de potássio (54,0%) 46,1 0,85 Sulfato de potássio + Mg (21,9%) 43,2 1,97 Outros Carbonato de cálcio (56,6%) 4,7 0,083 Calcário dolomítico (19,0%) 0,8 0,042 Gesso (32,6%) 8,1 0,247

32 Efeito da salinidade nas plantas
Tabela 9. Tolerância relativa de algumas culturas hortícolas à salinidade do solo (LORENZ & MAYNARD, 1988) Cultura Limite máximo da salinidade do solo sem registro de perdas de produtividade (dS/m)* Diminuição da produtividade acima do limite máximo da salinidade (% por dSm-1) Sensíveis Cebola 1,2 16 Cenoura 1,0 14 Feijão 19 Morango 33

33 Moderadamente sensíveis Moderadamente tolerantes
Aipo 1,8 6 Alface 1,3 13 Batata 1,7 12 Batata doce 1,5 11 Brócolos 2,8 9 Couve 10 Espinafre 2,0 8 Fava 1,6 Milho doce Nabo 0,9 Pepino 2,5 Pimentão 14 Rabanete 1,2 Tomate Moderadamente tolerantes Abobrinha 4,7 Beterraba 4,0 *1 decisiemen por metro (dSm-1) = 1 mmho/cm =  640 mg de sal/l

34 Algumas características dos fertilizantes:
Fertilizantes nitrogenados: forma utilizada na fertirrigação - amídica (R-NH2). Segundo a forma química do nitrogênio pode-se separar os fertilizantes nitrogenados em: Nítricos: Nitrato de cálcio - Ca(NO3)2; Nitrato de potássio - KNO3; Salitre potássico - KNO3; NaNO3 Salitre de sódio. Amoniacais: Soluções nitrogenadas - NH3 NH4H2O; DAP - (NH4)2HPO4; MAP - NH4H2PO4; Sulfato de amônio - (NH4)2SO4 Nítricos-amoniacais: Nitrato de amônio - NO3NH4; Nitrocálcio - NO3NH4 CaCO3 MgCO3 Amídico: Uréia - CO(NH2)2 Nítrico-amoniacal-amídico: Solução de URAN - NO3NH4.CO(NH2)2

35 Efeito no pH Tabela 10. Características de acidez e basicidade de algumas fontes nitrogenadas (Shaw, 1961). Fertilizante Indice de acidez/basicidade Uréia +71 Sulfato de amônio +110 Nitrato de amônio +62 Amônia anidra +147 MAP +60 DAP +88 Nitrocálcio +26 Uran Ácido Nitrato de cálcio -20 Salitre do Chile/Potássico -29 Nitrato de potássio -115 + Quantidade em kg de CaCO3 necessárias para neutralizar 100 kg do adubo - Quantidade em kg de CaCO3 “adicionadas” pela aplicação de 100 kg do adubo

36 Potencial de N volatilizado (%)
Amônio Uréia Nitrato Perdas de nitrogênio Tabela 11. Efeito do pH na volatilização de amônia. pH do solo /água Potencial de N volatilizado (%) 7,2 1 8,2 10 9,2 50 10,2 90 11,2 99

37 Fertilizantes fosfatados
No geral, a aplicação de fósforo através da irrigação por gotejamento não tem sido recomendada. A maioria dos fertilizantes fosfatados tem criado problemas de precipitação química ou física e, consequentemente, causa entupimento nos sistemas de irrigação. Se a água é ácida não há limitação para o uso do DAP, porém, caso haja Ca e o pH for superior a 7 deve-se utilizar o MAP, que tem efeito acidificante, o que leva a um abaixamento do pH. Outra possibilidade é o uso do ácido fosfórico concentrado.

38 Fertilizantes potássicos
As fontes mais comuns de K são o cloreto, o nitrato e o sulfato de potássio. Fertilizantes contendo cálcio, magnésio e enxofre Fertilizantes contendo micronutrientes Quantidade de fertilizantes a ser aplicada

39 4- Fertirrigação em Frutíferas
Bananeira: A banana é a principal fruta no comércio internacional e a mais popular no mundo. Em termos de volume é a primeira fruta exportada, perdendo apenas para as frutas cítricas em termos de valor, além de representar segurança alimentar para muitos países em desenvolvimento. A produção mundial total de banana é de aproximadamente 70 milhões de toneladas de fruta fresca (FAOSTAT, 2001). Cerca de 98% da produção mundial se dá em países em desenvolvimento, sendo os países desenvolvidos o destino habitual da exportação.

40 -------------------------- g/família --------------------------
Tabela 18. Adubação em cobertura com N, P2O5 e K2O para bananais irrigados, em função dos teores observados no solo. Teores no solo Plantio Crescimento (dias) Produção 90 180 270 360 g/família Nitrogênio (N) Não analisado 20 40 60 80 320 Fósforo (P2O5) < 11 mg/dm3 120 - 100 11 – 20 mg/dm3 > 20 mg/dm3 Potássio (K2O) < 0,12 cmolc/dm3 500 0,12 – 0,23 cmolc/dm3 400 > 0,23 cmolc/dm3 30 300

41 Fertirrigação para citros:
O Brasil tem participação superior a 80% no comércio internacional de suco de laranja concentrado congelado, e também é líder mundial na produção de laranjas. Tabela 21 – Exportação total de nutrientes através dos frutos de laranja Valência e Hamlin, respectivamente, em kg/t para macronutrientes e em kg/ha para micronutrientes. N P K Ca Mg Fe Mn Zn Cu Al kg.t-1 kg.ha-1 1.5 0.2 1.6 0.5 0.1 0.48 0.15 0.19 0.046 0.131 1.2 0.4 0.13 0.21 0.034 0.130

42 Tabela 22. Faixa de teores adequados de nutrientes para a cultura da laranja.
K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn g.kg-1 mg.kg-1 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0 36-100 4-10 50-120 35-300 0,1-1,0 25-100

43 Em países como a Espanha ou Israel, onde a fertirrigação em citros já é utilizada e pesquisada por muitos anos, já se criaram: Padrões de crescimento de planta, Demanda e exportação de nutrientes, Teores de nutrientes na solução do solo e na planta, Eficiência de aproveitamento dos nutrientes pela planta que, juntamente com uma condição de clima bastante definida, permite uma recomendação de adubação seguindo padrões pré-estabelecidos a partir da pesquisa.

44 Empresas com pomares de citros estimam uma necessidade de adubação baseada numa primeira expectativa de produtividade do talhão que é posteriormente confirmada a partir de contagem de frutos derriçados de plantas representativas daquele talhão. Deve-se lembrar, no entanto, que diferente de culturas anuais, nas perenes tem-se que considerar que os frutos são responsáveis por parte da demanda total da planta, e portanto, a adubação deve ser tal que forneça nutrientes para os frutos, mas também para a manutenção de outros órgãos na planta (tronco, ramos, raízes e folhas velhas) e para formação de brotações novas. No caso da fertirrigação é importante fazer a amostragem de solo na região do bulbo molhado, procurando atingir tanto a região próxima ao emissor como também na extremidade do bulbo molhado, onde podem se concentrar os sais mais solúveis.

45 Fertirrigação do mamoeiro:
O Brasil, com produção de 1,4 milhões de toneladas, que representa cerca de 27% da oferta mundial, é considerado individualmente, o maior produtor, seguido pela Nigéria (12%), Índia (12%) e México (11%), situando-se entre os principais países exportadores, especialmente para o mercado europeu. Cultivos fertirrigados e altamente produtivos de mamão no Brasil são exemplos concretos de que a fertirrigação apresenta viabilidade técnica e econômica. Proporcionando os mesmos benefícios obtidos nos países desenvolvidos, praticantes da agricultura de ponta. Há que se considerar ainda a importância da participação da pesquisa científica na evolução contínua da fertirrigação.

46 Idade do mamoeiro (mês após o plantio)
Tabela 23. Sugestão de concentrações máximas de nutrientes na solução de fertirrigação em função do estádio de desenvolvimento do mamoeiro. Nutriente Idade do mamoeiro (mês após o plantio) 1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o 11o 12o e após Concentração da solução de fertilizante (mg L-1)1/ Nitrogênio (N) 35 60 100 135 175 205 225 231 237 240 Fósforo (P) 15 30 45 50 55 62 65 70 75 80 Potássio (K) 85 180 230 290 330 360 380 390 Cálcio (Ca) 90 105 115 125 Magnésio (Mg) 10 18 40 48 63 Enxofre (S) 25 Ferro (Fe) 0,3 0,5 0,9 1,5 2,0 2,5 2,8 3,1 3,3 3,4 3,5 Zinco (Zn) 0,2 0,4 0,7 1,1 1,9 2,2 2,4 Cobre (Cu) 0,1 1,0 1,2 Manganês (Mn) 0,6 1,7 2,1 2,6 Boro (B) Molibdênio (Mo) 0,005 0,001 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07

47 Fertirrigação em maracujá:
O maracujazeiro é uma frutífera bastante cultivada no Brasil e de bom retorno econômico para os produtores. Isto, associado à suas características de sabor, e por ser o suco consumido no mundo inteiro, levou à expansão da área cultivada com a cultura. A elevação dos níveis de fertilidade do solo é também muito importante para o desenvolvimento e produção das plantas. Por esta razão, nos últimos anos, a forma tradicional de aplicação de fertilizantes no maracujazeiro irrigado vem sendo substituída pela fertirrigação.

48 O sistema de irrigação mais adequado para o maracujazeiro, e de ampla aceitação entre os produtores, tem sido o gotejamento, que permite a aplicação de água e nutrientes junto à região de maior concentração de raízes, permite o controle da umidade, não molha a parte aérea das plantas, o que reduz a incidência de doenças. Além do nível de fertilidade no solo, os fatores climáticos afetam a absorção e a acumulação de nutrientes pelo maracujazeiro. A máxima acumulação de nutrientes na parte aérea das plantas ocorre com temperaturas diurna e noturna em torno de 25ºC e 20ºC, respectivamente.

49 Figura 9. Detalhe da distribuição de gotejadores em forma de semi círculo em torno da planta de maracujazeiro (Foto: Valdemício F. de Sousa). Figura 8. Detalhe da distribuição de gotejadores em forma de círculo em torno da planta de maracujazeiro (Foto: Valdemício F. de Sousa).

50 (a) (b) Figura 10. Detalhe da distribuição de gotejadores em linha e ao lado da planta de maracujazeiro (a) planta jovem (b) planta adulta (Foto: Valdemício F. de Sousa e Eugênio F. Coêlho).

51 Quantidade absorvida (kg ha-1)
Tabela 24. Quantidades de nutrientes absorvidos pelo maracujazeiro-amarelo. Nutrientes Quantidade absorvida (kg ha-1) Nitrogênio 205 Potássio 184 Cálcio 152 Enxofre 25 Fósforo 17 Magnésio 14 Manganês 2,81 Ferro 0,779 Zinco 0,317 Boro 0,296 Cobre 0,199

52 ----------------------------- kg ha-1 --------------------------------
Tabela 25. Recomendação de adubação de formação com nitrogênio (N) e potássio (K2O) para o maracujazeiro-amarelo irrigado. K trocável, mmolc dm-3 Época N 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 3,1-5,0 > 5,0 (dias após plantio) kg ha 30 10 20 - 60 90 40 120 Total 100 150

53 Tabela 26. Recomendação de adubação fosfatada de formação para o maracujazeiro-amarelo irrigado, em função da produtividade esperada e dos teores de fósforo no solo. Produtividade esperada (t ha-1) P no solo (resina), mg dm-3 0-15 16-40 > 40 kg de P2O5 ha < 15 50 30 20 15 a 25 90 60 40 25 a 35 120 80 > 35 150 100

54 Tabela 27. Recomendação de Boro (B) e Zinco (Zn) para o maracujazeiro-amarelo irrigado.
Elemento Teor no solo, mg dm-3 Classes de fertilidade Dose de nutriente, kg ha-1 B (água quente) < 0,20 Baixa 2 0,21 a 0,60 Média 1 > 0,60 Alta Zn < 0,5 6 0,6 a 1,2 3 > 1,2

55 Mas, acima de tudo, são necessárias mais pesquisas !
CONSIDERAÇÕES FINAIS A fertirrigação é uma técnica muito efetiva para fornecer água e melhorar a eficiência dos adubos. É uma técnica em expansão, devido as suas vantagens. Não é adequado aplicar programas gerais de fertirrigação pois cada produtor tem sua particularidade. Deve-se aumentar as pesquisas relacionadas às necessidades de água e nutrientes pelas culturas. É necessário formar mão-de-obra qualificada. Mas, acima de tudo, são necessárias mais pesquisas !


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