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OS BENEFÍCIOS DA ENERGIA NUCLEAR E DAS RADIAÇÕES

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Apresentação em tema: "OS BENEFÍCIOS DA ENERGIA NUCLEAR E DAS RADIAÇÕES"— Transcrição da apresentação:

1 OS BENEFÍCIOS DA ENERGIA NUCLEAR E DAS RADIAÇÕES
Por ELIEZER DE MOURA CARDOSO Colaboradores: Ismar Pinto Alves José Mendonça de Lima Pedro Paulo de Lima e Silva Claudio Braz Sonia Pestana Comissão Nacional de Energia Nuclear Rua General Severiano, 90 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP

2 OS BENEFÍCIOS DA ENERGIA NUCLEAR E DAS RADIAÇÕES
Os isótopos radioativos ou radioisótopos, devido à propriedade de emitirem radiações, têm vários usos; As radiações podem atravessar a matéria ou serem absorvidas por ela, podendo ser detectada; Pela absorção da energia das radiações (em forma de calor) células ou microorganismos podem ser destruídos; A propriedade de penetração das radiações possibilita identificar a presença de um radioisótopo em determinado local.

3 Traçadores Radioativos - Radioisótopos que, usados em “pequeníssimas” quantidades, podem ser “acompanhados” por detectores de radiação. EX: iodo-131 (I-131), que emite partícula beta, radiação gama e tem meia-vida de oito dias.

4 Outros Radioisótopos O tecnécio-99 (Tc-99m) é utilizado, para obtenção de mapeamentos (cintilografia) de diversos órgãos: • cintilografia renal, cerebral, hepato-biliar (fígado), pulmonar e óssea; • diagnóstico do infarto agudo do miocárdio e em estudos circulatórios; • cintilografia de placenta. Outro radioisótopo, o Samário-153 (Sm-153), é aplicado (injetado) em pacientes com metástase óssea, como paliativo para a dor.

5 Outros Radioisótopos Fontes radiativas (= fontes de radiação) de césio-137 e cobalto-60 são usadas para destruir células de tumores, uma vez que estas são mais sensíveis à radiação do que os tecidos normais (sãos).

6 Um dos aparelhos de radioterapia mais conhecidos é a Bomba de Cobalto, usada no tratamento contra o câncer, e que nada tem de “bomba” (não explode). Trata-se de uma fonte radiativa de cobalto-60 (Co-60), encapsulada ou “selada” (hermeticamente fechada) e blindada, para impedir a passagem de radiação ( maior rendimento terapêutico). No momento da utilização, a fonte é deslocada de sua posição “segura”, dentro do cabeçote de proteção (feito de chumbo e aço inoxidável), para a frente de um orifício, que permite a passagem de um feixe de radiação, concentrado sobre a região a ser “tratada” ou irradiada. Após o uso, a fonte é recolhida para a posição de origem (“segura”).

7 Irradiação Contaminação
Um objeto ou o próprio corpo, quando irradiado (exposto à radiação) por uma fonte radiativa, NÃO FICA RADIOATIVO. É muito comum confundir-se irradiação com contaminação. A contaminação se caracteriza pela presença de um material indesejável em determinado local. A irradiação é a exposição de um objeto ou de um corpo à radiação. Irradiação Contaminação

8 Outras Aplicações

9 Outras Aplicações

10 DATAÇÃO POR CARBONO-14 (l=5600anos)

11 Raios-X não são energia nuclear e sim atômica
OS RAIOS-X Os raios-X são radiações da mesma natureza da radiação gama (ondas eletromagnéticas), com características idênticas. Só diferem da radiação gama pela origem, ou seja, os raios-X não saem do núcleo do átomo. Raios-X não são energia nuclear e sim atômica Os raios-X são emitidos quando elétrons, acelerados por alta voltagem, são lançados contra átomos e sofrem frenagem, perdendo energia. Não têm, pois, origem no núcleo do átomo; Toda energia nuclear é atômica, porque o núcleo pertence ao átomo, mas nem toda energia atômica é nuclear. Outro exemplo de energia atômica e não nuclear é a energia das reações químicas (liberadas ou absorvidas).

12 A ENERGIA NUCLEAR

13 Reação em Cadeia

14 Urânio Enriquecido A quantidade de urânio-235 na natureza é muito pequena: 0,7% Para ser possível a ocorrência de uma reação de fissão nuclear em cadeia, é necessário 3,2% O urânio encontrado na natureza precisa ser tratado industrialmente, com o objetivo de elevar a proporção (ou concentração) de urânio-235 para urânio-238, de 0,7% para 3,2% deve ser purificado e convertido em gás. Enriquecimento de Urânio O processo físico de retirada de urânio-238 do urânio natural, aumentando, em conseqüência, a concentração de urânio-235, é conhecido como Enriquecimento de Urânio. Se o grau de enriquecimento for muito alto (acima de 90%), isto é, se houver quase só urânio-235, pode ocorrer uma reação em cadeia muito rápida, de difícil controle, mesmo para uma quantidade relativamente pequena de urânio, passando a constituir-se em uma explosão: é a “bomba atômica”. Foram desenvolvidos vários processos de enriquecimento de urânio, entre eles o da Difusão Gasosa e da Ultracentrifugação (em escala industrial), o do Jato Centrífugo (em escala de demonstração industrial) e um processo a Laser (em fase de pesquisa). Por se tratarem de tecnologias sofisticadas, os países que as detêm oferecem empecilhos para que outras nações tenham acesso a elas.

15 Controle da Reação de Fissão Nuclear em Cadeia
Descoberta a grande fonte de energia no núcleo dos átomos e a forma de aproveitá-la, restava saber como controlar a reação em cadeia, que normalmente não pararia, até consumir quase todo o material físsil (= que sofre fissão nuclear), no caso o urânio-235. Como já foi visto, a fissão de cada átomo de urânio-235 resulta em 2 átomos menores e 2 a 3 nêutrons, que irão fissionar outros tantos núcleos de urânio-235. A forma de controlar a reação em cadeia consiste na eliminação do agente causador da fissão: o nêutron. Não havendo nêutrons disponíveis, não pode haver reação de fissão em cadeia. Alguns elementos químicos, como o boro, na forma de ácido bórico ou de metal, e o cádmio, em barras metálicas, têm a propriedade de absorver nêutrons, porque seus núcleos podem conter ainda um número de nêutrons superior ao existente em seu estado natural, resultando na formação de isótopos de boro e de cádmio.

16 A grande aplicação do controle da reação de fissão nuclear em cadeia é nos Reatores Nucleares, para geração de energia elétrica. Neste exemplo, quando as barras “descem” totalmente, a atividade do reator para, porque a reação em cadeia é interrompida.

17 Central Térmica Nuclear

18 O Reator Nuclear existente em Angra
Um reator nuclear do tipo do que foi construído (Angra 1) e do que está em fase de construção (Angra 2) é conhecido como PWR (Pressurized Water Reactor = Reator a Água Pressurizada), porque contém água sob alta pressão. O urânio, enriquecido a cerca de 3,2% em urânio-235, é colocado, em forma de pastilhas de 1 cm de diâmetro, dentro de tubos (“varetas”) de 4m de comprimento, feitos de uma liga especial de zircônio, denominada “zircalloy”.

19 Varetas de Combustível
As varetas, contendo o urânio, conhecidas como Varetas de Combustível, são montadas em feixes, numa estrutura denominada ELEMENTO COMBUSTÍVEL. A Vareta de Combustível é a primeira barreira que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente.

20 Vaso de Pressão Os Elementos Combustíveis são colocados dentro de um grande vaso de aço, com “paredes”, no caso de Angra 1, de cerca de 33 cm e, no caso de Angra 2, de 23,5 cm. Esse enorme recipiente, denominado Vaso de Pressão do Reator, é montado sobre uma estrutura de concreto, com cerca de 5 m de espessura na base. O Vaso de Pressão do Reator é a segunda barreira física que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente.

21 O Vaso de Pressão contém a água de refrigeração do núcleo do reator (os elementos combustíveis). Essa água fica circulando quente pelo Gerador de Vapor, em circuito, isto é, não sai desse Sistema, chamado de Circuito Primário. Angra 1 tem dois Geradores de Vapor; Angra 2 terá quatro. A água que circula no Circuito Primário é usada para aquecer uma outra corrente de água, que passa pelo Gerador de Vapor.

22 Circuito Secundário A outra corrente de água, que passa pelo Gerador de Vapor para ser aquecida e transformada em vapor, passa também pela turbina, em forma de vapor, acionando-a. É, a seguir, condensada e bombeada de volta para o Gerador de Vapor, constituindo um outro Sistema de Refrigeração, independente do primeiro. O sistema de geração de vapor é chamado de Circuito Secundário. A independência entre o Circuito Primário e o Circuito Secundário tem o objetivo de evitar que, danificando-se uma ou mais varetas, o material radioativo (urânio e produtos de fissão) passe para o Circuito Secundário. É interessante mencionar que a própria água do Circuito Primário é radioativa.

23 A Contenção O Vaso de Pressão do Reator e o Gerador de Vapor são instalados em uma grande “carcaça” de aço, com 3,8 cm de espessura em Angra 1. Esse envoltório, construído para manter contidos os gases ou vapores possíveis de serem liberados durante a operação do Reator, é denominado Contenção. No caso de Angra 1, a Contenção tem a forma de um tubo (cilindro). Em Angra 2 é esférica. A Contenção é a terceira barreira que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente.

24 Edifício do Reator Um último envoltório, de concreto, revestindo a contenção, é o próprio Edifício do Reator. Tem cerca de 1 m de espessura em Angra 1. O Edifício do Reator, construído em concreto e envolvendo a Contenção de aço, é a quarta barreira física que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente e, além disso, protege contra impactos externos (queda de aviões e explosões).

25 Vazamentos em Reatores Nucleares
É claro que existem vazamentos em Reatores Nucleares, como existem em outras usinas térmicas. O que não existe é vazamento de Reatores Nucleares, como muitas vezes se faz crer pela mídia. As águas de refrigeração do Circuitos Primário e Secundário circulam por meio de bombas rotativas (para “ puxar” a água) em sistemas fechados. Em qualquer instalação industrial e também nos Reatores Nucleares, bombas de refrigeração são colocadas em diques, como um “box” de banheiro, dotados de ralos, para recolher a água que possa vazar pelas “juntas”. No caso de vazamento em Reatores, a água recolhida vai para um tanque, onde é analisada e tratada, podendo até voltar para o circuito correspondente. Aí está a diferença: podem existir vazamentos, inclusive para dentro da Contenção,ou seja, no Reator e não para o meio ambiente, isto é, do Reator. Por esse motivo, os “vazamentos” ocorridos em 1986 (de água) e em 1995 (falhas em varetas), ambos dentro da instalação, não causaram maior preocupação por parte dos operadores de Angra 1. No segundo caso, a Usina operou ainda por cerca de três meses, sob controle, até a parada prevista para manutenção. Não houve parada de emergência. Em resumo e comparando com um fato do dia a dia: é como se uma torneira de uma pia em um apartamento estivesse com defeito, pingando ou deixando escorrer água (vazando). Existiria um vazamento no apartamento ou até no edifício mas não se deveria dizer que teria havido um vazamento do edifício.

26 Acidente Nuclear em Three Miles Island
Duzentos e quarenta e dois reatores nucleares do tipo Angra ( PWR) já foram construídos e estão em operação, ocorrendo em um deles um acidente nuclear grave, imaginado em projeto, sem conseqüências para o meio ambiente. Foi o acidente de Three Miles Island (TMI), nos Estados Unidos. Nesse acidente, vazaram água e vapor do Circuito Primário, mas ambos ficaram retidos na Contenção. Com a perda da água que fazia a refrigeração dos elementos combustíveis, estes esquentaram demais e fundiram parcialmente, mas permaneceram confinados no Vaso de Pressão do Reator. Houve evacuação parcial (desnecessária) da Cidade. O Governador recomendou a saída de mulheres e crianças, que retornaram às suas casas no dia seguinte. Ao contrário do esperado, muitas pessoas quiseram ir ver o acidente de perto, sendo contidas por tropas militares e pela polícia. Embora o Reator Angra 1 seja do mesmo tipo do de TMI, ele não corre o risco de sofrer um acidente semelhante, porque já foram tomadas as medidas preventivas que impedem a repetição das falhas humanas causadoras daquele acidente. O mesmo acidente não poderia ocorrer em Angra 2, porque o projeto já prevê essas falhas e os meios de evitar que elas aconteçam. A figura mostra como ficou o Vaso de Pressão de Three Miles Island após o acidente, podendo-se notar os elementos combustíveis e as barras de controle fundidos e que o Vaso não sofreu danos.

27 O Reator Nuclear de Chernobyl
O Reator de Chernobyl é de um tipo diferente dos de Angra. A maior diferença é devida ao fato de que esse Reator tem grafite no núcleo e não possui Contenção de aço. O combustível é o urânio-235 e o controle da reação de fissão nuclear em cadeia é feita da mesma forma: por meio de barras de controle, absorvedoras de nêutrons. As varetas de combustível são colocadas dentro de blocos de grafite , por onde passam os tubos da água de refrigeração, que vai produzir o vapor para acionar a turbina. A água passa entre as varetas de combustível, onde é gerado o vapor, não havendo necessidade de um gerador de vapor com essa finalidade, como em Angra 1.

28 O Acidente de Chernobyl
As dimensões do Vaso do Reator são muito maiores, por causa da montagem dos blocos de grafite. Por isso, o Edifício do Reator também tem proporções grandes. Ele funciona como contenção única, mas não é lacrado. A parte superior do compartimento do Vaso do Reator é uma tampa de concreto. Esse Reator permite que o Sistema de Segurança ( desligamento automático) possa ser bloqueado e o Reator passe a ser operado manualmente, não desligando automaticamente, em caso de perigo ou de falha humana. Até aqui, já deu para se notar a diferença, em termos de Segurança Ativa e Barreiras Passivas, entre o Reator do tipo Chernobyl e o Reator do tipo Angra. O Reator estava parando para manutenção periódica anual. Estavam sendo feitos testes na parte elétrica com o Reator quase parando, isto é, funcionando à baixa potência. Para que isso fosse possível, era preciso desligar o Sistema Automático de Segurança, caso contrário, o Reator poderia parar automaticamente durante os testes, o que eles não desejavam. Os reatores deste tipo não podem permanecer muito tempo com potência baixa, porque isso representa riscos muito altos. Ainda assim, a operação continuou desta forma. Os operadores da Sala de Controle do Reator, que não são treinados segundo as normas internacionais de segurança, não obedeceram aos cuidados mínimos, e assim, acabaram perdendo o controle da operação. A temperatura aumentou rapidamente e a água que circulava nos tubos foi total e rapidamente transformada em vapor, de forma explosiva. Houve, portanto, uma explosão de vapor, que arrebentou os tubos, os elementos combustíveis e os blocos de grafite. A explosão foi tão violenta que deslocou a tampa de concreto e destruiu o teto do prédio, que não foi previsto para agüentar tal impacto, deixando o Reator aberto para o meio ambiente. Como o grafite aquecido entra em combustão espontânea, seguiu-se um grande incêndio, arremessando para fora grande parte do material radioativo que estava nos elementos combustíveis, danificados na explosão de vapor.

29 O Acidente de Chernobyl
Em resumo, é impossível ocorrer um acidente dessa natureza em Reatores do tipo PWR (Angra), porque: • O Sistema Automático de Segurança não pode ser bloqueado para permitir a realização de testes. • Os Reatores PWR usam água que, diferentemente do grafite, não entra em combustão quando aquecida. • Os Reatores PWR possuem uma Contenção de Aço e uma Contenção de Concreto em volta da Contenção de Aço. • O Vaso de Pressão do Reator PWR é muito mais resistente. • O Edifício do Reator (ou Contenção de Concreto) é uma estrutura de segurança, construída para suportar impactos, e não simplesmente um prédio industrial convencional, como o de Chernobyl.

30 O Acidente no Japão

31 O Acidente no Japão Problema no sistema de resfriamento de um reator nuclear, provocado pelo terremoto (tsunami); Embora não tenha ocorrido o derretimento, é possível que alguma das varetas de urânio – onde ocorre a fissão – tenha se rompido, liberando material radioativo para dentro do reator nuclear. “O que aumentou não foi a pressão, foi a temperatura. Elas são diretamente proporcionais, então se uma aumenta, a outra aumenta”, explica Senra. Desta forma, a Tokyo Electric Power Co. (TEPCo), responsável pela usina, está considerando liberar vapor para reduzir a pressão dentro do reator. Assim, reduziria também a temperatura, afastando o risco de derretimento. Se realmente houve vazamento, o vapor contaminado está dentro de uma área de contenção dentro da usina. Se for mesmo preciso soltá-lo no meio ambiente, essa liberação será controlada e filtrada, de forma com que saia apenas vapor d’água, sem nenhum resíduo radioativo. Contudo, se o filtro falhar, há risco de que material radioativo atinja as redondezas.

32 O Acidente no Japão No entanto, quando se desliga um reator, é preciso que ele continue sendo resfriado. O processo é gradual e, mesmo desligado, o reator pode superaquecer e derreter. Os técnicos japoneses pretendem usar geradores para recuperar a alimentação elétrica do sistema de resfriamento. Esta alimentação foi interrompida pela ação do terremoto e dos tsunamis. A Tepco afirmou que iria lançar nitrogênio no reator 1 na tentativa de reduzir o risco potencial de uma explosão de hidrogênio, registrado no início da crise nuclear. Mesmo diante da notícia em que a Tepco finalmente conseguiu conter o vazamento de água do mar radioativa da usina, a estratégia atual mostram que a crise nuclear no Japão está longe de ser resolvida. A empresa também confirmou que o vazamento oriundo de uma rachadura no reator 2 parou. Ele foi contido depois que 6.00 litros de agentes químicos foram lançados, incluindo silicato de sódio, numa espécie de "cristal solúvel". Uma das prioridades da crise nuclear era conter esse vazamento no interior da usina, no qual 60 mil toneladas de água com nível de radiação alto inundavam diversas áreas e dificultava a passagem de operários.


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