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INCORPORAÇAO DOS PONTOS FORTES DO CLIENTE E DESENVOLVIMENTO DA RESILIÊNCIA.

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Apresentação em tema: "INCORPORAÇAO DOS PONTOS FORTES DO CLIENTE E DESENVOLVIMENTO DA RESILIÊNCIA."— Transcrição da apresentação:

1 INCORPORAÇÃO DOS PONTOS FORTES E DESENVOLVIMENTO DA RESIÊNCIA CAPÍTULO 4

2 INCORPORAÇAO DOS PONTOS FORTES DO CLIENTE E DESENVOLVIMENTO DA RESILIÊNCIA.
Este capítulo explica como conceitualizar e avaliar por meio dos pontos fortes, estimulando a resiliência que pode ser muito útil a TCC. Identificar os pontos fortes do cliente e inseri-los na conceitualização do caso pra depois definir a resiliência. Para descobrir os pontos fortes, requer uma busca em pequenas experiências diárias do cliente, como anotar esses pontos identificados durante a sessão. Geralmente não é necessária ensinar o cliente novas habilidades, em vez disso, ajuda-lo a identificar as forças que já possui e construir um modelo de resiliência a partir destes pontos fortes existentes.

3 Exemplo de caso do autor (Zainab)
  Geralmente os clientes desejam conversar sobre suas dificuldades e problemas já no início da terapia. É importante que o terapeuta expresse interesse sobre seus pontos fortes, pois em momentos de maior sofrimento o cliente tende a esquecer sobre os recursos internos que possuem. As perguntas do terapeuta a respeito das habilidades e pontos fortes podem ajudar o cliente a lembrar desses recursos que podem ser úteis, além de obter uma visão mais holística da pessoa. Contudo, o cliente esta convidado a falar sobre suas dificuldades e também de suas qualidades ficando mais propicia a sair da sessão mais confiante de que o terapeuta o conhece. Embora seja importante saber os pontos fortes do cliente, geralmente é mais útil explorar as áreas da vida do cliente que estão indo bem. Quando o terapeuta demonstra interesse sobre outros aspectos da vida do cliente, ele demonstra importância em todas as áreas da vida e não apenas na problemática, assim o terapeuta pode usar as áreas relativamente bem sucedidas do cliente como recursos nos objetivos da terapia.

4 David e terapeuta Terapeuta: Imagino que toda a sua vida não esta sendo envolvida em problemas. Existem áreas da sua vida que em geral o deixem feliz, quem sabe mesmo no momento atual? David: Agora não, realmente. Terapeuta: Bem, e que tal antes de terem começado esses problemas? David: Eu era voluntario no abrigo de animais, eu realmente gostava disso. Terapeuta: Parece interessante. O que você fazia lá? David: Eu tratava os animais. A minha especialidade era os cães. Eu realmente gostava de trabalhar com eles. Terapeuta: Isso parece difícil. David: Não para mim. Eu me orgulho da minha habilidade de trabalhar com todos os tipos de cães. Terapeuta: Parece que você tem um verdadeiro talento quando se trata em lidar com os cães. David: Sim, eu acho que sim. Terapeuta: Podemos usar os recursos desses talentos quando se tratar de lidar com alguns desses problemas que você esta tendo no trabalho e em casa. David: O que o senhor quer dizer? Terapeuta: Bem, eu não tenho certeza. Mas, você pensar sobre isso, talvez possamos encontrar algumas semelhanças entre aqueles cães e alguns dos membros da sua família e dos colegas de trabalho. David: (rindo) Ah, eu consigo lembrar algumas pessoas que agem de forma pior do que os cães. Terapeuta: (rindo) Esta vendo? Você pode precisar daquelas habilidades para lidar com os cães pelo resto da sua vida também.

5 Identificação dos pontos fortes
A identificação dos pontos fortes geralmente ajuda o cliente a encontrar recursos criativos e eficaz para lidar com os problemas. Essas crenças geralmente são mais resilientes em áreas de capacidades e competências. Por exemplo, David poderia ter crenças que auxiliam a ficar calmo diante a cães agressivos, “Ele só esta calmo e tentando se proteger”, ‘Ela vai ficar calma se eu não reagir de forma agressiva. Quando essas crenças são identificadas, poderão servir para ajudar nos conflitos. Algumas vezes os clientes chegam a terapia em estado de muito sofrimento e parece difícil encontrar evidencia de pontos fortes, as vezes chegam a negar que algo vai bem em sua vida. Identificar pontos fortes quando o cliente só enxerga problema.

6 Emoção Resultado do humor
Pensamentos automáticos Não terei forças para mudar socialmente alcançar meus sonhos profissionais Emoção Tristeza Chateação Resposta adaptativa Eu busquei encontrar com 2 amigos essa semana, iniciando uma mudança social Eu tenho comprometimento, responsabilidade e respeito com as pessoas, inclusive na minha vida profissional e pessoal. Resultado do humor Tranquilidade Felicidade Esperança Pontos Fortes Leal Amigo Sincero Reconhecimento das amizades Comprometido Respeito pelos outros responsável

7 É importante que o terapeuta fique atento para identificar os pequenos comportamentos positivos que o cliente muito autocritico e desanimado realiza em sua rotina. Exemplo de atitudes diárias comuns: escolher roupas, barbear-se, ir ao trabalho, cuidar de um animal. Qualquer atividade pode ser simbólica de algum valor que o cliente possui para encarar como ponto forte.

8 Valores pessoais Frequentemente os valores pessoais funcionais como fontes de força, assim é de grande ajuda o terapeuta demonstrar interesse pelos valores do cliente de modo que eles sejam incorporados na conceitualização. Uma admiração exagerada dos pontos fortes do cliente pode não ser positiva, pois fará a cliente buscar pensamentos de situações que falhou como mãe e se criticar. Ex. de admiração mais adaptada, “Essas pequenas coisas que você faz pelos seus filhos, mesmo que nem sempre as faça muito bem quando esta se sentindo desanimada, falam positivamente quem você é por dentro como pessoa. Os valores do cliente podem ser entendidos como crenças do que é mais importante na vida, por isso que os valores incorporados na conceitualização como uma parte do sistema de crença pode facilitar o terapeuta no entendimento das reações nas diferentes situações, no entanto as crenças positivas podem ser tão debilitantes quantas as negativas quando são mantidas rigidamente e não se enquadram com a exigência da situação atual.

9 Pontos fortes culturais
Valores pessoais e culturais podem ser pontos fortes importantes. Ex: Rose de origem hispânica que passa por uma dificuldade no trabalho. Na cultura dela as mulheres ficam quietas quando criticadas em público. Mas também podem ser perigosos: Quando a discriminação cultural é um foco da terapia, é especialmente importante que o terapeuta pergunte a respeito e valide as forças positivas da cultura, sem a validação explicita dos aspectos positivos da cultura, o cliente frequentemente presume que o terapeuta concorda com os preconceitos culturais contra ele. Ex: caso de Ahmed, onde sua fé era fonte de força para ele, embora reconhecesse que algumas pessoas tinham preconceito contra sua fé, e essas pessoas poderiam representar um perigo para ele e para sua família.

10 Incorporação dos pontos fortes as conceitualizações de caso
Nas primeiras sessões terapeuta pode colocar os objetivos em termos de reforço dos pontos fortes ou dos valores positivos ex: Ser mais atencioso. O terapeuta verifica com o cliente respostas alternativas de manejo extraídas de áreas de sua vida que são bem sucedidas, que revelarão estratégias para lidar com as situações nas áreas problemas.

11 Conceitualização de caso do problema

12 Exemplo Terapeuta: Pelo menos uma coisa está faltando neste diagrama das suas dificuldades no trabalho. Esta figura mostra o que está acontecendo, mas ela não inclui os pontos fortes que você tem e que podem ajudá-la a resolver este problema. Rose: De que pontos fortes você está falando? Terapeuta: Olhe para o diagrama. Veja se você consegue encontrar alguns pontos fortes escondidos. Por exemplo, primeiramente, por que você foi incluída neste grupo de trabalho? Rose: Porque eles precisam de ajuda. Terapeuta: E porque você acha que a gerencia escolheu você para ajudar? Rose: Eu sou uma engenheira inteligente e capaz. Resolvi muitos problemas no meu outro grupo de trabalho.

13 Conceitualização e pontos fortes
O reconhecimento dos pontos fortes podem estimular a confiança do cliente, favorecer a colaboração e apontar para intervenções que desenvolvam as capacidades do cliente.

14 No início da terapia, as conceitualizações identificam as forças que até aquele momento ajudaram os clientes a lidar com as dificuldades. Estes pontos fortes, por vezes, são identificados nas áreas de sucesso do cliente. A medida que a terapia progride os pontos fortes são acrescentados as conceitualizações explanatórias, que podem revelar pontos fortes usados em excesso que contribui para o sofrimento. Exemplo: Casais que um dos parceiros tem habilidades de gerenciamento bem desenvolvidas e habilidades para resolução de problemas no trabalho mas, esta mesma habilidade aplicada com o parceiro dificulta a conversa entre o casal. Quando se aproxima o final da terapia, os pontos fortes do cliente passam a ser o foco central das conceitualizações.

15 Dos pontos fortes até a resiliência
Definição de resiliência: É um conceito que se refere a como as pessoas enfrentam as adversidades para manter o seu bem estar. O termo descreve os processos psicológicos por meio dos quais as pessoas utilizam os seus pontos fortes para se adaptar aos desafios. Segundo Ann Masten (2001) a resiliência converge de uma lista de atributos, são eles: Conexão com adultos competentes e benevolentes na família e na comunidade Habilidades cognitivas e de autorregulação Visões positivas de si mesmo e Motivação para ser eficiente no ambiente. Outros pesquisadores completam a lista com: Saúde física e Ter um sentido na vida.

16 Diferença entre pontos fortes e resiliência
Pontos fortes referem-se aos atributos de uma pessoa, como as boas condições para resolver problemas ou circunstancias protetoras como ter um parceiro apoiador. Resiliência refere-se aos processos em que esses pontos fortes possibilitam a adaptação durante os períodos de desafios.

17 Conceitualizando Casos em termos de resiliência
A resiliência pode ser conceitualizada usando os mesmo três níveis usados em conceitualizações descritas pela TCC. Ou seja, pode ser utilizada em RPDs, modelo de 5 partes, conceitualizações de caso, etc. Relatos descritivos em termos cognitivos e comportamentais que articulam os pontos fortes de uma pessoa Conceitualizações explanatórias transversais (desencadeantes e de manutenção) de como os pontos fortes protegem a pessoa dos efeitos adversos dos eventos negativos Conceitualizações (longitudinais) explanatória de como os pontos fortes interagiam com as circunstancias durante a vida da pessoa para estimular a resiliência e manter o seu bem estar.

18 Modelo 5 partes

19 Identificação de estratégias e crenças resilientes
A observação das estratégias que uma pessoa utiliza para lidar com adversidade é geralmente um passo inicial fácil de ser dado em direção a conceitualização da resiliência. Lida também com situações de forma resilientes tendem a construir os eventos de forma positiva incluindo desafiadores. Os clientes não têm consciência das estratégias e de seus pensamentos. As conceitualizações de resiliência trazem esses preconceitos a consciência de modo que podem escolher como responder em momentos de dificuldades.

20 CONSTRUIR EVENTOS POSITIVOS :
ESTRATÉGIAS: COMPORTAMENTAIS Ex: persistência nos esforços COGNITIVOS Ex: solução de problemas e aceitação EMOCIONAIS Ex: humor e reafirmação SOCIAIS Ex: busca de ajuda ESPIRITUAIS Ex : encontrar um significado para o sofrimento FISICOS Ex: comer bem ou dormir CONSTRUIR EVENTOS POSITIVOS : EXPECTATIVAS Ex: Eu tenho fé que este trabalho vai dar certo. AUTOEFICÁCIA Ex : Isto é difícil mas eu já dei conta de coisas piores. OTIMISMO Ex : Nós vamos dar conta disto .

21 O caso da paciente que ajuda no preenchimento de uma ficha de emprego do seu marido. Paciente: Em algumas das perguntas tivemos que rir. Na minha terra, as pessoas não fariam essas perguntas. O formulário era muito longo e levamos a noite inteira para preenchê-lo. Terapeuta: Como você conseguiu manter senso de humor depois de ter trabalhado o dia inteiro? Paciente: Sim, estava cansada. Não sei como é que achei aquilo engraçado. Talvez porque estivesse cansada. Terapeuta: Que tipo de pensamentos estavam passando pela sua cabeça enquanto vocês estavam rindo? Paciente: Nós só estávamos sendo bobos, dizendo: “Estas perguntas são tão idiotas!”. Eu estava feliz por ele, é tão importante para ele estar ganhando dinheiro para a família. Tem sido difícil para ele. É importante para mim ajudar ele, ser forte por ele. Terapeuta: Ser como um pilar. Paciente: Sim, apoia -lo como um pilar.

22 As crenças centrais e os pressupostos subjacentes da resiliência frequentemente refletem as preocupações humanas e são acionadas em relação as dificuldades encontradas em face aos desafios. AUTONOMIA Ex: Eu gosto de um desafio e consigo enfrenta-lo sozinho quando preciso. COMPETÊNCIA Ex: Eu sou persistente. AFILIAÇÃO Ex: O meu parceiro vai me apoiar nisso. CONEXÃO COM A HUMANIDADE Ex: Muitas pessoas também tem esses problemas; eu não estou sozinho.

23 Perguntas que podem ser feitas para identificar crenças e qualidades pessoais.
“Que regras ou crenças podem ajuda-lo a ser resiliente nesta situação?” “Que qualidades você gostaria de apresentar diante desses obstáculos?” “Que crenças [sobre você / os outros/ o mundo] lhe ajudam a mostrar estas qualidades?” “Se você conseguisse se sair bem da melhor maneira que possa imaginar, o que você esta estaria pensando [sobre você / os outros/ o mundo]?” “Que regras você seguiria? Se... então...”. “Que qualidades apresentaria uma pessoa que você visse com um modelo a ser seguido?” “Que regras ou crenças você acha que a orientariam para que respondesse dessa maneira”

24 Metáforas, histórias e imagens.
As metáforas, as histórias e as imagens oferecem uma conceitualização abreviada que comunica o rico interjogo de crenças, emoções, dos estados físicos e das estratégicas que definem a resiliência. Para muitas pessoas, o significado de pilar pode ser diferente da paciente, o pilar simbolizava a sabedoria ancestral, a fé e a força que perduraram através dos séculos. A seguir como o terapeuta pode desvendar o significado. Na sessão o terapeuta encontrou com o casal.

25 ELA: Meu pai sempre foi leigo, e eu também sou leiga
ELA: Meu pai sempre foi leigo, e eu também sou leiga. Meu marido é muçulmano devoto, algumas vezes discutimos sobre as crianças. Para mim é importante que as crianças decidam por si mesmas a esse respeito. Terapeuta: Isso parece ser uma diferença importante entre vocês. Talvez você possa explicar para mim o que significa para você ser leiga. ELE: Eu não acho que minha esposa não seja uma boa mulçumana. Isso é o que ela acha . Ela possui muitos valores do Islã. Existe uma ideia que o Islã tem quatro pilares... Terapeuta: (Olhando para ela) Isso está relacionado ao porquê das pessoas dizerem que você é um pilar? ELE: (Interfere novamente) Sim, porque eles acham que ela é um exemplo de um dos pilares do Islã. Existe um pilar, que você poderia entender como dando dinheiro aos outros. Ela sempre fez isso não apenas com o dinheiro, mas com o coração e com o seu tempo, é por isso que chamamos de pilar. Terapeuta: Então em relação a isso, neste sentido você concorda. Em que área você discorda? ELE: É verdade que eu rezo cinco vezes todos os dias, enquanto que ela não. Mas sobre outros aspectos ela é uma mulçumana melhor do que eu. Devido ao que aconteceu com nossas famílias, ela tem medo de que discordemos e que eu queira voltar para casa. ELA: Isso é verdade eu acho que desapontei você. ELE: Em vez disso, eu me sinto grato a você. ELA: Eu acho que, a menos que eu seja uma boa mulçumana em todos os aspectos, ELE: As pessoas admiram você como uma boa mulçumana.

26 O terapeuta conseguiu trabalhar:
Pressupostos subjacentes da paciente: “Se eu não for uma boa mulçumana em todos os aspectos então meu marido e outros da minha comunidade irão me desprezar”. O casal pode discutir e concordaram que juntos poderiam em ensinar os filhos: no passado a suposição e a culpa impedia que conversasse com ele. A religião teve um papel central nas mensagens que ela ouvia das vozes. A crença religiosa estimula tanto um sofrimento quanto desempenhar um papel para resiliência. A imagem do pilar: proporcionou uma metáfora útil para que acessasse as crenças e estratégias ligadas a fé. Os questionamentos feitos: levaram a refletir sobre a importância de reforçar o pilar. A metáfora produziu outra perspectiva quanto a se permitir receber ajuda e reforçando o (pilar).

27 Conceitualização da paciente (Figura 4
Conceitualização da paciente (Figura 4.3) CRENÇAS CENTRAIS Eu, como um pilar. (forte, firme e resistente) PRESSUPOSTOS SUBJACENTES Quando protejo e sou provedora da minha família, sou como um pilar. Quando sou um pilar, eu olho para os problemas. do mundo e sei que eles são apenas temporários. ESTRATÉGIAS Proteger e prover a minha família. Manejar com desembaraço as dificuldades no trabalho e em casa. Na próxima (figura 4.4) Ela conseguiu fazer uso da sua resiliência anterior e ampliar suas aplicações por meio da adição de novos pressupostos subjacentes e de estratégias, o que ajudou a administrar esse novo desafio que era a sua saúde mental enquanto cuidasse de si ela seria forte para os outros e também lidar com as vozes caso reaparecessem.

28 CRENÇAS CENTRAIS Eu, como um pilar (forte, firme e resistente)
Figura 4.4 Conceitualização da paciente CRENÇAS CENTRAIS Eu, como um pilar (forte, firme e resistente) PRESSUPOSTOS SUBJACENTES Se eu cuidar do pilar, serei apoiada e protegida. ESTRATÉGIAS Cuidar de mim mesma quanto a sono, comida e medicação. Conversar com meu marido / psiquiatra / terapeuta Os valores e os pontos fortes identificados dos clientes nessas conceitualizações podem informar os tipos de intervenções a que um cliente está disposto e tem condições de se engajar.

29 Resumindo, as conceitualizações da resiliência:
Proporcionam uma percepção da pessoa por inteiro, não apenas das questões problemáticas. Ampliam os resultados potenciais da terapia provenientes do alivio do sofrimento para incluir a retomada do funcionamento normal e uma melhor qualidade de vida. _ As fases iniciais da terapia podem usar os pontos fortes do cliente para melhorar o sofrimento. _ As fases intermediárias da terapia podem usar os pontos fortes do cliente para trabalhar em direção aos objetivos positivos da terapia. _ As fases posteriores da terapia podem ajudar os clientes a considerar como as aplicações resilientes dos seus pontos fortes podem ajudá-los a trabalhar na direção dos objetivos de longo prazo. Podem ajudar a desenvolver uma aliança terapêutica positiva. Proporcionam orientações para a mudança.

30 Resiliência como um objetivo da terapia
O desenvolvimento ou recuperação da resiliência pode ser o objetivo principal ou coadjuvante da terapia. Ele pode ser incorporado em qualquer estágio da terapia. Os objetivos da terapia devem ser avaliados em 3 dimensões: Melhora do sofrimento. Desenvolvimento da resiliência. Movimento proativo em direção aos objetivos pessoais positivos.

31 As conceitualizações de resiliência incorporam crenças centrais e presupostos subjacentes que vinculam experiências pessoais à experiência humana mais ampla e destacam como se pode contribuir para a vida dos outros. Desenvolvimento da resiliência pode ser incorporado em todos os estágios da TCC Terapeutas devem estar atentos a oportunidades que ajudem os clientes a desenvolver resiliência por meio do novo aprendizado, do reforço positivos dos pontos fortes, do incentivo aos valores positivos e de formação de rede de relacionamentos socais saudáveis. .

32 Examinando o sofrimento através da lente dos pontos fortes
Quase todas as dificuldades do cliente também encerram pontos fortes quando os terapeutas usam uma lente com o foco nos pontos fortes para examiná-las. Exemplos: 1 Os clientes dependentes são habilidosos na arte de obter ajuda 2. A consciência de risco e perigo é uma habilidade evolutiva de evolução Deve-se reconhecer valores positivos que estão incluídos no problema relatado. Assim, os clientes conceitualizam uma dificuldade de forma mais normalizante, dando abertura a novas possibilidades comportamentais. Uma abordagem focada apenas nos problemas pode reforçar a auto percepção como pessoa defeituosa, incompetente, desafortunada, sem esperança.

33 Exemplo Terapeuta: Você tem muita habilidade em obter ajuda das pessoas – algo que você aprendeu durante o crescimento quando escolheu ficar colada à sua irmã na escola para evitar as implicâncias no playgroud. Paciente: É, era estranho ficar com crianças qe eram três anos mais velhas, mas isso significava que não podiam tocar em mim. Terapeuta: Atualmente, você ainda tem essa habilidade de fazer amizades. Mas é meio difícil quando ficar colada nos amigos e quando dar um pouco de espaço para as pessoas? Paciente: Sim. Eu acho que eu quero aprender a saber quando ficar próxima das pessoas e quando das espaço a alguém.

34 Uma variante Perguntar sobre pontos fortes que surgiram da adversidade que eles vivenciaram. Exemplo: Você sofreu de depressão por um longo tempo. Na minha experiência, as pessoas que passam por isto desenvolvem algumas habilidades ou ferramentas para sobreviver. Quais coisas úteis você aprendeu? Eu lamento que você tenha sofrido esse abuso quando era criança. Como você conseguiu deixar aquela infância e chegar à idade adulta? Que forças o impulsionaram para a frente? Algumas pessoas dizem que uma doença grave, como um câncer, trazem efeitos positivos além dos negativos. O câncer teve algum efeito positivo na sua vida?

35 Strenghths-Based Cognitive-Behavioural Therapy: A Four-Step Model to Build Resilience Christine A. Padesky & Kathleen A. Mooney Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

36 4 Passos Para a Resiliência
Novas utilidades de ferramentas clássicas: Experimentos comportamentais são feitos para testar a utilidade do MRP. Descoberta guiada é utilizada mais para desenvolver novas idéias (positivas), que para dissecar crenças disfuncionais A ênfase da abordagem é a construção de novos pensamentos e comportamentos, do que testar pensamentos disfuncionais. Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

37 Passo 1: Identificando Pontos Fortes
Pontos fortes são estratégias, crenças, virtudes que podem promover resiliência. Sete áreas fundamentais da resiliência segundo Davis (1999): 1. Boa saúde e bom temperamento 2. Vinculação segura e crença nas outras pessoas 3. Habilidades sociais, inclusive para pedir ajuda 4. Competências intelectuais – ler, planejar, auto-eficácia e inteligência 5. Competência emocional – habilidades emocionais como capacidade de regular emoções, gratidão, bom humor, criatividade 6. Solidariedade, cooperação 7. Crença de que a vida vale a pena, que tem um sentido, senso de conexão com terceiros Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

38 São muitas as vias para se chegar à resiliência.
Na maior parte dos caso, não é necessário ensinar novas habilidades, pensamentos ou reações emocionais. Os terapeutas devem identificar os pontos fortes que o cliente já possui. Esses pontos fortes identificados devem ser a base de sua resiliência em uma determinada área da vida e que poderá ser utilizada em alguma área comprometida. A abordagem de Padesky tem por premissa que as pessoas são resilientes em áreas da vida ligadas a interesses passionais, valores morais/culturais ou pequenas tarefas diárias prioritárias. Procurar pontos fortes ocultos em áreas da vida comumente funcionais, propicia ao terapeuta descobrir habiliades adaptativas. Padesky recomenda que uma investigação colaborativa minuciosa do cotidiano já evidencia tais pontos fortes. Deve-se utilizar a linguagem, os símbolos e metáforas conforme traga o cliente. Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

39 Serão apresentados trechos de uma entrevista com Paul, um jovem que luta contra dificuldades de aprendizagem e que tem dificuldade de se manter empregado. Ele diz que vai bem por alguns dias, mas diante de qualquer embate com a chefia, se demite. Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

40 T: Que coisa na sua você faz diariamente por que realmente você quer fazê-la? P: Seria, sem dúvida alguma, meu video blog, meu vlog. T: (Sorrindo) Sério? P: Sim! (Sorri de volta). Tenho esse compromisso comigo mesmo. Não importa o que aconteça, todos os dias posto um vídeo. O terapeuta expressa interesse pelo vlog; pergunta sobre seu número de seguidores. O paciente conta detalhes das câmeras; como ele pensa sobre o que postar. Paul é encorajado a imergir nos aspectos positivos de sua atividade a partir do sorriso encorajador do terapeuta. Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

41 Quando Paul se mostrava suficientemente energizado sobre os aspectos positivos de sua atividade, o terapeuta passa a explorar os obstáculos que ele tem de enfrentar. Os obstáculos são a janela para a resiliência, pois não há necessidade de resiliência até que nos deparemos com um. Qualquer atividade sempre tem algum obstáculo. T: Que dificuldades você enfrenta com o vlog? P: Bem, às vezes, não tenho ideias sobre o que dizer ou eu começo a me filmar dizendo alguma bobagem e tenho que fazer isso diversas vezes até que consiga ficar realmente bom. T: Qual das duas é a mais comum? P: Dizer alguma coisa estúpida e arruinar o vídeo.

42 T: (Depois de ouvir relatos de vários exemplos): Então, na terça passada, quando você viu que tinha arruinado um vídeo, o que te fez seguir adiante? P: Eu tenho que postar algo todos os dias. Meus fãs iriam se preocupar se não postasse. E eu sabia que podia fazer melhor. E minha ideia era boa. Achei que todos fossem achá-la divertida. Gosto de fazer as pessoas se sentirem bem. T: Parece então que várias coisas fizeram você seguir adiante. Parece que você é bastante comprometido com o seu grupo e não quer decepcioná-las ou preocupá-las. P: Isso mesmo! T: E você gosta de fazer as pessoas se sentirem bem. Você as imagina rindo ou comentando seus vídeos? P: Sim! Sei que alguns deles olham meu vlog todos os dias. Então eu os imagino rindo e se divertindo com meus vídeos.

43 Passo 2: Construindo um Modelo Personalizado de Resiliência (MPR)
T: (Uma vez que o conceito de resiliência esteja bem claro para o cliente) Agora, já podemos compreender como você pode ser resiliente em outras áreas de sua vida se nós escrevermos o que você faz diante das dificuldades no vlog. Constrói-se então o MPR de Paul com as palavras dele, imaginações e metáforas sempre que possível. O MPR vai sendo editado ao longo do processo da terapia. Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

44 Passo 2: Construindo um Modelo Personalizado de Resiliência (MPR)
Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

45 Passo 3: Aplicando o MPR Uma vez feito o MPR, o cliente é convidado a pensar em como é possível manter a resiliência em áreas de dificuldade. Os desafios comuns presentes nessas áreas são escritos e então o cliente deve voltar a olhar o MPR para procurar ideias que o ajude a perseverar frente aos desafios ou a aceitar aquilo que não pode ser mudado. O foco da discussão não é a resolução ou a superação de problemas, mas a manutenção da resiliência. Padesky CA, Mooney KA. Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)

46 Passo 4: Praticando Resiliência
Terapeuta e cliente elaboram exercícios comportamentais para a prática de resiliência. O objetivo desses experimentos não é testar pensamentos, mas sim a qualidade do MPR. O cliente faz previsões sobre sua resiliência: Antecipa-se a situação desafiadora Como é a sensação de se manter resiliente? Como deverão ser seus pensamentos e sentimentos após o enfrentamento de seu desafio? Caso após um exercício, o cliente não tiver se saído bem, ele deve revisar sem MPR e acrescentar novas estratégias.

47 Passo 4: Praticando Resiliência
Após elaborarem experimentos planejados sobre as diversas áreas de dificuldade na vida, a terapia passa a se focar nas oportunidades reais no dia-a-dia para praticar e desenvolver resiliência

48 P: Nesta semana meu supervisor foi muito duro comigo
P: Nesta semana meu supervisor foi muito duro comigo. T: Lamento que tenha tido uma semana dura, mas, de certo modo, estamos com sorte por isto! P: Como assim, sorte? T:Bem, você teve chance de praticar sua resiliência. Você deve ter tido várias oportunidades de usar seu MPR esta semana. Você se lembrou dele? P: Sim; uma ou duas vezes. T: Vamos pegar esses exemplos e ver o que te fez se manter resiliente. (A partir das situações, com um foco na resiliência, o terapeuta então explora o quanto Paul conseguiu se manter resiliente, por quanto tempo, que estratégias usou, como se sentiu por ter se mantido resiliente)

49 P: Apesar de ter sido resiliente, eu não me senti bem
P: Apesar de ter sido resiliente, eu não me senti bem. T: Ser resiliente não significa se sentir feliz com o que se está enfrentando. Significa apenas que você se ainda mantém de pé ao final do dia. P: Bem, eu não perdi meu emprego desta vez. T: E ainda que perdesse, você acha que se manteria de pé ao final do dia? P: Sim. T: Sem MPR ajudou de alguma forma. P: Antes, imaginava que uma discussão com o supervisor fosse uma batalha em que eu ou ele saiam vitoriosos´; aí, acabava não me segurando, dizia um monte de verdades a acabava sendo demitido. Agora, me imagino mais como montando um touro bravo. Penso então “- Segura peão!” e, mesmo que ser chacoalhado pra lá e pra cá não seja bom, penso que só de manter em cima dele me sinto orgulhoso de mim mesmo. Acho que estou desenvolvendo uma resistência flexível.

50 Conclusão A TCC Baseada em Pontos Fortes faz com que as pessoas passem a ver as dificuldades como oportunidades de melhoria pessoal, de aprimorar sua capacidade de resiliência. A vida passa a ser vista por uma perspectiva de ganha/ganha. Se tudo não correr bem, ainda assim se ganha, pois é uma vitória ter conseguido ser resiliente. Pode também, portanto, ajudar os clientes a encarar desafios e superar evitações/esquivas. Assim, a prática de resiliência ajuda as pessoas a, não somente manejarem as situações de dificuldade, como também minimiza o número de eventos experenciados como aversivos. Também pode ser em pregada no desenvolvimento de qualquer outra qualidade; basta adaptar o PMR.

51 Bibliografia Kuyken W, Padesky CA, Dudley R. Conceitualização de Casos Colaborativa: O Trabalho em Equipe com Pacientes em Terapia Cognitivo-Comportamental. Capítulo 4: Incorporação de Pontos fortes do Cliente e Desenvolvimento da resiliência. Artmed (2010) Padesky CA, Mooney KA. Strenghths-Based Cognitive-Behavioural Therapy: A Four-Step Model to Build Resilience Clin. Psychol. Psychother. 19, (2012)


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