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Histórico da Epidemiologia

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Apresentação em tema: "Histórico da Epidemiologia"— Transcrição da apresentação:

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2 Histórico da Epidemiologia
- A história da Epidemiologia e da Parasitologia confundem-se entre si e ambas com a história da Medicina. - Hipócrates, um asclepíade, há anos, “analisava as doenças em bases racionais, como produto da relação do indivíduo com o ambiente. O clima, a maneira de viver, os hábitos de comer e de beber deveriam ser levados em conta ao analisar as doenças.” - Os ensinamentos de Hipócrates foram preservados por Galeno (Roma Antiga), árabes (Idade Média) e por clínicos (Europa Ocidental, na Idade Média).

3 Histórico da Epidemiologia
- Quantificação dos problemas de saúde: iniciou-se há três séculos com a quantificação dos dados de mortalidade. John Graunt ( ) publicou um tratado sobre as tabelas mortuárias em Londres, onde descrevia a mortalidade pos sexo e região, quantificando o número de óbitos que ocorria em relação ao total da população. - No século XIX: A Europa era o centro das ciências. Com a Revolução Industrial houve o deslocamento populacional para as cidades. Apareceram a epidemia de cólera, a febre tifóide e a febre amarela. Houve uma divisão dos estudiosos, da época entre a “Teoria dos Miasmas” e a “Teoria dos Germes”.

4 Histórico da Epidemiologia
Teoria dos Miasmas: teoria segundo a qual as doenças estavam associadas à putrefação e a maus odores, podendo se propagar pelo ar; vapores nocivos poderiam causar qualquer tipo de doença. Podiam ser evitadas por substâncias que impedissem a putrefação. Teoria dos Germes: teoria formulada por Louis Pasteur, ficou comprovada com o histórico experimento conhecido como “pescoço de cisne”. As idéias de Pasteur foram utilizadas, em seguida, por Joseph Lister, no controle das infecções hospitalares. . Introdução dos métodos estatísticos na contagem dos eventos; revelação da letalidade da pneumonia em relação à época em que era iniciado o tratamento por sangria – Pierre Louis. Investigação da pobreza; das condições de trabalho e suas consequências sobre a saúde; da relação entre a situação sócio-econômica e mortalidade – Louis Villermé.

5 Histórico da Epidemiologia
. Willian Farr (trabalhou 40 anos no Escritório Geral de registros da Inglaterra) – classificou doenças, descreveu leis das epidemias (lei de Farr). Permitiu o acesso, de estudiosos, a um grande número de informações. Pôde-se concluir, entre outras que: mais da metade das crianças não chegava à idade de 5 anos; a idade médio do óbito nas classes altas era de 36 anos, dos trabalhadores do comércio de 22 anos e da índústria de 16 anos. . John Snow (“pai da Epidemiologia de Campo”) – investigou a epidemia de cólera. Indicou o consumo de água poluída como responsável pelos episódios da doença; traçou princípios de prevenção e controle de novos surtos, utilizados até os dias atuais. . Louis Pasteur (“pai da Bacteriologia”) - formulou as bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas. Isolou muitas bactérias; estudou a fermentação da cerveja e do leite; investigou bactérias patogênicas e meios de destruí-las e/ou impedir a sua multiplicação; formulou os princípios da pasteurização.

6 Histórico da Epidemiologia
- No século XX (primeira metade): . Há uma grande concentração dos estudos nos laboratórios, devido à grande influência da Microbiologia. Toda a Medicina fica subordinada à esse conhecimento. . Oswaldo Cruz fundou o Instituto em Manguinhos (RJ), onde deu-se um grande número de pesquisas e investimentos na área; combateu a febre tifoide, a peste e a varíola. Destaque também para Adolfo Lutz (febre amarela), Carlos Chagas e Emílio Ribas. . Iniciou-se o saneamento ambiental. . A Teoria dos Germes ganhou desdobramentos. . Montou-se uma base de dados para a “moderna Epidemiologia”, com estatísticas sobre nascimentos, óbitos, informações sobre morbidade.

7 Histórico da Epidemiologia
. Com a Epidemiologia Nutricional, constatou-se que diversas doenças tidas, até então, como infecciosas, eram na verdade causadas por deficiências nutricionais. No século XX (segunda metade): . Determinação das condições de saúde da população, através de inquéritos de morbidade e mortalidade. . Busca, de forma sistemática, de fatores antecedentes ao aparecimento das doenças, que pudessem ser estabelecidos como agentes ou fatores de risco. . Avaliação da utilidade e segurança das intervenções propostas para alterar a incidência ou evolução da doença, através de estudos controlados (utilização de esterptomicina na tuberculose, do flúor n água, da vacina contra poliomielite).

8 A Medida da Saúde Coletiva
- Indicadores de Saúde (medem a saúde) 1 – Medidas de Morbidade (risco de adoecer) a) Coeficiente de Incidência b) Coeficiente de Prevalência 2 – Medidas de Mortalidade (risco de morrer) a) Coeficiente de Mortalidade Infantil b) Coeficiente de Mortalidade por Malária 3 – Medidas de Gravidade (gravidade ou fatalidade) a) Coeficiente de Letalidade 4 – Distribuição Proporcional (grupo mais atingido)

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10 A Medida da Saúde Coletiva
I - Valores Absolutos . Número de casos de malária; . Número de casos de dengue; . Número de óbitos de menores de 5 anos. II - Valores Relativos 1 – Coeficientes ou Taxas: relação entre o número de casos de um evento e uma população, num local e em uma época. Informa quanto ao risco de ocorrência de um evento. Por exemplo, o número de casos de Febre Amarela em Manaus, em relação à população que reside no estado do Amazonas a cada ano.

11 A Medida da Saúde Coletiva
Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) - mede o risco de morte para crianças menores de 1 ano em dado local e período. N.º de óbitos em menores de 1 ano em dado local e período CMI = N.º de nascidos vivos no mesmo local e período Taxa de Mortalidade Infantil Precoce (TMIP ou Neonatal) - mede o risco de morte para crianças menores de 28 dias em dado local e período. N.º de óbitos em menores de 28 dias em dado local e período TMIP = X 103

12 A Medida da Saúde Coletiva
Coeficiente de Mortalidade Materna (CMM) - mede o risco de morte materna. Morte materna = óbito de mulher grávida ou no período de 42 dias após a gravidez, independente da duração e localização da gravidez, por alguma causa relacionada ou agravada pela gravidez que não sejam causas acidentais ou incidentais. N.º de mortes maternas em dado local e período CMM = N.º de nascidos vivos no mesmo local e período

13 A Medida da Saúde Coletiva
Taxa de Internação por Insuficiência Cardíaca Congestiva - expressão da ocorrência de internações por insuficiência cardíaca congestiva (ICC) na população, em determinado local e período. Número de internações por insuficiência cardíaca Congestiva (ICC)* na população com 40 anos e mais em determinado local e período. ICC = X 105 População com 40 anos e mais no mesmo local e período

14 A Medida da Saúde Coletiva
2 – Índice ou Proporção: relação entre frequências atribuídas de determinado evento, sendo que no numerador é registrada a frequência absoluta do evento que constitui subconjunto daquele contido no denominador que é de caráter mais abrangente. Por exemplo, o número de óbitos por doença renal em relação ao número total de óbitos. Proporção de Nascidos Vivos com Baixo Peso ao Nascer - mede o risco de morte para crianças menores de 1 ano em dado local e período. N.º de nascidos vivos com peso menor que g em dado local e período PNBP = N.º de nascidos vivos no mesmo local e período

15 A Medida da Saúde Coletiva
Proporção de Abandono de Tratamento de Tuberculose – reflete, em percentual, a proporção de casos novos de tuberculose encerrados em abandono, em relação ao total de casos novos de tuberculose diagnosticados, em determinado local e período. Número de casos novos de tuberculose encerrados por abandono em determinado local e período CMI = Total de casos novos de tuberculose diagnosticado no mesmo local e período

16 A Medida da Saúde Coletiva
3 – Razão: medida de frequência de um grupo de eventos relativa a frequência de outro grupo de eventos. É um tipo de fração em que pelo menos parte dos elementos do numerador não está contida no denominador, ou seja, o numerador não é subconjunto do denominador. Por exemplo, a razão entre o número de casos de casos de SIDA no sexo masculino e no sexo feminino. Razão entre Dengue “Hemorrágica” e Dengue “Clássica” N.º de casos de Dengue “Hemorrágica” N.º de casos de Dengue “Clássica”

17 A Medida da Saúde Coletiva
III – Indicadores de Mortalidade Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) - mede o risco de morte por todas as causas em uma população de um dado local e período. N.º de óbitos em dado local e período CMG = X 103 População do mesmo local e período

18 A Medida da Saúde Coletiva
Coeficiente de Mortalidade por Causa (CMC) - mede o risco de morte por determinada causa, num dado local e período. No denominador deve constar a população exposta ao risco de morrer por essa mesma causa. N.º de óbitos por determinada doença em dado local e período CMC = X 103 População exposta ao risco

19 A Medida da Saúde Coletiva
Razão de Mortalidade Proporcional (RPM) ou Indicador de Swaroop- Uemura - proporção de óbitos de 50 anos e mais em relação ao total de óbitos ocorridos em dado local e período. N.º de óbitos em igual ou maior de 50 anos em dado local e período RMP = X 100 Total de óbito no mesmo local ou período A maioria dos indicadores de nível da saúde baseia-se em dados de mortalidade. Um desses indicadores, a Razão de Mortalidade Proporcional (RMP), foi proposto por Swaroop e Uemura13, em 1957; compararam dois grupos de países que classificavam como "desenvolvidos" e "subdesenvolvidos", calculando, pela técnica da função discriminante linear, os valores da distância quadrática generalizada de Mahalanobis (D2) (Mahalanobis10, 1936) referentes às percentagens de óbitos contadas a partir de cada um dos limites dos grupos etários usuais. Verificaram, assim, que o maior valor de D2 era obtido quando a percentagem de óbitos correspondia ao grupo de 50 anos ou mais. Mesmo isoladamente ou em combinações, outros indicadores (Coeficiente de Mortalidade Infantil, Esperança de Vida e Coeficiente de Mortalidade Geral Bruto) não forneciam valores maiores. Entre as inúmeras vantagens enumeradas por aqueles autores, para o seu indicador, destaca-se a que diz respeito à "disponibilidade de dados, relativos a um grande número de países, em base regular".

20 A Medida da Saúde Coletiva
Coeficiente de Mortalidade Perinatal (CMPN) N.º de nascidos mortos ( 28 semanas ou mais de gestação) + N.º de óbitos de crianças de 0 a 7 dias em dado local e período CMPN = N.º de nascidos vivos + nascidos mortos no mesmo local e período

21 A Medida da Saúde Coletiva
IV – Indicadores de Gravidade Coeficiente de Letalidade (CL) - mede o poder da doença em determinar a morte, avaliando a gravidade da doença e também a qualidade da assistência médica prestada para esta doença. N.º de óbitos de determinada doença em dado local e período CL = N.º de casos de doença no mesmo local e período

22 A Medida da Saúde Coletiva
V – Indicadores de Morbidade . Incidência: número de casos novos de uma doença surgidos em um mesmo local e período. Denota a intensidade com que acontece uma doença em uma população e mede a frequência ou a probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco de adoecer. Coeficiente de Incidência (CI) - mede o risco de adoecer. N.º de casos novos de uma doença em dado local e período CL = População exposta no mesmo local e período

23 A Medida da Saúde Coletiva
. Prevalência: número total de casos de uma doença, novos e antigos existentes em um determinado local e período. A prevalência, como idéia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste a doença em uma população. Coeficiente de prevalência (CP) - é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração, como hanseníase, AIDS ou diabetes. No intervalo de tempo definido da prevalência, são excluídos os casos que evoluíram para cura, óbito ou que migraram. N.º de casos de determinada doença em dado local e período CP = População do mesmo local e período

24 Epidemiologia Descritiva
Segundo Rouquayrol, 2000, a Epidemiologia Descritiva é “Estudo da distribuição da freqüência das doenças e dos agravos à saúde coletiva, em função de variáveis ligadas ao tempo, ao espaço – ambientais e populacionais – e à pessoa, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico, com vistas à promoção da saúde”. Deve-se observar principalmente, para identificar possíveis grupos de risco e para elaborar hipóteses: * Em que local, quando e sobre quem incide a doença? * Existe(m) grupo(s) mais vulnerável(eis)? * Existe(m) época(s) do ano em que os números de casos aumentem? * Existem disparidades locais ou regionais? * Qual(ais) a(s) faixa(s) etária(s) mais atingida(s)? * Existe(m) classe(s) social(ais) mais atingida(s)?


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