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MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: a ilusão de servir

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Apresentação em tema: "MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: a ilusão de servir"— Transcrição da apresentação:

1 MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: a ilusão de servir
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: a ilusão de servir. Serviço Social: identidade e alienação. Capítulo I. 7a ed. São Paulo: Cortez, 2001.

2 Definição de Serviço Social: uma prática social, uma tecnologia social que objetivava conformar a classe trabalhadora à ordem social capitalista.

3 Marco das origens do Serviço Social
Para a autora, em 1869, quando em Londres surgiu a Sociedade de Organização da Caridade, devido ao pacto entre a burguesia, Igreja e o Estado, surgiam também as “primeiras assistentes sociais, como agentes executoras da prática da assistência social (...)” (66)

4 PROTAGONISTAS NAS ORIGENS DO SERVIÇO SOCIAL
IGREJA ESTADO BURGUESIA PROLETARIADO

5 O PROLETARIADO No Feudalismo eram camponeses.
Com a transição do feudalismo para o capitalismo (capitalismo mercantil), muitos camponeses foram atraídos para os centros comerciais e viraram artesãos. Com o desenvolvimento do processo de industrialização, tanto os camponeses quanto os artesãos passaram a viver do salário.

6 A QUESTÃO SOCIAL As condições precárias de trabalho; Os baixos salários; A exploração do trabalho da mulher; A exploração do trabalho infantil, contribuíram para a organização da classe trabalhadora.

7 A BURGUESIA Proprietária dos meios de produção; Objetivava a concentração de riquezas, necessitando, para isso, explorar a força de trabalho do proletariado. A organização dos trabalhadores ameaçava os objetivos da burguesia.

8 O ESTADO A composição do Estado, no sistema capitalista, se formava de representantes das classes economicamente dominantes (burguesia e proprietários rurais). Nesse sentido, o próprio Estado, bem como as leis, protegiam os interesses das classes dominantes.

9 A IGREJA Sempre influenciou os governos, a ciência, a filosofia, a educação etc. Com as origens do sistema capitalista, o poder da Igreja também vinha sendo questionado. Ao mesmo tempo, a Igreja era uma das instituições que vinha desenvolvendo um trabalho junto às populações mais pobres, com uma filantropia organizada através da senhoras católicas e várias instituições como abrigo, hospitais etc.

10 ALIANÇA ENTRE BURGUESIA, IGREJA E ESTADO
A organização dos trabalhadores mostrava que a burguesia precisava de novas estratégias, além da força, para se manter no poder e continuar o processo de acumulação capitalista. Havia a necessidade de construir formas de conseguir estabelecer o consenso junto às classes populares e trabalhadoras para a manutenção do sistema vigente. Como estratégia, a burguesia utilizou-se da filantropia, incentivando a sua organização e sistematização, como o cadastro dos assistidos, a utilização de inquéritos sociais, as visitas domiciliares e possibilitando o treinamento e a formação de novos “agentes da assistência” para veicular, junto a classe proletária, a ideologia dominante. Assim, visavam frear e desorganizar o movimento dos trabalhadores, passando a idéia de que o capitalismo era inevitável e irreversível e que era uma ordem social justa e adequada. (61)

11 “Assim como havia cooptado o Estado burguês para promover, ao longo do tempo, medidas políticas de proteção ao capital, a burguesia tratou de fortalecer sua aliança com os filantropos, transformando-os em importantes agentes ideológicos, responsáveis pela socialização do ‘modo capitalista de pensar.”(64)

12 OBJETIVOS DA RACIONALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
“(...) através de sua ação (...) pudessem afastar as ameaças que pairavam sobre o horizonte burguês e que se expressavam pela incontida expansão da pobreza e pelas persistentes investidas da classe trabalhadora.”(64) “Era para criar suas bases de sustentação, capazes de garantir a irreversibilidade do capitalismo, que a burguesia desejava utilizar a prática social dos filantropos, entre outras estratégias. Utilizando-se da facilidade de acesso desses agentes à família operária, a classe dominante pretendia transformá-la em um expressivo veículo de sujeição do trabalho às exigências da sociedade burguesa constituída, em um instrumento de desmobilização de suas reivindicações coletivas.”(65)

13 SURGE O SERVIÇO SOCIAL O Serviço Social surge como “uma profissão que nasce articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês, gestada sob o manto de uma grande contradição que impregnou sua entranhas, pois produzida pelo capitalismo industrial, nele imersa e com ele identificada como a criança no seio materno, buscou afirmar-se historicamente (...) como uma prática humanitária, sancionada pelo Estado e protegida pela Igreja, como uma mistificada ilusão de servir.” (66)

14 CRIAÇÃO DAS PRIMEIRAS ESCOLAS DE SERVIÇO SOCIAL
1899 – Escola de Filantropia Aplicada (Training School in Applied philantropy). Nova Iorque, EUA. Deve-se a Mary Richmond a organização dos primeiros cursos de Filantropia Aplicada, sob a responsabilidade da Sociedade de Organização de Caridade. “Acolhendo a concepção dominante na sociedade burguesa de que aos problemas sociais estavam associados problemas de caráter, Richmond concebia a tarefa assistencial como eminentemente reintegradora e reformadora do caráter. Atribuía grande importância ao diagnóstico social como estratégia para promover tal reforma e para reintegrar o indivíduo na sociedade.” (106)

15 Em 1919, a Escola de Filantropia Aplicada incorporou-se à Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, EUA, denominada de Escola de Trabalho Social. 1899 – fundação da primeira escola européia, Amsterdã, Holanda. Inicia-se, em Berlim, Alemanha, cursos para agentes sociais contribuindo para a criação da primeira escola alemã, em 1908. Ainda em 1908 fundava-se na Inglaterra a primeira escola de Serviço Social, incorporada à Universidade de Birminghan.

16 Em 1911 foi fundada uma escola em Paris, França, com orientação católica e outra em 1913, sob orientação protestante. A escola católica será um pólo irradiador do Serviço Social de bases católica em toda a Europa. As décadas de 20 e 30 marcam a expansão do Serviço Social europeu. Em 1925, surge na Itália, durante a I Conferência Internacional de Serviço Social, em Milão, a União católica Internacional de Serviço Social (UCISS).

17 COMO DENOMINAR A NOVA PROFISSÃO?
Devido aos inúmeros termos para designar o trabalho desses novos agentes sociais: ação social; bem-estar social; assistência social; beneficência; caridade; e filantropia aplicada, impedindo que se pudesse ter uma idéia mais clara a respeito da natureza dessa atividade, Richmond começou a utilizar a expressão “trabalho social ”(...) e a fazê-la de maneira cada vez mais sistematizada. Em um de seus trabalhos, em 1907, Richmond define Social Work como “uma operação essencial para a reintegração social do ser humano.” (109) Foi em 1916, na I Conferência Nacional de Trabalhadores Sociais, em Nova Iorque, EUA, que Richmond apresentou a proposta de denominar a nova profissão como Social Work e seus agentes como trabalhadores sociais. Objetivava-se com a nova nomenclatura deixar mais evidente a dimensão profissional bem como diferenciar-se das ações voluntárias de caridade.

18 Saúde; Educação. PRIMEIROS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL
Tribunais de Justiça (área da infância); Saúde; Educação.

19 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
abordagens individuais; inquérito domiciliar; diagnóstico social; visitas domiciliares; grupos.

20 CORRENTES INFLUENCIADORAS NA FORMAÇÃO DOS PRIMEIROS ASSISTENTES SOCIAIS
Serviço Social americano: psicologia e psicanálise (abordagens individuais, objetivando controlar conflitos e desajustes individuais); Serviço Social europeu: Buscou-se bases na sociologia, na economia e na pesquisa social. Influências de Auguste Comte e Émile Durkeim. Queriam agir sobre a sociedade, objetivavam apreender os problemas sociais em suas manifestações mais simples.

21 Capitalismo industrial e polarização social
Capital: relação social Capitalismo: determinado modo de produção (troca monetária e dominação do processo de produção). Meio de expansão do capital: exploração dos trabalhadores

22 Início deste processo: séc. XIV e XV
Trabalhador: alijamento dos meios de produção (terra). Atividades artesanais – obrigado a se submeter ao trabalho assalariado. Trabalho assalariado e livre: obtenção de lucro pela burguesia.

23 Séc. XVIII Revolução Francesa (derrubar o Antigo Regime e instalar a sociedade burguesa); Divulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; Trabalhadores: grupo heterogêneo ainda sem consciência de classe.

24 Revolução industrial (1775-1875): iniciada na Europa – final do séc
Revolução industrial ( ): iniciada na Europa – final do séc. XVIII Transformação do modo de produção; Consumação das mudanças já iniciadas nos séculos anteriores. Trabalhador: substituído pela máquina Separação da força de trabalho dos meios de produção. Ascensão do capitalismo industrial. Concentração da produção: fábrica e indústrias. Advento: máquina a vapor e tear mecânico.

25 Vida sacrificada em nome da acumulação do capital e da produção da mais-valia
Concentração da população operária: arredores das fábricas – surgimento das cidades industriais. Os trabalhadores passam a compartilhar dos mesmos espaços e sofrer das mesmas agruras – leva (processo) – superação da heterogeneidade: aos poucos: surgem os protestos e recusa da exploração.

26 Movimento do capital: desencadeia o movimento dos trabalhadores.
Criação de um proletariado fabril de caráter mais homogêneo. Polarização social acentuada: sociedade de classes – burguesia e proletariado. Mercantilização universal das relações: pessoas e coisas – acentua a fratura que separa as classes sociais. Lei do capital: concorrência, centralização do capital e da crise periódica e da pauperização.

27 Inovações tecnológicas, expansão do mercado e incremento do processo de produção: ampliação da demanda de mão-de-obra. Alterações no processo de produção – caráter coletivo subordinado a divisão social do trabalho – trabalhador isolado: das atividades e do produto das mesma - na execução de funções e sem nexos com o processo global de produção – leva: alienação. Trabalhador: mero acessório da máquina.

28 Subordinado a máquina. Tempo: a medida de todas as coisas: tirar todo o proveito em termos de produção, do trabalhador. Cenário europeu 1ª metade séc. XIX: Taxa de natalidade: mantinha-se em alta. Taxa de mortalidade começa a ficar mais baixa Crescimento e expansão do mercado e do comércio. Investimentos no exterior através de empréstimos.

29 Concentração fundiária (expressão da divisão das classes e individualidade dos homens): necessária para a expansão do capitalismo industrial. Concentração da produção nas grandes indústrias. Concentração da população operária: estratégia para que esta pudesse ser acionada a qualquer tempo. Precárias vilas operárias: inadequadas a qualidade de vida.

30 Processo de contínua desvalorização do ser humano.
Homem se torna mercadoria. As relações entre as pessoas já não eram mais humanas, mas relações entre coisas. Mercantilização e lucro: Difícil sobrevivência do trabalhador e da sua família. Esta situação: leva a luta de classes.

31 Registros históricos que evidenciam o protesto e a recusa ao massacre imposto pelo capitalismo.
Sec. XVII: Revolta contra as máquinas (símbolo de opressão para os trabalhadores): luddismo: marcado pela falta de princípios organizativos. 1769: Decreto estabelecia pena de morte como punição. A aplicação gera um refluxo do movimento. Lentamente: começaram a perceber que eram os donos das máquinas e não as máquinas os reais opressores.

32 Outras formas de organização foram buscadas:
Luta pela revogação da lei (Rainha Elisabeth) que proibia o direito de associação aos aprendizes de ofícios. 1792: Fundação da sede das Sociedades Correspondentes: luta pelo direito à associação. Resultado: 1824: aprovação de uma lei que anula as leis que impediam a associação dos trabalhadores.

33 As associações não contaram com o apoio das autoridades e dos empresários e as prisões continuavam a ocorrer. 1836: criação da Associação Geral dos trabalhadores de Londres. Paralisação das atividades e greves, nem sempre atingiam os objetivos do trabalhadores, mas resultava o avanço do processo organizativo dos mesmos.

34 1838: Cartismo: Associação Geral dos trabalhadores de Londres redação da Carta do Povo: estabelecia os objetivos buscados pela classe trabalhadora. Classe trabalhadora: mais unida em torno de seus objetivos comuns. 1842: Greve geral Parlamento: teme as manifestações: adota uma política mais branda: importantes concessões . Aprovação da lei de 10 horas.

35 Organização marcada pelo espontaneísmo e da ação impulsiva o que resulta no Declínio do movimento cartista. 1847: Crise financeira e comercial: retomada da manifestações dos trabalhadores com reconhecido caráter de luta de classes (estratégia de dissolução da sociedade de classes). 1848: Revolução francesa: Proclamação da República: luta do proletariado com a burguesia.

36 As principais bandeiras de luta da revolução estavam caindo por terra: onda revolucionária da burguesia para manter os seus interesses e privilégios. 15 de maio de 1848: invasão do parlamento pelos trabalhadores: proposta: fundação de um Governo Revolucionário: Guarda nacional age e dispersa os trabalhadores. 23 de junho a 26 de julho de 1948: massacre dos trabalhadores. 1847: Liga dos Comunistas: programa: Manifesto do Partido Comunista.

37 Período pós 1848: expansão da economia capitalista.
Medo do comunismo era substituído pela forte crença na irreversibilidade do regime capitalista. 1870: Grande Depressão ( ): Na ascensão do capitalismo se escondia o seu colapso. Continuavam a combinação: contradição, antagonismo e desigualdade.

38 Continuavam as lutas dos trabalhadores.
Comuna de Paris: insurreição proletária:processo de constituição da consciência política dos trabalhadores. Comuna: Proletário, com a ajuda da Guarda nacional, conseguiu tomar o poder durante 2 meses. 1º Governo Proletário da história. Ação impulsiva e espontaneísta sem linha programática definida. Os trabalhadores estavam, sem dúvida constituindo uma classe.


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