Semiologia do Sistema Linfático

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Transcrição da apresentação:

Semiologia do Sistema Linfático

O sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue. Com exceção de alguns tecidos (partes superficiais da pele, sistema nervoso central, partes mais profundas dos nervos periféricos e ossos), quase todos os tecidos corporais possuem canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais.

-Linfa: derivada do líquido intersticial -Linfa: derivada do líquido intersticial. O sistema linfático é uma das principais vias de absorção de nutrientes a partir do sistema gastrointestinal, sendo responsável, pela absorção dos lipídeos e também capta partículas (bactérias e outros) -Linfonodos: remove partículas estranhas e as destrói, filtrando a linfa antes de chegar ao sangue. Estão distribuídos por todo o organismo no trajeto dos vasos linfáticos. Os linfonodos em geral tem forma de rim e apresentam um lado convexo e outro com uma reentrância (hilo) pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem as veias

Porque examinar o sistema linfático? -Por participar dos processos patológicos que ocorrem nas áreas ou regiões por eles drenadas, as alterações que ocorrem no sistema linfático podem identificar o órgão ou a região que está acometida.

-Os linfonodos, como os vasos linfáticos, apresentam alterações características em várias doenças infecciosas como a leucose bovina, linfadenite em caprinos e ovinos, leishmaniose canina.

-A dilatação ou hipertrofia anormal dos linfonodos que ocorre na maioria dos processos, pode comprometer a função de algum órgão vizinho, agravando ainda mais o quadro geral do animal

Ex.: Disfagia e timpanismo (compressão do nervo vago – tuberculose e actinobacilose em bovinos) Dispnéia (compressão da faringe) Tosse (compressão da traquéia e árvore brônquica) *Os linfonodos raramente são sede de uma patologia primária, já que se envolvem de maneira secundária em processos infecciosos, inflamatórios e neoplásicos.

-Exame dos Linfonodos: -Inspeção *só é possível em caso de animais de pêlo curto

Palpação *melhor métodos que avalia a condição dos linfonodos, pois avalia tamanho, consistência, sensibilidade (dor), mobilidade e a temperatura *sempre examinar bilateralmente, para que se possa determinar se o processo é localizado (uni ou bilateral) ou generalizado.

-Localização: Mandibulares: estão localizados superficialmente entre a veia facial. E drenam a metade ventral da cabeça *Nos eqüinos estão situados mais profundamente e ventralmente à língua -Retrofaríngeos laterais e mediais: localizados na região cervical, entre o atlas e a parede da faringe. Recebem a linfa das partes internas da cabeça e parte proximal do esôfago. *Normalmente não são palpados, só quando aumentados de volume.

-Cervicais superficiais / pré-escapulares: localizados na face lateral da porção distal do pescoço e ficam em uma fossa formada pelos músculos trapézio, braquiocefálico e omotransversal. escápula, acima da articulação escapuloumeral. Drenam o pavilhão auricular, o pescoço, o ombro, os membros torácicos e o terço proximal do tórax. Dificil de ser palpado em equinos mas facil em bovinos

Pré-curais / pré-femorais: localizados no terço inferior do abdome, a meia distância da prega do flanco e da tuberosidade ilíaca. Recebe a linfa da região posterior do corpo e do segmento craniolateral da coxa. Não se palpa em animais de companhia

-Mamários: são dois nódulos de cada lado, entre o assoalho ósseo da pelve e a parte caudal do úbere. Drenam o úbere e as partes posteriores da coxa -Inguinais superficiais ou escrotais: estão localizados medial e lateral ao corpo do pênis. Serve de centro linfático para os órgãos genitais masculinos externos. *Normalmente palpado em cães -Por via retal: normalmente em grandes animais Ex.: ileofemoral e linfonodos da bifurcação aórtica *Linfonodos ilíacos, ocasionalmente palpados em cães com distúrbios pontuais Ex.: carcinoma prostático por palpação digital

Poplíteos: estão localizados na origem do músculo gastrocnêmio, entre os músculos bíceps femoral e semitendinoso. Drenam pele, músculos, tendões e articulações dos membros posteriores. Ausente em equinos

Características Examináveis dos Linfonodos 1-Tamanho: Apresentam normalmente forma de grão de feijão ou rim e são relativamente maiores em cães jovens, já que estão expostos a uma grande variedade de estímulos antigênicos (vacinação). Depende da sua localização e do seu estado nutricional. Animais caquéticos podem induzir a uma falsa impressão de adenopatia. E em outras situações, o emagrecimento pode tornar palpável linfonodos que antes não eram.

-Tumefação ou Infarto (hiperplasia): presença de reação inflamatória de caráter defensivo, oriunda de processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos. Isso se dá pela absorção e fagocitose de bactérias, toxinas e com posterior produção de linfócitos e anticorpos. *Linfangites: afecções nos vasos *Adenites: afecção nos linfonodos *Linfadenite: vasos + linfonodos O aumento do tamanho dos linfonodos deve ser descrito usando-se termos comparativos tirados da vida diária como: caroço de azeitona, azeitona, limão e assim por diante

2-Sensibilidade: Palpar para verificar se há sensibilidade (dor). Nos processos inflamatórios e/ou infecciosos agudos os linfonodos tornam-se sensíveis. Nos animais normais e durante os processos crônicos, a sensibilidade é normal ou discretamente aumentada. É necessária este tipo de palpação para diferenciar certas enfermidades.

3-Consistência: Normalmente, apresenta consistência firme. Nos processos inflamatórios e/ou infecciosos agudos a consistência não se altera, mas podemos notar o aumento de volume e da sensibilidade. Nos processos inflamatórios e infecciosos crônicos e neoplásicos, os linfonodos ficam duros

4-Mobilidade: Os linfonodos normalmente apresentam boa mobilidade, eles são móveis tanto em relação à pele quanto às estruturas vizinhas quando palpados. A perda ou ausência de mobilidade é um achado comum nos processos inflamatórios bacterianos agudos, devido ao desenvolvimento de celulite localizada.

5-Temperatura: Apresentam uma temperatura igual à da pele que os recobre. A elevação da temperatura é acompanhada, geralmente, de dor à palpação. *Deve-se determinar se o aumento de temperatura e/ou tamanho é uni ou bilateral, para se determinar se á um comprometimento unilateral da área de drenagem de determinado linfonodo ou algo sistêmico.

6-Procedimentos Complementares (Biopsia ou ultrassom): Pode-se ser feita a biopsia por excisão ou aspiração. -Excisão: faz-se a remoção cirúrgica de todo linfonodo ou de uma parte para futuro exame histopatológico. -Aspiração: faz-se a punção com uma agulha apropriada, e após acoplada em uma seringa, aspira-se o material proveniente do linfonodo. *Antes da realização da biopsia, deve-se, em ambas as técnicas, fazer a tricotomia e assepsia do local sobre o nódulo linfático. -Ultrassonografia: verificação de baço Baço: Exame por palpação externa. Se estiver esplenomegalia torna-se mais fácil a sua palpação. Causas: -Torção -Hematoma -Hematopoiese extramedular -Anestésicos (barbitúricos) -Hemoparasitos.