A sociedade grega na Antiguidade

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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Grécia Antiga.
Transcrição da apresentação:

A sociedade grega na Antiguidade

Atenas Eupátridas O termo eupátridas designa os cidadãos, ou seja, todos os homens adultos nascidos em Atenas e filhos de pais atenienses, englobando aristocratas, comerciantes, agricultores, marinheiros e artesãos. Possuíam direitos políticos, ou seja, participavam do processo decisório da pólis e ocupavam cargos públicos. Convém lembrar que as mulheres eram privadas de direitos políticos em todo o mundo grego (o próprio filósofo Aristóteles considerava-as como “homens imperfeitos”)e de maneira geral, elas não recebiam instruções formais como homens.

Metecos A palavra metecos correspondia aos estrangeiros que, embora livres, não tinham direito de participar de política nem de possuir terras, e, por isso, geralmente dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Escravos Eram considerados escravos os prisioneiros de guerras ou os filhos de pais escravos. Esses indivíduos formavam a maioria da população de Atenas, com cerca de 200 mil pessoas, construindo, assim, a base da produção econômica da polis e de todo o mundo grego. Sua existência ressaltava a importância da liberdade para os cidadãos. O filósofo Aristóteles justificou a necessidade moral da escravidão ao ressaltar que certas pessoas eram incapazes de cuidar de si mesma e que seriam naturalmente destinadas a se tornarem escravas, portanto, uma propriedade e um objeto animado de seu senhor.

Esparta Esparciatas/espartanos Eram chamados esparciatas ou espartanos os descendentes dos antigos dórios que fundaram a cidade. Os homens a partir de 30 anos eram os detentores de direitos políticos. Os cidadãos espartanos eram proibidos de exercer trabalho privados, sendo sustentado pelo Estado, que lhes concedia terras e servos para exercer a produção. Eram contrapartida, os cidadãos deveriam ter uma dedicação total e exclusiva à cidade, por meio das assembleias políticas e, sobretudo, da guerra. A educação (agogê) iniciava-se aos sete anos de idade (lembrando que bebês com deformidades físicas eram deixados para morrer). A mulher, por sua vez, também era privada de cidadania, mas, ao contrário de Atenas, ela possuía uma maior valorização social.

Periecos Os periecos eram os estrangeiros livres, mas privados de direitos políticos e sujeitos à cobrança de impostos. Podiam exercer a agricultura e o artesanato e, eventualmente, exercer funções do exército, como na construção de embarcações. Hilotas Os hilotas eram servos do Estado obrigados a cultivar as propriedades estatais para sustentar os esparciatas, embora pudessem ficar com excedentes, o que configurava uma exploração econômica. Classe mais numerosa, os hilotas sofriam anualmente uma guerra de extermínio que correspondia à fase final do treinamento militar dos jovens espartanos.

Período Clássico (século V-IV a.C) O Período Clássico corresponde ao apogeu do mundo grego: pólis em pleno crescimento econômico e estabilidade política. No entanto, os gregos sofreram um sério desafio à manutenção de sua liberdade, pois o poderoso, pois o poderoso Império Persa expandia-se pela Ásia Menor e ameaçava o mundo grego. As tensões geraram um conflito entre as polis gregas e os persas: as GUERRAS MÉDICAS (499-475 a.C).

Guerras Médicas Vencidas pelos gregos, que barraram a expansão persa sobre a Europa. Nesse contexto, a grande vitoriosa foi Atenas, que adquiriu um papel de liderança entre as polis e criou uma aliança Política e Militar antipersa conhecida como LIGA DE DELOS. No entanto, a democrática e cultural Atenas passou a impor sua hegemonia às outras polis, caracterizando, assim, uma postura imperialista.

Liga de Delos No caso da Liga de Delos, as contribuições voluntárias tornaram-se impostos obrigatórios e as cidades aliadas passaram a ser tratadas como súditas, impondo a democracia e a dominação econômica, enquanto atitudes rebeldes eram severamente reprimidas. Portanto, Atenas era democrática e imperialista ao mesmo tempo e suas pretensões de domínio sobre a Grécia preocuparam Esparta, não tardando para que ambas entrassem em conflito, na chamada GUERRA DO POELEPONESO (431-404 a.C).

Guerra do Peloponeso (431-404 a.C) Esparta saiu vencedora e passou a forçar seus interesses às demais pólis, gerando um novo conflito militar, dessas vez contra Tebas. A vitória de Tebas foi seguida por um crescimento comercial marítimo despertando a oposição de Atenas e um novo conflito militar. Após décadas de guerras internas, as pólis gregas estavam enfraquecidas e não conseguiram repelir a futura invasão e conquista do reino Macedônico, perdendo, assim, a sua LIBERDADE POLÍTICA.

Período Helenístico (século III-II a.C) Felipe II, o rei da Macedônia (desenhada pelos gregos como local de um povo montanhês e ignorante), tinha reformulado seu exército, criando novas formações de ataques, as formidáveis falanges macedônicas, compostas cada uma de 16 fileiras com 256 homens munidos de lanças longas. O monarca aproveitou o enfraquecimento grego para conquistar seu território e submeter as pólis ao seu domínio político. Após a morte de Filipe II, seu filho Alexandre Magno iniciou em 334 a.C um período de expansão militar que, em poucos anos, conquistou a Ásia Menor e o Egito, subjugou até mesmo o Império Persa, avançou para o Oriente e chegou próximo à Índia. Estava nascendo o Império Macedônico, o maior império conhecido até então na Antiguidade.

Na infância, Alexandre foi educado durante três anos pelo filósofo Aristóteles, que incutiu nele o respeito pela cultura grega, tida como superior . Então após torna-se imperador, procurou difundi-la pelos territórios conquistados, estimulando o comércio, a miscigenação com os povos orientais e a divulgação da língua grega em dezenas de cidades, bem como ginásios festivais de teatros e outras instituições gregas. Os gregos também absorveram conhecimentos astronômicos orientais, assim como vários cultos religiosos. Portanto, se, por um lado, a cultura grega foi levada ao Oriente, por outro, vários aspectos, a cultura oriental passaram a influenciar a cultura grega, processo que ficou conhecido como CULTURA HELENÍSTICA.

As cidades imperiais eram centros administrativos e não mais unidades politicas independentes. De certa maneira, os habitantes do império, apesar de suas particularidades culturais, sentiam-se parte de um mundo conhecido de todos (ecúmeno), nascendo, então a noção de COSMOPOLITANO: pessoas que, apesar das fronteiras geográficas, sentem-se parte de um todo comum. A cidade de Alexandria simbolizava a grandiosidade desses impérios, com um milhão de habitantes (dentre os quais vários matemáticos, astrônomos e sábios) e um farol de quais de 135 metros (uma das maravilhas do mundo antigo) que abrigava uma biblioteca com mais de 750 mil volumes.

Ao retornar com suas campanhas militares, em 323 a. C Ao retornar com suas campanhas militares, em 323 a.C., Alexandre contraiu a febre tifoide e morreu na Babilônia aos 33 anos sem sobrar-lhe tempo para consolidar a unidade de seu domínio, que acabou fragmentando nas mãos de seus generais.

Cultura Helenística A cultura Helenística resultou da fusão da cultura grega com a cultura oriental, promovida pela expansão do império Macedônico com Alexandre Magno. A Grécia não era mais o centro cultural do mundo. Os principais centros da cultura helenística foram Alexandria, no Egito, Antioquia, na Turquia, e Pérgamo, na Ásia Menor.