Ressonância magnética

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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Transcrição da apresentação:

Ressonância magnética A obtenção de imagens através da Ressonância magnética nuclear (RMN) pode ser definida como o uso de campo magnético e ondas de radio para obter uma imagem matemática reconstruída de uma estrutura anatômica

O hidrogênio (H) é o átomo mais simples, e o mais importante para a RMN. Está presente em grande abundância nos sistemas biológicos (humanos possuem cerca de 2/3 de átomos de H pelo corpo). A Ressonância Magnética emprega um ímã de supercondução e sinais de radiofrequência para fazer com que os núcleos de hidrogênio emitam seu próprio sinal. Os computadores utilizam estes Sinais para construir imagens seccionais detalhadas do corpo.

Esses pulsos de radiofreqüência são aplicados através de uma bobina que se adapta a parte do corpo que se quer gerar a imagem. Quando o pulso de radiofreqüência é desligado, os prótons de hidrogênio começam a retornar lentamente aos seus Alinhamentos naturais dentro do campo magnético e liberam o excesso de energia armazenada. Ao fazer isso, eles emitem um sinal que a bobina recebe e envia para o computador, formando o espectro de RMN.

Magnetização longitudinal Relaxação longitudinal (T1) Magnetização transversal Relaxação transversal (T2)

Em T1, os componentes cranianos são observados em ordem decrescente de intensidade: gordura (branca), substância branca (cinza claro), substância cinzenta (cinza escuro), líquor (preta).

Em T2, observamos os componentes cranianos em ordem decrescente de intensidade: líquor (branca), substância cinzenta (cinza claro), substância branca (cinza escuro), gordura (preta). A cor obtida em T2 é oposta à obtida em T1.

A intensidade do sinal da RMN de um determinado tecido está relacionada com a quantidade de água que estes possuem. Quanto maior for o conteúdo em água, mais forte é o sinal da RMN e melhor a imagem resultante. Os tecidos com lesões têm alteração no conteúdo de água, e normalmente têm mais água que um tecido saudável.

Artefatos Artefatos de movimento: tempo de aquisição da imagem é muito lento, logo o paciente não deve mover-se caso contrário haverá perda do sinal.

Artefatos Artefatos metálicos: objetos metálicos podem criar campos eletromagnéticos que interferem na formação do sinal ao seu redor;

Vantagens Detectar, precocemente, as alterações orgânicas, conduzindo ao diagnóstico e ao sucesso da terapia. Não expõe o paciente à radiação ionizante, o que permite repetir o exame outras vezes, se necessário O meio de contraste pode ser aplicado a pacientes com potencial alérgico a contrastes iodados Desvantagem Alto custo dos exames

Limitações e contra-indicações Absolutas: Pacientes portadores de marcapasso cardíaco, desfibriladores cardíacos automáticos, clipes metálicos pós-cirurgia de aneurisma, neuroestimuladores, próteses auriculares, bombas de infusão de medicamentos implantadas, estimuladores de crescimento ósseo, determinados contraceptivos intrauterinos, próteses valvares e artificiais metálicas Objetos metálicos internos, como balas, determinados grampos cirúrgicos, pinos, placas, parafusos.

Limitações e contra-indicações Se objetos metálicos estiverem presentes, eles podem ser movimentados pelo campo magnético, causando eventuais danos aos tecidos. Além disso eles podem se aquecer.

A RM geralmente não é aconselhada para pacientes grávidas (o aumento na temperatura do líquido amniótico pode ser perigoso) ou indivíduos com epilepsia. Todos os pacientes que realizam uma RM precisam remover aparelhos auditivos, dentaduras, jóias, pinos de cabelo, perucas, próteses capilares e outros cessórios.

Aparelho de ressonância magnética fechada

Aparelho de ressonãncia magnética aberta

Vantagens do RM aberto Não é necessário sedar paciente claustrofóbico Adequado para pacientes extremamente obesos Outra pessoa pode permanecer com o paciente (no caso de crianças ou pacientes confusos) Menor desconforto devido ao campo magnético menos intenso Menos ruído

Desvantagens do RM aberto Alguns sistemas de RM aberta: apenas uma fração do campo magnético (p. ex. 0,2-0,3 Tesla em comparação com 1,0 -1,5 Tesla). Resulta em um perfil mais fino e uma aparência menos intimidadora para o magneto. Embora extremamente atrativo em determinados casos, não é a melhor opção para todos os exames RM. Certos tipos de exame somente podem ser realizados com um magneto de campo alto. Algumas imagens tem que ser repetidas

Equipe de radiologistas: Médico radiologista Operador do Aparelho Equipe de enfermagem Enfermeiro(a) Auxiliar de enfermagem

Funções específicas do enfermeiro Entrevistar o paciente/família, utilizando roteiro programado, visando à obtenção de informações sobre: cirurgias anteriores, locais de trabalho (acidentes com fagulhas metálicas), portadores de lentes de contato ou próteses metálicas, para que possam ser avaliados pelo médico quanto à possibilidade de realização do exame.

Funções específicas do enfermeiro Se o paciente portador de uma prótese vai ser submetido a exame, deve ser orientado a comunicar qualquer alteração sentida no local da prótese

Funções específicas do enfermeiro Esclarecer ao paciente sobre o exame como um todo, destacando que não é doloroso, não é invasivo, não usa radiação ionizante e tem a duração aproximada de 30 a 90 minutos. Orientar à remoção de objetos, adornos e roupas com presença de metais Cuidar para que o paciente seja transportado para a sala de exames somente em cadeira ou maca de alumínio, quando impossibilitado de deambular

Funções específicas do enfermeiro Orientar o paciente que, dependendo do tipo de aparelho, ele será introduzido totalmente dentro do “túnel” do aparelho, e que ouvirá ruídos repetidos do tipo estalidos, indicativos de que o aparelho está em pleno funcionamento

Funções específicas do enfermeiro Orientar que o paciente deve se manter imóvel, na posição em que foi colocado, a fim de que seja obtida boa imagem, e de que pode se comunicar com o operador do aparelho ou outro membro da equipe de saúde simplesmente falando, porque há um sistema de comunicação interno.

Funções específicas do enfermeiro Realizar visita de enfermagem na fase pré-exame ao paciente internado para conhecer suas condições clínicas e expectativas acerca do exame. Encaminhar com antecedência a relação dos exames a serem realizados sob anestesia à enfermeira chefe de serviço

Meio de Contraste em Ressonância Magnética Gadopentetato Dimeglumina Elemento ativo: gadolínio (Gd) Seu mecanismo de ação se dá pelo encurtamento do tempo de relaxamento longitudinal (T1) e transversal (T2) de prótons da água, acelerando a velocidade de alinhamento entre prótons e o campo magnético principal. Assim, o sinal se torna mais ampliado (maior contraste visual).

Meio de Contraste em Ressonância Magnética Precauções: Pacientes com alterações graves da função renal e em mulheres grávidas. Efeitos colaterais (raros): sensação de dor ou calor local, de curta duração, geralmente relacionada com a administração endovenosa. Cefaléia, tonteira, náuseas e vômitos ocasionalmente.

Meio de Contraste em Ressonância Magnética Cuidados: Armazenar o produto ao abrigo da luz e à temperatura ambiente (15º a 30ºC) Manter o paciente em jejum oral pelo menos duas horas antes do exame Observar o paciente, pelo menos até meia hora após haver recebido o meio de contraste.

Principais indicações da Ressonância Magnética Cabeça e pescoço Coluna vertebral Tronco (Tórax, Abdome e Pelve) Membros superiores e inferiores Ombro e cotovelo Punho Quadril Joelho Tornozelo

RM do cérebro Doença da substância branca (p. ex. esclerose múltipla) Manchas brancas indicam a doença

RM do cérebro Distúrbios infecciosos que afetam o cérebro (p. ex. toxoplasmose na AIDS, vasculite, tuberculose) Neoplasias (tumores cerebrais primários e metastáticos, adenomas hipofisários) Isquemia, acidente vascular cerebral Aneurismas, hemorragia glioblastoma, tumor cerebral mais comum e agressivo em humanos.

Imagem transversal com contraste por T1, mostrando área hipointensa típica de AVC antigo.

Imagem transversal com contraste por T2, mostrando área hiperintensa típica de AVC recente.

Neuronima do nervo acústico. Imagens coronais com contraste por T2, mostrando área hiperintensa na região do nervo acústico

Tumor Benigno da Hipófise

RM da coluna vertebral Degeneração ou herniação do disco Neoplasia (primária e metástases) Doença inflamatória Doença desmielinizante Anormalidades congênitas Hérnia de disco intervertebral

RM do coração Espessura miocárdica ou tamanho do compartimento anormal Tumores cardíacos Distúrbios cardíacos congênitos Pericardite Permeabilidade do enxerto Distúrbios trombóticos Ressonância magnética cardíaca demonstrando massa tumoral.

RM dos membros, articulações e tecidos moles Neoplasias dos tecidos moles e do osso Lesão de ligamento ou tendão Osteonecrose, fratura oculta Distúrbios da medula óssea Alterações no fluxo sanguíneo (p.ex. Aneurisma, trombo, embolia)

RM do abdome e da pelve Neoplasias Estruturas retroperitoneais Estado de transplante renais

Angiografia por RM Aneurismas Estenose ou oclusões Permeabilidade de enxerto Malformações vasculares

Procedimentos 1. Fazer o paciente se deitar em decúbito dorsal sobre uma maca móvel de exame depois que se obtém uma história clínica completa. 2. A sedação pode ser necessária quando o paciente é claustrofóbico ou inquieto. Tampões de ouvido com música constituem outra opção. O sistema de comunicação bidirecional entre o paciente e o o9perador permite monitoração contínua e feedback vocal, e reduz um pouco a sensação de isolamento do paciente.

Procedimentos 3. Para examinar muitas estruturas superficiais (p. ex. joelho, pescoço, ombro, mama), aplicar uma espiral (bobina) de superfície sobre a pele. 4. Quando o paciente está posicionado e instruído para permanecer parado, mover a mesa para dentro do aparelho. 5. Em alguns casos, injetar um agente de contraste não iodado em uma veia para melhor visualização anatômica. 6. O tempo de exame varia e dura em média de 30 a 90 minutos.

Fatores que interferem O movimento respiratório pode provocar artefatos com os exames de imagem abdominais e torácicos. Pessoas com obesidade mórbida podem não se adaptar na abertura da entrada do portal ou em configurações da espiral de superfície.

Cuidados pré-teste 1. Explicar ao paciente a finalidade, o procedimento, os benefícios e os riscos do exame. As preocupações com a segurança do paciente e da equipe durante o procedimento de RM baseiam-se na interação de campos magnéticos fortes com tecidos orgânicos e objetos metálicos. (torção e aquecimento)

Cuidados pré-teste 2. Examinar quanto às contraindicações ao teste. Obter uma história relevante em relação a qualquer aparelho implantado. 3. Garantir que os seguintes materiais sejam removidos antes do procedimento: aparelhos orais e pontes dentárias removíveis, cartões de crédito, chaves, grampos de cabeço, calçados, jóias, roupas com fechos metálicos, perucas, apliques e próteses removíveis

Cuidados pré-teste 4. As sensações claustrofóbicas podem ser evitadas quando o paciente mantém seus olhos fechados durante o exame. Recomendar que o paciente não faça ingestão de uma grande refeição dentro de 1 hora do exame, para reduzir demandas fisiológicas e possível vômito enquanto estiver no aparelho.

Cuidados pré-teste 5. Incentivar o paciente a relaxar e instruí-lo a permanecer o mais imóvel possível durante o exame. Tranquilizar o paciente de que este é um procedimento indolor. 6. Pedir aos pacientes que precisam fazer exame de sangue que se abstenham de álcool, nicotina, cafeína e medicamentos prescritos à base de ferro. O paciente deve jejuar por 2 horas antes do teste para evitar vasodilatação ou vasoconstrição inesperada. Não se permite o fumo antes do teste. Promover repouso na posição de decúbito dorsal por 10 minutos antes do teste.

Cuidados pós-teste Aconselhar e monitorar o paciente adequadamente para efeitos colaterais do agente de contraste da RM. Os efeitos colaterais comuns incluem sensação de resfriamento no sítio de injeção, tonteira e cefaleia. Comumente, o tratamento não se faz necessário, a menos que os sintomas sejam incômodos ou prolongados. Alertar o médico se quaisquer efeitos colaterais se manifestarem, como convulsões, frequência cardíaca irregular ou rápida, prurido ocular e lacrimejamento, urticárias, inchação facial, espessamento da língua.