Prof. Gustavo Fernandes de Lima

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Instrumentação de Sistemas - INS
Advertisements

Controle Digital Prof. Cesar da Costa 1.a Aula – Variável de Processo.
Instrumentos de Medição
Medição e Grandezas.
Medição e Grandezas.
GERADOR SÍNCRONO Geradores síncronos ou alternadores são máquinas síncronas usadas para converter potência mecânica em potência elétrica ASPECTOS CONSTRUTIVOS.
Alexandre Suaide Ed. Oscar Sala sala 246 ramal 7072
Introdução a teoria de erros Alexandre Suaide Notas de aula
Marcia Moura Edifício Oscar Sala – ramal 6837
Prof. Msc. Jeferson José Gomes UTFPR-PG - COELE
INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS
HIGIENE OCUPACIONAL – CONCEITOS DE UMA MEDIÇÃO
Instrumentos de Medições Elétrica
Física Aula 03 - Eletricidade
Sistemas de Unidade 4.
Física Experimental I Prof. Ms. Alysson Cristiano Beneti
Revisão Eletricidade básica CORRENTE ELÉTRICA
Potência elétrica.
Potência elétrica.
Introdução à Instrumentação
Medidas Elétricas.
CSM TAP.
ENGENHARIA AMBIENTAL QUÍMICA APLICADA.
Deslocamentos e deformações
Engenharia Ambiental – UNISUL Profa. Denise Esteves Moritz
INVERSOR PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
Medidas Eletromagnéticas
PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
MEDIDORES DE CORRENTE CONTÍNUA
MEDIDAS FISICAS.
CAPACÍMETRO DIGITA L Gleson Fabio da Costa
Introdução à METROLOGIA
ELETRÔNICA E ELETRICIDADE BÁSICA Eletrodinâmica
MEDIDAS ELÉTRICAS Prof. Samuel Bettoni.
Medição eletromagnéticas
Capítulo 1 Introdução: matéria & medida
MEDIDAS ELÉTRICAS Prof. Samuel Bettoni.
Fontes de Erros Aula 1 Introdução; Erros em processos numéricos;
Curso: Engenharia Mecatrônica Disciplina: Metrologia
Medidas, bem medidas Prof.: Joni.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária CALIBRAÇÃOCALIBRAÇÃO.
Problema: Será possível fazer uma medição exata?
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
Eletricidade Aula 9.
FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL 1
ELETRÔNICA E ELETRICIDADE BÁSICA
Introdução à Metrologia
Medição de Força para Supervisão do Processo de Forjamento
Eletricidade Aula 8.
TEORIA DOS ERROS PROF. HAUSER. CONCEITOS BÁSICOS Grandezas: Tudo que pode ser medido. Variável: Tudo que pode ser estimado. Quantitativa: medido ou estimado.
A Natureza da Eletricidade
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Laboratório de Física Professores: Denes Morais José Cássio.
Eletricidade Geral Aula 8 Marcelo Machado da Costa.
15 anos15 anos. Onde encontrá-lo? Podemos encontrar todos os Procedimentos provenientes do SGQ disponibilizados em nossa rede pelo caminho : Z:\S G Q\Procedimentos.
CT-13 Comissão Técnica de Vazão
Valor Verdadeiro e Precisão
ERROS E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS
Prof. Gustavo Fernandes de Lima Instrumentos Elétricos de Medição Parte II.
Sistema de Medidas e Teoria do Erro
Autor : Lênin Charqueiro. Pelotas,8 de março de
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Londrina LAB FÍSICA 1 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS e INCERTEZAS NAS MEDIDAS LAB FÍSICA 1 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS.
INFORMAÇÕES GERAIS CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA III Prof. Bruno Farias.
Jovem Aprendiz Mecânica Automotiva
Calibração de Sistema de Medição
CURSO CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE MEDIDAS E INTERPRETAÇÃO DE DADOS DE CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO. ISO/IEC 17025: Controle de Equipamentos de Medidas.
FÍSICA E QUÍMICA A 10º A. Medição em Química Medir Medida Medição Determinar o nº de vezes que essa grandeza contém outra escolhida como unidade. Resulta.
MEDIÇÃO, CALIBRAÇÃO E VERIFICAÇÃO EM BALANÇAS
Transcrição da apresentação:

Prof. Gustavo Fernandes de Lima <gustavo.lima@ifrn.edu.br> Medidas Elétricas Prof. Gustavo Fernandes de Lima <gustavo.lima@ifrn.edu.br>

Programa da aula Introdução Grandezas Sistemas de Medidas Classificação dos Erros Erros Absoluto e Relativo Características do Instrumentos Bibliografia

Introdução Definição de Medida Medir é estabelecer uma relação numérica entre uma grandeza e outra, de mesma espécie, tomada como unidade. No processo de medida, a grandeza que serve de comparação é denominada de grandeza unitária ou padrão unitário.

Introdução Definição de Medida (cont.) Medidas elétricas só podem ser realizadas com a utilização de instrumentos medidores, que permitem a quantificação de grandezas cujo valor não poderia ser determinado através dos sentidos humanos.

Breve Histórico Antiguidade medir as grandezas era bastante simples: usa-se as partes do próprio corpo, como o comprimento do pé, a largura da mão ou a grossura do dedo, o palmo, a passada, etc. com o surgimento das primeiras civilizações, exigia-se medidas padrões, que fossem as mesmas em qualquer lugar.

Breve Histórico Idade Média Ricardo I (reinou de 1189 a 1199, já no século XII) determinou unidades para comprimento. Datam desta época a jarda e o galão, até hoje usados pelos países de língua inglesa. Os padrões da Idade Média eram realmente criados pelos soberanos, primeiros interessados nas medidas dos valores de seus reinos.

Breve Histórico Idade Contemporânea Em fins do século XVIII, a diversificação de medidas era enorme, dificultando muito as transações comerciais. Na França, foi criada uma comissão de homens de ciência para a determinação e construção de padrões, de tal modo que fossem universais. Enfim, em 1960, na XI Conferência Internacional de Pesos e Medidas, foi adotado o Sistema Internacional de Unidades

Grandezas Fundamentais Classificação das grandezas Grandezas fundamentais Grandezas Fundamentais Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Intensidade de corrente ampères A Quantidade de matéria mole mol

Grandezas Elétricas Derivadas Classificação das grandezas (cont.) Grandezas elétricas derivadas Grandezas Elétricas Derivadas Grandeza Derivada Unidade Dimensão Símbolo Carga coulomb A . s C Energia joule m² . kg . s-2 J Potência watt m² . kg . s-3 W Tensão volt m² . kg . s-3 . A-1 V Resistência ohm m² . kg . s-3 . A-2 Ω

Sistemas de Medidas Sistema de unidades Sistema Internacional (SI) É um conjunto de definições que reúne de forma completa, coerente e concisa todas as grandezas físicas fundamentais e derivadas. Sistemas de unidades universais: CGS, MKS e SI. Sistema Internacional (SI) É derivado do MKS e foi adotado a partir dos anos 60 internacionalmente. É o padrão utilizado no mundo.

Noções de Padrão, Aferição e Calibração Padrão é um elemento ou instrumento de medida destinado a definir, conservar e reproduzir a unidade base de medida de uma determinada grandeza. Possui uma alta estabilidade com o tempo e é mantido em um ambiente neutro e controlado (temperatura, pressão, umidade, etc. constantes).

Noções de Padrão, Aferição e Calibração Padrão (cont.) – Exemplo: Corrente Elétrica: O ampère é a corrente constante que, mantida entre dois condutores paralelos de comprimento infinito e secção transversal desprezível separados de 1m, no vácuo, produz uma força entre os dois condutores de 2x10-7N/m. Na prática são utilizados instrumentos chamados “balanças de corrente", que medem a força de atração entre duas bobinas idênticas e de eixos coincidentes.

Noções de Padrão, Aferição e Calibração Aferir é o procedimento de comparação entre o valor lido por um instrumento e o valor padrão apropriado de mesma natureza. Apresenta caráter passivo, pois os erros são determinados, mas não corrigidos.

Noções de Padrão, Aferição e Calibração Calibrar é o procedimento que consiste em ajustar o valor lido por um instrumento com o valor de mesma natureza. Apresenta caráter ativo, pois o erro, além de determinado, é corrigido.

Classificação dos Erros Introdução Erros são inerentes a todo o tipo de medidas e podem ser minimizados, porém nunca completamente eliminados. Dividem-se em: Erros grosseiros Erros sistemáticos Erros aleatórios, etc.

Classificação dos Erros Categorias de erros Erros grosseiros: ocorrem por falhas de leitura do instrumento pelo operador ou sistema de aquisição. Ex: a troca da posição dos algarismos aos escrever os resultados ou o erro de paralaxe. Solução: repetir os ensaios pelo mesmo operador, ou por outros operadores.

Classificação dos Erros Erros grosseiros (cont.) Erro de paralaxe.

Classificação dos Erros Categorias de erros Erros sistemáticos: ocorrem pela deficiência do instrumento ou do método empregado e às condições sob as quais a medida é realizada. Dividem-se em: Instrumentais Ambientais

Classificação dos Erros Categorias de erros (cont.) Erro sistemático instrumental Inerentes aos equipamentos de medição. Ex: escalas mal graduadas, oxidação de contatos, desgaste de peças e descalibração. Solução: utilizar instrumentos de boa qualidade e fazer a manutenção e calibração adequadas.

Classificação dos Erros Categorias de erros (cont.) Erro sistemático ambiental Referem-se às condições do ambiente externo ao aparelho. Ex: temperatura, umidade, pressão, campos elétricos e/ou magnéticos. Solução: trabalhar em ambientes climatizados e providenciar a blindagem dos aparelhos em relação a campos eletromagnéticos.

Classificação dos Erros Categorias de erros (cont.) Erros aleatórios: também chamados de erros acidentais, devem-se a fatores imponderáveis (incertezas) Ex: ocorrência de transitórios em uma rede elétrica e ruídos elétricos provenientes de sinais espúrios. Solução: como não podem ser previstos, sua limitação é impossível.

Erros Absoluto e Relativo Introdução A palavra “erro” designa a diferença algébrica entre o valor medido Vm de uma grandeza e o seu valor verdadeiro, ou aceito como verdadeiro, Ve , ou seja: Onde o valor ∆V é chamado de “erro absoluto”.

Erros Absoluto e Relativo Introdução (cont.) Assim, o valor verdadeiro Ve da grandeza pode ser expresso da seguinte maneira: Quando o valor Vm encontrado na medida é maior que o valor verdadeiro Ve , dizemos que o erro cometido é “por excesso”. Quando Vm é menor que Ve , dizemos que o erro cometido é “por falta”.

Classificação dos Instrumentos Elétricos Introdução São características essenciais dos instrumentos elétricos de medição para uma utilização correta dos mesmos. Quanto à grandeza a ser medida amperímetro: para a medida de corrente; voltímetro: adequado para a medida de tensão; wattímetro: capaz de medir potência ativa; varímetro: para a medida de potência reativa;

Classificação dos Instrumentos Elétricos Categorias Quanto à grandeza a ser medida (cont.) fasímetro (ou cosifímetro): apropriado para a medida de defasagem (cos φ); ohmímetro: para a leitura de resistência; capacímetro: capaz de medir capacitância; frequencímetro: que mede freqüência, etc. OBS: Podem ser de operação em CC ou CA.

Classificação dos Instrumentos Elétricos Categorias Quanto à forma de apresentação dos resultados Analógicos Digitais

Classificação dos Instrumentos Elétricos Categorias Quanto à capacidade de armazenamento das leituras indicadores: fornecem o valor da medida no instante em que a mesma é realizada; registradores: armazenam certo número de leituras; totalizadores: acumulam o valor da grandeza medida.

Classificação dos Instrumentos Elétricos Categorias Quanto ao princípio físico utilizado: bobina móvel ferro móvel eletrodinâmico OBS: são características de medidores analógicos; já os digitais utilizam circuitos eletrônicos comparadores. bobinas cruzadas indutivo eletrostático

Classificação dos Instrumentos Elétricos Categorias Quanto à finalidade de utilização: laboratórios: aparelhos que primam pela exatidão e precisão; industriais: embora não sejam necessariamente tão exatos quanto os de laboratório, possuem a robustez apropriada ao trabalho diário sob variadas condições. Quanto à portabilidade de painel ou quadros de comando, fixos; de bancada, portáteis.

Bibliografia FILHO, Solon de M. Fundamentos de Medidas Elétricas. Rio de Janeiro : Editora Guanabara, 1981. BONFIM, Marlio. Medidas Elétricas. Disponível em: http://www.joinville.ifsc.edu.br/~roberto.sales/MED/Arquivos/apostila1a.pdf NEVES, Eurico G. C.; MÜNCHOW, Rubi. Medidas Elétricas. Disponível em: http://minerva.ufpel.edu.br/~egcneves/biblioteca/caderno_elet/cap_06.pdf

<gustavo.lima@ifrn.edu.br> Fim O B R I G A D O <gustavo.lima@ifrn.edu.br>