OS CLÁSSICOS Adam Smith (1723-1790) David Ricardo (1772-1823)

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Transcrição da apresentação:

OS CLÁSSICOS Adam Smith (1723-1790) David Ricardo (1772-1823)

ADAM SMITH * 1723 (Escócia) - † 1790 Segunda metade do século XVIII: início da 1ª Revolução industrial Professor de “Filosofia moral” da Universidade de Glasgow 1759: A Teoria dos Sentimentos Morais 1776: A Riqueza das Nações

Princípios de “A Riqueza das Nações” A Economia entendida como a ciência que se ocupa da “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações” Trabalho (entendido como atividade produtiva) é a fonte de riqueza das nações. A produtividade diferenciada entre países é tida como a explicação dos diferentes níveis de riqueza entre as nações.

Princípios de “A Riqueza das Nações” A produtividade é causada pela “eficácia do trabalho”, e esta provém da divisão do trabalho (e não das propriedades naturais da terra): Pelo aumento da destreza de cada trabalhador Pela economia de tempo decorrente da “racionalização do processo de trabalho” Pela invenção de um grande número de máquinas... permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos São duas as condições prévias para a divisão do trabalho: extensão do mercado (decorrente da “propensão natural à troca” e da facilidade de transportes) e abundância de capitais (derivados dos lucros conseguidos a partir do “produto líquido do trabalho” e utilizados como “capacidade de comandar trabalho”).

Princípios de “A Riqueza das Nações” A política mais favorável à ampliação dos mercados e do capital é a da liberdade do comércio. A maneira como o produto do trabalho é dividido entre os salários, renda fundiária e lucro é o que torna uma nação mais ou menos rica. “O valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a possui...e que tenciona trocá-la por outras, é igual à quantidade de trabalho que lhe permite adquirir. Logo, o trabalho é a medida do real valor de troca de todas as mercadorias”

ADAM SMITH “Não se vêem povos pobres em terras vastíssimas, potencialmente férteis, em climas dos mais benéficos? E, inversamente, não se encontra, por vezes, uma população numerosa vivendo na abundância em um território exíguo? Ora, se essa é a realidade, é por existir uma causa sem a qual os recursos naturais nada são, por assim dizer; uma causa que, ao atuar, pode suprir a ausência de recursos naturais. Em outros termos, uma causa geral e comum de riqueza, causa que, atuando de modo desigual entre os diferentes povos, explica as desigualdades de riqueza de cada um deles; essa causa dominante é o trabalho.” “Segundo seja maior ou menor a proporção existente entre o produto do trabalho – ou aquilo que no estrangeiro se adquire em troca desse produto – e o número de consumidores, encontrar-se-á a nação mais ou menos abastecida de todas as espécies de coisas necessárias ou cômodas de que necessite.” (“Introdução e Plano de Obra ” A Riqueza das Nações”)

DAVID RICARDO (1772-1823) Princípios de Economia Política e Tributação” - 1817 Teorias de desenvolvimento econômico e comércio internacional Teoria do Valor - valor da mercadoria determinado pela quantidade de trabalho Teoria da Renda da Terra Teoria das Vantagens Comparativas 7 7

DAVID RICARDO David Ricardo: todos os custos se reduzem a custos de trabalho e mostra como acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda. Desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria das vantagens comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista. Principal obra: “Principles of Political Economy and Taxation”-1817. Causa: conflito (antagonismo) entre indústria e agricultura. Sua principal contribuição foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir uma teoria do valor a partir da aplicação do trabalho. Outra contribuição foi a Lei do Custo Comparativo, que demonstrava os benefícios advindos de uma especialização internacional na composição dos commodities do comércio internacional. Este foi o principal argumento do Livre Comércio, aplicado pela Inglaterra, durante o século XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas.

DAVID RICARDO Em 1817, publicou sua obra capital, Principles of Political Economy and Taxation (Princípios de economia política e tributação), em que analisou as leis que determinam a distribuição do produto social entre as "três classes da comunidade": proprietários de terras, trabalhadores e donos do capital. Entre os princípios formulados por Ricardo encontra-se aquele segundo o qual todo trabalho produtivo, inclusive o agrícola, gera excedente econômico, isto é, riqueza. A terra não tem influência na determinação do valor, que é a quantidade de trabalho investida na produção de um bem. O capital é a cristalização do trabalho, quer dizer, uma reserva do trabalho já realizado. Suas teorias são, em sua dimensão política, uma tomada de posição a favor da burguesia industrial contra a classe ruralista. Exerceu grande influência no século XIX tanto entre os defensores do liberalismo e do capitalismo quanto entre seus opositores, como Marx. Em oposição ao mercantilismo, Ricardo formulou um sistema de livre comércio e produção de bens que permitiria a cada país se especializar na fabricação dos produtos nos quais tivesse vantagem comparativa. Um país tem vantagem em importar certos produtos, mesmo que possa produzi-los por custos mais baixos, se tiver vantagem ainda maior em comparação com outros produtos.

DAVID RICARDO A sua teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem beneficiar-se do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. Pois, Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro em um país nem o valor monetário desse dinheiro era o maior determinante para a riqueza de uma nação. Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes. Ao apresentar esta teoria, usou o comércio entre Portugal e Inglaterra como exemplo demonstrativo.

DAVID RICARDO A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. No exemplo construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal), dois produtos (tecidos e vinho) e apenas um fator de produção (mão-de-obra). A partir da utilização do fator trabalho, obtém-se a produção dos bens mencionados, conforme o quadro a seguir: Quantidade de Homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria Tecidos / Vinho Inglaterra 100 120 Portugal 90 80 Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo na produção de ambas as mercadorias. Mas em termos relativos, o custo de produção de tecidos em Portugal é maior que o da produção de vinho, e, na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos. Comparativamente, Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos.