Profª Sandra

O Romantismo é uma escola que surgiu aos poucos, desde fins do século XVIII. Vários autores estavam dispostos a mudar o estilo literário existente na época, buscavam liberdade de criação, não aceitavam mais o modelo do Classicismo, sentiam necessidade de uma paisagem exuberante, significativa e vibrante. Nesse ponto, o nativismo e o nacionalismo encontram apoio nos leitores para se desenvolver. Da forma clássica, as epopeias continuam (uso de heróis), o poema político (defesa da liberdade), o soneto (mas com tema diferente). Ganha força o teatro (faz crítica à sociedade e seus hábitos negativos). A escola Romântica está associada à tristeza e à melancolia.

O Romantismo não foi apenas uma manifestação literária, de fato, surgiu das necessidades burguesas de entretenimento. Considerado como um espírito de época, em que se destacavam todas as artes: a arquitetura, a pintura, a música e, essencialmente, a literatura. É, também, um modo de vida, refletia a economia, a política, a religião, os conceitos de pátria e de família daquele momento. A partir de 1789, com a Revolução Francesa, as classes sociais eram: o operariado crescente, a média e a alta burguesia, o campesinato e a nobreza decadente.

Esse movimento costumava fazer denúncias sobre a miséria social, a insatisfação (pessoal, profissional, social), a desilusão, a agressividade, o tormento da alma, a rebeldia, características que sugerem o mundo em conflito. Tudo isso fez com que, pouco mais tarde, aparecessem as repúblicas. Eram comuns, na época, os folhetins (romances narrados em capítulos, semanal/quinzenal/mensal, nos jornais), de acordo com o gosto da burguesia (que consome literatura e paga por ela) – histórias com finais felizes, trágicos, amores impossíveis entre pessoas de classes sociais diferentes. A burguesia era uma espécie de “dona” da produção artística que existia.

Origem do nome Romantismo Desde o fim da Idade Média, o nome “romantismo” já era usado para indicar certo tipo de poesia ou de prosa que expressasse o heroísmo, as narrativas galantes de cavaleiros, as emocionantes aventuras de amor e paixão, porém é do francês roman ou romanz que vem a designação para a escola literária. * roman ou romanz (francês) – paixão arrebatadora, profunda, sensível

Características *Subjetivismo (ou individualismo) – emprego do “eu” romãntico, pessoal, expressão interior. *Escapismo – fuga do mundo por meio da imaginação, idealiza um lugar, cria fantasia, foge para a infância, para lugares pitorescos, para a Idade Média, para a morte. *Ruptura com as regras clássicas – opção pela liberdade formal. *Idealização da mulher – a idealizada (intocável, angelical) ou a sedutora (sensual, erótica).

*Culto à natureza – fonte de inspiração, aparece de forma exótica, lugares desertos, intocados. *Sentimento revolucionário – sentimento de revolucionar o mundo (sair da mesmice). *Ilogismo – mistura de sentimentos (melancólico/alegre...). *Sonho – desejos (há um lugar onde tudo é possível) – uso de metáforas, imagens, símbolos. *O exótico e o pitoresco – busca pelo exótico, paradisíaco, pitoresco (original), encantador, diferente.

*Retorno ao passado – fuga para a Idade Média, repleta de mistério, com a presença do herói bom e correto. *Fé – presença de um profundo sentimento religioso em oposição à razão clássica. *Senso de mistério, misticismo – atração pelo oculto (dos seres, das coisas, dos fatos), relação com o macabro. *Patriotismo, nacionalismo – gosto pelo nacional. *Spleen – existência de uma tristeza sem medida, uma melancolia inexplicável, depressiva.