INTERDISCURSIVIDADE E INTERTEXTUALIDADE

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Transcrição da apresentação:

INTERDISCURSIVIDADE E INTERTEXTUALIDADE RELAÇÕES DISCURSIVAS INTERDISCURSIVIDADE E INTERTEXTUALIDADE

DISCURSO Exposição de determinada visão-de-mundo ou ideologia (maneira de pensar e agir socialmente); Capaz de permanecer historicamente, de se reeditar em sociedades e épocas diferentes; Não há discurso original; há, sim, estilos originais. Todo discurso é a reprodução de um anterior; Em regra, os discursos têm seus opostos, dadas as diferentes visões-de-mundo.

INTERDISCURSIVIDADE É a reprodução de um discurso (uma visão-de-mundo) em “textos” diferentes. A interdiscursividade pressupõe semelhança de idéias. Se as idéias são opostas, não há interdiscursividade, mas, sim, embate ou divergências discursivas. Não necessariamente intencional. Pode ocorrer devido a uma mesma visão de mundo que se dissemina nas sociedades.

Interdiscursividade: exemplos Discurso Liberal (a Direita): “O Estado não deve interferir na economia. Ela se ajusta por si só”. (Adam Smith – Economista Britânico – século XVIII) “Em ambientes de concorrência, deve deixar-se funcionar o mercado ”. (António Pires – Economista e Político português – século XX) “é a concorrência, com cada comerciante tentando vender mais que o outro, que derruba os preços, beneficiando toda a sociedade. O sistema só funciona, obviamente, se o governo não intervier, concedendo privilégios”. (Ruth Costas – Jornalista brasileira – século XX)

Interdiscursividade: exemplos Discurso Socialista (a Esquerda): “O Capitalismo, enquanto se reproduz em proporções cada vez maiores, reproduz também em número crescente a classe dos operários pobres”. (Karl Marx – Economista Alemão – século XIX) “Pelos campos, há fome em grandes plantações” (Geraldo Vandré – Músico Brasileiro – Século XX) “A cidade só cresce O de cima sobe e o de baixo desce” (Chico Science – Músico Brasileiro – Século XX)

Interdiscursividade Não-verbal Leda e o Cisne (Da Vinci – 1510) Classicismo A fonte (Ingres – 1856) Neo-classicismo

INTERTEXTUALIDADE Um “diálogo” entre textos; Implica na identificação e no reconhecimento de remissões a obras conhecidas, ou seja, depende de um conhecimento compartilhado entre produtor e receptor; Tem funções diferentes que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida; É, em geral, intencional.

Intertextualidade: exemplos Poema de sete faces (C. Drummond de Andrade) Quando eu nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai Carlos! ser gauche na vida. Até o fim (Chico Buarque) Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu estava predestinado A ser errado assim

Intertextualidade: Paródia Texto que perverte, escarnece ou ironiza a idéia de outro Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (Gonçalves Dias) Canto de Regresso à Pátria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra (Oswald de Andrade)

Intertextualidade: Paródia Texto que perverte, escarnece ou ironiza a idéia de outro Meus oito anos Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! (Casimiro de Abreu) Meus oito anos Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida Das horas de minha infância Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais (Oswald de Andrade)

Intertextualidade Não-verbal

Intertextualidade e Propaganda