Módulo: 24 – Expansão Cafeeira e Crise do Escravismo

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Módulo: 24 – Expansão Cafeeira e Crise do Escravismo História do Brasil Segundo Reinado Módulo: 24 – Expansão Cafeeira e Crise do Escravismo Módulo: 25 - Imigração e Industrialização

A divisão internacional do trabalho Com o desenvolvimento da Revolução Industrial, estabeleceu-se um sistema de divisão internacional do trabalho à base do mercado mundial. De início, o centro propulsor estava a Inglaterra, graças ao avanço considerável desse país quanto ao progresso tecnológico e de capitalização. Criaram-se, desse modo, as condições para uma especialização no plano internacional, com base na interdependência entre as economias de todas as partes do mundo. Aos países não industrializados, mas com abundantes recursos do subsolo, coube a função de fornecedores de matérias-primas e de gêneros alimentícios. Sob esses termos se colocou a economia brasileira no contexto mundial.

Os produtos Durante o Período Monárquico (1822-1889), as exportações brasileiras se concentravam em oito produtos agrícolas, sendo o mais importante o café e o açúcar, seguidos pelo algodão, fumo e cacau. De todos, o café foi sem dúvida o mais importante. Café: principal produto. Mercado externo (EUA/EUROPA). Alto valor. Solo (“terra roxa”) e clima favoráveis. Região Sudeste. Desenvolvimento dos transportes (estradas de ferro, portos). Desenvolvimento de comunicações (telégrafo, telefone). Desenvolvimento de atividades urbanas paralelas (comércio, bancos, indústrias).

ECONOMIA LATIFUNDIÁRIA ECONOMIA ESCRAVISTA ECONOMIA DE EXPORTAÇÃO ECONOMIA MONOCULTORA

A lavoura cafeeira Vale do Paraíba (RJ – SP): 1ª zona de cultivo. Início no final do século XVIII. Latifúndio escravista tradicional, sem inovações técnicas. Principal até aproximadamente 1860-70. Oeste paulista: 2ª zona de cultivo. Início aproximadamente a partir de 1850. Tecnologicamente mais avançado. Introdução do trabalho de imigrantes paralelamente ao escravismo. “Terra Roxa”.

Açúcar: decadência Concorrência externa. Açúcar de beterraba (Europa). Queda no preço. Outros produtos: Algodão (MA): importante entre 1861 e 1865 (18%) Guerra de Secessão (EUA) Borracha (AM e PA): importante a partir de 1880 (8%) II Revolução Industrial – automóveis. Couros e peles (6 – 8%) Fumo (2 – 3%)

BALANÇO ECONÔMICO DO II REINADO: EXPORTAÇÃO DE CAFÉ DÉCADA EXPORTAÇÕES 1851 – 60 49% 1861 – 70 45% 1871 – 80 57% 1881 - 90 61% Principais produtos exportados pelo Brasil Produtos secundários

Início da industrialização. A “Era Mauá” (1850 – 1870): Início da industrialização. Irineu Evangelista de Souza (Barão e Visconde de Mauá). Causas: Tarifa Alves Branco (1844): suspendeu as taxas alfandegárias preferenciais que a Inglaterra desfrutava desde 1810. Bill Aberdeen (1845): reação dos ingleses em deter todo e qualquer navio que faça tráfico de escravos africanos. Lei Eusébio de Queirós (1850): proibia o comércio intercontinental de escravos africanos. Mauá: o primeiro empresário capitalista brasileiro.

Imigração e industrialização A expansão da cafeicultura no Vale do Paraíba e na região do Oeste Paulista foi a responsável pela grande concentração de mão de obra escrava na região, no século XIX. Para que o café pudesse se desenvolver, havia necessidade de grande quantidade de mão de obra, principalmente na primeira fase, para que as matas fossem abertas, a terra preparada e, finalmente, fossem instaladas as roças. A imigração: Superação da crise do escravismo. Mito do “embranquecimento”. Necessidade de mão-de-obra (cafeicultura – sudeste). Ocupação e defesa (região sul). Crise econômica e social em países europeus.

Os sistemas de imigração nos cafezais: PARCERIA (fracasso) COLONATO (sucesso) Primeiro sistema introduzido (1847). Oeste Paulista (por volta de 1870), subvencionada pelo governo. Trabalho familiar camponês. Colono dividia lucros e prejuízos. Ficava com metade do produzido. Camponês recebia 2 salários: fixo anual e por produtividade. Colonos se endividavam (passagens, mantimentos, juros elevados...). Governo paulista pagava as passagens. Eventualmente era permitida uma pequena roça ao imigrante. Era garantido um pedaço de roça para subsistência ou comércio.

Em outras palavras: o Sistema de Parceria era uma forma de trabalho livre, que foi implementada pelo senador Vergueiro e acordado com os imigrantes; a remuneração era dada com parte da produção. O fracasso do sistema deu-se por diversas razões: O tratamento com os imigrantes; As dívidas acumuladas com os deslocamento (da Europa para O Brasil, e da cidade de São Paulo para o interior); A manutenção dos imigrantes, além das revoltas com os fazendeiros. OBS: o sistema foi substituído pelo assalariamento.

As transformações sociais A expansão cafeeira condicionou o surgimento de um novo grupo, cujo comportamento econômico e político difere dos latifundiários ligados aos ciclos anteriores. Como os empresários rurais, solucionavam o problema da mão de obra, com a imigração, substituindo o trabalho escravo pelo assalariado. Essa burguesia cafeeira do Oeste Paulista procura conciliar as estruturas políticas do Império com sua posição de classe dominante economicamente. Ante a inviabilidade de adequação do plano político às suas aspirações, esse grupo ligou-se ao movimento republicano.