JESUS: TENTAÇÕES E LIBERDADE As três tentações de Jesus: 1 - a tentação de ser importante e influente, 2 - a tentação de impressionar 3 - a tentação de.

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Transcrição da apresentação:

JESUS: TENTAÇÕES E LIBERDADE As três tentações de Jesus: 1 - a tentação de ser importante e influente, 2 - a tentação de impressionar 3 - a tentação de ser poderosos. São as estratégias que o mundo ainda hoje utiliza para nos desviar da missão de revelar Cristo ao mundo.

A primeira tentação com que o diabo abordou Jesus foi a de transformar pedras em pães. É a tentação do destaque pessoal, de fazer qualquer coisa útil e que possa ser apreciada pelas pessoas - de fazer da produtividade a base do nosso ministério.

«De que serve falar de Deus a pessoas famintas? É preciso dar- lhe alimento, abrigo e roupa. Precisamos de médicos para os tratar, advogados para os defender … O que tu podes fazer? O que tu podes oferecer?» É o tentador que está a falar! De tantas formas, leva-nos a acreditar que somos aquilo que produzimos. Para o mundo, o que importa é o produto final, os resultados visíveis, os bens tangíveis …

Quando Jesus foi tentado a transformar pedras em pão, disse ao tentador: «Nem só de pão vive o homem mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.» Jesus não negou a importância do pão, relativizou- a. Ele deu prioridade à Palavra de Deus, o alimento da alma.

O cristão se alimenta da Palavra de Deus. As realizações pessoais, a eficiência e a produtividade são elementos secundários. Não devem ser desprezados, mas também não devem tornar-se a base da nossa identidade. Jesus lança um desafio radical: deixar-nos moldar pela Palavra de Deus, que é Palavra de Vida eterna. A Palavra de Deus liberta-nos do mundo, pois passamos por este mundo, mas não lhe pertencemos. A Palavra de Deus liberta-nos dos medos e dos apegos mundanos e torna-nos capazes de continuar a dar testemunho da Sua presença neste mundo, mesmo quando os resultados são poucos ou invisíveis.

A Palavra de Deus desprende-nos de qualquer apego e torna-nos cristãos dispostos a acompanhar Cristo no seu caminho de esvaziamento. Confiando em Deus, resistimos à tentação de sermos influentes. Mesmo nas coisas pequenas e sem importância aos olhos do mundo, somos importantes para Deus, pois é Ele, só Ele, a fonte de toda a relevância.

O diabo levou Jesus até à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: "Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te- ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra"» (Mt 4,5-6). É a tentação de forçar a Deus a realizar obras sensacionais, extraordinários, - e depois obrigar as pessoas a acreditar.

A tentação de impressionar não diminuiu desde a época de Jesus. Caimos nela quando achamos que uma celebração tem valor se tem muitos participantes, quando atrai as câmaras de televisão … A nossa cultura está tão determinada pelas estatísticas, que não é fácil acreditar que uma manifestação qualquer tenha alguma importância se não envolver uma multidão de gente.

Temos dificuldade em acreditar, enfim, que o nosso Deus é um Deus que veio na forma pouco impressionante, nasceu pobre, viveu esquecido numa aldeia desconhecida, colocou-se na fila dos pecadores, assumiu a condição de servo, entrou em Jerusalém montado num jumento, e que foi morto como um criminoso comum. Mais, enviou um punhado de rudes pescadores a evangelizar o mundo. É isso que custa acreditar!

Queremos seguir Jesus, mas ainda, quase inconscientemente, nos descíamos conduzir pelos critérios do mundo: visibilidade, notoriedade, eficiência, quase que o valor da nossa pessoa dependesse daquilo que fazemos.

É verdade que a nossa sociedade é regida pelas estatísticas. Os maiores êxitos de bilheteira, os livros que melhor se vendem, os automóveis mais procurados, os atletas que batem recordes: estes são sinais de que temos diante de nós qualquer coisa que vale realmente a pena. Assim, preocupados com coisas fascinantes, nós, que temos sido espectadores a maior parte da nossa vida, mal podemos conceber que o que é desconhecido, insignificante e oculto possa ter algum valor.

Não é fácil superar a tentação de sermos importantes e influentes, até quando o valor da nossa pessoa depende daquilo que fazemos. Por isso procuramos sermos bem vistos, apreciados, amados, enfim, bem sucedidos. Como posso ser feliz se ninguém me presta atenção, me agradece ou reconhece o meu trabalho? Sei que é a minha insegurança interior a conduzir-me, mesmo assim, continuo a procurar a popularidade e o apreço. Infelizmente, essa fome nunca será saciada. Quanto mais apreciados somos, mais desejamos sê-lo. A fome de aceitação humana é como um barril sem fundo, que ninguém pode encher: nunca poderá ser satisfeita.

Jesus respondeu: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus. » De facto, a procura de prestígio pessoal é a expressão da dúvida que temos relativamente à forma plena e incondicional com que Deus nos aceita. Trata-se, de facto, de pôr Deus à prova. É o mesmo que dizer: «Não estou bem certo de que Tu gostas mesmo de mim, de que Tu me amas de facto, de que Tu achas mesmo que eu valho alguma coisa. Vou dar-te a oportunidade de mo demonstrares acalmando os meus medos internos com o apreço humano, e aliviando a minha baixa auto-estima com aplausos humanos.»

O verdadeiro desafio que nos é proposto é regressar ao centro, ao coração, e encontrar aí a voz suave que nos fala e nos confirma de uma forma que nenhuma voz humana alguma vez poderia fazê-lo. A base do nosso valor como pessoas está na experiência da aceitação - ilimitada e sem restrições - da nossa identidade de filhos bem-amados do Pai Celeste. Só esta experiencia profundo é que nos liberta da necessidade compulsiva de sermos vistos, apreciados e admirados, e nos conduz pelo caminho do serviço que veio para servir e dar a vida pelos demais.

Diz o apóstolo João: «Deus é amor. Nós amamos, porque Deus nos amou primeiro» (1Jo 4,7-8.19). É pela oração que chegamos a esse primeiro amor e compreendemos que não somos, de forma nenhuma, os votos que recebemos … mas sim o que Deus fez de nós, por amor: filhos da luz, filhos de Deus. Só esta comunhão íntima com Deus pode revelar-nos a nossa verdadeira identidade; só uma vida assim pode libertar-nos para agirmos segundo a verdade, e não segundo a nossa necessidade de coisas espectaculares.

A terceira e mais sedutora tentação a que Jesus foi submetido é a tentação do poder. 0 diabo mostrou a Jesus todos os reinos e o seu esplendor, dizendo: «Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares» (Mt 4,8-9).

De vária formas a nossa cultura nos impele a procurar o poder, tanto que é normal subir até ao topo, luar para que isso aconteça, de outra forma não servimos para nada, aos efeitos práticos. Esta forma de pensar é tão enraizada que fazemos de tudo para chegarmos a posições influentes, convictos de que o fazemos para bem do Reino de Deus.

Parece-nos quase impossível acreditar que algum bem possa provir da impotência total. Nesta sociedade competitiva é quase impossível imaginar que a desistência do poder é um bem. A convicção que impregna toda a nossa sociedade é que o poder é um bem e que aqueles que o possuem só podem desejar ter ainda mais poder.

O poder pode assumir multas formas: dinheiro, contactos, fama, capacidade intelectual, aptidões humanas. Tudo isto são formas de alcançar um certo sentido de segurança e controlo, e de reforçar a ilusão de que poderemos dispor da vida à nossa vontade. O poder cobiça sempre um poder maior, precisamente por ser uma ilusão. Apesar de sabermos isso, continuamos a convencer-nos a nós mesmos de que um poder maior acabará por satisfazer as nossas necessidades

Como seguidores de Cristo, somos enviados ao mundo nus, vulneráveis e fracos, podendo assim alcançar os outros homens, nossos irmãos, na sua dor e agonia, e revelar-lhes o poder do amor de Deus, transmitindo-lhes o poder do Espírito de Deus.

Jesus respondeu à tentação do poder com as seguintes palavras: «Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele prestarás culto.» As palavras de Jesus estão lá para nos recordar que só dando uma atenção total a Deus, atingiremos a verdadeira liberdade. Sem esta prioridade, a nossa acção torna- se egocêntrica, procura o prestígio pessoal, leva à manipulação, e a manipulação aos jogos de poder, os jogos de poder à violência e a violência à destruição - mesmo quando tudo isso aparece envolvido de boas intenções.

Só quando todo o nosso serviço encontrar a sua fonte e meta em Deus teremos a liberdade de amar. Servindo a humanidade, livres do desejo de poder, …. Felizes de continuar a servir, por amor de Cristo.

Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15,15). Para Ele o serviço e a amizade não são realidades distintas. Se procurarmos em primeiro lugar o Reino de Deus encontraremos o nosso verdadeiro eu, livre de qualquer afirmação pessoal e social; livre de servir, seguindo o caminho da fraqueza.

Não pertencemos ao mundo, mas a Deus. Seremos sempre tentados, de uma forma ou de outra, a procurar o nosso velho eu, a regressar ao Egipto e a rejeitar a loucura da cruz. Contudo, nos tornamos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo cada vez que fazemos nossas as suas palavras e respondemos ao tentador: «Afasta-te, Satanás... só ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás.»