Encontro Ciência 2010. Lisboa, 7 de Julho A ciência ecológica e o desafio da sustentabilidade Helena Freitas Centro de Ecologia Funcional Departamento.

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Transcrição da apresentação:

Encontro Ciência Lisboa, 7 de Julho A ciência ecológica e o desafio da sustentabilidade Helena Freitas Centro de Ecologia Funcional Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra, Portugal

De Deyn and Van der Putten, 2005

SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS Perda de biodiversidade Bens alimentares (oferta e procura) Produtos florestais (oferta e procura) Água doce (oferta e procura) Uso da água e perda de nutrientes Disponibilidade de água Precipitação e temperatura Transformação do solo Erosão e alterações do fluxo hídrico Perda e Fragmentação do habitat Perda de habitat Perda da diversidade genética dos alimentos Alterações na transpiração e albedo Alteração do habitat Alterações hidrológicas, CO 2 e temperatura Emissões de N, CH 4, N 2 O Redução da resiliência Alterações climáticas

ESTEPES CEREALÍFERAS (CASTRO VERDE E MÉRTOLA)

General view of ‘grazing’ land use category General view of ‘intermediate succession’ land use category

CENÁRIOS DE ABANDONO

Os ecossistemas humanizados e a exploração intensiva de recursos definem o nosso futuro; a ecologia deve assumir um papel mais activo na comunicação da investigação que produz e na influência das políticas e das decisões que afectam o meio ambiente. O conhecimento ecológico é essencial para o êxito da transição para a sustentabilidade. A ciência ecológica contribuiu muito para o conhecimento que hoje temos do mundo natural; importa reorientar a investigação, garantindo um futuro em que os sistemas naturais e o Homem, coexistem num planeta mais sustentável.

Resolver as necessidades humanas fundamentais, ao mesmo tempo que se preservam os sistemas que suportam a vida no planeta, é a essência do desenvolvimento sustentável. 1.A transição para um crescimento populacional sustentável; 2.A transição para um nível estável de utilização de recursos; 3. A transição para uma sociedade maioritariamente urbana.

Como se pode incluir a dinâmica entre natureza e sociedade, em modelos que integrem o sistema Terra, o desenvolvimento e a sustentabilidade? Como é que as tendências do ambiente e do desenvolvimento, incluindo o consumo e a evolução demográfica, estão a transformar, a longo prazo, as interacções natureza/sociedade de forma relevante para a sustentabilidade? O que determina a vulnerabilidade ou a resiliência do sistema natureza/sociedade em locais particulares e para determinados ecossistemas e a sobrevivência do Homem? Poderá a ciência definir os limites que denunciem as condições a partir das quais o sistema natureza/sociedade incorre em risco de degradação grave ou irreversível? Que sistemas de incentivo - incluindo mercados, normas, regras e informação científica - podem aumentar da forma mais efectiva a capacidade social para orientar as interacções entre a natureza e a sociedade no sentido de maior sustentabilidade?

O desafio da sustentabilidade ecológica depende cada vez mais dos países que viveram a revolução industrial, onde a população tem acesso a educação e qualificação profissional, bem como à participação livre e democrática nos processos de decisão. É nestes países que melhor se pode desmistificar a visão mundial dominante e deixar que a mensagem da sustentabilidade possa mais rapidamente conciliar o pensamento económico e a ecologia.