Questões Quinhentismo

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Transcrição da apresentação:

Questões Quinhentismo ENEM E VESTIBULARES

MEIRELLES, Victor. A primeira missa no Brasil, 1860 MEIRELLES, Victor. A primeira missa no Brasil, 1860. Óleo sobre tela, 268 x 356 cm. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (RJ).

1) Essa obra foi pintada no exterior entre 1858 e 1860 e exibida no Brasil somente em 1862. O tema explorado e a forma como os elementos foram compostos permitem identificar a função da obra em sua concepção, que foi: Reproduz fiel e objetivamente um acontecimento. Representar de forma idealizada um fato histórico. Resgatar a exuberância natural da paisagem brasileira. Ilustrar a resistência do índio aos rituais da Igreja católica. Registrar a participação da Igreja católica na conquista do Brasil.

A CARTA DE PÊRO VAZ DE CAMINHA   Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pêro Vaz de Caminha descreve como foi o contato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de 1500: "O Capitão quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés de uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, muito grande, ao pescoço (...) Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a ninguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro da terra. E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenava para a terra, e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata! (...) Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço, e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, por que não lho havíamos de dar! E depois tornou as contas a quem lhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de esconder suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam raspadas e feitas. O Capitão mandou pôr por de baixo de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçava-se por não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e, consentindo, aconchegaram-se e adormeceram". (COLEÇÃO BRASIL 500 ANOS, Fasc. I, Abril, SP, 1999.)   VOCABULÁRIO:  Alcatifa - tapete, carpete Fanadas - murchas. Coxim - almofada que serve de assento.

2) (Ufsc 2000) A propósito do texto, é CORRETO afirmar que: 01) Os tupiniquins ficaram constrangidos com a presença dos portugueses e logo abandonaram o navio. 02) Os tupiniquins, bastante comunicativos, falaram aos marinheiros que havia muita riqueza na terra descoberta. 04) Pelo trecho "... E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenava para a terra..." entende-se que os tupiniquins estavam dentro da embarcação portuguesa. 08) A expressão "... folgou muito com elas..." pode ser substituída por divertiu-se muito com as contas de rosário.   3) (Ufsc 2000) De acordo com o texto, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S): 01) Pêro de Vaz de Caminha, um dos escrivães da armada portuguesa, escreve para o Rei de Portugal, D. Manuel, relatando como foi o contato entre os portugueses e os tupiniquins. 02) Em "E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a ninguém", fica implícito que os tupiniquins desconheciam hierarquia ou categoria social lusitanas. 04) Nada, na embarcação portuguesa, pareceu despertar o interesse dos tupiniquins. 08) O trecho "... e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos", evidencia que havia problemas de comunicação entre o portugueses e tupiniquins.

4) UDESC (2015) Quanto à organização social de nossos selvagens, é coisa quase incrível – e dizê-la envergonhará aqueles que têm leis divinas e humanas – que, 1apesar de serem conduzidos apenas pelo seu natural, ainda que um tanto degenerado, eles se deem tão bem e vivam em tanta paz uns com os outros. Mas com isso me refiro a cada nação em si ou às nações que sejam aliadas; pois quanto aos inimigos, já vimos em outra ocasião o tratamento terrível que lhes dispensam2. Porque, em ocorrendo alguma briga (o que se dá com tão pouca frequência que durante quase um ano em que com eles estive só os vi brigar duas vezes), os outros nem sequer 3pensam em separar ou pacificar os contendores; ao contrário, se estes tiverem de arrancar-se mutuamente os olhos, 4ninguém lhes dirá nada, e eles assim farão. 5Todavia, se alguém for ferido por seu próximo, e se o agressor for preso, ser-lhe-á 6infligido o mesmo ferimento no mesmo lugar do corpo, por parte dos parentes próximos do agredido, e caso este venha a morrer depois, ou caso morra na hora, os parentes do defunto tiram a vida ao assassino de um modo semelhante. De tal forma que, para dizer numa palavra, é vida por vida, olho por olho, dente por dente etc. Mas, como já disse, são coisas que raramente se veem entre eles.   2 O autor tratou do assunto no capítulo XIV, “Da guerra, combate e bravura dos selvagens”. Olivieri, Antonio Carlos e Villa, Marco Antonio. Cronistas do descobrimento. São Paulo: Ed. Ática,1999, p.69.

1. Literatura de Informação   2. Romantismo 3. Modernismo ( ) A gênese da formação literária brasileira se encontra, basicamente, no século XVI, constituem-na os relatos dos cronistas viajantes. ( ) Oswald de Andrade reestrutura a Carta de Caminha em poemas, criando uma paródia e sugerindo uma releitura crítica da história do Brasil. ( ) A imagem do índio é resgatada por José de Alencar em obras indianistas. E assim, com tipos heroicos como Peri e Iracema, o autor cria em seus romances uma imagem gloriosa do povo indígena. ( ) A produção literária deste período foi marcada pela recuperação do passado histórico brasileiro, visto sob uma ótica às vezes crítica, outras irônica. ( ) Devido à ausência de um passado medieval, o indianismo foi um dos elementos de sustentação do sentimento nacionalista, o qual era característica deste período literário. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) 2 - 2 - 2 - 1 - 3 b) 1 - 3 - 3 - 3 - 2 c) 1 - 3 - 2 - 3 - 2 d) 2 - 3 - 2 - 1 - 3 e) 2 - 2 - 3 - 1 - 2

QUESTÕES DO BARROCO ENEM E VESTIBULARES

1. (Enem 2014) Quando Deus redimiu da tirania Da mão do Faraó endurecido O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Páscoa ficou da redenção o dia.   Páscoa de flores, dia de alegria Àquele Povo foi tão afligido O dia, em que por Deus foi redimido; Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. Pois mandado pela alta Majestade Nos remiu de tão triste cativeiro, Nos livrou de tão vil calamidade. Quem pode ser senão um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade O Faraó do povo brasileiro. DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.

Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por: a) visão cética sobre as relações sociais. b) preocupação com a identidade brasileira. c) crítica velada à forma de governo vigente. d) reflexão sobre os dogmas do cristianismo. e) questionamento das práticas pagãs na Bahia.

2. (Ufrgs 2015) Leia abaixo o soneto de Gregório de Matos Guerra, e Poesia, de Carlos Drummond de Andrade.   A certa personagem desvanecida Um soneto começo em vosso gabo: Contemos esta regra por primeira; Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo, Poesia Gastei uma hora pensando em um verso que a pena não quer escrever. No entanto de está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. Na quinta torce agora a porca o rabo; A sexta vá também d’ esta maneira: Na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi: Direi que vós, Senhor, a mim me honrais Gabando-vos a vós, e eu fico um rei. N’esta vida um soneto já ditei; Se d’esta agora escapo, nunca mais: Louvado seja Deus, que o acabei.

Considere as seguintes afirmações sobre os dois textos. I. Os dois poemas, embora reflitam sobre o fazer poético, encararam-no de modo diverso. II. A criação poética, para Gregório de Matos Guerra, é árdua, mesmo com a ajuda do rei e com a inspiração divina. III. A criação poética, para Drummond, é árdua, por ser um ato interno que requer persistência, pois nem sempre a inspiração gera um poema. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

A Jesus Cristo Nosso Senhor   Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir – responde por ele o mesmo santo que o arguiu – porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar. A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

3. (Ufrgs 2014) Considere as seguintes afirmações sobre os dois textos.   I. Tanto Padre Vieira quanto Gregório de Matos dirigem-se a Deus mediante a segunda pessoa do plural (vós, vos): Gregório argumenta que o Senhor está empenhado em perdoá-lo, enquanto Vieira dirige-se a Deus (E que fizestes vós...) para impedir que Jó seja perdoado. II. Padre Vieira vale-se das palavras e do exemplo de Jó, figura do Velho Testamento, para argumentar que o homem abusa da misericórdia divina ao pecar, e que Deus, de acordo com a ocasião e os argumentos fornecidos por Jó, inclina-se para o castigo no lugar do perdão. III. Tanto Padre Vieira como Gregório de Matos argumentam sobre a misericórdia e a glória divinas: assim como Jó, citado por Vieira, declara que Deus lhe deverá a glória por tê-lo perdoado; Gregório compara-se à ovelha desgarrada que, se não for recuperada, pode pôr a perder a glória de Deus. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III.