Seminário Regional de Catequese e Liturgia. Mistagogia  Mystes = Mistério  Agein = conduzir  Ser conduzido ou conduzir através do Mistério, para dentro.

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Transcrição da apresentação:

Seminário Regional de Catequese e Liturgia

Mistagogia  Mystes = Mistério  Agein = conduzir  Ser conduzido ou conduzir através do Mistério, para dentro do Mistério

 Enraizamento no Mistério  Ação mediadora na aproximação a esse mesmo Mistério (SCHREIBER )  Princípio fundante e dinamizador do caminho: Deus que se revela na história e convida a uma abertura existencial

 Mistério: realidade desconhecida, íntima, oculta, uma presença por se revelar.   É a História da Salvação, plenificada na encarnação, na redenção, na Páscoa de Jesus. É o Mistério pascal, ou Mistério de Cristo, Mistério da fé.

 Caminho de introdução, abertura e diálogo com o Mistério, um caminho vital e de integração do ser humano em suas muitas dimensões.  A mistagogia é compreendida como o fundamento e o caminho do processo

A Igreja antiga compreende o processo de ‘tornar-se cristão’ como uma progressiva introdução à vida nova revelada e oferecida em Jesus Cristo. “Fiunt non nascuntur christiani” – não se nasce cristão, chega-se a ser”.(TERTULLIANO)

 A mistagogia é a teologia que fundamenta as reflexões e a compreensão de iniciação.  É pedagogia porque é mediação entre a ação divina e a realidade pessoal, histórica e social.  Ela se dá a partir do diálogo que Deus vai tecendo amorosamente com cada pessoa e com cada comunidade  Eco da auto comunicação divina.

DIFERENTES SENTIDOS DE MISTAGOGIA (De acordo com obras dos sec. III e IV) Iniciação ao Mistério Instrução nos Mistérios divinos Exposição dos significados das Sagradas Escrituras Orientação, guia no caminho misterioso de Deus O próprio Mistério que se revela Ação Sacramental: Batismo e Eucaristia Celebrações dos ritos Tempo da Páscoa, incluindo o tempo quaresmal Povo de Deus a caminho Igreja, sacramento de Cristo no mundo

 Abertura e contemplação do Mistério divino que vem de dentro de cada fiel e de toda a comunidade do povo santo de Deus.  Condição de vida, assinalada por uma tensão incessante do Mistério divino, econômico, cósmico, escatológico  Novo modo de ser e de contemplar a realidade existente. (FEDERICI)

 Não é experiência sentimental, piedosa ou vagamente subjetiva.  Não se trata de um encontro ‘face a face’ com o Mistério divino.  Experiência inaugural, de um plano, no qual se adentra até o encontro definitivo. (TRIACCA)

“E o fim de todas as nossas explorações será chegar ao lugar de onde saímos e conhecê-lo, então, pela primeira vez”. ( T.S. Eliot)

 Anúncio da fé dialoga com as condições e com as questões que a pessoa humana traz em si.  Dinâmica que não se limita às exposições doutrinárias, mas dialoga com a busca da verdade experimentada na vida e na comunidade eclesial (K. RAHNER)

“...Antes de toda e qualquer pregação, Deus, pelo oferecimento de sua coparticipação no Espírito Santo, já é a pergunta e a resposta (ao mesmo tempo) no homem, mesmo que tal resposta permaneça não pronunciada”. (K. RAHNER)

 Mistagogia: verdadeira compreensão da ação evangelizadora, como mediadora da dinâmica salvífica, ciente de seus limites e em permanente diálogo com Deus:  pela meditação  pela oração  pela celebração comunitária  pela proclamação e hermenêutica da Palavra

Mistagogia...  Caminho místico, pois não compreende a revelação e a fé como dois momentos distintos, mas como inter- relacionados, um como parte integrante do outro.  A mensagem “ouvida” e compreendida começa a predispor o ser humano a uma mudança nas suas atitudes, no seu ser e pensar

 Pedagogia: diálogo de Deus com cada pessoa. Ele dá o primeiro passo e se revela para todos, amorosamente, sem pressa, sem se impor, convidando  Catequista – liturgo: mistagogo, eco, ponte  Abertura ao Mistério divino: somos sempre neófitos.  Nascemos do Mistério e estamos fundados nele.

 Via da EXPERIÊNCIA: encontro com Jesus  Parceria entre mística e pedagogia  Teografia  Não é a fé manualizada, mas de intimidade com o Mistério  Une liturgia, pedagogia divina, revelação, experiência pessoal e comunitária

 Na experiência cristã, o Mistério tem um nome: Jesus Cristo  Olhar pra Jesus é a experiência permanente do Mistério  Nunca totalmente decodificado. Permanece aberto  Tornar-se mais “crístico”  Performar-se, responder à identidade primeira

 Imbuir-se da certeza de que Deus conduz toda a humanidade e está presente em tudo  Graça que permanece  Responder ou fechar-se?  Atenção ao entorno, que deve nos conduzir à experiência do Mistério  Experiências medíocres não ajudam a vivenciar o Mistério  Cuidado com experiências de alienação e de fuga

 A Mistagogia está intimamente ligada à realidade do Mistério de Deus, está ordenada àquele Mistério do qual a liturgia é a epifania  É, ao mesmo tempo, conhecimento do Mistério contido nas Escrituras e conhecimento do Mistério contido na Liturgia

Referência Bibliográfica  BOSELLI, G. O sentido espiritual da Liturgia. Coleção Vida e Liturgia da Igreja, vol. 1. Brasília: CNBB, 2014  Secretariado Nacional de Liturgia. Antologia Litúrgica. Fátima, 2015  COSTA, R. F. Mistagogia Hoje. São Paulo: Paulus, 2014  __________ A Mistagogia em Cirilo de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2015