 Guerra dos Sete Anos ( ) – França e Inglaterra, motivada por disputas de regiões coloniais na América do Norte. Vitória da Inglaterra. Para recuperar os gastos provocados pela guerra, a Inglaterra pretendeu impor maior rigidez à dominação colonial que mantinha sobre as treze colônias americanas.  A atitude inglesa provocou, em contrapartida, uma série de reações lideradas por influentes setores da elite colonial americana, que desfrutava de relativa autonomia local. Acostumada com a negligência britânica com relação às suas colônias, a classe dominante americana não conseguia aceitar passivamente a aplicação do pacto colonial.

 Inglaterra impôs uma série de leis às colônias.  Lei do açúcar ( 1764) - estabelecia entre outras determinações, a proibição da importação do rum estrangeiro e cobrava taxas sobre a importação de açúcar ( melaço) que não viesse das Antilhas britânicas.  Lei do selo (1765) – cobrava uma taxa sobre os diferentes documentos comerciais, jornais, livros,etc.  Lei dos alojamentos (1765) – exigia que os colonos americanos fornecessem alojamento e alimentação às tropas inglesas.  Lei do chá ( 1773) concedia o monopólio da venda do chá nas colônias à Companhia das Índias Orientais. Revoltados com a concessão do monopólio, os comerciantes da colônia destruíram diversos carregamentos de chá que estavam nos navios da Companhia.

 Leis intoleráveis (1774) – para conter o clima de insubordinação que se espalhava pelas colônias, a Inglaterra adotou sérias medidas legais, que foram recebidas como intoleráveis. Essas leis determinavam o fechamento do porto de Boston e autorizavam o governo colonial inglês a julgar e a punir severamente todos os colonos envolvidos nos distúrbios políticos contra a Inglaterra.  O espírito de autonomia americano: fugindo das perseguições religiosas e das dificuldades econômicas, comunidades inteiras de protestantes emigraram para o Novo Mundo, com o sonho de construir na América um novo lar e uma nova sociedade independente e autônoma.  As colônias do Centro – norte –adotou-se uma produção agrícola – policultura, baseada na pequena e média propriedade rural- escapavam do rígido esquema de exploração impostos pelo sistema colonial – consumo interno e manufatureira, que era vendida para outras regiões da própria América.

 As colônias do sul – Nas colônias americanas do sul encontramos o desenvolvimento de uma produção agrícola dirigida ao comércio exterior, baseada na grande propriedade rural (latifúndio)e na utilização da mão-de-obra de escravos africanos.  Situada em uma faixa geográfica de clima mais quente, essas colônias especializara-se em produtos tropicais de exportação que correspondiam aos interesses metropolitanos (algodão, tabaco, etc.). Sendo mais dependentes da metrópole, as colônias do sul mostravam-se conservadoras e contrárias ao rompimento do pacto colonial.  A luta pela independência  Como protesto as leis intoleráveis foi realizado, na Filadélfia, um congresso com os principais representantes das colônias americanas, ocasião em que se elaborou um enérgico documento de protesto contra as autoridades inglesas.

 Nessa altura dos acontecimentos, o processo de independência já se desenvolvia de forma inevitável, sendo impulsionado, no plano filosófico pelas ideias iluministas de liberdade, justiça e combate a opressão política.  A declaração de Independência.  Em maio de 1775, realizou-se o segundo Congresso Continental da Filadélfia, que conclamou os cidadãos as armas e nomeou George Washington comandante das tropas americanas. No dia 04 de julho de 1776, surgiu a declaração formal de independência, preparada por um comitê de cinco membros, presidido por Thomas Jefferson.  A Declaração de independência dos Estados Unidos, inspirada nos ideais iluministas, defendia a liberdade individual e o respeito dos direitos fundamentais do ser humano.

 A Guerra de Independência. Podemos dividir a guerra pela independência em duas etapas:  Primeira etapa ( )- Período em que as tropas coloniais americanas lutaram praticamente sozinhas contra forças inglesas.  Segunda etapa ( )- Período em que as tropas coloniais americanas contaram com a ajuda financeira e militar de países aliados, como França, Espanha e Províncias Unidas. A participação da França foi decisiva para garantir a vitória final das forças americanas.  A Inglaterra só reconheceu oficialmente a independência das colônias americanas em 1783.

 Grande número de historiadores estadunidenses insiste em mostrar a importância do exemplo dos Estados Unidos, por eles chamada de revolução americana. ( movimentos anticolonialistas).  De fato, a mensagem de cunho iluminista presente na independência dos Estados Unidos expressa valores que ainda não se diluíram. Noções co direitos humanos, democracia, liberdade e justiça são bandeiras que ainda precisam ser hasteadas pelos povos oprimidos pelo mundo. É preciso, entretanto refletir sobre a dupla face da ideologia burguesa herdada do iluminismo: a teoria e a prática.  No plano interno, a independência não significou a liberdade de todos os que viviam nos Estado Unidos. A escravidão negra, por exemplo, foi mantida sendo alcançada a abolição da escravatura somente por meio da guerra de Secessão (1861/1865).

 No plano externo, os Estados Unidos sempre procuraram se apresentar como paladinos da democracia e da liberdade mundial. No entanto, foram assumindo, na prática, uma política imperialista de dominação, que representava a negação dos valores que defendiam.  Como primeira nação do continente americano a romper com a dependência colonial, os Estados Unidos tornaram-se tão forte que passaram a imprimir seus interesses econômicos às demais nações. Agiram bloqueando o autêntico processo de independência de outras nações aprisionando-as à sua área de influencia político- econômica.