Desastre da Samarco em Mariana (MG)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
IV SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE O USO DA ÁGUA NA AGRICULTURA I SIMPÓSIO ESTADUAL SOBRE USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA - Passo Fundo: 11 a 14 abril de 2011 Segurança.
Advertisements

AINEL: QUESTÕES AMBIENTAIS DE IVORÁ. Meio Ambiente e Uso dos Recursos Naturais Aspectos da nossa região.
Patrícia Generoso Thomaz Guerra - REAJA – Rede de Acompanhamento e Justiça Ambiental dos Atingidos Projeto Minas-Rio MINERAÇÃO.
Desertificação Trabalho realizado por: Miguel César nº 21 9ºB.
Oceano Pacífico Oceano Atlântico Oceano Atlântico Oceano Índico Oceano Índico Oceano Glacial Ártico Oceano Glacial Ártico Oceano Glacial Antártico Oceano.
Domínios Morfoclimáticos. Vegetação do Brasil Floresta Tropical Litoral do Brasil: Mata Atlântica Reduzida a menos de 10%. Latifoliada, ombrófila, densa,
PAMPAS. Título. VEGETAÇÃO. CARACTERIZADO POR UMA VEGETAÇÃO COMPOSTA POR GRAMÍNEAS 'PLANTAS RASTEIRAS E ALGUMAS ÁRVORES E ARBUSTÓS ENCONTRADOS PRÓXIMO.
TRABALHO DE GEOGRAFIA 1°A. Florestas do Brasil e suas respectivas regioẽs.
Agentes externos 6º Ano.
PERGUNTADOS GEOGRAFIA. A no final do séc. XVIII, para o escoamento das indústrias. B no séc. XX, quando várias cidades surgiram ao redor delas. C a partir.
REABILITAÇÃO DE FUNÇÕES HÍDRICAS ATRAVÉS DA INTERCEPTAÇÃO HORIZONTAL Projeto de MBH na sub-bacia do Alto Rio Grande, Nova Friburgo-RJ Jardel Costa Silva.
PERGUNTADOS GEOGRAFIA. 1 Os mapas abaixo foram, respectivamente, elaborados de acordo com critérios: A políticos e naturais B populacionais e ambientais.
Geografia Região Sudeste (I): a construção de espaços geográficos Fabrício Rodrigues.
III BIENAL DOS FUNDOS DE ÁGUA 17/06/2016 – BOGOTÁ
Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Licenciatura em Ciências Biológicas – Ecologia – Thiago Ruffo
Avaliação Longitudinal das Consequências Sócio-Ambientais do Acidente da Cataguases Papel sobre duas Comunidades de Pescadores no Vale Inferior do Rio.
Colégio Jesus Maria José
Fonte: revista Recreio, maio de 2012
IMPLICAÇÕES DE ACIDENTES AMBIENTAIS EM BARRAGENS:
Sociedade Mineradora.
Risco da Febre Amarela urbana: um retrocesso na saúde pública brasileira.
Situação das Matas Ciliares na Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira
AULÃO DA LIGA DE PROFESSORES
O Banco Instituição financeira múltipla, sociedade de economia mista, de capital aberto; Maior banco de desenvolvimento regional da América Latina;  Maior.
5º ano IN-TECH Tecnologia e Educação MATA ATLÂNTICA.
Desastre de Mariana Causas, Consequências e Cidadania
As visões dos Stakeholders sobre o Rio Doce:
Diversidade Biológica
A ATUAÇÃO OAB NO DESASTRE DE MARIANA - MG
Mata araucária Mata de araucária é uma formação vegetal brasileira que se desenvolve especialmente nos estados da região sul do país e em partes de relevo.
Professor Romildo Tavares
Histórico 14/07/1891 – Constituição Paulista cria Secretarias
Formação e uso do solo.
Nascentes Entende-se por nascente o afloramento do lençol freático que vai dar origem a uma fonte de água de acúmulo (represa), ou de cursos d’água.
O ouro no Brasil.
Eras Geológicas 7º ano Professor Amaro. O que são Eras Geológicas?? A origem, a formação e as contínuas transformações da Terra, assim como dos materiais.
Formação vegetal 6º Ano.
Pegada Ecológica Integrantes do grupo:
HIDROGRAMA ECOLÓGICO Benedito C. Silva.
BARROCO NO BRASIL O barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias.
África: aspectos físicos
Centro-Sul: a região mais rica e populosa do Brasil
OS OCEANOS Ensino Fundamental II – 7º Ano Ciências Naturais
A influência da Bacia Platina na Geopolítica Sul-americana
GASES ATMOSFÉRICOS Bruna Lopes Guy Jann Terra.
Aula: ECOLOGIA E GERENCIAMENTO DE RESERVATÓRIOS
Megamineração, Governos e Empresas
Avanços e desafios na gestão de barragens
A Indústria da Mineração em Minas Gerais
Diocese de Luz.
DOENÇAS NEGLIGENCIADAS São aquelas doenças causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, especialmente.
Rio Doce em Galileia, Minas Gerais
REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
Engenharia e Sustentabilidade – IFSC/Joinville
Em 5 de novembro de 2015 ocorreu o maior desastre ambiental já registrado no Brasil. A barragem de Fundão se rompeu, deixando um rastro de lama do distrito.
ILHA DA TRINDADE O PARAÍSO INACESSÍVEL CLICAR.
P e s c a. Introdução: A pesca é a prática de apanhar peixe na água, moluscos, crustáceos, etc…, para consumo próprio ou com fins comerciais ou desportivos.
Agentes externos 6º Ano.
Universidade Federal de Ouro Preto
Hoje vamos falar sobre cuidados com a água. Nós somos 70% água.
Brumadinho - desastre ou crime ambiental? Disciplina: Atualidade Professora: Midian Quelle.
Diversidade da Vida Angela Prochilo, Bruno Fancio, Julia Molina, Lucas Oliveira, Luísa Novara, Mariana Bressan.
Prof: Marcus Ferrassoli
Carta de Compromisso com os Princípios para a Proteção das Águas da
Região Sudeste 7º Ano.
DESERTIFICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE. Conceito de desertificação A desertificação, segundo a Convenção das Nações Unidas, é a degradação de terras nas zonas.
Sociedade Mineradora.
XIV CONGRESO DEL COMITÉ IBEROLATINOAMERICANO DE AIDA
Transcrição da apresentação:

Desastre da Samarco em Mariana (MG) Prof. Reginaldo Geopolítica e atualidades

a forte dependência da mineração foi acompanhada de um afrouxamento dos órgãos de controle e fiscalização do Estado de Minas Gerais, que não têm estrutura adequada para acompanhar uma atividade tão grande e intensa... ...vinte dias após a tragédia, o Legislativo mineiro aprovou projeto de lei proposto pelo governador Fernando Pimentel (PT) que acelera a concessão de licenças ambientais a empresas de mineração. Matéria da Folha de São Paulo

05 novembro de 2015 O pior acidente da mineração brasileira e o maior acidente com barragens no mundo;

Localização: município de Mariana (MG), no Quadrilátero Ferrífero Criada em 1942. Privatizada em 1997.

Quadrilátero Ferrífero

A causa da tragédia: rompimento da barragem de Fundão da mineradora Samarco (mineração de ferro), que é controlada pela Vale e pela anglo- australiana  BHP Billiton.

A Tragédia: com o rompimento da barragem, ocorreu uma enxurrada de lama que devastou o distrito de Bento Rodrigues, deixando um rastro de destruição à medida que avançava pelo Rio Doce.

Principais impactos sociais e econômicos: 600 famílias desabrigadas; 17 pessoas mortas; Suspensão do fornecimento de água nas cidades que margeiam o rio Doce; Proibição da pesca para 1250 trabalhadores; O investimento necessário para reposição das perdas ocasionadas pelo desastre, está orçado por uma consultoria dos EUA em US$ 5,2 bilhões. (maior da história para este tipo de evento). http://temas.folha.uol.com.br/o-caminho-da-lama/capitulo-1/mineracao-abre-cratera-faz-pico-de-montanha-sumir-e-cria-bairros-fantasmas-em-regiao-de-minas.shtml

Principais impactos ambientais: O acidente em Mariana liberou entre 50 e 60 milhões de m³ de rejeitos de mineração (32 milhões de m³ segundo a Samarco), que eram formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama;

A lama que atingiu as regiões próximas à barragem formou uma espécie de cobertura no local, que, ao secar, forma uma espécie de cimento (um “solo” pobre em matéria orgânica, tornando a região infértil), que impedirá o desenvolvimento de muitas espécies.

No caminho da lama... A lama atingiu o rio Gualaxo, que é afluente do rio Carmo, que deságua no Rio Doce (total de 663 Km de rios). À medida que a lama atinge os ambientes aquáticos, causa a morte de todos os organismos ali encontrados, assoreamentos e mudanças nos cursos dos rios, soterramento de nascentes e destruição da mata ciliar (total de 1.469 há. de vegetação).

A tragédia chegou no mar No mar, a lama afeta diretamente a vida marinha na região do Espírito Santo onde o rio Doce deságua no oceano. Biólogos temem os efeitos dos rejeitos nos recifes de corais de Abrolhos, um local com grande variedade de espécies marinhas.

O MAIOR ACIDENTE DE ROMPIMENTO DE BARRAGEM DA HISTÓRIA (Em milhões de m³)

O nível de impacto foi tão profundo e perverso, ao longo de diversos estratos ecológicos, que é impossível estimar um prazo de retorno da fauna ao local, visando o reequilíbrio das espécies na bacia” laudo técnico parcial do IBAMA