NOVA VISÃO DE BRASIL: TRANSFORMAR CRISE EM OPORTUNIDADE

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NOVA VISÃO DE BRASIL: TRANSFORMAR CRISE EM OPORTUNIDADE Cúpula Justina NOVA VISÃO DE BRASIL: TRANSFORMAR CRISE EM OPORTUNIDADE João Paulo dos Reis Velloso Junho - 2013

“O MODELO SE ESGOTOU”. Armando Castelar Pinheiro “O MODELO SE ESGOTOU” Armando Castelar Pinheiro* “PRECISAMOS DE ESTRATÉGIA DE LONGO PRAZO” Pedro da Motta Veiga e Sandra Polónia Rios** * “O Globo”, 30.5.2013. ** “O Globo”, 25.1.2012.

GRANDE AJUSTE ESTRUTURAL TRANSFORMAR CRISE EM OPORTUNIDADE, COMO FIZEMOS NA GRANDE DEPRESSÃO (ANOS 30) E NA CRISE DO PETRÓLEO (1973) GRANDE DEPRESSÃO (Anos 30) Brasil sustentou a renda do setor do Café, base do Modelo Agroexportador. E, com a mudança de preços relativos, reorientou-se para Novo Modelo, tendo a Industrialização como motor. Resultados: PIB voltou a crescer em 1931. De 1932 a 1939, o Crescimento do Produto Industrial foi de cerca de 10% a.a. GRANDE AJUSTE ESTRUTURAL

CRISE DE PETRÓLEO (outubro/1973) II PND, a partir de 1974, desacelerou a Economia e deslanchou Grande Programa de Investimentos, com prioridade para: Energia, principalmente Petróleo. Insumos Industriais Básicos e Segmentos de Bens de Capital. Resultados: Em 1984, Superávit Comercial foi de US$ 13 bilhões. Brasil havia passado de Grande Importador a Grande Exportador de Insumos Industriais Básicos. País tornou-se Grande Produtor de Petróleo (além do Programa do Etanol – “Proálcool”). Déficit em Conta Corrente: Zero, em 1984. GRANDE AJUSTE ESTRUTURAL

AGORA, PARA TRANSFORMAR CRISE EM OPORTUNIDADE, PODEMOS FAZER NOVO GRANDE AJUSTE ESTRUTURAL, ATRAVÉS DE CINCO GRANDES IMPULSOS, PARA ENTRAR NA ROTA DO BRASIL DESENVOLVIDO

PARA ISSO, NECESSIDADE DE VISÃO ESTRATÉGICA: “PLANEJAMENTO PARA A LIBERDADE”: (SALVADOR DE MADARIAGA). IMPULSIONAR AS FORÇAS CRIATIVAS DA SOCIEDADE, PRINCIPALMENTE NAS ÁREAS ECONÔMICA, SOCIAL E POLÍTICA,

INTERAGINDO COM INOVAÇÃO/TECNOLOGIA PRIMEIRO IMPULSO: DESENVOLVIMENTO HUMANO: TRANSFORMAR A EDUCAÇÃO, PARA QUE A EDUCAÇÃO TRANSFORME O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO Educação de Qualidade, universalizada pelo menos até o Ensino Médio (aprendizado – skills). INTERAGINDO COM INOVAÇÃO/TECNOLOGIA Códigos da Modernidade: Capacidade de Raciocinar, Capacidade de Comunicar-se, Capacidade de tomar Iniciativas, Capacidade de Criar, Capacitação em Informática e em Inglês. Aprendizado para toda a vida.

Sistema Educacional: como ter Educação de Qualidade – o que tem de ser dito (C.M.C.) sobre as Vulnerabilidades: superar Administração travada, politizada e que não presta contas, Professores não treinados para dar aulas, conteúdo demais, Aprendizado de menos, pais que não valorizam a Educação (na prática). Novo Modelo Financeiro para Universidades Públicas Federais.

SEGUNDO IMPULSO: TRANSIÇÃO PARA A ECONOMIA DO CONHECIMENTO – PARADIGMA ECONÔMICO DO SÉCULO Transição para a Economia do Conhecimento – Investimento em Intangíveis (Educação Superior, Tecnologias Genéricas – TICs, Tecnologias Específicas do Setor, Engenharia de Produto, Engenharia de Processo, Design, Logística). Conhecimento como a mais importante Arma competitiva da Empresa – o Recurso sem limite, a ser levado a todos os Setores da Economia, inclusive Primários (Agricultura, Mineração). E, também, a todos os Segmentos da Sociedade (inclusive os de baixa renda). Com isso, os Setores Primários tendem a desaparecer. E acontece a Inclusão Social (e também a Inclusão Digital).

TERCEIRO IMPULSO: ACESSO DO PAÍS À TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A Indústria Nacional se tornará digitalizada, com produtos diferenciados, ajustados ao gosto do cliente. E não há mais necessidade de produção em massa. A produção é por lotes. A Terceira Revolução tende a incluir a ideia da Nanotecnologia (produtos em dimensão mínima – um bilionésimo de um metro), em todas as formas de Produção. Então – “Nanotecnologia para todos”: “Materiais Inteligentes”; Sensores; Bioestruturas em Nanoescala; Captura, Transformação e Estocagem de Energia; Nanótica; Estruturas Magnéticas em Nanoescala; Nanofabricação; Nanoeletrônica.

Brasil tem grandes Oportunidades em Tecnologias do Século. Daí: Plano de Desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs). Plano de Desenvolvimento de Biotecnologia, à Base da Biodiversidade.

QUARTO IMPULSO: A INOVAÇÃO COMO CHAVE DO DESENVOLVIMENTO MODERNO (INOVAÇÃO É A ESTRATÉGIA GLOBAL DA EMPRESA) A Inovação não é uma das Estratégias da Empresa. Na Empresa Moderna, todos os Setores estão voltados para que a Inovação aconteça. “Muitos executivos temem arriscar. Perigoso é não arriscar. A falta de Inovação leva ao declínio da Empresa” (Nolan Bushnell, criador da Atari e “mentor” de Steve Jobs). Mas a Inovação não é fenômeno linear. Não acontece só na Empresa. “O que os fatos demonstram é que o estímulo à formação de Redes entre Empresas, Pesquisadores e Centros de Pesquisas é que promove a espiral de Inovação” (M.C.) (a “Hélice Tríplice”).

Desafio da Inovação em toda a Cadeia Produtiva. Importância dos “clusters” e Parques Tecnológicos (Brasil já tem 25 Parques Tecnológicos, e 15 em instalação). Desafio: transformar a Pequena Empresa Inovadora em arma secreta do Brasil (Universalização da Inovação). “QUALQUER TECNOLOGIA SUFICIENTEMENTE AVANÇADA É INDISTINGUÍVEL DA MAGIA” Arthur C. Clarke* * “Profiles of the Future”, Popular Library, NYC, 1977.

QUINTO IMPULSO: MOBILIZAÇÃO NACIONAL PELA COMPETITIVIDADE, PRINCIPALMENTE NA ÁREA INDUSTRIAL PRINCIPAIS DIMENSÕES Salto na Infraestrutura e Logística, criando Corredores de Exportação (voltados para o Exterior) e Corredores de Transportes (voltados para os Mercados Nacionais): Energia: Opção pela Energia Elétrica, Pré-sal como Grande Oportunidade, prioridade aos Biocombustíveis – Brasil como grande produtor de Petróleo e Gás (inclusive Gás de Xisto). Revolução nos Transportes Coletivos (Metrô, Trens de Subúrbio, VLT). E Brasil na liderança dos Veículos Elétricos (ou Híbridos).

Disseminação nas concessões de Rodovias, Ferrovias, Portos, Aeroportos – com remuneração (Taxa Interna de Retorno) atrativa para o Setor Privado. Estratégia Nacional de Acesso ao Mercado de Capitais – por Empresas Abertas e Fechadas, Grandes e Pequenas – mediante colocação de ações ou títulos de dívida. O Mercado de Capitais deve passar a ser um amplo e poderoso caminho para o financiamento das Empresas (IBMEC tem propostas concretas).

FUNDAMENTOS Condições Macroeconômicas Favoráveis: o Trinômio Câmbio-Inflação-Ajuste Fiscal permanente. Com um destaque: a Taxa de Investimento em Capital Fixo é, hoje, de cerca de 17% do PIB. Meta: 22% de 2015 para frente. Só haverá grandes Investimentos no Governo se ocorrer a contenção das Despesas de Custeio, que hoje engolem quase toda a enorme carga tributária do País: 38% do PIB. A Questão Política – o maior problema do País. Necessidade de pelo menos cinco a seis bons Partidos Políticos, com um mínimo de conteúdo programático, corresponsáveis pela Agenda de Reformas, corresponsáveis pela Estratégia de Desenvolvimento. E em condições de fazer funcionar um bom Congresso Nacional. Nova Agenda de Reformas.

NA ROTA DO BRASIL DESENVOLVIDO BRASIL – PAÍS DESENVOLVIDO Se soubermos realizar esses grandes impulsos, estaremos superando o Drama Brasileiro (ter Grandes Oportunidades e não saber aproveitá-las), e COLOCANDO O BRASIL NA ROTA DO DESENVOLVIMENTO (BRASIL, PAÍS DE CLASSE MÉDIA). NA ROTA DO DESENVOLVIMENTO, TEMOS DE TRANSFORMAR FAVELA EM OPORTUNIDADE, EM TODO O PAÍS. E MAIS ADIANTE: BRASIL – PAÍS DESENVOLVIDO (EM DUAS, TRÊS DÉCADAS)

João Paulo dos Reis Velloso Presidente do FÓRUM NACIONAL Tel.: (21) 2212 5200 jpvelloso@inae.org.br