ANÁLISE DAS CAPACIDADES TERMICAMENTE ISOLANTES DE AEROGÉIS DE CELULOSE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA Sugestão de proposta de atendimento para casas sem isolamento térmico de uma comunidade carente Fenômenos de Transferência.
Advertisements

CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA DA β (1  6)-D-GLUCANA LASIODIPLODANA PRODUZIDA PELO FUNGO Lasiodiplodia theobromae MMPI Mário A. A. da Cunha 1*, Henrique E. Zorel.
PESQUISA DE MERCADO Prof. Nilton Almeida
Análise de Tese: Utilização da reflectância espectral para a estimativa de pigmentos fotossintéticos em dosséis de soja Tese da aluna Clotilde Pinheiro.
DIAGNÓSTICO DO USO DO GESSO E DA DESTINAÇÃO DOS SEUS RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM RECIFE Tiago Deodato Silvestre Orientador: Profª. Drª. Cecília Maria.
Site: UNIDADE 4 Capítulo 21 Site: 21 – Transmissão de Calor.
Introdução e Conceitos.
Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão XVI JEPEX 2016
RDC nº 36/2015 Caracterização de amostras e estudos de estabilidade para transporte Juliana Costa Curta GERÊNCIA DE PRODUTOS PARA DIAGNÓSTICO IN VITRO.
Medições – parte I: Precisão.
Proposta de determinação de dióxido de nitrogênio com uso de amostrador passivo e determinação por tratamento de imagens obtidas por celular Pedro Augusto.
TÍTULO: Subtítulo IV SIMPÓSIO DE EXTENSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TÍTULO: Subtítulo Fulano de TAL1, Fulano de TAL2
TÍTULO DO PROJETO NOME DO BOLSISTA NOME DOS VOLUNTÁRIOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Análise qualidade da água
TÍTULO DO TRABALHO (FONTE ARIAL, CENTRALIZADO)
Narjara Prates Gonçalves Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Operação de sistemas de trigeração com diferentes arquiteturas e em função de demandas de eletricidade, aquecimento e refrigeração DEM – Departamento de.
O calor perdido aumenta a temperatura do ambiente.
Resultados e discussão
24ª Mostra de Pôster – FATEC 2017
TÍTULO DO TRABALHO: subtítulo (se houver) Autor (es) 1:
I Semana Acadêmica Integrada
TÍTULO: Subtítulo RESUMO 2. Metodologia 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Secagem de Bananas (Musa ssp): Prata e da Terra
PPGT Aluno: Arthur Neiva Fernandes Disciplina: Prática Científica
II Encontro de Estágio Supervisionado de Pedagogia/URCA
Radiação , Condução e Convecção
Autor *, coorientador, orientador
Estudo do perfil fractal de fratura de cerâmica vermelha.
Estatística Descritiva
25ª Mostra de Pôster – FATEC 2017
Breno N. Faria, Indiara Kely e Roberto R. Cardoso
aplicação de RMN de 1H para a quantificação de
Capítulo 01: Introdução.
Referência Bibliográfica Resultados e Discussão
Autor *, coorientador, orientador
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE LICOPENO EM TOMATES E DERIVADOS
MICROECONOMIA Aula 6 – Análise da Teoria da Produção.
TÍTULO: Subtítulo Nome1 1. programa, Instituição,
Profa. Dra. Andreia Adami
RESULTADOS E DISCUSSÃO
26ª Mostra de Pôster – FATEC 2018
Amostragem do banco de semente e flora emergente de plantas daninhas
Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão XVI JEPEX 2016
Condutividade térmica
TÍTULO DO TRABALHO Nome e Sobrenome do autor1; Nome e Sobrenome do autor 2; Nome e Sobrenome do autor 3 1Titulação, Instituição, Cidade, Estado, .
APRESENTADOR TÍTULO INSTITUIÇÃO Maceió – AL 2017.
Variância e Desvio padrão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA RESULTADOS E DISCUSSÕES
QUÍMICA Prof. Alonso.
Fatores e elementos climáticos Aula 2
TÍTULO DO TRABALHO (FONTE ARIAL, CENTRALIZADO)
NomeAutor1, NomeAutor2, NomeAutor3, NomeAutor4, NomeAutor5, NomeAutor6
Título: fonte Calibri tamanho 48
TÍTULO DO TRABALHO INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
TÍTULO EM LETRAS MAIÚSCULAS (TAHOMA - 72)
Ana Luísa Moura Dias Gonçalves
Nome do autor – Instituição a que se vincula
Ciência Tecnologia e Mudanças Sociais
E.E. Priscila Fernandes da Rocha Referências bibliográficas
O que você deve saber sobre
FEBRACE – 17ª FEIRA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS E ENGENHARIA
TITULO INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÃO
Raisa Maria Emanuelle Cunha Costa¹ ; Luciana Cavalcanti Azevedo²
X Simpósio de Pesquisa e Inovação
NomeAutor1, NomeAutor2, NomeAutor3, NomeAutor4, NomeAutor5, NomeAutor6
Transcrição da apresentação:

ANÁLISE DAS CAPACIDADES TERMICAMENTE ISOLANTES DE AEROGÉIS DE CELULOSE CNPq/PIBIC Afonso Henrique C. Soares, Vitória B Zampieri, Lídia K. Lazzari e Camila Baldasso Introdução Os valores de massa específica e porosidade foram próximos aos encontrados por Lazzari et al.3 de 0,016 g.cm-3 e 97%, Zanini et al.4 de 0,024 g.cm-3 e 97% e Jin et al.5 de 0,02 g.cm-3 e 96,8%. A morfologia avaliada através da micrografia apresentada na Figura 2, mostra que os aerogéis possuem estrutura altamente porosa, cerca de 96% do seu volume é composto de ar. Essa estrutura está diretamente relacionada ao tamanho e distribuição dos cristais de gelo formados durante o congelamento da suspensão de celulose. No ensaio condutividade térmica realizado para a lã de rocha, encontrou-se o fluxo de calor trocado no sistema, 36,29 W.m-2. Com isso, foi realizado o ensaio para o aerogel de celulose, duas amostras foram utilizadas para maior credibilidade dos resultados. Na Tabela 1 são apresentados os dados utilizados para o cálculo da condutividade térmica. Aerogéis de celulose são caracterizados como materiais de baixa densidade, elevada área superfícial interna e alta porosidade¹. Essas características conferem ao aerogel baixa condutividade térmica tornando propício para a utilização como isolante térmico. Além disso, a utilização da celulose para a produção de aerogéis é interessante, já que a mesma é abundante no meio ambiente tornando-se uma fonte econômica e renovável2. Objetivo O objetivo do trabalho é produzir aerogéis de celulose e determinar suas características térmicas visando seu uso como isolante térmico. Metodologia Os aerogéis foram produzidos a partir de uma suspensão de 3,0% (m/m) de fibra curta branqueada da espécie Eucalyptus sp. em água destilada, obtida por fibrilação mecânica em um micronizador Masuko Sangyo - modelo MKCA6-2J por 5 horas. A suspensão foi acondicionada em moldes quadrados com 10 cm de lado e congelados em um ultrafreezer a -80ºC durante 72 horas. Em seguida, as amostras foram liofilizadas em liofilizador Lio Top – modelo L101 durante 121 horas para a sublimação do gelo. Os aerogéis foram produzidos em duplicata para uma maior compreensão dos resultados. Os aerogéis foram caracterizados quanto a massa específica, porosidade e microscopia eletrônica de varredura por emissão de campo. O ensaio de condutividade térmica foi realizado conforme esquematizado na figura 1. Nele, há um resistor, na placa superior, que fornece calor ao sistema. Em cada placa há um transdutor de calor, dessa forma é possível medir a diferença de temperatura (ΔT) em cada prato. Entre os pratos, posiciona-se a amostra. Para evitar a perda de calor para o meio externo, uma manta foi posicionada sobre o equipamento. Tabela 1 – Condutividade térmica do aerogel de celulose. Amostra Espessura (m) ΔT (°C) q (W/m²) k (W/m°C) Aerogel 1 0,017 -24,00 36,29 0,025 Aerogel 2 0,019 -25,38 0,027 Média aerogel 0,018±0,001 24,69±0,69   0,026±0,001 Analisando os dados da tabela 2, a condutividade térmica mensurada para o aerogel de celulose foi de 0,026 W.m-1.ºC-1. O valor encontrado demonstrou que o aerogel possui bom desempenho como isolante térmico, apresentando um coeficiente de condutividade térmica (k) muito semelhante a isolantes comercialmente utilizados, como o poliestireno expandido (0,035 W.m-1.ºC-1)6 ou o poliuretano (0,025-0,035 W.m-1.ºC-1)6. Conclusões Neste trabalho foi produzido um aerogel de celulose, com o intuito de avaliar a condutividade térmica deste material. A demanda por materiais alternativos e mais sustentáveis implica no desenvolvimento de técnicas de produção de materiais inovadoras, sem, no entanto, afetar a qualidade do produto. Neste contexto, o aerogel de celulose parece muito promissor. Além de ser feito do polímero natural mais abundante do planeta Terra e ser totalmente renovável, sua performance no isolamento térmico é muito semelhante a de outros polímeros disponíveis no mercado. Figura 1 – Esquema do ensaio de condutividade. Resultados e Discussão O aerogel de celulose produzido é apresentado na Figura 2. A massa específica do aerogel foi de 0,02 g.cm-3 e a porosidade de 96% Referências bibliográficas [1] DU, A.; ZHOU, B.; ZHANG, Z.; SHEN, J.  Materials, v. 6, n. 3, p. 941-968, 2013. [2] KORHONEN, J. T.; KETTUNEN, M.; RAS, R. H. A.; IKKALA, O. Applied Materials & Interfaces, n. 3, p. 1813-1816, 2011. [3] LAZZARI, L. K.; ZAMPIERI, V. B.; ZANINI, M.; ZATTERA, A. J.; BALDASSO, C. Cellulose, v. 24 , p. 3421-3431, 2017. [4] ZANINI, M; LAVORATTI, A.; LAZZARI, L. K.; GALIOTTO, D.; PAGNOCELLI, M.; BALDASSO, C.; ZATTERA, A. J. Cellulose, v. 24, p. 769-779 , 2016. [5] JIN, C.; HAN, S.; LI, J.; SUN, Q. Carbohydrate Polymers, n. 123, p. 150-156, 2015. [6] PROTOLAB. Disponível em: www.protolab.com.br Acesso em: 05, agosto 2017. Agradecimentos Figura 2 – Aerogel de celulose: (A) vista superior, (B) vista lateral e (C) micrografia do aerogel.