Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Semana Universitária 2016: Diferenças que somam, ideias que multiplicam 22º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 13º do Distrito Federal: Sustentabilidade – o futuro em nossas mãos Determinação de Ditiocarbamatos em Morango pelo Método Espectrofotométrico Moraes, Andréa S1. da S.; Conceição, Maria Hosana2. 1. Graduanda do curso de Farmácia – UnB; 2. Professora do departamento de Farmácia – FCE/UnB. Introdução Resultados A Figura 1, ilustra a curva padrão de CS2. O valor de R2 expressa a boa linearidade do método, além disso, pelos dados de concentração plotados no eixo x, é possível observar que o método permite calcular concentrações de ditiocarbamatos, como CS2, em até 0,20 ppm. Esse valor é muito satisfatório para análises de rotina em laboratórios analíticos. A quantidade de resíduos de ditiocarbamatos encontratradas nas amostras analisadas variou de 0,20 a 0,47 mg CS2/kg de morango. A crescente demanda na produção de frutas, grãos e hortaliças, levou os agricultores a utilizar uma grande variedade de agrotóxicos para garantir a produtividade. Por outro lado, o uso indiscriminado desses agrotóxicos pode colocar em risco a saúde dos agricultores, das suas famílias, do meio ambiente, e também dos consumidores (Araújo et al., 2007). Os níveis de ditiocarbamatos em alimentos podem ser determinados, indiretamente, através do gás dissulfeto de carbono (CS2), que pode ser quantificado por espectrofotometria ou cromatografia gasosa. No método espectrofotométrico, o CS2 formado pela hidrólise ácida do fungicida presente na amostra é complexado com a mistura de acetato cúprico, dietanolamina em etanol. O complexo formado de dimetilditiocarbamato cúprico é quantificado a 435 nm usando uma curva padrão de CS2 (CONCEIÇÃO, 2002). A Tabela 1, ilustra as estruturas químicas dos ditiocarbmatos. Conclusão e Perspectivas De posse desses resultados e considerando o LMR (Limite Máximo de Resíduo) de ditiocarbamatos em morango como sendo de 0,20 mg de CS2/Kg de morango, torna-se necessário realizar um maior número de análises para avaliar a quantidade real de resíduos dos fungicidas ditiocarbamatos que estão presentes nas amostras de morango. Objetivos Determinar os níveis de resíduos de ditiocarbamatos no morango produzido na zona rural de Brazlândia, DF e realizar uma atualização na revisão bibliográfica dos métodos analíticos, mais utilizados dos últimos cinco anos, para a análise de resíduos de ditiocarbamatos em alimentos. Referências Metodologia ARAÚJO, A.J. et al. Exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à saúde: estudo transversal em amostra de 102 trabalhadores rurais, Nova Friburgo, RJ, Ciência e Saúde Coletiva, v.12, p.115-130, 2007. CONCEIÇÃO, M.H. Resíduos de pesticidas em tomates: metodologia analítica e avaliação de exposição humana. Tese de doutorado, UnB, Brasília, 2002. SILVA, R. C. Comparação entre métodos cromatográficos, empregando GC- ECD, GC-MS, e escpectrofotométrico para determinação de ditiocarbamatos em alface. 2005. Tese (Doutorado) - Faculdade de Química - Universidade Federal de Santa Maria. Neste trabalho, o método usado para determinação dos fungicidas ditiocarbamatos em amostras de morango coletadas na Zona Rural de Brazlândia, foi o espectrofotométrico. Esse método utiliza um sistema vertical, desenvolvido na Universidade de Brasília, onde a amostra de morango sofre hidrólise ácida para liberar dois mols de dissulfeto de carbono CS2 que em seguida reagem com a solução complexante para resultar numa mistura de cor amarela. A quantidade do fungicida presente no morango é determinada na curva de calibração da absorbância versus concentração de CS2. Para traçar a curva padrão foram preparadas soluções diluídas do padrão de dissulfeto de carbono. As soluções foram lidas no espectrofotômetro no comprimento de onda de 430nm. A revisão da literatura foi feita usando a base de dados do Periódicos Capes com as palavras-chave: ditiocarbamatos, morango, espectrofotometria. APOIO: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF Universidade de Brasília. 203