TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Marcia Cabral Enfermeira
Advertisements

ISOLAMENTO DO PACIENTE
Prevenção de Infecções Risco Biológico
Pérfuro-cortantes. Pérfuro-cortantes O que são Pérfuro-cortantes? Todo material que possa provocar cortes ou perfurações.
Reino Monera Prof. Valéria
Influenza A H1N1 Como se prevenir!
As principais portas dos agentes infecciosos
Professora e enfermeira : Carla gomes
Racionalização da Higienização das Mãos
Normas de Biossegurança
VIROSES Prof Edilson Soares
Universidade Federal de Pelotas Centro de Biotecnologia
PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE AGENTES INFECCIOSOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE CDC 2007 GUIDELINE DE PRECAUÇÕES PARA ISOLAMENTO Hospital de Pronto Socorro Direção.
PROF/ENFª. TATIANY CAVALCANTE
Vírus: Os únicos seres acelulares
O PAPEL DA LAVANDERIA NO CONTROLE DE INFECÇÃO Profa. Dra
Sergio Rosemberg FMUSP Disciplina de Neuropatologia
ORIENTAÇÕES PARA PAIS, ALUNOS E EDUCADORES NO COMBATE AO VÍRUS H1N1
ISOLAMENTO.
Acidentes com materiais biológicos
Desinfecção e Esterilização
Um problema de saúde pública que você pode evitar.
ASSEPSIA, ANTI-SEPSIA E ESTERILIZAÇÃO
DESCONTAMINAÇÃO.
Higienização das Mãos.
Prevenção da Gripe A (H1N1)
HEPATITES VIRAIS PET FARMÁCIA UNIFAL – MG
Meningite.
PLANO DE INTERVENÇÃO Gripe A (H1N1)
O que é Influenza A(H1N1)?.
Auxiliar em Saúde Bucal – EAD Prof.: Catarine Grisa
Biossegurança em Odontologia
GRIPE A.
Segurança Ocupacional
UTILIZANDO O POWER POINT
BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE NA COZINHA
Sempre manter os produtos sob temperatura adequada.
DDS sobre Leptospirose
Cuidado com a GRIPE!.
Acidente com material perfuro-cortante
O que teriam em comum uma criação de aves e um laboratório de análise médica? Uma farmácia e um consultório odontológico? Um zoológico e um necrotério?
Técnicas Assépticas 1.Introdução A existência de microrganismos no ambiente Justifica a aplicação de técnicas que produzem O seu número e proporcionam.
Higienização das mãos de Profissionais de Saúde
Prevenção de Infecção.
Manuseio de Material Estéril
Acelulares; Bem menores que as bactérias; São vistos apenas ao microscópio eletrônico; Formados por uma capsula de proteína envolvendo o material genético.
Níveis de biossegurança
Principais medidas de barreira na prevenção das IRAS
Capacitando Novos educadores
Autoclave Esterilização por vapor saturado sob pressão.
Isolamento de contato e precauções contra bactérias multirresistentes
Desinfecção e Esterilização. Gerenciamento de Resíduos.
MICROBIOLOGIA E HIGIENE NO REFEITÓRIO
Higiene e Prevenção de Doenças
IFRR CME Prof. Daniela Trindade.
Profº Enf. Rosangela Rosa
Cuidados Preventivos: Assepsia e Controle de Infecções
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Montagem do Serviço de Fisioterapia
INFLUENZA A (H1N1) GRIPE SUÍNA.
HIGIENE e MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS ESTÉRIEIS
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
Doenças que podem ser evitadas pelo simples hábito de lavar as mãos
Profª.Ms. Alexander de Quadros
Bactérias Aula 1 Professora Natália. A célula bacteriana Micro-organismos unicelulares Procariontes Isoladas ou colônias 4 componentes fundamentais.
Prevenção de INFECÇÃO Manuseio de materias.
GRIPE A(H1N1). GRIPE A O que é o novo vírus da Gripe A(H1N1)? É um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos; Contém genes das variantes humana,
MÉTODOS DE ASSEPSIA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
Enfermeira: Neusa Acadêmica : Alissa
Transcrição da apresentação:

TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS 1º MODULO - APH LIÇÃO 02 B BIOSSEGURANÇA

OBJETIVOS Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os capacitem a: Definir o termo “doenças infecto-contagiosas”; Indicar os principais meios de transmissão de uma doença infecto-contagiosa na atividade de resgate; MP 3-1

OBJETIVOS 3. Enumerar as precauções padrão de biossegurança no atendimento de uma vítima; 4. Indicar as medidas a serem adotadas pós-exposição a uma doença infecto-contagiosa; 5. Efetuar a desinfecção de materiais e equipamentos de uma Unidade de Resgate; 6. Executar a descontaminação do interior de uma Unidade de Resgate. MP 5-1

É o fluxo organizado das doenças transmissíveis, ou seja, é a forma com que as doenças desenvolvem-se e são transmitidas. AGENTE INFECCIOSO (bactérias, protozoários, bacilos, parasitas, vírus, fungos). Fonte de infecção (homem doente ou portador animais doentes) Suscetível (homem ou animal) Transmissão (porta de entrada ou porta de saída)

DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS São enfermidades causadas por microorganismos (bactérias, vírus ou parasitas). Transmissão se dá através da água, alimentos, ar, sangue, fezes, fluidos corporais (saliva, muco ou vômito) ou ainda, pela picada de insetos transmissores de doenças. MP 5-2

DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS MAIS COMUNS 1.HEPATITE B 6. DENGUE 2. HEPATITE C 7. MALÁRIA 3. (SIDA) HIV 8. MENINGITE 4. TUBERCULOSE 9. FEBRE TIFÓIDE 5. CÓLERA 10. SARAMPO MP 5-2

Principais meios de contágio das doenças infecto-contagiosas: Contato indireto: por rádio de comunicação, alça de sacola de PS, puxadores de portas, macas e pêra de esfigmomanômetro, contaminados; Exposição ou contato direto: Inalação de vírus e bactérias encontrados no ambiente; contato com saliva, mucosa, vômitos e secreções em geral; Acidente com objetos pérfuro-cortante: agulhas contaminadas no interior de viatura (USA – UR); Inobservância de normas de biossegurança durante o próprio processo de descontaminação dos materiais. MP 5-2

SINAIS E SINTOMAS Febre; Sudorese; Mal estar geral. Cefaléia (dor de cabeça); Vômitos, náuseas, diarréia; Alteração de coloração na pele; Tosse e dificuldade respiratória; MP 5-3

PROGRAMA DE VACINAÇÃO INDICADO PARA BOMBEIROS Hepatite B – 3 doses com intervalos (0 – 30 dias e 180 dias); fazer teste de antígenos a cada 5 anos; SRC – (sarampo, rubéola e caxumba) – dose única; Febre amarela – dose única – validade 10 anos; Dupla tetânica – 3 doses; Febre tifóide – dose única. MP 5-3

BIOSSEGURANÇA Conjunto de medidas tomadas para evitar contaminação e transmissão de infecções. MP 5-4

ARTIGOS - CLASSIFICAÇÃO ARTIGOS CRÍTICOS: São instrumentos ou objetos utilizados em intervenções invasivas. Esterilizados. ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS: São todos os artigos ou objetos que entram em contato com a pele não-íntegra ou com mucosa integra, desinfetados. Ex: (Colar cervical, cânula orofaríngea, máscara de O2 etc.) ARTIGOS NÃO CRÍTICOS: São os que entram em contato com a pele integra e os que não entram em contato com o paciente. limpos. Se houver contato com agentes contagiosos, deve ser submetida à desinfecção. MP 5-4

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS Descontaminação prévia: Procedimento usado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus ) para a destruição de microorganismos patogênicos na forma vegetativa ( não esporulada), antes de iniciar o processo e limpeza. Processo químico: imersão do artigo em detergente enzimático ou aplicação de solução de hipoclorito de sódio a 1% ou organoclorado em pó (CLOROCID ou similar) por 10 minutos. MP 5-5

Hipoclorito de sódio 1%

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS Limpeza: Consiste na lavagem, enxágüe e secagem do material. Objetivo: remover totalmente a matéria orgânica dos artigos, com utilização de soluções como detergentes enzimáticos, detergentes químicos ou desincrostantes. É o processo final no caso de itens não críticos. Processo: manual ou Mecânico utilizando escovas, estiletes, etc. MP 5-5

Escova e detergente enzimático

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS Desinfecção: é o processo de destruição de microorganismos patogênicos ou não, na forma vegetativa ( não esporulada ), de artigos considerados semicríticos, Objetivo: evitar contaminação ao próximo usuário, o artigo deve estar totalmente seco. Procedimento: deixar o material imerso em um balde escuro e com tampa com hipoclorito a 0,5% por 30 minutos (para cada um litro de água coloque um litro de hipoclorito de sódio 1%) , glutaraldeido a 2 por 30 minutos ou álcool etílico a 70% por 10 minutos; MP 5-6

Glutaraldeido 2% e álcool etílico 70%

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS Esterilização: é o procedimento utilizado para a destruição de todas as formas de vida microbiana. Processo físico: vapor saturado sob pressão com utilização de autoclave. Processo químico: imersão total do artigo em produto químico do grupo dos aldeídos (glutaraldeído ou formaldeído) por 10 horas. Processo físico-químico: óxido de etileno. MP 5-6

Aplicabilidade do produto Contra - indicado Álcool etílico a 70% Acrílico, borrachas, tubos plásticos, pintura da prancha longa Glutaraldeído (validade de 14 a 28 dias) Não é indicado para a desinfecção de superfícies. Hipoclorito de Sódio (24 horas) Em mármores e metais devido à ação corrosiva. MP 5-7

PRECAUÇÕES PADRÃO DE BIOSSEGURANÇA Segurança do Socorrista: Lavar as mãos antes e após qualquer contato com a vítima; Utilizar sempre equipamento de proteção individual. Segurança da vítima: Lavar as mãos antes e após qualquer contato com a vítima; Trocar as luvas de procedimentos antes de examinar outra vítima; Descontaminar todo material antes de utilizar na próxima vítima; Utilizar preferencialmente material estéril para curativo (compressas ou plásticos estéreis) em casos de feridas abertas. MP 5-8

ATENÇÃO É de responsabilidade de todo socorrista limitar a possibilidade de infecção cruzada entre as vítimas. No local da ocorrência recolher todo o material utilizado para o atendimento à vítima. Considerar toda vítima como provável fonte de transmissão de doença infecto-contagiosa. Trocar o uniforme, quando houver exposição direta com secreções da vítima. MP 5-9

LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA VTR Remover os materiais permanentes. Manter na vtr os materiais necessários, descarte de materiais – saco branco – lixo hospitalar. EPI e luvas de borracha, Secreções do frasco de aspiração – expurgo do hospital. Cuidado com material pérfuro-cortante MP 5-9/10

EPI - adequado

LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA VTR Aplicar por 10 minutos organoclorado em pó ou hipoclorito de sódio a 1% sobre sangue e outros fluidos corpóreos (vômito, urina) e após retirar com papel toalha. Limpar todas as superfícies com água e sabão, removendo com água limpa . Realizar desinfecção com hipoclorito de sódio a 0,5% por 30 minutos ou álcool a 70% para descontaminação final. MP 5-10

LIMPEZA DA VTR

ATENÇÃO Manter a ventilação do compartimento, Lavar interna e externamente os umidificador de oxigênio pelo menos uma vez ao dia, ou após cada atendimento. Semanalmente efetuar uma limpeza mais ampla (limpeza terminal). Em caso de vítimas com tuberculose; meningite, deve-se efetuar a limpeza terminal após o atendimento. MP 5-10

TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS 1. Evitar a propagação de microorganismos patogênicos de um indivíduo para outro, através das mãos. 2. Materiais necessários: pia comum com torneira (preferência - acionamento tipo pedal ou similar), sabão, toalha de papel. 3. Procedimentos: Abrir a torneira, molhar as mãos passando sabão e friccionar palma com palma (fig. 01); palma direita sobre dorso esquerdo e palma esquerda sobre o dorso direito (fig. 02); palma com palma com os dedos entrelaçados (fig. 03); MP 5-11/12

TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS Fig-1 Fig-2 Fig-3 Fig- 4 Fig-64 Fig- 5

CONDUTA PÓS-EXPOSIÇÃO Lavar prontamente a lesão com água corrente e sabão; Aplicar solução anti-séptica (álcool 70%). Notificar:O Cmt do PB e à Seção de Resgate do Dop/Cb; Obter informações complementares sobre a fonte de contaminação; O Cmt do PB deverá investigar o ocorrido e providenciar (PROTACO). MP 5-11/12

Variação da resistência a microorganismo Dos mais resistentes até os menos resistentes MICROORGANISMOS DOENÇAS DESINFECÇÃO ESTERILIZAÇÃO Esporos bacterianos Botulismo Tétano X Micobactéria Tuberculose Hanseniase Vírus hidrofílicos ( tamanho pequeno ) Hepatite A e B Fungos Blastomicose Cristoplasmose Bactérias vegetativas Tifo Salmonelose Vírus lipofílicos ( tamanho médio) Herpes simples, influenza sarampo, caxumba, HIV, resfriado

São enfermidades causadas por microorganismos (bactérias, vírus ou parasitas) que são transmitidas à outra pessoa através da água, alimentos, ar, sangue, fezes, fluidos corporais (saliva, muco ou vômito) ou ainda, pela picada de insetos transmissores de doenças.