EVANGELII GAUDIUM A primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco.

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Transcrição da apresentação:

EVANGELII GAUDIUM A primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco. O Sínodo sobre a Nova Evangelização, ainda realizado nos tempos do Papa Bento XVI. Ele quer nos convidar para uma nova etapa na evangelização, marcada pela alegria. Um perigo de nosso tempo: a tristeza individualista, que brota do coração comodista e mesquinho. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor. Corações assim são sempre queixosos, sem vida.

O Papa então convida para renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo. Basta tomar a decisão de deixar Ele se encontrar conosco. Este é o momento de fazer esta bonita oração: Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras, fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso de vós. Resgatai-me de novo, Senhor, aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores. Deus nunca se cansa de nos perdoar. Somos nós que cansamos de pedir a sua misericórdia. Ele permite-nos levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos defrauda e sempre nos pode restituir a alegria.

No AT a alegria consistia sempre na Esperança. Desde Isaías, sempre se repete a alegria de poder esperar: um Salvador virá. “Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo” 9,2. A criação inteira participa nesta alegria: “Cantai, ó céus! Exulta de alegria. Ó terra, rompei em aclamações, ó montes! 49,13. Zacarias vê o Rei chegar: “humilde, montado num jumento”. “Exulta de alegria, ó terra! Rompei em aclamações! Solta gritos de júbilo... Papa Francisco cita Papa Bento: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande idéia, mas o Encontro com uma Pessoa que dá à vida um horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.

A doce e reconfortante alegria de evangelizar. O bem tende a comunicar-se. Toda experiência autêntica de verdade procura a sua expansão. Por isso, não podem surpreender-nos algumas frases de Paulo, como: “O amor de Cristo nos absorve completamente”. Ou “Ai de mim se eu não evangelizar” (1 Cor 9,16). “Na doação a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento”. - Nossa missão é entregar a vida para dar vida aos outros.

Um evangelizador não deve ter cara de permanente funeral Vamos recuperar a reconfortante alegria de evan- gelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas!... Nosso mundo quer evangelizadores que sejam Ministros do Evangelho, cuja vida irradie fervor, pois receberam em si a alegria de Cristo. O primeiro e grande evangelizador é Jesus. Nós fomos chamados a colaborar com Ele. Assim também nas paróquias: o grande evangeli- zador é o padre, mas os leigos são chamados a colaborar.

A NOVA EVANGELIZAÇÃO para a transmissão da fé De 7 a 22 de outubro, celebrou-se o Sínodo dos Bispos sobre este tema: A nova evangeli- zação para a transmissão da fé cristã. Ela quer atingir três âmbitos: 1. A Pastoral Ordinária: trabalhar com os fiéis que conservaram a fé e prepará-los para serem todos eles missionários. 2. Os batizados e que estão afastados: dar a eles oportunidade de um Encontro com Cristo. 3. Os que estão completamente distantes de Deus e da Igreja. Ir na casa deles convidá-los...

A proposta desta Exortação e seus contornos... O Papa escolheu algumas diretrizes que possam encorajar e orientar. Vai tratar: 1. A reforma da Igreja em saída missionária. 2. As tentações dos agentes pastorais. 3. A Igreja vista como a totalidade do povo de Deus que evangeliza. 4. A homilia e sua preparação 5. A inclusão social dos pobres. 6. A paz e o diálogo social. 7. As motivações espirituais para o compromisso.

A transformação missionária da Igreja... Na Bíblia aparece muito esta idéia de “saída”: Abraão, sai da tua terra... Moisés, vai, eu te envio... A Jeremias disse: “Irás para onde eu te enviar”. Hoje somos chamados a uma nova saída... É preciso sair em missão... É preciso sair da própria comodidade... E ter a coragem de alcançar todas as periferias... À semelhança dos setenta e dois, somos enviados dois a dois, para anunciar Cristo.

É vital que hoje a Igreja saia em missão... Precisamos anunciar Cristo vivo e ressuscitado a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnância e sem medo. A alegria do evangelho é para todos, não se pode excluir ninguém. Os anjos disseram aos pastores: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo”. O Apocalipse fala de “uma boa nova de valor eter- no para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos. Apoc. 14, 6.

Envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar Igreja “em saída”é a comunidade de discípulos e missionários que se envolvem, acompanham, frutificam e festejam. É preciso estar convicto de que o Senhor tomou a iniciativa e precedeu-nos no amor. Por isso, hoje nós somos chamados a ir ao encon- tro, procurar os afastados e chegar às periferias e convidar os excluídos. O modelo é Jesus que se coloca de joelhos e lava os pés de seus discípulos.

O Papa quer uma pastoral em conversão O presente texto tem um significado programático e tem conseqüências importantes. Todos precisamos avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária. Neste momento não serve uma simples administração. Estamos em estado permanente de Missão. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem “fidelidade da Igreja à própria vocação”, toda e qualquer estrutura nova se corrompe em pouco tempo.

Na crise do compromisso comunitário Quer apresentar um pouco o contexto em que nós vivemos e fazemos a missão. Quer oferecer a linha de um discernimento evangélico. É o olhar do discípulo missionário que se nutre da luz e da força do Espírito Santo. Quer animar a todas as comunidades para uma capacidade sempre vigilante de estudar bem os “sinais dos tempos”.

Alguns desafios do mundo atual Vivemos um tempo de grandes progressos na área da saúde, da educação e da comunicação. Mas, o medo e o desespero apoderam-se do cora- ção de inúmeras pessoas, mesmo nos países ricos. Crescem a falta de respeito, a violência e a des- igualdade social torna-se cada vez mais patente. Estamos numa mudança de época causada pelos enormes saltos qualitativos e quantitativos, velo- zes e acumulados, que se verificam no progresso científico e nas inovações tecnológicas.

“Não” a uma economia da exclusão Assim como afirmamos “não matar”, dizemos hoje “Não” a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata! Não se pode tolerar mais colocar comida no lixo enquanto há pessoas que passam fome! Hoje temos grandes massas populares excluí- das e marginalizadas. O ser humano é considerado um bem de consumo que se usa e se coloca fora. Os excluídos continuam a esperar. E nós vivemos na globalização da indiferença.

“Não” à idolatria do dinheiro Nós aceitamos pacificamente o domínio do dinheiro sobre nós mesmos. Com isto estamos negando a primazia do ser humano... Criamos novos ídolos! A crise mundial põe a descoberto os seus próprios desequilíbrios. O homem está reduzido a um simples “consumidor”. Enquanto o lucro de poucos cresce, a maioria dos homens se situa sempre mais longe do bem-estar daquela minoria feliz!

“Não” a um dinheiro que governa em vez de servir Uma reforma financeira que tivesse em conta a ética exigiria uma vigorosa mudança de atitudes por parte dos dirigentes políticos, a quem exorto a enfrentar este desafio com determinação e clarividência, sem esquecer a especificidade de cada contexto. O dinheiro deve servir e não governar! Papa ama a todos, ricos e pobres, mas precisa em nome de Cristo lembrar aos ricos que eles devem ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los.

Cuidado com as tentações dos agentes de Pastoral ... O Papa sente o dever de agradecer aos que trabalham na Igreja, os agentes de Pastoral. O bem que fazem é muito grande, mas obscu- recido pelos pecados graves de poucos. Há tantas pessoas caridosas que se dedicam à saúde e à educação de pessoas pobres e abandonadas. Papa agradece aos que dão o belo exemplo de servir e oferecem suas vidas e seu tempo. Este testemunho faz o Papa tentar o mesmo!

Sim ao desafio de uma espiritualidade missionária Em muitos agentes pastorais, embora rezem, há uma acentuação do individualismo, uma crise de identidade e um declínio do fervor. São três males que se alimentam entre si! Uma consequência é um certo complexo de inferioridade, com vontade de esconder a pró- pria identidade de padre ou religioso. Acabam por sufocar a alegria da missão. Este relativismo leva a agir como se Deus não existisse, decidir como se os pobres ñ existissem.

Alguns “Nãos” muito fortes Não ao pessimismo estéril. “Nos tempos atuais só veem prevaricações e ruínas” (João XXIII, abertura). Não ao mundanismo espiritual, que se esconde atrás de aparências de religiosidade. Buscam glória... Não às guerras entre nós, por inveja, por ciúmes, pertencem a um grupo que consideram melhor que outro. Nem sempre damos suficiente espaço para os leigos exercerem a sua missão, de protagonistas da evangelização e da missão. Não à superioridade do homem diante da mulher. O sacerdócio não é prêmio, mas tarefa!

Uma mulher é certamente mais importante que os Bispos. Trata-se de Maria. A função do sacerdócio ministerial é hierárquica. Mas, se ordena integralmente à santidade dos membros do corpo místico de Cristo. A grandeza do sacerdócio não está no poder, mas na Eucaristia. Daí deriva a autoridade que é serviço. A grande proliferação de associações e movimentos juvenis podem ser vistos como ação do Espírito que abre caminhos novos... É necessário tornar mais está- vel a participação dos jovens na pastoral da Igreja.

Entre os jovens houve crescimento em dois aspectos A consciência de que toda a comunidade os evangeliza e educa. A urgência de que eles tenham um protagonismo maior, especialmente na evangelização dos jovens. Os jovens com facilidade se solidarizam contra os males do mundo, aderindo às formas de militância e voluntariado. Os jovens, bem motivados, participam com alegria da ação missionária da Igreja. E como é bom ter os jovens como “caminheiros da fé”!

As vocações são conseqüência do ardor missionário Quando falta o ardor missionário, desaparecem as vocações ao sacerdócio e à vida religiosa. Onde há vida, fervor, paixão de levar Jesus Cristo aos outros, surgem vocações genuínas. O Papa conclui dizendo: “Eu não pretendi dar um diagnóstico completo, mas apontar alguns sinais e convido as comunidades a ouvir os jo- vens e os idosos, para fazer o diagnóstico de suas comunidades. Os jovens e os idosos são a esperança da Igreja”.

Capítulo III: o Anúncio do Evangelho Não existe evangelização “sem anúncio explícito de Jesus como o Senhor”! A evangelização é dever da Igreja. Por graça, Deus nos atraiu para nos unir e Ele nos envia o seu Espírito. A Igreja é enviada por Jesus Cristo como sacramento da salvação oferecida por Deus. A primazia da graça deve ser um farol que ilumine as nossas reflexões sobre a evangelização.

Todos somos discípulos missionários... Pelo batismo, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário (Cf Mt 28,19). Os primeiros apóstolos diziam: “Encontramos o Messias”! - Era a grande novidade... Nós precisamos ter esta profunda convicção! Ele está vivo entre nós! Por isso, todos nós precisamos estar constantemente num processo de autoevangelização. São Paulo: “Não que eu já tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro para ver se alcanço” (Fl 3,12).

O grande momento da Evangelização, a HOMILIA. O Papa reconhece que são muitas as reclamações, com relação às homilias... “A homilia é o ponto de comparação para avaliar a proximidade e a capacidade de encontro de um pastor com o seu povo” (135). “A homilia pode ser uma experiência intensa e feliz do Espírito , um consolador encontro com a Palavra, uma fonte constante de renovação e crescimento”(136).

É Deus que quer chegar ao povo, através de nossa pregação. Com a palavra Nosso Senhor conquistou o coração da gente. “De todas as partes vinham para ouvi-Lo” (Mc 1,45). “A homilia da missa não é meditação, nem catequese... É diálogo de Deus com o seu povo, lembrando as maravilhas da salvação e as exigências da aliança” (137). O pregador precisa conhecer o coração de seu povo. Não pode ser um espetáculo de divertimento, mas deve dar fervor e significado à celebração. É um convite à renovação da fé. Não pode ser longa...

É preciso que o Senhor brilhe mais do que o Ministro Por isso, homilia bem preparada, curta, baseada na Palavra ouvida e encaminhe os ouvintes a uma resposta positiva que se dá no Credo. A Igreja é mãe e prega ao povo como uma mãe fala aos seus filhos, sabendo que o filho tem con- fiança na mãe e sabe que tudo o que ela ensina é bom. A boa mãe sabe tudo o que Deus semeou no coração de seu filho. A palavra de Jesus era: “Não temais, pequeno re- banho porque aprouve ao Pai dar-vos o Reino”.

A preparação para a pregação Um pregador que não se prepara é desonesto, quanto aos dons que recebeu... Primeiro ler bem os textos bíblicos... Mas, ler com amor... Só quando se ama a Deus, somos capazes de entender o que Ele fala. E então rezar assim: “Fala”, Senhor, teu servo escuta” (1 Sam 3,9). Não é lugar de falar sobre as últimas notícias... Precisamos transmitir uma grande familiaridade com a Palavra de Deus. Ver isto, 135-159.

Uma catequese querigmática e mistagógica. Temos muitos bons pronunciamentos sobre a Catequese: Catechesi Tradendi e o Diretório Geral para a Catequese. Também na Catequese é essencial o primeiro anúncio... O primeiro anúncio é Jesus Cristo, vivo e ressuscitado, que precisa ser anunciado... Além disso, precisa ser mistagógica, com a experiência formativa da comunidade e a valorização dos sinais litúrgicos... Precisamos usar sinais e símbolos.

A dimensão social da evangelização Evangelizar é tornar o Reino de Deus presente. O querigma possui um conteúdo social. No coração do Evangelho aparece o compromisso com os outros. Confessar que o Filho de Deus assumiu nossa carne humana significa que cada pessoa foi elevada ao coração de Deus. Deus nos redimiu unidos em comunidade. Há um laço indissolúvel entre a recepção do anúncio salvífico e um efetivo amor fraterno. É só ver Mt 25.

A proposta do Evangelho é o amor a Deus e ao próximo. Fica muito claro que o Evangelho não quer só uma relação pessoal com Deus. A proposta é o Reino de Deus: trata-se de amar a Deus que reina no mundo. Na medida em que Ele consegue reinar, a vida social terá um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Por isso o anúncio e a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais. A religião não está relegada ao íntimo, mas ela tem consequências na vida social.

É só pensar nos modelos de vida A mensagem e a vida de São Francisco de Assis, Pensemos numa Beata Tereza de Calcutá... Não é momento de estudar toda a Doutrina Social, mas apenas reafirmá-la... Ela tem muito a ensinar. A nossa fé vem de Jesus Cristo que se se fez po- bre e sempre se aproximou dos pobres e doentes. O exemplo dos bispos do Brasil: “Desejamos assumir, a cada dia, as alegrias e esperanças, as angústias e tristezas do povo brasileiro, especialmente das populações das periferias, os sem terra, sem teto,

sem pão, sem saúde, lesadas em seus direitos sem pão, sem saúde, lesadas em seus direitos. Vendo a sua miséria, ouvindo os seus clamores e conhecendo o seu sofrimento, escandaliza- nos o fato de saber que existe alimento suficiente para todos e que a fome se deve à má repartição dos bens e da renda. O problema se agrava com a prática generalizada do desperdício” – exigências éticas. Nós queremos mais do que alimento, queremos prosperidade e civilização em seus múltiplos aspectos. O Papa termina com um apelo ao Espírito que deve reger a Nova Evangelização. O espírito é o que está dentro da Nova Evangelização. É a motivação com que vamos à missão. É a motivação para um renovado impulso missionário...Que todos sejam atingidos!

O nosso grande TEMA do ano Estamos indo para o nosso sexto ano da Missão. Vamos publicar o Caderno Missionário 06. O assunto central são os Sacramentos. É a segunda parte do Catecismo da Igreja Católica. Durante o mês de março, teremos os Retiros Missionários, para explicação de toda temática. Dia 18 de maio faremos o lançamento oficial na Catedral, com a crisma dos adultos. Depois, tudo vai depender dos grupos que conseguirmos formar nas paróquias.

Lembrem-se do quarto sábado Gostaríamos que ele fosse respeitado como o SÁBADO MISSIONÁRIO em toda a diocese. Que não haja cursos, nem reuniões ou festas. Que seja destinado às visitas missionárias... De manhã: para os adultos, com o padre. De tarde: com os jovens, tios e catequistas. O trabalho é o mesmo: visitar, dois a dois, em áreas preestabelecidas. Ir às casas para rezar, abençoar e convidar.